sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Viúva relembra a última conversa que teve com o marido Eduardo Campos

Em casa, viúva recebe amigos com olhos marejados, relembra última conversa com o marido e conforta os filhos mais velhos

Fortaleza. A viúva Renata Campos . Foto: Divulgação
Fortaleza. A viúva Renata Campos . Foto: Divulgação
No fim do dia de quinta-feira, o movimento na casa da família Campos estava intenso. Eram muitos os familiares, amigos e políticos que acompanharam desde sempre a trajetória de Eduardo Campos e queriam estar perto de “dona Renata”, como ele chamava a mulher, e dos cinco filhos do casal. O ambiente era dolorido e, em quase todos os rostos, olhos marejados e expressões de consternação. Eram dezenas de pessoas reunidas na parte externa, divididas entre a varanda e a área arborizada ao redor da piscina. Quase todas de pé. Em torno do bebê Miguel, filho caçula do casal, que passava de colo em colo, estavam os únicos sorrisos visíveis na casa.
Dona Renata surpreendia a todos. Talvez por ainda não ter realizado a perda tão inesperada, ela se mostrava forte, até leve, andando entre as pessoas e conversando com os que lhe procuravam para apresentar condolências. Não caiu em prantos publicamente, apesar do olhar avermelhado, que carregava ainda na noite de ontem, de quem está sentindo a dor como uma força constante. Às vezes, parecia ser ela quem tranquilizava seus interlocutores. Ela contou sua última conversa por telefone com o marido: haviam falado sobre o perfil das possíveis primeiras-damas, ela e Letícia Weber, mulher de Aécio Neves, que havia sido publicado no GLOBO no dia do acidente.
Renata estava já no avião, embarcando do Rio de Janeiro para Recife, na manhã de terça-feira, quando recebeu o telefonema de Eduardo. Ele brincou:
“Olhe, você saiu no jornal!”
Ela, espirituosa, respondeu:
“Ah, é? E você, escapou?”, pergunta que costumava fazer sempre que a família sabia que sairia uma reportagem sobre o marido.
Eduardo retrucou:
“Disseram lá que você manda em mim!”
Dona Renata riu e pediu que ele lhe enviasse uma cópia do texto. Desligou o telefone e voou. Quando desembarcou em Recife, ligou o aparelho e a primeira mensagem que entrou foi a foto reproduzindo a reportagem. Também foi a última mensagem que recebeu do marido.
Ontem, ela contava essa história como se fosse mais uma conversa trivial e não a última entre marido e mulher.
“Não estava no script”, concluiu Renata, repetindo uma expressão que vem usando a muitos que se aproximam para consolá-la.
Conselheira de Eduardo
Nesse momento, chegou outra viúva, que permaneceu em um abraço com Renata que durou mais que alguns minutos. Era Eliane Aquino, a mulher do ex-governador de Sergipe, Marcelo Déda, falecido em decorrência de um câncer no final do ano passado. Campos e Déda eram amigos. Assim como Renata, Eliane também tem um filho pequeno com síndrome de Down e citou as semelhanças entre a história que se abateu sobre as duas:
“Os dois eram nordestinos, tão jovens, morreram em São Paulo e nos deixaram filhos especiais. Me disseram que um dia eu ia entender o porquê da vinda do meu filho. Você também, Renata”.
Renata respondeu que um padre também lhe havia feito essa afirmação. E lembrou que o batizado do filho Miguel aconteceu em uma igreja pequenina, exatamente um mês antes do acidente de Eduardo:
“Eu sabia que ele seria eleito e não queria um batismo grande, de filho de presidente”.
Renata é uma mulher discreta, de bastidores, conselheira fundamental de Eduardo, mas que deixava a ele a atuação na linha de frente. Outra frase que ela tem dito aos amigos nas conversas ao redor da piscina e na área externa da casa, onde estão concentradas as visitas, é sobre a paixão de Eduardo pela política:
“A política para ele não era só trabalho, era também um hobby”.
Os quatro filhos mais velhos estão sentidos. Mas, talvez confortados na fortaleza da mãe, aguentam firme o momento. Causa surpresa perceber que, tão jovens, seus olhares sustentam serenidade. Em meio ao furacão de mudanças, o homem mais velho, João Henrique, de 20 anos, comentou com colegas que um grande desejo e preocupação da família nesse momento é encontrar o relógio e o cordão de ouro com medalhinhas que Eduardo carregava sempre. As medalhinhas foram sendo acumuladas ao longo da vida do político e têm um valor sentimental imenso para a família, apreensiva com a possibilidade de não conseguir resgatar dos escombros esse fragmento de lembrança.
José Henrique, de 9 anos, o filho caçula até a chegada de Miguel, parece ainda não entender bem o que está ocorrendo. Ele anda entre os irmãos e os amigos, depois vai para o colo da mãe. Abraça Renata, fala algo em seu ouvido, afunda a cabeça em seu peito e depois sai, sem aparentar ter chorado. João e Pedro, o filho do meio, de 18 anos, ficam orbitando perto da mãe e dos amigos e namoradas que vieram dar forças. A menina, Maria Eduarda, de 22 anos, tem lágrimas nos olhos, mas consegue sorrir ternamente sempre que conversa com alguém.
APOIO A OUTRA VIÚVA
No início da noite, a jornalista Cecília Ramos, esposa do assessor de Eduardo, Carlos Percol, que também estava no voo, chegou à residência. Muito jovem, recém-casada, Cecília mostrava seu luto com um vestido preto e choro constante. Coube a Renata, que usava calça jeans e uma bata branca, consolá-la. Assim que a viu chegar, a anfitriã dirigiu-se à entrada da casa e abraçou sua companheira de tragédia. Cecília foi se acalmando, e logo começou a missa em homenagem aos maridos e demais vítimas do acidente. Foram os filhos que fizeram as leituras na celebração, na varanda da casa. João foi encarregado pelo Padre Luciano Brito de ler um trecho do Livro de Jó, que fala sobre vida eterna.
O diretor de cinema Guel Arraes, tio de Campos, também aparentava estar muito sentido com a morte do sobrinho. A um grupo, dizia que Eduardo seria “insubstituível” na política:
“O Eduardo tem uma personalidade muito própria. Ele é neto do Miguel Arraes, foi muito próximo do Lula, e podia simplesmente ter imitado um dos dois. Mas não, ele tem uma personalidade brilhante, muito própria. Nem o sobrenome Arraes ele usou, adotou o Campos, só dele”.
A mãe de Eduardo, Ana Arraes, externava de forma mais visível sua dor. Chorava bastante e era confortada pelos amigos. Padre Pedro Rubens, reitor da Universidade Católica de Pernambuco, que se dizia contagiado pela disposição política de Eduardo e foi prestar sua homenagem ao ex-governador, resumiu o sentimento, ainda incompreensível:
“É uma saudade do futuro”.
Fonte: O Globo
AGOSTO - PARA LEMBRAR
"Dia 24 de agosto de 1954 - O Presidente Getúlio Dornelles Vargas comete suicídio no Palácio do Catete, no Rio de Janeiro
Dia 25 de agosto de 1961 - O Presidente Jânio da Silva Quadros renuncia à Presidência da República, em Brasília.
Dia 22 de agosto de 1976 - O Ex-Presidente Juscelino Kubistschek de Oliveira, falece em acidente de carro na Via Dutra, com destino ao Rio de Janeiro.
Dia 13 de agosto de 2014 - o candidato à Presidência da República, Eduardo Henrique Accioly Campos, falece em acidente aéreo na cidade de Santos, SP."
O COSMORAMA
No meu tempo de menino aportou em Assu um sujeito trazendo um Cosmorama. Foi um sucesso. A petizada alvoroçou-se. Aperriei muito os de casa para assistir a uma sessão. O Cosmorama é um aparelho em que se vê quadros, panoramas, vistas de cidades, pessoas importantes etc., tudo através de um instrumento ótico ampliativo.

Localizou-se o brinquedo em uma casa de propriedade de Abdias Picado, na antiga Rua Coronel Souto, hoje fazendo parte da Praça Getúlio Vargas, onde, completamente reformada, ali está fazendo esquina no beco para o Macapá.

Nessa época eram constantes os debulhamentos de feijão. para esse debulhamento reuniam-se várias pessoas. Acontece que um dos espectadores do Cosmorama, assim contam, teve que ir ao interior do município, ou melhor, à Várzea, e lá deparou-se com um ajuntamento. Era a debulha do feijão. Comunicativo, não se fez de rogado, tomou parte na função. Às tantas, meio prosista, deu com a língua nos dentes, falando nas belezas do Rio de Janeiro, na suntuosidade de Paris, na grandeza de São Paulo, em Roma, onde viu o Papa Pio X e quejandos. Um dos presentes, que conhecia o cidadão, indagou:

- Como é que você está falando nessas coisas, se você nunca saiu do Assu?

A resposta foi pronta:

- No Cosmorama!
Fonte: Assu da Minha Meninice - Francisco Amorim - 1982. Foto ilustrativa: www.topdesignmag.com



quinta-feira, 14 de agosto de 2014



Fotografia de João Batista.

FERNANDO CALDAS - DEPUTADO ESTADUAL


George Soares propõe nome de Dr. Sales para futuro campus da UFERSA em Assú


A futura unidade acadêmica da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa), em Assú, poderá homenagear um dos profissionais da Medicina que, em vida, deu uma valiosa contribuição à saúde da população do Assú e região.

Através de requerimento apresentado ao plenário da Assembleia Legislativa do RN, o deputado George Soares (PR) pleiteia o envio de ofício ao reitor da instituição universitária, professor José Arimatea de Mattos, sugerindo que o campus previsto para instalar-se em Assú, no qual existirá o curso na área médica, tenha como patrono o saudoso médico Francisco Evaristo de Oliveira Sales, o popular “Dr. Sales”.

Em sua justificativa, George Soares recordou que Dr. Sales, “prestou serviços médicos no Assú por mais de 50 anos atuando também nos municípios de Ipanguaçu, Itajá, Porto do Mangue, Carnaubais, Pendências, São Rafael e outras cidades circunvizinhas. Realizou mais de cinco mil partos. Era o ‘doutor de todas as horas’. Além da rede pública atendia as pessoas carentes em sua residência (...)”.

“Um cidadão de relevantes serviços prestados aos varzeanos. Caráter exemplar. Amou o Assú como poucos assuenses”, destacou o deputado a respeito de Dr. Sales, falecido em 23 de novembro de 2003.

PÁGINA ASSUENSE:


Na poesia popular,
houve Moysés Sesyom,
Que, semelhante a Bocage,
Glosava no melhor tom. (21)
E não se deve esquecer
João Celso e Palmério Filho,
Que, na tribuna e na imprensa,
Pontificaram com brilho. (22)


21 - Moysés Sesyom (foto) foi um caicoense, que se radicou no Assu, revelando-se poeta depois dos trinta anos de idade.

A sua força poética brotava na sátira que se expandia através de glosas sobre os mais variados assuntos. Deixou centenas delas, muitas das quais impublicáveis numa edição familiar.

Amigos e admiradores, depois de sua morte, em 1932, recolheram a sua produção, que daria alguns volumes. Francisco Amorim, que o conheceu de perto, publicou, em 1961, um estudo sobre esse famoso poeta popular, sob o título de "Eu Conheci Sesyom".

Para que o leitor tenha uma ideia da espontaneidade e do talento de Sesyom, vamos publicar-lhe uma glosa que tem este mote: 

Bebo, fumo, jogo e danço
Sou perdido por mulher.

Glosa:

Vida longa não alcanço,
Na orgia ou no prazer.
Mas, enquanto eu não morrer
-Bebo, fumo, jogo e danço.
Brinco, farreio, não canso,
Me censure quem quiser...
Enquanto eu vida tiver,
Cumprindo essa sina venho,
E, além dos vícios que tenho,
- Sou perdido por mulher!...

22 - estão aí duas figuras de relevo na vida intelectual do Assu. Ambos poetas, jornalistas e oradores, trabalharam em diversos jornais dos muitos que houve em Assu, até 1930. (A Revolução, pondo fim à República Velha, acabou também com a imprensa na terra que mais jornais tinha possuído no Estado, depois de Natal). 

João Celso Filho nasceu a 5 de setembro de 1886 e faleceu a 14 de novembro de 1943.
Foi um autodidata, exercendo, com invulgar capacidade, o jornalismo, o magistério e a advocacia.

Residiu alguns anos no Pará, onde conviveu com Humberto de Campos, Vespasiano Ramos e outras figuras de destaque nas letras nacionais.
Deixou inédito um livro de poemas.

Palmério Filho foi o seu amigo e companheiro de mais de meio século. Fizeram jornalismo e literatura em geral e, embora tivessem percorrido caminhos diferentes na struggle for life, jamais viveram espiritualmente separados.

Orador vibrante, poderia usar da palavra em qualquer parte onde falassem os doutores, porque os doutores quando o escutavam não lhe regateavam aplausos.

Palmério Filho nasceu a 25 de abril de 1874, falecendo na cidade natal, a 11 de abril de 1958.

Em 1901, fundou o semanário "A Cidade", que circulou até 1930. E sempre destacando, no alto da primeira página, a legenda: "O Jornal mais antigo do interior do Estado, em circulação".
Fonte: Canção da terra dos Carnaubais - Rômulo C. Wanderley.  

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Estou profundamente abalado, consternado com a morte trágica de Eduardo Campos, vítima da fatalidade a mais crua. Era um grande político do Nordeste brasileiro, do pernambuco. Com a sua partida perde o Nordeste e o Brasil. A política brasileira fica mais pobre e deserdada da sua inteligência, do seu talento, da sua disposição de lutar por um país mais justo e feliz. Que Eduardo Campos durma o sono dos justos, dos humanos. Fiquemos nas suas palavras: "Não vamos desistir do Brasil".

Fernando Caldas
Foto: Estou profundamente abalado, consternado com a morte trágica de Eduardo Campos, vítima da fatalidade a mais crua. Era um grande político do Nordeste brasileiro, do pernambuco. Com sua partida perde o Nordeste e o Brasil. A política brasileira fica mais pobre e deserdada da sua inteligência, do seu talento, da sua disposição de lutar por um país mais justo e feliz. Que Eduardo Campos durma o sono dos justos, dos humanos. Fiquemos nas sua palavras: "Não vamos desistir do Brasil".

terça-feira, 12 de agosto de 2014


"Toma-me, ó noite eterna, nos teus braços
E chama-me teu filho.
Eu sou um rei
que voluntariamente abandonei
O meu trono de sonhos e cansaços.
Minha espada, pesada a braços lassos,
Em mãos viris e calmas entreguei;
E meu cetro e coroa - eu os deixei
Na antecâmara, feitos em pedaços
Minha cota de malha, tão inútil,
Minhas esporas de um tinir tão fútil,
deixei-as pela fria escadaria.
Despi a realeza, corpo e alma,
E regressei à noite antiga e calma
Como a paisagem ao morrer do dia."
_______ Fernando Pessoa
em "Abdicação"

De: Ponte de Sonhos

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

João Lins Caldas na solidão da sua casa

Uma das últimas fotos do poeta potiguar João Lins Caldas. Para registrar, esta fotografia ainda se encontra no escritório que era do publicitário João Moacir de Medeiros, da JMM publicidade, do Rio de Janeiro, Moacir ou doutor Medeiros como era conhecido nos meios empresariais, falecido em 2008, era assuense e, além de primo, era entusiasta do grande Caldas. (Foto enviada para o blog por Domingos Sávio de Medeiros Marinho).


Fernando Caldas


domingo, 10 de agosto de 2014

Bela imagem dos sinos da igreja São Pedro, com vista para o açude público de Pataxó, distrito de Ipanguaçu/RN.
Foto: Vista dos sinos da igreja de São Pedro Pataxó ,com vista para o açude.Boa tarde a todos.
Descurtir
De: João Batista

sábado, 9 de agosto de 2014

RECORDAÇÃO DE INFÂNCIA
VELHAS BODEGAS
Ainda criança eu gostava de observar e analisar as casas comerciais e mercearias de Pedro Avelino. Muitos conterrâneos sabem que entre os anos 60 e 70 existiam algumas lojas comerciais e mercearias bem sortidas. Mas eu quero comentar é a respeito das bodegas, aquelas que exalavam um cheirinho tradicional.
Inicialmente gostaria de dizer que as bodegas tinham várias portas abertas, outras, apenas a porta de entrada, logo, deparávamos com um balcão repleto de velhos jornais, alguns litros de raiz de pau, vinho de Jurubeba Leão do Norte, Catuaba, Conhaque de Alcatrão São João da Barra, alguns pacotes de Arrozina, Maisena e sabão em barra exposto nas prateleiras de madeira e também uma lata com torneira contendo querosene.
As paredes eram decoradas com propagandas de pasta dental Kolipe, cartelas de Gillette, creme Bozzano. Alguns remédios como Sulfato Ferroso, Óleo de Peixe Boi, Pílulas de Vida Dr. Ross, Sonrisal e Melhoral. Não faltavam gatos repousando sobre sacos de estopa e perambulando embaixo do balcão.
As bodegas possuíam um cheirinho bem peculiar, bem sortidas, e sobre o balcão, papel almaço e, ao lado, um rolo de fumo e uma velha faca enferrujada, presa em um pedaço de madeira, além de caixões de madeira contendo milho, feijão e farinha. Outras bodegas exalavam um cheiro de carbureto e de querosene com um odor muito forte.
Na minha infância, eu me lembro das bodegas com pavio de candeeiro, lamparina, penico, papel de fumo, cortador de unhas, novelos de linha, óleo em retalho, sabão de coco, confeito de rapadura, feijão, açúcar, farinha, arroz, tudo em litro ou em cuia com a boca do saco arregaçada; rapadura preta, sabonete Vale Quanto Pesa, Gessy e Palmolive, café em grão, Café Vencedor, Café São Luís, querosene Jacaré, biscoito em lata, anzol, chumbo, espoleta, pólvora, canivete, mamadeira, chupeta, liga de baladeira, parafuso, porca, prego, alicate, marreta, martelo, lanterna, pilha, foquito, tinta, cola, breu, corda, cordão, barbante, caderno de caligrafia, caderneta, tabuada, cartilha do ABC, linha, botão, agulha, bobina, panela de alumínio e tantos outros produtos que eu não me recordo.
Eu como sempre fui um menino observador e, hoje, saudosista, faço essa homenagem a todos que tiveram bodega no nosso município:

'Velha bodega
De tempos antigos
Que não voltam mais,
Te louvo agora
Para preservar
As raízes culturais',

Marcos Calaça, jornalista matuto (UFRN)

Antigos documentos do Banco do Brasil de Assu/RN. Do acervo de Edmilson Lins Caldas e Sandoval Martins. 



sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Versos Escritos N'água

Os poucos versos que aí vão,
Em lugar de outros é que os ponho.
Tu que me lês, deixo ao teu sonho
Imaginar como serão.

Neles porás tua tristeza
Ou bem teu júbilo, e, talvez,
Lhes acharás, tu que me lês,
Alguma sombra de beleza...

Quem os ouviu não os amou.
Meus pobres versos comovidos!
Por isso fiquem esquecidos
Onde o mau vento os atirou.

*Manuel Bandeira.

imagem s/créditos
Da linha do tempo de YD
Foto: Versos Escritos N'água

Os poucos versos que aí vão, 
Em lugar de outros é que os ponho. 
Tu que me lês, deixo ao teu sonho 
Imaginar como serão.

Neles porás tua tristeza 
Ou bem teu júbilo, e, talvez, 
Lhes acharás, tu que me lês, 
Alguma sombra de beleza...

Quem os ouviu não os amou. 
Meus pobres versos comovidos! 
Por isso fiquem esquecidos 
Onde o mau vento os atirou.

*Manuel Bandeira.

imagem s/créditos

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

CAUSO

Por Valério Mesquita

José Ivan Alves chegou à cidade de Macau graças a um concurso feito no Banco do Brasil. Zé Ivan não casara, tornando-se "um rapaz velho". Inteligente e bem afeiçoado, o moço logo entrou para a política e se elegeu vereador. As moças viam em Zé Ivan um bom partido. Uma senhora de mais ou menos trinta anos começou uma paquera. O problema era que a lindona tinha marido. Certo dia, a dona parou o moço e cantou: "Meu marido viaja e eu queria ficar com você. Já sei de tudo sobre a sua vida. Dizem até que "naquela hora", você grita muito, faz escanda-lo. É verdade isso?". "Que nada. O povo tem é inveja da minha vida. Isso não acontece", disse o vereador arenista. O encontro foi marcado, depois das dez. na casa da moça. Zé Ivan não jantou. Estava ansioso. Na hora do pega pra capar, o rapaz mais seco que o Nordeste, estava se derretendo precocemente. Queria gemer, gritar, dizer do prazer que estava sentindo. "Tá vendo aí, amor". gemia o moço, "não é o que dizem de mim", e aumentando o tom de voz, "tá vendo, minha filha? Ai como tá gostoso! Ai amor! Apareça o f.d.p. que disse que eu grito, quando atinjo o orgasmo! Apareça seu covarde" Ai meu amor, eu tô me acabando!" A mulher não sabia o que fazer, pois morava numa casa cuja parede era conjugada. O mexerico estava feito e a paixão desgovernada.

REMINISCÊNCIAS:

O VIÁTICO
Uma cerimônia litúrgica celebrada pela Igreja Católica que, eu em menino tive que presenciar, sem nunca mais haver esquecido-a, foi o Viático.

Quando uma pessoa estava em estado mortal, o Vigário, paramentado, debaixo de um pálio conduzido por quatro fiéis, levava ao enfermo o Sacramento da Eucarística, isto é, a hóstia para comungar. Quase sempre havia um pequeno acompanhamento. A passagem do cortejo era reverenciada. As pessoas que estavam sentadas nas calçadas, levantavam-se em sinal de respeito. Se estavam de chapéu à cabeça, retiravam-no por devoção religiosa.

À saída do acompanhamento os sinos repicavam, deixando no ar um sentido místico que a todos envolvia. 

Esse cerimonial não era comum e, ao que parece, com o tempo desapareceu.
Fonte: Assu da Minha Meninice - Francisco Amorim - 1982. - Imagem ilustrativa.

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Perdão

O que é mais importante:
Perdoar ou pedir perdão?

Quem pede perdão mostra
que ainda crê no amor.

Quem perdoa mostra que
existe amor para quem crê.

Mas não importa saber qual
das duas coisas é a mais
importate.

É sempre importante saber
que:
Perdoar é o modo mais
sublime de crescer.

E pedir perdão é o modo
mais sublime de se levantar...

Autor desconhecido
Foto: Perdão
 
O que é mais importante:
Perdoar ou pedir perdão?

Quem pede perdão mostra
que ainda crê no amor.

Quem perdoa mostra que
existe amor para quem crê.

Mas não importa saber qual 
das duas coisas é a mais
importate.

É sempre importante saber
que:
Perdoar é o modo mais
sublime de crescer.

E pedir perdão é o modo
mais sublime de se levantar...

Autor desconhecido

MANOEL CALIXTO CHEIO DE GRAÇA E quem não se lembra de Manoel Calixto Dantas também chamado de "Manoel do Lanche?" Era um dos nosso...