domingo, 7 de julho de 2013
Eu vi o ataque de Lampião
O EX-BANCÁRIO MANOEL PEREIRA COMPLETOU 100 ANOS NA ÚLTIMA QUARTA-FEIRA; AO NOVO JORNAL, ELE CONTA TUDO O QUE TESTEMUNHOU SOBRE A INVASÃO DO REI DO CANGAÇO A MOSSORÓ
DO NOVO JORNAL
O azulejo padronizado com figuras de flores, presente nas paredes da antiga residência no bairro de Petrópolis, em Natal, é a moldura singela para o manso discurso de Manoel Pereira. No auge dos 100 anos de idade, comemorados na última quarta-feira, o senhor de cabelos ralos, bigode e barbicha grisalhos, lembra de datas, nomes e números de cabeça. Fala sem pressa ao narrar sua história que, em muitos pontos, se cruza com a própria história do Rio Grande do Norte: ele é uma das últimas testemunhas vivas do ataque de Lampião a Mossoró em 1927.
Foto: Argemiro Lima/NJ.
Manoel relata os tiroteios à esmo
Ao completar dois anos, sua família comprou um sítio próximo a Ceará Mirim, conhecido como Jacoca de Baixo, onde viveram por volta de uma década. Dessa fazenda, ele lembra das fruteiras, da cana de açúcar e de um moinho movido a burro. Fez o ABC ainda naquela comunidade. Na década de 20, a família migrou para Lajes do Cabugi e, quando tinha 14 anos, chegou a Mossoró, onde viveu na região suburbana até que mudou-se para uma casa na atual avenida Alberto Maranhão.
Nesta fase de sua vida, o garoto tornou-se uma testemunha privilegiada da saga do cangaço que aterrorizava o sertão nordestino, já tendo sido, por este motivo, entrevistado pelos pesquisadore que se interessam pelo tema. Mossoró, claro, era muito diferente da cidade que é hoje. Havia só três igrejas: a da Conceição, a de São Vicente e a Matriz. “A gente morava no alto, próximo a uma caieira (de fazer cal). Até hoje ela existe, só que com algumas modificações. Era a última casa da Alberto Maranhão”.
A invasão do bando de Lampião à cidade, lembra como se fosse hoje: “Foi no dia de Santo Antônio (13 de junho), eles achavam que iam pegar a cidade de surpresa”, informa. No entanto, depois que os cangaceiros atacaram Apodi, pouco antes, os mossoroenses ficaram alertas. Inclusive, segundo disse, as autoridades souberam do plano dos bandoleiros através de uma pessoa que vinha de uma das cidades da região que já havia sido saqueada pelo bando.
Conta que, enquanto o bando descia a cavalo para São Sebastião, atual Dix-sept Rosado, a população de Mossoró já se armava para receber os visitantes indesejáveis. “Naquela época, o exército era muito reduzido e por isso os coronéis cederam os fuzis para os cidadãos e a cidade toda ficou em estado de alerta”, ressalta.
Revela ainda que, pouco antes do ataque, um grupo de cangaceiros tentou tomar, sem sucesso, um trem que se destinava a Mossoró. A locomotiva, a salvo dos bandoleiros, entrou na cidade apitando ininterruptamente, logo sendo acompanhada pelas badaladas do sino da igreja, sinalizando para toda a população que o perigo era iminente.
Pereira parece não ter dificuldades para resgatar da memória fatos que ocorreram há mais de 80 anos, quase 90. Com a voz sempre pausada, fala que a ameaça do rei do cangaço gerou um alvoroço na população civil, notadamente mulheres e crianças, culminando com o êxodo de muita gente. Quem tinha condições deixou a cidade em carroça ou a cavalo em direção aos sítios e cidades vizinhas.
Quem não tinha condições partiu a pé, como a família de Manoel Pereira. Depois de duas horas de caminhada, chegaram ao sítio Bom Jesus. “Como minha mãe estava com medo de os cangaceiros roubarem as coisas lá de casa, trancou tudo na caieira que havia na vizinhança”, recorda. Às 13h do dia do ataque, a família estava reunida numa cabana de folha de carnaúba, empestada de muriçocas, quando começou a escutar a chuva de balas.
“Eles atiravam a esmo: os cangaceiros a partir da entrada da cidade e o povo da trincheira do prefeito Rodolfo (Fernandes), onde estavam reunidos”, conta, explicando que ouviu o relato dos acontecimentos dos próprios atores deste drama real. Segundo ele, o bravo prefeito que liderou a resistência havia montado uma trincheira de sacos de algodão prensado. “Aquilo era mais forte do que ferro”, avalia. “Lampião ficou no entorno da cidade, onde hoje fica a Estação das Artes, e mandou dois homens de seu bando para avaliar a situação: Colchete e Jararaca”, diz.
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Um poema de Pablo Neruda
Saudade é solidão acompanhada,
é quando o amor ainda não foi embora,
mas o amado já...
Saudade é amar um passado que ainda não passou,
é recusar um presente que nos machuca,
é não ver o futuro que nos convida...
Saudade é sentir que existe o que não existe mais...
Saudade é o inferno dos que perderam,
é a dor dos que ficaram para trás,
é o gosto de morte na boca dos que continuam...
Só uma pessoa no mundo deseja sentir saudade:
aquela que nunca amou.
E esse é o maior dos sofrimentos:
não ter por quem sentir saudades,
passar pela vida e não viver.
O maior dos sofrimentos é nunca ter sofrido.
Pablo Neruda
Partido Novo
Mais um exemplo de que o problema no Brasil é a má gestão pública e a escolha errada de prioridades.
Não precisamos de mais gastos e aumento de impostos.
http://www1.folha.uol.com.br/ mercado/2013/06/ 1303780-aprendendo-a-gastar.sht ml
Poesia
Pode ser que um dia tudo acabe...
Mas, com a amizade construiremos tudo novamente,
Cada vez de forma diferente.
Sendo único e inesquecível cada momento
Que juntos viveremos e nos lembraremos para sempre.
Há duas formas para viver a sua vida:
Uma é acreditar que não existe milagre.
A outra é acreditar que todas as coisas são um milagre
Albert Einstein
*Crystal*
Mas, com a amizade construiremos tudo novamente,
Cada vez de forma diferente.
Sendo único e inesquecível cada momento
Que juntos viveremos e nos lembraremos para sempre.
Há duas formas para viver a sua vida:
Uma é acreditar que não existe milagre.
A outra é acreditar que todas as coisas são um milagre
Albert Einstein
*Crystal*
De: Rosas em Poesias
O MUNDO VARZEANO
Estivemos ontem (quinta-feira, 05/07), na Pinacoteca / Palácio do Governo, representando o Deputado Estadual George Soares - o qual se encontrava ausente de Natal, no lançamento do livro O Mundo Varzeano de Manoel Rodrigues de Melo",de autoria de Maria da Salete com fotografias de João Vital Evangelista Souto.
Com apoio da Lei Câmara Cascudo e patrocínio da Petrobras, o livro retrata paisagens, tipos e costumes do Vale do Açu registrados na obra do escritor varzeano e que foram objeto de estudo da professora em sua dissertação de mestrado, aprovada pelo Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Norte em 2001.
“O texto desse livro é simplesmente o primeiro capítulo da minha dissertação de mestrado, todo ele está ali, onde destaco a visão poética e a riqueza de detalhes que o grande escritor Manoel Rodrigues de Melo (1907-1996) descreveu sobre a região que fica a nordeste da bacia hidrográfica do rio Açu e que engloba os municípios de Assu, Ipanguaçu, Carnaubais, Alto do Rodrigues, Pendencias, Porto do Mangue e Macau”, conta a professora.
Familiares de Manoel Rodrigues de Melo, autoridades e muitos pendencienses e assuenses se fizeram presentes. O lançamento foi um sucesso de público.
Fotos: Maria da Conceição Barbosa Bezerra
Postado por Ivan Pinheiro Bezerra
sexta-feira, 5 de julho de 2013
Poesia
É tão fundo o silêncio entre as estrelas.
Nem o som da palavra se propaga
nem o canto das aves milagrosas.
Mas lá, entre as estrelas,
onde somos um astro recriado,
é que se ouve o íntimo rumor
que abre as rosas.
José Saramago
Nem o som da palavra se propaga
nem o canto das aves milagrosas.
Mas lá, entre as estrelas,
onde somos um astro recriado,
é que se ouve o íntimo rumor
que abre as rosas.
José Saramago
Poema
A chuva já tinha parado, mas o riacho ainda corria na rua escura. Um vento frio teimava em entrar pela porta entreaberta e castigar os três amigos. Chico Batista já ameaçara fechar a bodega. A garrafa estava quase vazia. Augusto Preto virou o copo de uma vez e pegou um cajá-umbu.
- Dó, Adolfinho, para esse preto velho!
♪ ♫ ♫ ♫ ♪ ♫
Por que você me olha
Com esses olhos de loucura?
Por que você diz meu nome?
Por que você me procura?
♪ ♫ ♫ ♫ ♪ ♫
- Velho, nós devíamos fazer serenata agora.
- Eu topo, cigano.
- Primeiro na casa de Clarinha.
- Depois, Barranqueira e Espedita.
- Tudo bem, a gente encerra na casa de Alzira.
- Índio velho, anote aí mais uma garrafa!
- Amanhã a gente devolve os copos...
E os três amigos saíram cantando pelas ruas molhadas da cidade.
♪ ♫ ♫ ♫ ♪ ♫
De que serve sonhar um minuto?
Se a verdade da vida é ruim
Se existe um preconceito muito forte
Separando você de mim
♪ ♫ ♫ ♫ ♪ ♫
Sérgio Simonette
Poemeto
Título do blog
Se nesta cama te ensino a morrer
é porque a morte é febre que tece
— tempestade que anuncia mundos de seda.
Marize Castro, poeta potiguar
Se nesta cama te ensino a morrer
é porque a morte é febre que tece
— tempestade que anuncia mundos de seda.
Marize Castro, poeta potiguar
Ufersa Assú será implantada com 60 vagas de Medicina
02/07/2013
O Ministério da Educação autorizou a criação de mais 60 vagas para o curso de Medicina na Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa), que serão implantadas no futuro Campus da cidade de Assú. As novas vagas serão escalonadas em dois anos seguintes, sendo a primeira turma com 30 alunos já em 2016, e mais 30 vagas no ano seguinte, 2017.
Com a boa notícia, a Universidade passará a contar com 120 vagas para Medicina até 2017. Isso porque o Governo Federal já havia liberado em meados de maio deste ano as primeiras 60 vagas para atender o Campus Central, em Mossoró, sendo 30 entradas também em 2016 e outras 30 vagas no ano seguinte.
O professor José de Arimatea de Matos repassou a informação de Brasília, complementando que o novo campus de Assú estará em funcionamento concomitante com as novas vagas de Medicina na cidade. “A região do Vale do Assú realiza um antigo sonho com a chegada da Universidade. A nova Unidade da Ufersa irá funcionar como um Centro de Saúde, assim como em Mossoró”, ressalta o professor.
O próximo passo da Universidade será a elaboração do orçamento necessário para implantação do curso pela Pró-Reitoria de Planejamento. A planilha de investimentos será incorporada ao orçamento do Ministério da Educação para contemplar uma estrutura dotada de biotérios, sala de aula, sala para professores, laboratórios, auditórios, acervo bibliotecário e recursos humanos – docentes e técnicos. “Todos os esforços serão feitos pela Universidade para acelerarmos as solicitações do MEC”, garantiu o magnífico.
Os graduandos irão ingressar no Curso através do Sistema de Seleção Unificada (SiSU) para entrada em 2016, de modo que os candidatos deverão obrigatoriamente prestar o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), em 2015.
Medicina em Assu será o 33º curso presencial da UFERSA, que já conta hoje com 20 graduações no Campus Central, 5 em Angicos, 4 em Caraúbas e 2 em Pau dos Ferros. A UFERSA também já recebeu a autorização para a implantação do curso de Educação do Campo, que deverá ser implantado em Mossoró.
“A conquista da Ufersa reflete a política de interiorização das ofertas de vagas do Ensino Superior por parte do Governo Federal, sobretudo na área da Saúde, que é um setor prioritário nas reivindicações da sociedade. Ganha o Rio Grande do Norte e principalmente o interior”, defende o reitor José de Arimatea de Matos.
quinta-feira, 4 de julho de 2013
Assu antigo
Casa de Francisco Evarista de Oliveira Sales (dr. Sales), um dos primeiros médicos a chegar na cidade de Assu., onde ele conquistou grandes amizades e simpatias! Guardo dele boas recordações e lembranças!
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