sábado, 7 de dezembro de 2013

Bom Dia!
Que a paz seja presente
A amizade uma semente
Emoções que se sente
Lembranças na mente
Esperança crente
Amigos autênticos
Sorrisos contentes
Amizade somente
Com amigos, parentes
E a fé ardente!
Lili Peron
*Crystal*
Solar São Francisco, Ceará-Mirim, RN. Casarão pertencente ao Barão de Ceará-Mirim Manuel Varela do Nascimento. 

SÁBADO, 7 DE DEZEMBRO DE 2013

ASSU


O fotógrafo Jean Lopes vai colocar em prática um projeto que planejou há alguns anos. Na noite de hoje (7) Jean vai montar uma estrutura no Bregassú para retratar as ‘figuras’ da festa.

Dida Bola – promotor do Bregassú - reservou um espaço na entrada do São João Park Club para que Jean Lopes ‘retrate’ os ‘figurantes’ da festa.

Pois é! Capriche na hora de se arrumar para a festa e escolha uma boa indumentária, pois você poderá aparecer na galeria de ‘retratos’ que será postada na página do 1Estudio.com (facebook.com/1estudiopontocom).

Quer uma inspiração? Confira ao lado:

Postado por Rabiscos do Samuel.

Mensagem de oração.

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

"FALAR DE MANDELA"



Por João Celso Neto*

Falar de Mandela.
É comum elogiar quem morreu, sobretudo uma morte anunciada, o que permite a elaboração a priori de necrológios os mais completos.
Estive na África do Sul há pouco mais de dez anos, ele não era mais seu presidente. Porém continuava idolatrado, uma verdadeira unanimidade nacional (e mundial).
Os "sightseeings" incluíam passar em frente a uma das suas casas (ele recebeu de presente uma na Cidade do Cabo, outra em Johannesburgo e, salvo engano, mais uma em Pretoria).
Pude constatar o que ele conseguira fazer por seu país. Na extensão da palavra, foi um grande estadista, um patriota, da estirpe de Gandhi e outros pouquíssimos, tendo pacificado sua nação. Lá, mesmo minorias têm garantia constitucional de participação na sociedade, com cotas para judeus, árabes, indianos... para quem haja contribuído para a construção do país, sem revanchismos.
Talvez não tenha havido pronunciamento mais feliz do que o do presidente americano (ele também um negro): “Ele alcançou mais do que se pode esperar de qualquer homem.”
Outros epítetos igualmente felizes a seu respeito: aquele que derrotou o "apartheid", monumento à tolerância, líder mundial da luta pela igualdade.
Nada que se diga sobre Nelson Mandela conseguirá fazer justiça integral ao grande homem que, mais que qualquer outra coisa, fez o que pregava, ou seja, fez o que dizia que deveria ser feito.

*João Celso Neto é poeta, advogado, funcionário aposentado da EMBRATEL, assuense residente em Brasília-DF.

FAROESTE CABOCLO – TIROS E MORTE NO SENADO FEDERAL

Publicado em 04/12/2013

O momento do disparo. A foto rendou Prêmio Esso ao fotógrafo Efraim Frajmund em 1964
O momento do disparo. A foto rendou Prêmio Esso ao fotógrafo Efraim Frajmund em 1964

Há 50 anos, o senador Arnon de Mello, de dentro do plenário, disparou contra desafeto político

Em 4 de dezembro de 1963, o Senado foi palco de um acerto de contas. A rixa entre os senadores alagoanos Silvestre Péricles e Arnon de Mello, acabou em tiros e morte. “Há anos que o Sr. Silvestre Péricles me insulta e me ameaça”, justificou em sua defesa o senador Arnon de Mello o autor de três disparos contra Pericles, que chegou a sacar sua arma, mas não disparou.
Os disparos de Melo não atingiram o alvo, mas um tiro atingiu o suplente de senador José Kairala. O político acreano estava no seu último dia de suplência, após seis meses no cargo. Morreu horas depois no hospital.
Arnon de Mello, pai do ex-presidente e atual senador Fernando Collor de Mello, não foi punido porque dispunha de imunidade parlamentar.
No dia seguinte aos tiros, o jornal detalhou que o senador Silvestre também sacou sua arma.  Indicado pela seta, o senador Kaiala, a vítima fatal do conflito
Indicado pela seta, o senador Kaiala, a vítima fatal do conflito
Prêmio. O fotógrafo Efraim Frajmund conseguiu registrar toda a sequência do conflito (ver imagem abaixo) que começou com o discurso de Arnon de Mello na tribuna, de onde se defendeu das agressões do adversário, até a saída do plenário do senador Kairala. A foto do tiroteio recebeu o Prêmo Esso em 1964.
Autor - Carlos Eduardo Entini

NELSON MANDELA

O bravo não é quem não sente medo, mas quem vence esse medo.

Nelson Mandela - 19/7/1918 - 5.12.2013

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Queres embriagar-te
E abastecer de amor
Queres ser bem amada
E esquecer o dissabor!
Cai aqui em meus braços
Ao sentir o meu abraço
Tu jamais sentiras dor!
Porque da dor do amor
Vais ficar adormecida
O veneno do meu beijo
Vai curar tua ferida
De prazer vou saciar-te
Para sempre vou amar-te
E terás prazer na vida.

Rita de Cassia Quereira



 
O Time do Itajá (Modificado)

O time do Itajá
daqueles tempos atrás
jogava lindo demais
chegava a arrepiar.
Com Chiquito a pegar
e um meio de campo assim
com Souza, Sinha e Netim
Gilson e Bebeto na frente,
não há time que aguente;
pode acreditar em mim.
Pra usar como se usa,
o seu maior marcador.
Incansável defensor
que foi Vicente de Zuza.
E um que usa e abusa
João Francisco, muito fino
e o velho Pedro Lino,
fadado pra artilheiro.
Inda deixou um herdeiro
Chiranha, esse menino.
Com Seu Né e Cassimiro
o jogo ficava fino
e com Titico Etelvino
o driblador que admiro
ainda tinha Ramiro
que marcava muito bem
e craques como ninguém
tinha Hélio e Eugênio
com um futebol de gênio
que vai ficar pro além.
Pra fazer verso, e poesia
alguma coisa me toca.
Está me faltando Joca
e também Antonio Matia
Eu me lembro todo dia
dos gols que Joca fazia,
não esqueço a magia
do zagueiro impecável;
o zagueiro mais notável
que foi “Galego” Matia
Falei pouco dos Matias,
mas apenas pra explicar:
uma família exemplar
e produtora de craques.
Está cheia de destaques,
mas acredite se quiser.
Se um bom estudo fizer
de Pedro Lino a Netim,
você vai ver que no fim
a herança vem dos Misé.
Com Zé Ivaldo e Heraque,
Marconi, Cabeto e Lano
para jogar todo ano,
ontem, hoje e amanhã.
Chico Preto e Narran,
Chiranha que já morreu.
Esse time só desceu,
pra desgraça do Itajá,
quando tentaram escalar
Tota, Tuíca... e Eu.
Autor: Edmilson Pessoa Lopes 
Itajaense - poeta nas horas vagas.

Postado por Ivan Pinheiro

BEZERRA AVALIA CANDIDATURA E FALA EM “PACTO PELA GOVERNABILIDADE DO RN”


BEZERRA
Ex-presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), o empresário Fernando Bezerra, com passagem política pelo Senado da República e pelo Ministério da Integração Nacional, avalia como positiva a proposta do ex-deputado Ney Lopes de Souza (DEM), que sugere um pacto pela governabilidade do Rio Grande do Norte.
“Seja qual for o quadro, acho que tem que restabelecer condições de governabilidade, com um grande pacto em torno dessa governabilidade, que envolveria, não apenas o Executivo, mas o Legislativo e o Judiciário, através de uma análise mais aprofundada. Porque há problemas sérios”, diz. “Eu não acredito que um governador deixe de pagar a folha de pessoal porque quer. Ninguém de bom senso faria isso. Há dificuldade? Como removê-la?”, afirma o empresário.
“Acho importante avançar no pacto de governabilidade do futuro. A manter-se esse quadro, ficaria difícil para quem quer que seja governador do RN. Não estou falando em candidatura. Achei interesse a proposta de Ney porque é ampla e não é em torno de candidatura de ninguém. Acho um fato importante, porque algumas decisões de candidaturas poderão ser tomadas a respeito disso”, completa Bezerra, que é um dos nomes do PMDB para disputar o governo do Estado nas eleições do ano que vem.
Sobre 2014, Fernando Bezerra admite estar “considerando a possibilidade” de ser candidato a governador, mas salienta que o PMDB tem outros nomes, como Henrique, Garibaldi e Walter. “Eu acho que Henrique tem condições de ser candidato, tem um talento muito grande, nunca foi governador do RN. Eu o vejo como liderança nacional, num processo bastante positivo, de amadurecimento político, um sujeito muito inteligente, criativo”, diz, salientando que o fato de Henrique estar bem posicionado no cenário nacional ajudará bastante em caso de ele vir a ser governador.
Do ponto de vista eleitoral, segundo Bezerra, o ministro da Previdência, Garibaldi, é inquestionável. “Acho e até suponho que Wilma de Faria (presidente do PSB) se colocando como candidata a governadora, o nome mais forte num confronto com ela seria Garibaldi. Digo isso pelo que vi nas pesquisas”, afirma, citando o deputado estadual Walter como mais uma opção no PMDB.
VIABILIDADE
Entretanto, segundo Fernando Bezerra, a discussão que deve ser feita, no atual momento, não é sobre nomes de possíveis candidatos, mas sim, sobre as condições de governabilidade do estado. “Na minha visão há um consenso, pelo menos é o que se lê nos jornais, de que há um custo além das possibilidades do Estado em termos de gastos nos outros poderes. Isso é verdade? A ser, dentro da construção de um pacto dessa natureza, que poderia ser negociado como redutor desses custos? Tanto no Legislativo como no Judiciário, como no Executivo, no Ministério Público? Acho que é coisa que interessa à sociedade do RN. É uma coisa que transcende a vontade política e até os partidos. Acho que é uma coisa que a sociedade deve avançar nessa direção. Quem não acha que isso é fundamental para o futuro do RN?”, avalia.
Sobre o quadro político, Fernando Bezerra diz acompanhar apenas pelo noticiário. Para ele, as lideranças maiores do PMDB analisam o quadro político. “O que tenho visto é que coisas estão no stand by de uma maneira geral. Vi no jornal que Wilma não está decidida se será candidata a governadora, se ela quer o Senado. Diante desse conflito interno do PT, como ficaria isso? Acho que estão analisando esse processo”, diz, informando que Henrique e Garibaldi estão “analisando que alianças são possíveis”.
O que tem sido mantido por Henrique e Garibaldi, segundo Fernando Bezerra, é que o PMDB terá candidato a governador, sem especificar quem. “Acho que Henrique é um bom nome, como é evidentemente Garibaldi. Mas Garibaldi se colocou em posição mais incisiva de não aceitar ser candidato a governador pelo fato de já ter governado. Tem o nome de Waltinho, e tem o nome do partido. Nesse cenário, eles, evidentemente, estão cogitando do meu nome. É uma cogitação interna, sem nenhuma decisão sobre nomes”.
Ainda segundo Fernando Bezerra, o cenário aponta ainda para a manifestação de que o PT deseja a candidatura de Fátima Bezerra ao Senado, da mesma forma que há manifestação de Wilma, que quer disputar cargo majoritário e não decidiu se queria. “Wilma disse que esse assunto é assunto a ser tratado ano que vem. Acho que diante da proximidade do final do ano, nada vai se mover definitivamente. Mas a política é cheia de conversas, eles devem estar conversando entre eles”, observa, informando que neste final de semana também terá encontro com os lideres do PMDB, Henrique e Garibaldi.
Alex Viana/JH

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

FEDERAL EM 2014

No momento que articulo uma candidatura para deputado federal pelo PSC – Partido Social Cristão/RN, em cuja agremiação partidária sou um dos seus antigos militantes, me faz lembrar uma crônica que um amigo professor e conceituado jornalista e político potiguar chamado Aluízio Lacerda, escreveu sobre a minha pessoa, que muito me engrandece e dignifica. Gostaria, portanto, de compartilhar com as minhas amigas e amigos a referida crônica, conforme adiante:

“Na verdade Fernando Caldas é uma figura de muitos requisitos para ir a luta, nascido na Taba-Açu originária, família de conceituação histórica, exerceu na terra dos poetas mandato de vereador, sendo presidente do legislativo, possui uma reminiscência de amizade calcada nos critérios de uma juventude inteligente e salutar. Fernando Caldas, sempre se utilizou de uma comunicação respeitável, tratando com cordialidade aliados e desafetos, sua retórica tem aprofundamento da cultura e do saber, faz na atualidade um resgate cultural, das boas coisas do vale, sempre reproduzindo lindos contos, belas poesias, mostrando com satisfação a grandeza dos nossos talentos, essencialmente dos que fizeram parte desta história, lembrando sempre daqueles que o destino cumpriu o sagrado dever de levar para o hemisfério dos que vivem em plano superior. Escritores, poetas, cordelistas, educadores e políticos, são personagens do Seu trabalho, fazendo diuturnamente em seu blog a "História Viva do Vale do Assu". Receba amigo Fernando Caldas o nosso fraternal abraço, desabroche com coragem e abnegação a potencialidade do seu ideal, continue sendo o grande menestrel das nossas riquezas, seja o vapor efervescente da fornalha inteligente dos adeptos da sua geração, prossiga sua caminhada em busca do alvorecer idealista, sonhando com realidade susceptíveis de bonança, progresso e desenvolvimento. Fernando Caldas continue insistindo na contribuição democrática, exercendo sua cidadania em pé de igualdade com as diferentes matizes do processo eleitoral, não se preocupe com resultado, não se intimide com efeitos, bata sempre palmas para a causa que bem defendes, vá a luta provando o seu valor, guardado no inesgotável acervo de conhecimento do universo político regional, seja um redistribuidor de ideias e alternativas a este sofrido Rio Grande do Norte".

(Na fotografia, da direita: Pastor Everaldo, pré-candidato a Presidente da República/PSC, Fernando Caldas).

ATO DE INAUGURAÇÃO DA PRIMEIRA AVENIDA ASFALTADA DO ASSU


Para registrar. Ato inaugural da primeira avenida asfaltada do Assu - entrada da cidade, avenida João Celso Filho, em 1976, com a presença do governador Tarcísio Maia, prefeito Sebastião Alves, Agnaldo Gurgel, Dom Alexandre, entre outras pessoas da sociedade assuense, inclusive o estudante Fernando Caldas/Fanfa.

Fernando Caldas


UM FINAL DE SEMANA CULTURAL


 DIA 7 - SÁBADO PRÓXIMO





terça-feira, 3 de dezembro de 2013

CONTO

SANTA TEREZA
 
- Apressa menina, senão vamos chegar atrasados! – Gritou Dona Francisca para sua filha Tereza.
A garota estava ansiosa e nervosa. Este dia era esperado há muito tempo. De família extremamente religiosa ela tinha um sonho: se confessar com Frei Damião – o santo milagreiro do povo nordestino
A década de sessenta tinha sido difícil para os nordestinos: estradas precárias, falta de energia em quase todos os lugares, meios de transportes escassos, falta d’água nos sertões secos... Este quadro foi diversas vezes bem retratado nas poesias de Renato Caldas, Sinhazinha Wanderley, Francisco Amorim, Chico Traíra e tantas outras feras da literatura poética que habitaram a região do Vale do Açu.
A pequena comunidade de Juazeiro, onde residia à família de Dona Francisca ficou praticamente desabitada. Até o velho Lourenço que estava acometido de um forte reumatismo viajou para a cidade do Assú numa carroça para participar da missão de Frei Damião e Frei Fernando, dois frades pertencentes à Ordem dos Capuchinhos que percorriam as cidades da região Nordeste, como andarilhos das estradas afora, a levarem para as pessoas a mensagem do evangelho com muito radicalismo e muita fidelidade aos ensinamentos bíblicos
Quando a família de Tereza chegou defronte a Matriz de São João Batista a luz solar já começava a desaparecer no horizonte. A multidão se comprimia para tocar em Frei Damião na sua “procissão de penitência” da casa paroquial à Igreja passando lentamente entre os fiéis.
Era a última missa do dia. Dela participaria certamente o maior número de católicos. Em decorrência do atraso toda família de Tereza teve de ficar em pé. A celebração começou pontualmente às dezoito horas.
- “No inferno o calor é bilhões de vezes pior que no Nordeste. As labaredas sobem e queimam sem parar o corpo dos adúlteros, das prostitutas, dos afeminados e dos criminosos...” - Disse o Frei na abertura de sua homilia com a voz rouca, quase inaudível
Depois da pregação foi formada uma fila quilométrica para confissões. Sentado num tamborete de madeira o frade capuchinho escutava cada devoto com muita atenção, olho no olho, o cotovelo no joelho e a mão no queixo apoiando a cabeça. Desta posição quase não se mexia, vez por outra parava por alguns segundos para tomar um golinho de café bem forte. Afinal precisava de resistência para adentrar até altas horas da noite.
Tereza estava na fila acompanhada pelos seus pais. Estava nervosa...  Era a primeira vez que iria se encontrar com Frei Damião. Não bastasse, estava ali com o privilégio de se confessar com ele. Tinha plena certeza de que aquele momento marcaria sua vida, realizaria um sonho, fortaleceria sua fé no catolicismo e a devoção pelo “Santo Milagreiro do Sertão”
A fila andava lentamente. Quando Tereza conseguiu chegar à porta principal da Matriz fez o sinal da cruz, dobrou-se num gesto de respeito e adoração ao Santíssimo. Verificou seu vestido branco de cambraia bordada para ter a certeza de que ele estava bem composto... Ajeitou a mantilha na cabeça, segurou com as duas mãos o terço e começou a rezar incessantemente. Suas feições eram como se estivesse caminhando rumo ao céu. Vez por outra era interrompida pelos cochichos da mãe que estava por atrás.
- Cuidado com o que vai dizer minha filha. Não quero que Frei Damião lhe passe nenhum castigo. Ele é um santo...
- Pode deixar mamãe, eu vou tomar muito cuidado
O pai de Tereza vendo que a mãe estava exagerando tentou aliviar a pressão.
- Francisca deixe a menina em paz! Vai dar tudo certo. Afinal Tereza já tem 14 anos. Está bem grandinha sabe se pecou ou não.
Mesmo a contragosto a mãe se comportou melhor. Já passava das oito da noite quando chegou o momento crucial. Tereza chegou perante o capuchinho curvou-se, fez o sinal da cruz e ajoelhou-se. Ela tinha a certeza de que estava ali diante de um homem diferente... De alma pura.  Frei Damião a encarou e ela na sua ingênua timidez baixou a vista.
- Conte seus pecados minha filha... – Falou pausadamente o Frei.
Tereza ficou calada. Olhou para ele como que pedindo socorro. O nervosismo era tanto que as palavras não chegavam nem a serem balbuciadas.  
- Está nervosa, menina? Calma! Vou lhe ajudar. Tudo que eu perguntar você vai dizendo se fez ou não. Já desejou mal ao próximo?
- Não senhor. Deus me livre!
- Já desrespeitou pai e mãe?
- Ave Maria... Deus me defenda! 
- Já levantou falso testemunho?
- Nunca! Deus me guarde!
- Já sentiu inveja de alguém?
- Jamais! Deus me castigue se isso acontecer.
Frei Damião olhando cara a cara para a adolescente mais uma vez perguntou:
- Qual seu nome minha filha?
- Maria Tereza da Silva – Respondeu Tereza com voz trêmula, instante em que Frei Damião lhe anunciou a penalidade:
- Faça o seguinte minha filha: se levante, procure um altar aqui na Igreja e fique lá... Santa Tereza!                                                                                                                  
Livro: Dez Contos & Cem Causos 
Autor: Ivan Pinheiro
Lúcia Caldas é artista plástica carioca. Tem raízes familiares na terra potiguar - os Lins Caldas. Vale a pena conferir mais um pouco do seu trabalho:http://mluciacaldas.blogspot.com.br/

PELO DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA Se Guilherme de Almeida escreveu 'Raça', em 1925, uma obra literária “que tem como tema a gênese da na...