quinta-feira, 17 de maio de 2012

O cidadão natalense continua sem contar com os ônibus, pelo menos, na manhã desta quinta-feira. A greve dos rodoviários, iniciada na última segunda-feira, entra no quarto dia. Ontem, após nova rodada de negociações entre Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros do Município do Natal (Seturn) e Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Estado do Rio Grande do Norte (Sintro-RN), na sede da Delegacia Regional do Trabalho (DRT), os trabalhadores decidiram que continuam de braços cruzados por tempo indeterminado. Para tentar reverter o quadro, o Seturn acionou a Polícia Militar e, de acordo com o Comando da PM, cerca de 60 policiais vão garantir que 70% da frota de ônibus circulem pelas ruas da capital hoje.


Do Facebook de Jony Kleber

Do Uol Notícias

A estudante de direito Mayara Petruso foi condenada nesta quarta-feira (16) por postar mensagens preconceituosas contra nordestinos no Twitter na época das eleições de 2010. A justiça estabeleceu que ela ficasse presa por um ano, 5 meses e 15 dias. No entanto, a pena foi convertida em prestação de serviços comunitários e pagamento de multa.
Após a vitória de Dilma Rousseff no pleito realizado em 2010, a jovem postou “Nordestisto [sic] não é gente. Faça um favor a SP: mate um nordestino afogado”. Segundo a Vara Federal Criminal em São Paulo, a acusada confessou ter publicado as mensagens e que o verdadeiro motivo do conteúdo foi o resultado das eleições da presidente Dilma, que teve grande votação na região nordeste do país.
Apesar de toda repercussão, ela disse à justiça que não tinha intenção de ofender ninguém, que não é preconceituosa e que estava arrependida do que fez.
“M. [a justiça não cita diretamente o nome da acusada] pode não ser preconceituosa; aliás, acredita-se que não o seja. O problema é que fez um comentário preconceituoso. Naquele momento a acusada imputou o insucesso eleitoral (sob a ótica do seu voto) a pessoas de uma determinada origem. A palavra tem grande poder, externando um pensamento ou um sentimento e produz muito efeito, como se vê no caso em tela, em que milhares de mensagens ecoaram a frase da acusada”, afirma Mônica Camargo, juíza federal responsável pelo caso.
Segundo a juíza, o MPF (Ministério Público Federal) denunciou a estudante por crime de discriminação ou preconceito de procedência nacional com base no artigo 20 da Lei nº 7.716/89.
Na transcrição da íntegra do julgamento (disponível em PDF), a acusada tentou se defender alegando que postou o comentário apenas por motivação política. "Eu tinha como candidato o José Serra, foi coisa do momento, como num jogo entre dois times, um jogador diz: 'Vou matar o Corinthians', é coisa de momento. Não sou preconceituosa, não faço discriminação."
Mayara alegou que após o ocorrido trancou o curso na faculdade de direito e que atualmente trabalha em uma empresa de telemarketing.


Repercussão do caso


Na época, os comentários da estudante ganharam repercussão no Twitter. Usuários da rede social criaram a campanha #Orgulhodesernordestino, que ficou entre os tópicos mais citados no Twitter em todo o mundo. O caso ganhou destaque no site Xenofobianao, com imagens de tuítes dos internautas que fazem críticas ao nordeste e nordestinos. Também no fórum de UOL Jogos, os usuários debatem o tema e destacam mensagens de preconceito na web.
Diante da reação em massa, a jovem escreveu no início da semana um pedido de desculpas em sua página no Orkut: “minhas sinceras desculpas ao post colocado no ar, o que era algo para atingir outro foco, acabou saindo fora de controle. Não tenho problemas com essas pessoas, pelo contrário. Errar é humano. Desculpas mais uma vez”. Após isso, sua página no Orkut foi invadida e o conteúdo em que se desculpava foi substituído.
Além de repercutir no país, o caso da estudante foi destaque na mídia internacional. Sites como “Daily Telegraph”, a agência de notícias “AP” e a rede “Fox News” reportaram o caso de racismo.



quarta-feira, 16 de maio de 2012


Assú

Ivan Júnior participa da final nacional do Prêmio Sebrae Prefeito Empreendedor

Os prefeitos finalista foram selecionados para a etapa nacional entre os 55 projetos escolhidos dos mais de 5.500 inscritos e 512 selecionados nos estados.

O Rio Grande do Norte foi destacado, nesta terça-feira, 15, em Brasília, durante a final nacional do Prêmio Sebrae Prefeito Empreendedor, com a participação do prefeito do Assú, Ivan Júnior, vencedor da etapa do RN por colocar em prática projetos que incentivam o desenvolvimento municipal com base no apoio aos micro e pequenos negócios. Além dele, mais dois prefeitos do estado também foram relacionados: Salomão Gurgel (Janduis) e Leonardo Rego (Pau dos Ferros).

O RN já ganhou duas vezes o prêmio nacional Prefeito Empreendedor do Sebrae. A governadora Rosalba Ciarlini, por meio de sua assessoria de imprensa, lembrou que o premio nasceu com projetos que incentivaram o uso de dessalinizadores e da energia solar no campo e promoção de eventos culturais como apoio a pequenos negócios para gerar desenvolvimento econômico.

Pelas profícuas participações do RN no PES, a governadora foi convidada para fazer a entrega do premio ao vencedor da categoria Melhor Projeto pelo Nordeste, prefeito Euvaldo de Almeida Rosa, de Santo Antônio de Jesus (BA).

Consumidores

O presidente do Sebrae, Luiz Barretto, disse que era muito importante as iniciativas vitoriosas dos prefeitos para incentivar o crescimento das pequenas empresas e lembrou que o Brasil tem 100 milhões de consumidores, sendo que quase 2,4 milhões são empreendedores. 
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segunda-feira, 14 de maio de 2012

ASSU ANTIGO

Escola de datilografia, anos sessenta. Funcionava no Colégio Nossa Senhora das Voitóias ou na Escola Normal (Juscelino Kubistchek?). Historiador Ivan Pinheiro, me ajude aí!

Postado por Fernando Caldas

sexta-feira, 11 de maio de 2012

AMOR DE MÃE

Mais um dia das Mães se aproxima e com ele a oportunidade de lembrarmos-nos de valorizar aquela que nos trouxe ao mundo. Mesmo quem não desfrute da alegria de ter sua genitora ao lado, tem na memória, certamente, maravilhosos momentos de recordação ao lado de sua mamãe. Quando deu os seus primeiros passos, pronunciou suas palavras balbuciantes de tenra criança, chorou por algo que sentiu no íntimo, sempre ao lado estava sua mãe extremosa e querida.
Com pesar, notamos que muitos filhos não respeitam seus pais, são desobedientes, estúpidos até mesmo grosseiros e fazem os seus pais se entristecerem. Um dia haverão de sentir falta deles e aí será tarde demais.
Deus concedeu a paternidade e a maternidade para serem levadas a sério e cabe também aos pais a responsabilidade pela educação e formação de seus filhos, a começar de um lar bem estruturado e equilibrado. Lugar de paz, de harmonia, de quietude, de entendimento, e sadia camaradagem e amizade.
A Palavra de Deus, a Bíblia Sagrada, possui inúmeras citações em que reforça esses conselhos e advertências. Se lares hoje se ressentem de momentos de serenidade e tranquilidade, muito provavelmente vem negligenciando os padrões estipulados por Deus para a consolidação de uma família.
Esperamos que no decorrer deste final de semana haja muitos motivos para que sua família goze de momentos de saudável companheirismo, gozo e descontração, homenageando com justiça a “Rainha do Lar”, a mamãe querida. Se não a tiver ao seu lado, pelo menos tenha na lembrança e a honre pelo que ela lhe fez durante toda a vida em que esteve ao seu lado. E dê muitas graças a Deus pelo presente que ela representa ou representou em sua existência.
Desejo-lhe um proveitoso e feliz final de semana junto aos seus queridos familiares.

Clênio Lins Caldas
Havia um povo que morava ao pé de uma montanha. Levavam uma vida de muita paz e se esmeravam nos cuidados da terra, cultivando flores e árvores frutíferas. Formavam uma grande família. Uns auxiliavam aos outros no cuidado com as crianças, na disciplina aos jovens, e na educação da mocidade.
Mas, no alto da montanha, uma outra comunidade se desenvolvia... Eram criaturas não tão gentis e nem disciplinadas.
Um povo desconhecia o outro, porque as vias de acesso eram íngremes, tomadas por densas matas.
Um belo dia o povo da montanha resolveu descer ao vale em busca de riquezas. Surpreenderam-se ao descobrirem pessoas trabalhadoras, de bom trato e solidárias. Encantaram-se com seus pomares e jardins, e por observarem que eles enfrentavam tudo com disposição, auxiliando-se mutuamente. Decidiram levar uma semente daquela preciosidade para sua vila.
Assim, escolheram uma criança. Um bebê lindo, de olhos brilhantes, através dos quais parecia traduzir a sua inteligência aguçada. Quando então, empreenderam a sua viagem de retorno, o raptaram, desaparecendo entre a vegetação abundante, mata acima...
A pobre mãe, ao descobrir o berço vazio, caiu em desespero! O conselho da comunidade se reuniu. Os homens optaram por se unirem e resgatar o pequenino. Juntaram provisões, cobertores, roupas quentes, pois imaginavam que, à medida que subissem, teriam que enfrentar os ventos gélidos, que soprariam violentos. Partiram.
Os dias passaram lentos e angustiantes para toda a pequena cidade. Os olhos, a cada instante, se voltavam para cima, no intuito de ver se a expedição retornaria vitoriosa!
Finalmente, os homens regressaram, mas... de mãos vazias! Embora seus esforços, as várias tentativas, eles haviam se perdido entre as trilhas da montanha, e não tinham conseguido encontrar o caminho que os conduziria ao povo de cima. Estavam arrasados... Sentiam-se fracassados e até envergonhados em ter que confessar sua incapacidade em vencer a montanha e trazer de volta o pequenino raptado.
Foi então, que um leve choro de bebê, lhes chamou a atenção... Voltaram-se todos na direção do som, e viram a pobre mãe que tivera seu bebê raptado vir ao encontro deles. Nos braços, ela trazia um invólucro precioso. Era o seu bebê! Ela estava com as roupas rasgadas pelos espinheiros, a pele queimada pelo frio. Mas o bebê estava protegido com uma manta. São e salvo!
“Como você conseguiu?”, foi a pergunta de todos! “Como? Se nós, homens vigorosos e treinados em andanças, não conseguimos encontrar a trilha certa e vencer a montanha. Como você, uma mulher sozinha, conseguiu ir até ao topo e resgatar o bebê? E a mãe, aconchegando mais ainda ao peito o fardo pequenino, sorriu e respondeu:
“Muito simples! Eu consegui, porque era ‘o meu bebê’ que estava lá em cima!
Para o amor verdadeiro, não existem barreiras intransponíveis. Nada que ele não possa vencer, transpor, conquistar... E de todos os amores que existem na terra, o amor de irmãos, de amigos, de namorados, de esposos, nada é mais sublime do que o amor de Mãe...
É o amor que ama, mesmo que não receba retorno algum do ser a quem se dedica. Tem a capacidade de sobreviver a todas as tragédias E continuar fiel, mesmo diante de guerras, de ingratidão e de sofridas batalhas de solidão.
Felizes todos aqueles de nós que valorizamos o amor grandioso e incondicional dessa mulher chamada “Mãe”.
As Mães, sem dúvida, são como estrelas nos céus da Humanidade, iluminando as horas de sombra e as noites tormentosas do mundo.
Enquanto permaneçam no ideal de servir, na condição de servidoras com Deus, a alegria e a esperança estarão de braços dados edificando o futuro, por mais cruéis que sejam as ameaças de extinção da raça humana, pelos ódios, pelos vícios, pelos crimes, pelas guerras.
Por todas essas razões é que muitas Mães são consideradas “Anjos Protetores da Humanidade”.
(baseado no livro “Histórias para aquecer o coração das Mães” de: Jack Canfield, Mark Victor Hansen, Jennifer Read Hawthorne e Marci Shimoff)
Honra a teu pai e a tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o SENHOR teu Deus te dá. (Êxodo 20:12)
Filho meu, ouve a instrução de teu pai, e não deixes o ensinamento de tua mãe. (Provérbios 1:8)
Filho meu, guarda o mandamento de teu pai, e não deixes a lei da tua mãe. (Provérbios 6:20)
Postado por Fernando Caldas


"ELEIÇÕES LIMPAS"

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Postado por Fernando Caldas
"ESSE É O CAMINHO..."

Não diga tudo o que sabe, porque quem diz o que sabe muitas vezes diz o que não convém;
não faças tudo o que pode, porque quem faz tudo o que pode, muitas vezes faz o que não deve;
não acredite em tudo o que ouve, porque quem acredita em tudo o que ouve, muitas vezes julga o que não vê; não gaste tudo o que tem, porque quem gasta tudo o que tem, muitas vezes gasta o que não pode.

Provérbio árabe


De: O Bosque de Berkana
(Do Facebook de AMFS)
Ex Mai Love, Gaby Amarantos (tema da novela Cheias de Charme)

Meu amor era verdadeiro,
O teu era pirata
O meu amor era ouro
 E o teu não passava de um pedaço de lata

Meu amor era rio
E o teu não formava uma fina cascata
Meu amor era de raça
E o teu simplesmente um vira-lata

Ex my love, ex my love, se botar teu amor na vitrine,
nem vai valer 1,99
Ex my love, ex my love, se botar teu amor na vitrine,
nem vai valer 1,99

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Assembleia e UFRN realizam audiência pública sobre a importância da atuação do bibliotecário

Por iniciativa do deputado Hermano Morais (PMDB) a Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte e o Departamento de Biblioteconomia da UFRN, coordenado pela professora Antônia Neta, juntamente com o Conselho Federal de Biblioteconomia, presidido por Nêmora Rodrigues, realizam nesta quinta-feira, 10, às 14h, audiência pública e debate sobre a importância dos bibliotecários, com o objetivo de lembrar a importância desses profissionais no mercado

“É importante lembrar que é necessário despertar a iniciativa privada para investir neste segmento econômico, já que a maioria dos bancos de dados é ainda ligado a iniciativa pública”, comentou o deputado Hermano Morais, acrescentando que o profissional da informação tem papel fundamental para o desenvolvimento das organizações públicas e privadas.

“A informação tem caráter estratégico. O profissional pode e deve trabalhar a informação como apoio à decisão, ou seja, contribui para a tomada de decisão; como fator de produção, isto é, quanto maior for o valor agregado em um produto ou serviço, maior será a necessidade de informação nas etapas de concepção e produção”, completou.

Crescimento

Atualmente verifica-se um crescimento na atuação do profissional bibliotecário, como consultor, assessor, autônomo, ou mesmo terceirizado. Ainda é um crescimento tímido, uma minoria, mas que acata bem um profissional bibliotecário mais empreendedor, mais ousado.

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Postado por Fernando Caldas

CENTRO AÇUENSE EM NATAL - CAN - CONVITE

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Postado por Fernando Caldas

domingo, 6 de maio de 2012

ASSU ANTIGO


Praça do Rosário (década de sessenta), construída na administração do prefeito Edgard Borges Montenegro, com a colaboração do comércio local e a sociedade assuense. Cada banco daquela pracinha, era inscrito o nome daqueles que doaram valores, que colaboraram pela sua construção como, por exemplo, Minervino Wanderley, Solon e Afonso Wanderley,  Fernando Tavares Filho, Manoel de Melo Montenegro, dentre outros. A estátua de Nossa Senhora do Rosário fora doada pelo casal Maria Beatriz e Pedro Amorim.

Muitas décadas antes, era ali assentado uma igrejinha mal acabada (Igreja do Rosário).

Postado por Fernando Caldas



Por João Lins Caldas (1888-1967), poeta potiguar de Assu

Estou calçado para a eternidade.
Vesti-me de roupas de caminhar por toda a eternidade.
Onde houver um rasgão, certo que as minhas roupas estarão rasgadas.
Mas um mundo é um clarão
Eu serei um clarão por toda a eternidade.

Postado por Fernando Caldas

CÁRCERE

Por Andiére Majó Abreu, poeta potiguar assuense

Torpor, lamúria, desolação,
Em cada recanto o sofrimento,
Em cada ser o arrependimento,
Mágoa, tristeza, e desilusão.

Ouve-se também uma oração,
Gritos d'alma, soluços, gemidos,
Vê-se no chão corpos carcomidos
Implorado ao seu Deus a Salvação.

Vê-se em cada rosto o desespero,
Vê-se em cada gesto um exagero,
Vê-se em tudo uma real crueza.

Vê-se a solidão e atriste sina
De quem em breve será pó, termina,
Resta-lhe somente esta certeza.

Postado por Fernando Caldas


ABC X AMÉRICA - "DIGA NÃO A VIOLÊNCIA"



A banda 2polos prega pela paz nos estádios. Diga não à violência, futebol é apenas diversão. Torçam pelos seus times, curtam, vibrem, comemorem, mas não esqueçam que após o apito do juiz toda a rivalidade acaba.

Esquecendo a rivalidade e unidos pela amizade, os integrantes da banda 2polos (tanto abcdistas quanto americanos) prepararam uma surpresa para as duas maiores torcidas do estado do Rio Grande do Norte. Acessem os links abaixo e curtam as versões rock dos hinos dos dois clubes.

Hino do ABC
http://www.youtube.com/watch?v=ljstAFGRzog

Hino do América
http://www.youtube.com/watch?v=3N5ol9Yu-CI

sábado, 5 de maio de 2012

PAUL NO ARRUDA




Por Gustavo Krause

A realeza inglesa (é rima e solução) chegou à Rua das Moças e ao
coração das moças, dos moços e idosos com direito a pagar meia entrada
para assistir a um espetáculo inesquecível.

Ele, Paul, integralmente aristocrático: branco, “sir”, cidadão-súdito
da mais tradicional monarquia do mundo e membro da dinastia
músico/cultural Beatles.

A Rua das Moças, endereço da República Independente do Arruda e com
bandeira tricolor que nem a França (só para contrariar), bairro que os
ingleses do século XIX chamariam de “burgos podres”, recebia o nobre
visitante, tropicalmente, mestiçamente, afetuosamente e cheia de amor
para dar.

E mais, com um toque de desordem sem maiores consequências, senão
apenas para reconhecer a firma de um país, complexo, contraditório que
mistura a chatice linear da régua e do compasso com a descontração do
compasso do samba e o descompasso acrobático do frevo. A feijoada deu
um sabor especial ao rosbife. Paul e a Rua das Moças se fundiram na
comunhão da cultura universal.

Do espetáculo, já se disse tudo, até o inverso do que aconteceu. Coisa
de gente entediada e mal-humorada. De verdade, tudo aconteceu na
medida certa.

Profissionalismo. Um Paul sem a frescura de certas estrelas (?) e um
artista incansável que não interrompe três horas de show para beber
água, segundo ele, em respeito ao público que paga caro para vê-lo.

Emoção e participação. Atenção: Paul McCartney integrou o santíssimo
quarteto, óbvio? Não. Como os grandes sucessos dos jovens de Liverpool
traspassaram gerações, havia a expectativa de um repertório mais
conhecido e que pudesse ser cantado pelo público. E houve. Pouco mais
de uma dezena de canções. Paul tem o seu próprio e renovado
repertório. Com o público, se comunicou com a música que mexe com o
feixe de nervos e músculos cardíacos e, de modo simples, por meio de
mensagens devidamente escolhidas e usando o mais representativo
símbolo da nossa terra que toca na alma nativista: a bandeira de
Pernambuco. Ao meu lado, um cara enorme, sarado, acompanhado de uma
mulher escultural, repetia aos berros “Eu já posso morrer!”. Resta
saber se de “susto, de bala ou vício, num precipício de luzes”, ou,
gloriosamente, nos braços da companheira.

O que aconteceu no Recife nos marcantes dias 21 e 22 de abril
[Tiradentes e a descoberta do Brasil (?)] não foi um espetáculo
musical, interpretado por um artista genial. Foi muito mais, pois, ali
estava o personagem e o intérprete de uma era.

De fato, Paul é um filho do século XX que representa os milhões de
órfãos, vítimas emocionais de guerras mundiais, de guerras regionais
transformadas em espetáculos cinematográficos e televisivos ou da
louca ameaça dos chefes de Estados em promover guerras quentes ou
frias.

Ali estava um baby boomer, nascido na década de quarenta sob o peso
das tragédias passadas, carregando o fardo de heranças tirânicas e, o
que é mais grave, a angústia existencial de uma vida sem sentido. Mas
com ele, nascia a luz que afrontava cartilhas políticas, mandava às
favas verdades estabelecidas, pregava um individualismo libertário e
assumia um paradigma desafiador cujos sinais estão descritos, em
admirável síntese, no romance da Vargas Llosa, “As travessuras da
menina má”: “Em Londres nasceram a minissaia, os cabelos compridos e
as roupas extravagantes que consagraram os musicais Hair e Jesus
Christ Superstar, a popularização das drogas, a começar pela maconha
indo até o ácido lisérgico, a fascinação pelo espiritualismo hindu, o
budismo, a prática do amor livre, a saída do armário dos homossexuais
e as campanhas de orgulho gay, assim como uma rejeição em bloco do
stablishment burguês não em nome da revolução socialista, à qual os
hippies eram indiferentes, mas sim de um pacifismo hedonista e
anárquico, matizado pelo amor à natureza e aos animais e por uma
renegação da moral tradicional”.

Na Rua das Moças, vi, vivi, revivi retalhos de lembranças,
entrecortado pela nostalgia e pela esperança que outros “arretados”,
como Paul e os personagens do tempo fértil da década de sessenta
ressurjam, protestando em favor de “paz e amor”.

TODO DIA EXISTE DEUS...

 
Todo dia existe Deus... Na harmonia das cores, na natureza esquecida, Na fresca aragem da brisa, na própria essência da vida...
Todo dia existe Deus... No regato cristalino, pequeno servo do mar, Nas ondas lavando as praias, na clara luz do luar...
Todo dia existe Deus... Na escuridão do infinito, todo ponteado de estrelas, Na amplidão do universo, no simples prazer de vê-las... Todo dia existe Deus... Nos segredos desta vida, no germinar da semente, Nos movimentos da Terra, que gira incessantemente... Todo dia existe Deus... No orvalho sobre a relva, na natureza que encanta, No cheiro que vem da terra, e no sol que se levanta... Todo dia existe Deus... Nas flores que desabrocham perfumando a atmosfera, Nas folhas novas que brotam anunciando a primavera...

Deus é capaz, Deus é paz, Deus é a esperança, é o alento do aflito, O Criador do Universo, da luz, do ar, da aliança... Deus é a justiça perfeita, que emana do coração. 
 
De: Tereza Cristina Diehl
(Minha aniga em Facebook)

terça-feira, 1 de maio de 2012

  

Eu quero amar, amar perdidamente!
Amar só por amar: aqui... além...
Mais este e aquele, o outro e a toda gente...
Amar! Amar! E não amar ninguém!

Recordar? Esquecer? Indiferente!...
Prender ou desprender? É mal? É bem?
Quem disse que se pode amar alguém
Durante a vida inteira é porque mente!

Há uma primavera em cada vida:
É preciso cantá-la assim florida,
Pois se Deus nos deu voz, foi pra cantar.

E se um dia hei de ser pó, cinza e nada
Que seja a minha noite uma alvorada,
Que eu saiba me perder... pra me encontrar...

De: Florbela Espanca, poetisa portuguesa


(... )

Noite... e dentro da noite a solidão...
A solidão é um pássaro da noite...
Quem não te busca, pálido tresnoite,
A alma fria da noite, pelo chão...?
Amo a noite do amor, amo este açoite,
Solidão, solidão...

(... )

De: João Lins Caldas, lírico modernista que se tivesse publicado a sua obra literária multifária, certamente teria se consagrado um dos maiores ícones da poesia universal! Que me perdoe o ufanismo!

PELO DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA Se Guilherme de Almeida escreveu 'Raça', em 1925, uma obra literária “que tem como tema a gênese da na...