quinta-feira, 19 de maio de 2011

A "FRUTILÂNDIA" DO VALE

Por Laélio Ferreira de Melo, poeta, jornalista potiguar

Desajeitado e cabreiro, a roupa já sem o vermelho da poeira da viagem no jipe, banho-de-cuia tomado na pensão de Chicó, na flor dos meus dezesseis janeiros, à porta da residência modesta, bati palmas e gaguejei o indispensável "ô de casa". Tinha uma obrigação, um dever sentimental, sagrado, uma promessa a cumprir no Assu, naquele ano dos anos 50. Visitar, saudar o dono da casa, mestre de muitos sonhos e senhor incontestável da mais úbere, abundante, edênica, maravilhosa e fértil gleba de todo o Vale´- a "Frutilândia". A incubência me fora dada por meu pai, Othoniel, anos antes convidado solenemente, insistentemente, para ser sócio, meio a meio, de um colossal empreendimento de fruticultura. Redenção econômica de toda a região, gerando riqueza, justiça social, inovando a produção de frutas, legumes, hortaliças, tudo em grande escala, gigantescas proporções. Os pobres sairiam da miséria, teriam moradia, grandes vilas operárias, escolas, assistência médica, futuro. Largariam os barões da cera, que nada plantavam, viviam em Natal jogando baralho no Natal Clube, tomando uísque, enriquecendo Maria Boa, passeando no Rio de Janeiro - impecável ternos de linho branco, lustrosos, gordos como bispos. Moderníssimas máquinas, escavadeiras imensas, dragas descomunais - rebocada desde Roterdâ - abririam largo e profundo canal, em linha reta, de Assu a Macau. Ali, mar adentro, plantar-se-iam modernos, imponentes, equipados cais, frigoríficos, grandes armazéns. Luzentes guindastes, esteiras rolantes, saciariam a fome das bocarras dos porões das grandes embarcações da própria Companhia, espalhando por Oropa, França e Bahia cajus, mangas, pinhas, araticuns, mangabas, româs, laranjas-cravo, abacaxis, maracujás - os dúlcidos e tropicais produtos do gigante complexo agroindustrial da biliardária sociedade CALDAS & MENEZES... De volta ao Assu e à dura realidade, de novo bati palmas na soleira da casinha modesta do senhor da "Frutilândia", naquela rua do Assu, naquela era dos anos cinquenta. Apareceu o amigo do meu pai, o sócio do sonho tão sonhado, tão detalhado, idealizado nas conversas dos dois. Disse-lhe quem era, fez-me uma festa daquelas, passando, suavemente, a mão na minha cachola sonhadora. Era magro, gestos nervosos, rápidos. Dando o nó na gravata, convidou-me a entrar, risonho, gentil, hospitaleiro. Calçava, notei, uma daquelas botas de feira. Calça, camisa, colete - tudo amarfanhado, encardido. Guiou-me em direção à cozinha, por uma picada, uma vereda aberta numa mata fechada de ferro-velho, pacotes de amarelados jornais e uma imensidão de garrafas até o teto - um "caminho de Santiago" que, como peregrino, perpassei, com medo de lacraia e caranguejeira. Enquanto conversávamos, ferveu água e serviu-me um café saboroso, pegando fogo, coado de um pano que devia ter uns bons anos de uso diário e constante. Na minha idade, não tinha engenho, nem arte e nenhuma tendência para falar sobre poesia ou literatura com o idealizador de "Frutilândia". Mesmo que a minha casa, em Natal, vivesse, pululasse em certos dias, cheia de literatos e candidatos a poeta, aperreando Othoniel sobre coisas de metrificação, leituras, autores e outras milongas mais - alguns deles pedindo remendos em versos de pé-quebrado. Ficava só cubando, sem pigorar, quem era besta? Sem anuência ou conhecimento do dono da casa, tinha cometido, já, no Atheneu, algumas glosas sacanas e "burilado" uns tres ou quatro sonetos decassílabos à moda de Augusto dos Anjos - coisas horrorosas... Na cozinha acolhedora, o cavaco, o bate-papo, limitou-se, pois, às notícias da capital, aos meus estudos, `saudação do "sócio" de Natal, à mútua e sincera admiração entre os dois, às amenidades. Nada sobre a "Frutilândia". Nada, também, acerca da razão social Caldas & Menezes". Ele entretanto, já na despedida - lembro bem - deu umas boas cutucadas nos políticos do Estado e de outras plagas, pilheriando, rindo com gosto, divertido. Sol descambando, da porta da sala, do início do labirinto de ferro velho, jornal e garrafa de todo tamanho e cor, veio o chamamento: "Seu João, tá na hora! ”Saímos. Era um mininote, chapeu-de-couro atolado na cabeça grande, cara de janduí. O homem bom me pediu licença e retornou aos cafundós do seu tugúrio. Voltou lépido, brilho nos olhos, vestindo um paletó tão encardido quanto o restante da indumentária. Numa das mãos, um surrado bisaco de lona; noutra, uma lazarina impecável, ajeitada mesmo - oi cano brilhando mais do que espinhaço de pão doce, a coronha envernizada, bonita como os seiscentos. O Poeta João Lins Caldas, sublime sonhador, senhor de vaticínios para o seu Vale - o sócio do meu pai! - trancou a porta capenga da casinha. Apertou-me a mão, com calor, despedindo-se. Pediu desculpas pela pressa - ia caçar! Argumentou, cavalheiro, que aquela era a hora dos preás e das rolinhas, das nambus escondidas no panasco dourado. E lá se foi, engravatado, predador solene, feliz da vida - o sonhador. O curumiaçu, secretário e cúmplice, seguiu-lhe os passos ligeiros, no rumo - presumi - da "Frutilândia", procurando a presa miúda e saborosa..."

Postado por Fernando Caldas

quarta-feira, 18 de maio de 2011

SÓ NO CÉU



Por Renato Caldas

Não encontro na terra!
Não existe no mar,
nas estrelas, nas frias madrugadas
lordadas
do luar...
No lamento do vento,
no perfume das flores,
nos sorrisos, nas dores...
Na alegria dos lares,
na branca e secular
piedade dos altares...
No riso da criança
na humildade
e bondade
dos olhos que mendigam o pão...
nos que eram cheios de confiança...
na infalível e Divina Proteção.
Eu, procuro em tudo que vive
e vejeta
no Universo,
e na emotividade sublime da canção.
É debalde!
É em vão...
Se na terra não tem,
nem existe no mar...
... Eu sei também!
Só no céu poderei encontrar
a caridade divina e abençoada,
da minha mãe...
da minha mãe amada.

Postado por Fernando Caldas

















Por Cristina Costa

Podes até dizer
que não entender
o que eu falo.

Mas jamais poderás dizer
...que não entendes
como te olho.

Postado por Fernando Caldas

Nos alpendres da memória

Tádzio França

repórter

O homem que descreveu o sertão potiguar com apuro literário e técnico ainda pouco visto até hoje, enfim teve sua vida e obra devidamente selecionadas em imagens. O resultado está no documentário “Oswaldo Lamartine: um príncipe do sertão”, que será lançado nesta quarta-feira, às 16h30, no auditório da Secretaria de Educação à Distância da UFRN (Sedis), ao lado da capela do campus. O filme é resultado de uma parceria entre o Núcleo Câmara Cascudo de Estudos Norte-Rio-Grandenses, TVU e Secretaria de Educação à Distância da UFRN.

Nos alpendres da memória
Imagens do sertanista Oswaldo Lamartine, sua obra e suas ideias são o eixo do documentário Um príncipe do Sertão, lançado hoje, com exposição de fotos de Candinha Bezerra.

Candinha Bezerra Imagens do sertanista Oswaldo Lamartine, sua obra e suas ideias são o eixo do documentário Um príncipe do Sertão, lançado hoje, com exposição de fotos de Candinha Bezerra.

A ideia do documentário partiu de uma entrevista realizada em 21 de julho de 2005 com Oswaldo Lamartine, pelos professores Humberto Hermenegildo e Vilma Vítor Cruz, respectivamente, roteirista e diretora do vídeo. A partir destas cenas, eles partiram para agregar várias informações sobre a obra do sertanista intelectual, colhendo depoimentos de pessoas que conviveram com ele, admiradores de sua obra, além de imagens de origens diversas. A entrevista foi realizada na casa de Cassiano Lamartine, filho do escritor. “Há tempos queríamos finalizar esse trabalho, mas o tempo não deixava”, afirma Humberto, coordenador do centro de documentação do Núcleo Câmara Cascudo.

O documentário tem como eixo a entrevista de Oswaldo, intercalada com trechos de cenas, imagens e palavras de sua extensa obra. “Para fazer o roteiro nos pesquisamos os livros dele, registramos as capas de livros, documentos, imagens dos acervos dos entrevistas, e fotos produzidas por Vilma, que também é fotógrafa, e por Candinha Bezerra”, explica Humberto. Entre os admiradores de Oswaldo que cederam depoimentos estão o professor Edgar Dantas, o médico e acadêmico Paulo Bezerra, os jornalistas Vicente Serejo e Woden Madruga, o escritor Dácio Galvão, e o padre João Medeiros Filho, amigo e parceiro em algumas obras.

Os entrevistados pelo documentário são pessoas que conviveram com Oswaldo e sabem delinear uma imagem póstuma de sua memória. A trajetória intelectual do entrevista é costurada aos seus depoimentos pessoais, priorizando dados de sua biografia; a amizade com escritores como Câmara Cascudo, Raquel de Queiroz e Hélio Galvão, entre outros; e a produção bibliográfica sobre a cultura sertaneja, com vasta ilustração imagética.

Entre essas imagens estão a da exposição fotográfica que faz parte do lançamento do vídeo, “Voo na Acauhan”, assinada por Candinha Bezerra. As fotos representam o universo que tanto inspirou Oswaldo, a fazenda Acauã, onde o escritor morou após ir embora do Rio de Janeiro.

A cultura sertaneja, assunto que norteou toda a obra de Oswaldo, é profundamente discutida por ele no documentário. O escritor fala de suas memórias no campo, as artes que viu e registrou, aspectos geográficos da região, e histórias das pessoas que conviveram com ele por aquelas paragens. “A intenção do documentário é divulgar mais a obra de Oswaldo Lamartine e fazer com que surjam pesquisas, pois ela é de uma riqueza que merece ser aprofundada”, afirma Humberto Hermegildo.

Exibições

Após o lançamento, “Oswaldo Lamartine: um príncipe do sertão”, poderá ser visto e consultado no centro de documentação do Núcleo Câmara Cascudo (que fica no Museu Câmara Cascudo). “Ele será destinado num primeiro momento apenas para pesquisadores e redes de ensino. Vamos distribuir algumas cópias para escolas e instituições interessadas. No futuro, vamos analisar a possibilidade de produzir um DVD para venda e deixar Oswaldo ainda mais acessível aos apreciadores de sua obra”, diz.

Docs e acervos do Núcleo

Este é o segundo vídeo sobre uma figura histórica potiguar lançado pelo Núcleo Câmara Cascudo. O primeiro foi sobre Auta de Souza. O Núcleo, que já existe há seis anos, também lançou 11 livros da coleção ‘Estudo Norte-Rio-Grandenses’, incluindo obras de Câmara Cascudo e Nísia Floresta. Esses material está registrado no portal da ‘Memória da Literatura Potiguar’, outra criação do núcleo.

Serviço:

Lançamento do doc “Oswaldo Lamartine: um príncipe do sertão”. Quarta, às 16h30, na Sedis, ao lado da capela do campus universitário.

Saiba mais...

Oswaldo Lamartine de Faria nasceu na capital potiguar, em novembro de 1919, mas foi bem longe dela, no caminho dos sertões, que construiu a sua obra. Era o caçula dos dez filhos do ex-governador Juvenal Lamartine, e começou a se interessar pelos assuntos ligados ao homem do sertão quando seu pai adquiriu uma grande propriedade em São Paulo do Potengi. A experiência lhe marcou pra sempre, sendo o eterno assunto de sua vida profissional e obra literária.

Em 1931, Oswaldo frequentou o Ginásio do Recife, saindo em 1933 para o Instituto LaFayette, no Rio de Janeiro, onde permaneceu até 38. Dois anos depois ingressou na Escola Superior de Agricultura de Lavras, em Minas Gerais, onde em 1940 tornou-se técnico agrícola. Entre 1941 e 48 administrou a Fazenda Lagoa Nova, em Riachuelo. Foi professor da Escola Doméstica de Natal, da Escola Técnica de Jundiaí, e foi pracinha durante a Segunda Guerra Mundial. Junto com a década de 50 veio a mudança para Macaé, no Rio de Janeiro, para administrar a Fazenda Oratório. Foi funcionário do Banco do Nordeste até 1979, quando se aposentou.

Após período no Rio de Janeiro, refugiou-se na Fazenda Acauã, onde morou até novembro de 2005. O sertanista começou a publicar seus escritos no final da década de 40, resultando em 21 livros que abordaram temas como o vocabulário potiguar, abelhas do sertão, conservação dos alimentos, pseudônimos e as iniciais potiguares, pescaria, construção de açudes, etc. De personalidade reclusa, passou os últimos dias, com saúde frágil, no Potengi Flat, em Petrópolis.

Faleceu em 2007, aos 87 anos.

[Fonte: Tribuna do Norte]

"VM PRODUÇÕES APRESENTA"

Postado por Fernando Caldas


















Mostre seu talento e inscreva sua poesia com o tema "A Força do Abraço" nas lojas ou no botão abaixo, até 31 de maio. As poesias vencedoras serão conhecidas numa cerimônia transmitida ao vivo pela twitcam do Twitter da Pague Menos, no dia 31 de julho. Participe.



Verifique o regulamento nas lojas ou no site e participe.Inscricao

terça-feira, 17 de maio de 2011

O BEIJO COLO

















Azul é o sonho, azul é a cor
Da ilusão do teu consolo.
Do teu querer, do teu amor
Azul é o solo!

Eu poeta e sonhador,
Fibra por fibra hoje descolo
O beijo teu, do teu rigor...
O beijo colo!

O lírio d’alma no teu colo,
Descolo o lábio do rigor...
O beijo colo!

João Lins Caldas

Postado por Fernando Caldas
Postado por Fernando Caldas


PROGRAMAÇÃO JUNINA EM ASSÚ



maio 9th, 2011 in Política

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O Executivo Assuense mostrou a programação oficial dos festejos em comemoração ao santo católico e padroeiro do município, São João Batista.



O almoço de lançamento do São João 2011 reuniu o prefeito Ivan Jr, secretários, vereadores, correligionários e imprensa da cidade do Assu.



A abertura do evento aconteceu ao vivo, após a chegada do prefeito, através da Rádio Princesa do Vale AM.











Programação na Praça São João Batista























































12/06 – Domingo -DOGIVAL DANTAS – SALA DE REBOCO



16/06 – Quinta -FORRÓ DA PEGAÇÃO- FORRÓ DA PEGAÇÃO – LUCAS SANTOS



17/06 – Sexta – FORRÓ DO MUÍDO – WALDONYS



18/06 – Sábado – FORRÓ DA CURTIÇÃO – ROBSON FARIA E BANDA



19/06 – Domingo – LEONARDO – DORGIVAL DANTAS



22/06 – Quarta – ZÉ RAMALHO – PISADA DE BAKANA – ALVIMAR FARIAS



23/06 – Quinta – VICENTE NERY E CHEIRO DE MENINA – FORRÓ RESENHA



24/06 – Sexta – TOCA DO VALE – ZÉ LIMA – FORRÓ CUBANO



25/06 – Sábado – AMIGOS SERTANEJO – FORRÓ DEIXE DE BRINCADEIRA



29/06 – Quarta – FORRÓS DOS 3 – GILMAR DO ACORDEON







Fonte: Blog Sem Comentarios









Do Blog de Aluíziolacerda

PRA QUEM CURTE O VALE DO AÇU


Imagem do Orkut de Zelito Coringa

ADIVINHAÇÃO

Por Andiére "Majó" Abreu, poeta potiguar do Açu

O que é que nasce esguia e altaneira,
Cresce raquítica se a terra é pobre,
Sempre exigente quer terreno nobre
E exige configuração linheira?...

Caracteriza o Vale, é pioneira,
Resiste pra que o caule nunca dobre,
Se já idosa é tão forte quanto o cobre,
Das árvores do Vale é a verdadeira?...

Seu fafalhar tem som audacioso
Mas já chega aos ouvidos bem gostoso
Como um sussurro amável, delicado.

Pelo seu pó macio qual veludo,
Pelo seu porte magestoso e por tudo
Quem do vale é o símbolo consagrado?...

Postado por Fernando Caldas


















Por Lilian Palmieri

Força!!!

A força que vem de DEUS,
Da natureza ao desabrochar da rosa,
A força da água,
Da águia....
...A força que vem de DEUS,
A cada obstáculo....
Vencido ou não,
Tem seu objetivo,
Aprender,crescer com eles é,
Fundamental,essencial....
Esmorecer,desfalecer??
Jamais...
A força que vem de DEUS,
Te eleva, fortalece,
Te conduz e ai tudo flui..
O obstáculo diminui,
Você aprende...
Que confiar na justiça e na,
Força que vem de DEUS...
É a tua força!!!!

DO BLOG DE JUSCELINO FRANÇA

segunda-feira, 16 de maio de 2011

PAZ


Imagem: Pensamentos, citações, poesias

Há nesta vida o que ninguém esquece
Por ser imprescindível a qualquer ser,
A sua ausência a todos entristece
Pois destroi a vontade de viver.

Distanciando-se de nós parece
Que tudo e todos vão enlouquecer,
A vida muda, a briga recendesce
Levando-nos a matar ou morrer.

Companheira inseparável da calma
Sua presença todos agradecem
Pela quietude que imprime à alma.

Ela traz harmonia e amor à terra,
Ao seu lado corações se enternecem:
Seu nome é paz, é quem acaba a guerra.

[Andiére "Majó" Abreu, poeta potiguar de Açu]



 


MEL

Por Amarilis Adelio

Canta, canta
e espanta com teu canto
todo o mal
que fere a alma...

Arranca da garganta
todo o fel,
adocica com o mel
e canta...
canta!!!

CHARGE DO DIA (JORNAL DE BRASÍLIA)


domingo, 15 de maio de 2011

MAPA DO RIO GRANDE DO NORTE NA ARTE DE CECÍLIA BARBALHO

Belo e criativo trabalho (Mapa do Rio Grande do Norte) da artista plástica potiguar açuense Cecília Barbalho que fará exposição dia 14 a 19 de junho próximo salão da Prefeitura Municipal do Açu, durante os festejos do Padroeiro São joão Batista. Estarei presente para prestigiar Cecilia e Didio, dois artistas plásticos que engrandece a arte plástica potiguar.

Postado por Fernando Caldas

RELEMBRANDO ARNÓBIO ABREU


Fotografia do blog Assu em Evidências, de Júnior Soares. Da esquerda: Juscelino França e o casal Arnóbio Abrel, no Clube do América, de Natal. A foto é de 1997. 

José Arnóbio de Abreu (Arnóbio Abreu) como era mais conhecido, era tipo baixo, voz rouca, andar curto e ligeiro, fazedor de amigos, bom de copo e de papo (por sinal ele, Arnóbio,  era afilhado de minha mãe Gelza Tavares Caldas), líder estudantil, estudou no Colégio Diocesano de Mossoró, Marista de Natal. Foi  candidato a prefeito do Assu, nas eleições de 1982 pelo PMDB com o apoio de Olavo Montenegro (responsável pelo seu ingresso na vida pública do Rio Grande Norte), perdendo para Ronaldo Soares, do PDS. Médico ortopedista formado pela Faculdade de Manaus, conviveu e foi aluno de Lídio Toledo (que foi médico da Seleção Brasileira, falecido recentemente no Rio de Janeiro). Dirigiu o Hospital Walfredo Gurgeu, de Natal e foi um dos fundadores do ITORN naquela capital, além de deputado estadual presidente da Assembleia Estadual Constituinte de 1988. (Naquele tempo, por indicação do deputado Paulo Montenegro também constituinte de 1988 eu tive a honra de ter sido Diretor e depois Subsecretário de Administração Financeira e Orçamentária daquele legislativo potiguar,  Arnóbio foi candidato a vice-governador na chapa encabeçada por Lavazier Maia nas eleições de 1990. Faleceu em 2000, em Natal e está enterrado na cidade de Açu onde nasceu. Ele é nome de rua em Natal e também empresta o seu nome a uma importante adutora, além de um Ginásio Esportivo na cidade de Açu. O seu nome dignifica a terra assuense, e ainda hoje é relembrado com saudades pelos seus familiares, amigos e conterrâneos.

Postado por Fernando Caldas



Por Cristina Costa

Dei por mim a pensar
Para onde irão os sonhos
Aqueles não realizados
Aqueles tão cobiçados e desejados
Aqueles quase alcançados
...Mas que de repente se desfazem no ar.

Será que é a chuva
Caindo incessante
Tão fria e cruel
Tal qual dor lancinante

Que molha os sonhos
E não os deixa voltar?

Assim minha alma gelada
Encharcada
E destroçada
Suspira pelo calor
Do meu sonho

Que se foi.

Talvez se eu me abrigar
Se achar um lugar secreto
Cheio de amor e ternura
O calor possa voltar
E eu voltarei a sonhar.

Vou colorí-lo com tintas
Reluzentes, quentes

Pintar nele uma janela
Que se abra para o céu
Assim as estrelas podem entrar
E ajudar o meu sonhar.

Vou entrar no teu coração
Pois é esse o meu lugar
Lugar que tanto procurei
E nem percebi
Que esteve sempre aqui
Somente a me esperar.

Venham então sonhos
Voltem a me alegrar.

Postado por Fernando Caldas

PELO DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA Se Guilherme de Almeida escreveu 'Raça', em 1925, uma obra literária “que tem como tema a gênese da na...