Aos 88 anos, morre o aviador e escritor Pery Lamartine
Publicação: 18 de Maio de 2014 às 00:00Tribuna do Norte
O escritor e aviador Pery Lamartine, neto do ex-governador Juvenal Lamartine morreu na madrugada deste sábado, dia 17, aos 88 anos, vítima de um câncer de fígado. Além de piloto e instrutor de voo, Pery Lamartine é conhecido pelo pioneirismo em viagens, com a fundação de uma das primeiras agências de turismo do Rio Grande do Norte e por ser um pesquisador meticuloso em duas vertentes: a aviação e o sertão potiguar. Ele vinha em tratamento, há mais de dois anos e faleceu às 3 horas de ontem, em casa. Lamartine era casado há 63 anos, com Ieda, e deixa quatro filhos e oito netos.
Amigos e familiares prestaram as últimas homenagens durante o velório realizado na tarde de ontem, com sepultamento às 18h, no cemitério Morada da Paz, em Emaús. A viúva, Ieda Lamartine, a destacou o companheirismo ao longo de seis décadas e o pai afetuoso, além do grande humanista que o marido foi.
“Todas as relações eram pautadas pelo respeito pelo ser humano, pela vida e pela paixão que tinha em suas causas, dono de um memória que o fez referência para historiadores e o recebia com o mesmo ânimo e entusiasmo”, afirmou. Pery manteve a lucidez até os últimos dias.
O advogado e presidente da Academia Norte-Rio-Grandense de Letras, Diógenes da Cunha destacou a importância da obra deixada pelo escritor e amigo de longa data. “Pery trouxe a poesia do sertão que ele tinha no livro Oiticica para o dia a dia. Um sertanejo fantástico, dedicado ao estudo e à Academia que soube deixar um recado de vida: que é preciso valorizar o que é nosso”, ressalta.
“Ele era um apaixonado pela aviação, um pesquisador e historiador, escritor e antes de tudo um homem de bem, um cavalheiro”, lembrou o jornalistae professor Woden Madruga.
O conselheiro do TCE, Cláudio Emerenciano, destacou a importância do acervo deixado pelo pesquisador em historiar o marco da travessia do Oceano Atlântico, em 1930, pelo piloto francês Jean Mermoz que, aterrissou na capital potiguar sobre o rio Potengi. Outros aviadores franceses que desbravaram as rotas transoceânicas, Henri Guillaumet e Antoine de Saint-Exupéry, também foram objeto de estudo do escritor. “Além de uma figura excepcional, pesquisador e estudioso meticuloso, pessoa de fino trato. É realmente uma perda inestimável para nós, mas também para a Academia e cultura potiguar”, disse.
A obra literária é composta por 16 livros que versa sobre duas vertentes e grandes paixões do potiguar: o sertão e a aviação. Entre eles Assentamentos da “Família Lamartine”, “Aeroclube”, “Timbaúba Uma Fazenda no século XIX” e “Velhas Oiticicas” - um precioso documento etnográfico, elaborado a partir da exposição de suas raízes no sertão do Seridó -, “Epopeia nos ares”, “Serra Negra, anos 30”, “Coronéis do Seridó” e “Saint-Exupery na América do Sul”.
O médico Hernane Rosado ressaltou o empreendedorismo do aviador que foi figura importante para alavancar o turismo potiguar, enquanto fundador da primeira agencia de viagem do Rio Grande do Norte. “A morte dele deixa o Rio Grande do Norte menor, uma das figuras mais admiráveis e doce que conheci”, disse.
Para o diretor da Fundação Rampa, Augusto Maranhão a partida do escritor para o outro plano é uma perda irreparável para a o Estado e amantes da aviação. “Pery sintetiza o que há de melhor na estirpe potiguar. Com ele, aprendemos não apenas sobre aviação e história, mas para a vida”, disse. A Fundação Rampa é responsavel pelo resgate da Memória da aviação no RN. Relatos de fatos pitorescos viraram documentos da FRampa.
Júnior SantosPery Lamartine foi piloto e instrutor de voo, conhecido pelo pioneirismo em viagens
Amigos e familiares prestaram as últimas homenagens durante o velório realizado na tarde de ontem, com sepultamento às 18h, no cemitério Morada da Paz, em Emaús. A viúva, Ieda Lamartine, a destacou o companheirismo ao longo de seis décadas e o pai afetuoso, além do grande humanista que o marido foi.
“Todas as relações eram pautadas pelo respeito pelo ser humano, pela vida e pela paixão que tinha em suas causas, dono de um memória que o fez referência para historiadores e o recebia com o mesmo ânimo e entusiasmo”, afirmou. Pery manteve a lucidez até os últimos dias.
O advogado e presidente da Academia Norte-Rio-Grandense de Letras, Diógenes da Cunha destacou a importância da obra deixada pelo escritor e amigo de longa data. “Pery trouxe a poesia do sertão que ele tinha no livro Oiticica para o dia a dia. Um sertanejo fantástico, dedicado ao estudo e à Academia que soube deixar um recado de vida: que é preciso valorizar o que é nosso”, ressalta.
“Ele era um apaixonado pela aviação, um pesquisador e historiador, escritor e antes de tudo um homem de bem, um cavalheiro”, lembrou o jornalistae professor Woden Madruga.
O conselheiro do TCE, Cláudio Emerenciano, destacou a importância do acervo deixado pelo pesquisador em historiar o marco da travessia do Oceano Atlântico, em 1930, pelo piloto francês Jean Mermoz que, aterrissou na capital potiguar sobre o rio Potengi. Outros aviadores franceses que desbravaram as rotas transoceânicas, Henri Guillaumet e Antoine de Saint-Exupéry, também foram objeto de estudo do escritor. “Além de uma figura excepcional, pesquisador e estudioso meticuloso, pessoa de fino trato. É realmente uma perda inestimável para nós, mas também para a Academia e cultura potiguar”, disse.
A obra literária é composta por 16 livros que versa sobre duas vertentes e grandes paixões do potiguar: o sertão e a aviação. Entre eles Assentamentos da “Família Lamartine”, “Aeroclube”, “Timbaúba Uma Fazenda no século XIX” e “Velhas Oiticicas” - um precioso documento etnográfico, elaborado a partir da exposição de suas raízes no sertão do Seridó -, “Epopeia nos ares”, “Serra Negra, anos 30”, “Coronéis do Seridó” e “Saint-Exupery na América do Sul”.
O médico Hernane Rosado ressaltou o empreendedorismo do aviador que foi figura importante para alavancar o turismo potiguar, enquanto fundador da primeira agencia de viagem do Rio Grande do Norte. “A morte dele deixa o Rio Grande do Norte menor, uma das figuras mais admiráveis e doce que conheci”, disse.
Para o diretor da Fundação Rampa, Augusto Maranhão a partida do escritor para o outro plano é uma perda irreparável para a o Estado e amantes da aviação. “Pery sintetiza o que há de melhor na estirpe potiguar. Com ele, aprendemos não apenas sobre aviação e história, mas para a vida”, disse. A Fundação Rampa é responsavel pelo resgate da Memória da aviação no RN. Relatos de fatos pitorescos viraram documentos da FRampa.