quarta-feira, 29 de junho de 2016

Casa sustentável brasileira é 25% mais barata e fica pronta em 6 dias



Uma casa sustentável definida como ”padrão europeu” chamou a atenção dos moradores de Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul. A construção foi feita em apenas seis dias e, melhor ainda, com 25% de economia em comparação a uma casa comum.

+ Como é a primeira casa sustentável brasileira?

O projeto da casa sustentável é feito pelo espanhol Eugen Fudulu e pelo brasileiro Kleber Karru em parceria com o laboratório europeu Open MS. A construção é toda baseada na nanotecnologia, sem desperdiçar qualquer tipo de material e com apenas 4 funcionários para erguê-la em menos de uma semana – a partir do alicerce já pronto, num modelo similar ao feito nos edifícios.
Segundo os responsáveis, as paredes possuem isolamento térmico e acústico, com espuma e fios de vidro por dentro e por fora, mantendo uma temperatura agradável dentro da casa tanto no frio quanto no calor. O material é resistente a fogo, água e cupim (isso mesmo!); já a estrutura pode ter acabamento de acordo com a preferência do morador: azulejo, látex, textura ou grafiato.
Com foco no aproveitamento de água, ar e energia, a construção ainda tem um purificador instalado que é capaz de filtrar a água antes que ela chegue na torneira da residência, além de estrutura para teto solar e aparelho de ar, que retira todas as bactérias do ambiente. Incrível, não é?
E não para por aí! O mais surpreendente, além da estrutura de primeiro mundo, economia (cerca de 25%) e do tempo, é que a casa sustentável ainda pode resistir a tremores de 9 graus na escala Richter e a ventos de até 300 km/h.

casa sustentavel como é feita
Agora, o desafio dos desenvolvedores é firmar uma parceria com o Governo Estadual para que o projeto chegue às áreas pouco favorecidas e à população de baixa renda. Além de resolver um problema de moradia, ainda geraria empregos, pois quanto mais funcionários, mais rápido será a construção.
“Isso poderia acontecer pois o número de pessoas trabalhando aumentaria. Com equipes de trabalho, divididas por funções, fazemos uma casa por dia. Neste caso, uma equipe faria o radier (alicerce), outra montaria a estrutura e outra seria responsáveis pelo revestimento e acabamento final”, disse Kleber Karru ao portal Correio do Estado.
Se você mora em Campo Grande e está curioso para conhecer a casa sustentável, ela está localizada no bairro São Lourenço, na Rua Vista Alegre, esquina com a Inácio de Souza. Vale a pena conferir! Para quem não está perto, só resta as fotos desse projeto maravilhoso!
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Referência: Correio do Estado
Fotos: Valdenir Rezende / CE
De: http://blogdaarquitetura.com/

terça-feira, 28 de junho de 2016

Temer recebe Cunha para discutir 'quadro político'

Estadão Conteúdo

De Brasília

Réu em dois processos na Operação Lava Jato, com um pedido de prisão ainda para ser analisado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e lutando para salvar o seu mandato, o presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), foi recebido neste domingo (26) pelo presidente em exercício, Michel Temer.
Segundo interlocutores de Temer, que confirmaram o encontro, o presidente em exercício abriu as portas do Palácio do Jaburu para os dois fazerem "uma avaliação do quadro político atual". A reunião, segundo fontes ligadas a Temer, teria sido uma iniciativa de Cunha, que telefonou para o presidente em exercício pedindo a conversa reservada.
Procurado, Cunha negou o encontro. "Não estive com ele ontem. Eu não confirmo." Apesar da negativa, o presidente afastado da Câmara disse que "era normal" o encontro e que o fazia "com regularidade".
Além das implicações de Cunha na Lava Jato e suas possíveis consequências para o governo Temer, o Planalto também se preocupa com a sucessão na presidência da Câmara dos Deputados. O governo teme que um racha entre os aliados para a disputa prejudique a governabilidade na Casa e atrapalhe votações de seu interesse. Nos dois casos, entretanto, até agora o esforço de Temer era adotar um discurso de que o assunto é do Legislativo e não pode sofrer interferência do Executivo.
Interesse
O governo, porém, tem todo o interesse que o escolhido seja alinhado com o Planalto, para facilitar o andamento das propostas, embora tanto a Câmara quanto o Senado tenham aprovado todos os projetos até agora.
Em entrevista na sexta-feira passada, Temer disse que Cunha não o atrapalhava em "absolutamente nada" e que era "claro" que os dois conversavam. "Aqui no Brasil há esse preconceito. Acha que não se pode falar com ninguém", disse o presidente em exercício.
Temer e Cunha já se encontraram pelo menos três vezes desde que ele assumiu a Presidência interinamente, no dia 12 de maio. No encontro mais recente, a sucessão na Câmara entrou na pauta. Temer tem pressa em uma solução na Casa, embora, oficialmente, o discurso seja de distanciamento.
 Surpresa
O presidente em exercício se surpreendeu com o número de candidatos à presidência da Câmara. Cunha está afastado do mandato como deputado e consequentemente da presidência da Câmara desde o início de maio.
Apesar de trabalhar para evitar a cassação de seu mandato e até mesmo se manter à frente do comando dos trabalhos dos deputados, diante da iminência crescente de sua saída definitiva, Cunha tem trabalhado intensamente para influenciar diretamente na escolha de seu sucessor na função.
 Caso o peemedebista saia do cargo, pela legislação, uma nova eleição precisará ser convocada para um "mandato tampão", até que, em fevereiro do ano que vem, um novo deputado seja eleito para um novo mandato de dois anos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


Brinde ao Amor
Por Paulo Sérgio de Sá Leitão, poeta assuense

Beberemos toda a noite,
Brindaremos os dias felizes,
Amaldiçoaremos os infelizes,
Enterraremos as lembranças,
Na putrefação das ilusórias esperanças
De um amor cadáver,
Sublimadas pelo desejo natural
Do que possa ter sido pecado original.


segunda-feira, 27 de junho de 2016

1876 – QUANDO UMA DESESPERADA MENSAGEM CHEGOU DENTRO DE UMA GARRAFA NA PRAIA DE MURIÚ


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Típica garrafa inglesa do final do século XIX com uma mensagem.

Autor – Rostand Medeiros
Em um tempo quando o mar não trazia tanto lixo para a terra e um vasilhame de vidro usado tinha certo valor comercial, a beira mar da bela praia potiguar de Muriú alguém encontrou uma garrafa que continha uma mensagem com um conteúdo diferente[1].
É quase certo que quem a encontrou, em fins de novembro de 1876, não tinha a menor ideia do que ali estava escrito, já que nessa época grande parte dos norte-rio-grandenses era analfabeta.
É provável, como seria normal deduzir, que a pessoa que realizou este achado fosse um pescador, mas talvez não! Apesar da comunidade de Muriú já existir[2], a beira mar era uma ótima alternativa como via de circulação de pessoas montadas em alimárias, em carroças, ou até mesmo a pé[3].

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Praia de Muriú na atualidade. Local aprazivel, ainda com uma comunidade de pescadores, visitado por milhares de turistas que circulam pelo local no passeio de buggys e ótima praia de veraneio – Fonte – http://www.praiasdenatal.com.br/praia-de-muriu/

Fosse uma pessoa livre, ou um escravo que sofria nos engenhos de cana de açúcar da região de Ceará Mirim, é provável que esta pessoa tenha levado aquela garrafa com sua mensagem para ser lida por alguém mais instruído. Naqueles tempos anteriores a criação de comunicação, a descoberta deste tipo de mensagem requeria atenção e normalmente era encaminhada a autoridades.
Sabemos que o objeto chegou lacrado no litoral, provavelmente com betume utilizado para calafetar embarcações[4], mas não sabemos se ela foi aberta antes de percorrer as cinco léguas de distância que separavam Muriú da pequena Natal, que neste tempo tinha superado pouco mais de 20.000 habitantes[5].
Letras Desesperadas
Acredito que na capital potiguar a mensagem e a garrafa foram encaminhadas as autoridades portuárias e alfandegárias, onde certamente haveria algum funcionário afeito ao idioma bretão, pois não era incomum a presença de barcos ingleses no porto da Cidade dos Reis.
Após aberto o recipiente surgiu uma mensagem que foi publicada na íntegra pelo pouco conhecido jornal natalense O Atalaia, na sua edição de 2 de dezembro de 1876, na página três, conforme reproduzimos na fotografia abaixo[6].
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Em 29 de setembro daquele ano um tripulante, ou passageiro, escreveu que estava a bordo de um barco inglês, que os jornalistas potiguares designaram como “galera”, e que se chamava Collingrone. Este barco aparentemente se encontrava na costa sudoeste da África (ou “suéste”, como está descrito no texto original)[7].
Quem escreveu narrou que um “Máo tempo” tinha destruído a vela bujarrona e outras velas do barco. Mais grave ainda era a informação que quatro pessoas a bordo já tinham perecido “pela febre”.
Em meio a este cenário um tanto caótico, em um texto onde a desesperança e o medo são claros, a mensagem encontrada em Muriú é bem direta ao apontar a objetiva finalidade do autor – Que alguém que por ventura encontrasse a missiva, a destinasse para a mãe de quem escreveu. A destinatária seria a esposa de Mr. John Bryce, que vivia na Fountain House, na pequena cidade de Loanhead, próximo a Edimburgo, a capital da Escócia[9].

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Dia festivo em Loanhead, Escócia, 1879 – Fonte –http://lothianlives.org.uk/category/photographs/

Pesquisando na internet descobri que Loanhead possui na sua área algumas localidades e casas históricas que utilizam a denominação “Fountain” (Fonte), mas não especificamente algum ponto conhecido como “Fountain House” (Casa da Fonte).
Ao pesquisar algo sobre um certo John Bryce, ou sua esposa, que viviam em Loanhead na metade da década de 1870, esbarrei em um verdadeiro paredão de nomes similares, que só me levavam a becos sem saída.
Como a edição do periódico O Atalaia, conforme podemos ver na foto aqui mostrada, nada mais trazia de informações sobre o tema eu fui procurar em outros jornais da época. Infelizmente nada encontrei no material arquivado na hemeroteca do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte, ou nos jornais potiguares digitalizados e disponíveis a Biblioteca Digital da Biblioteca Nacional.
A história toda era muito limitada e necessitava de novas pesquisas para responder a vários questionamentos. Tais como a natureza deste veleiro e quem escreveu a mensagem? Qual a nacionalidade do barco? Qual era sua rota marítima? O que aconteceu com esta nave e o autor da mensagem? 
Mastros que poderiam chegar a alturas de um prédio de vinte andares
Pessoalmente eu tenho uma grande admiração pela Grã-Bretanha, principalmente pelo prazer que os súditos da Rainha Elizabeth II têm pela sua história e pelo intenso esforço que instituições britânicas fazem para democratizar preciosas informações históricas guardadas em seus arquivos através da internet. Assim, sem maiores contratempos, é possível acessar os arquivos do Lloyd Register, uma organização de classificação marítima que remonta a 1760[10].

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O clipper Collingrove – Fonte – collections.slsa.sa.gov.au

Mas ao pesquisar neste arquivo altamente acurado não encontrei nenhuma referência sobre algum veleiro denominado Collingrone, registrado na Inglaterra e que navegava na década de 1870. Mas sempre esbarrava na referência de um grande clipper denominadoCollingrove. E comecei a suspeitar que 140 anos atrás os membros da redação de O Atalaia haviam reproduzido equivocadamente o nome do barco.
Collingrove era uma embarcação do tipo clipper, foi construído em 1869 pelo estaleiro de Sir James Laing & Sons Ltd., em Deptford Yard, na cidade de Sunderland, Nordeste da Inglaterra. Tinha 861 toneladas brutas, 181,4 metros de comprimento, 33,5 de largura e foi registrado em Londres início dos anos 1870 para a empresa de navegação A. L. Elder & Co.
O barco estava envolvido no comércio de carga e transporte de imigrantes entre a Inglaterra e o sul da Austrália, se destinando principalmente para a cidade de Port Adelaide e retornando a Londres. Podia transportar 75 passageiros e carga geral.

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Outra imagem do Collingrove – Fonte – collections.slsa.sa.gov.au

O clipper Collingrove fazia parte de uma classe de barcos que marcou época, sendo os mais rápidos, elegantes e imponentes veleiros desenvolvidos no século XIX. Estas belas naves começaram a ser construídos a partir da década de 1830 e várias qualidades definiram a história deste tipo de veleiro. Um clipper era tecnicamente um navio com três mastros, que possuía uma grande extensão de velas quadradas, muito rentável em longas distâncias e que desenvolviam alta velocidade. Com mastros que poderiam chegar a serem tão altos quanto um prédio de vinte andares, linhas de casco longas, combinados ao enorme poder de condução das velas, fazia com que a maioria deles percorressem 250 milhas náuticas em um único dia. Os melhores atingiam velocidades que cobriam 400 milhas por dia.

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Um típico clipper, mostrando toda sua imponência e elegância – Fonte –http://www.oilpaintingsframes.com

Já o Collingrove era considerado um barco muito regular e seguro. Relatos apontam que seu tempo mais rápido entre Londres e Port Adelaide foi de 65 dias e os mais lentos 85, com uma média de 74 dias por viagem. Era comum nestas grandes viagens que os clippers seguissem com um médico a bordo para atender os passageiros e não era incomum haver em alguns destes barcos uma vaca para fornecer leite fresco. Como tempo de viagem era longo, sem escalas, era normal o incentivo para que os passageiros que tinham algum dom artístico, realizassem apresentações. 
Medo de Viajante
Descobri através dos arquivos do Collingrove que em 1876 o seu comandante, ou Mestre, como os ingleses designavam, era H. Angel, um veterano navegador, sem máculas em sua ficha e com extrema capacidade profissional.

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Nota de jornal mostrando uma das partidas do Collingrove em 1876.

Aparentemente o que a carta na garrafa significou foi apenas o medo de uma pessoa pouco experiente com viagens marítimas, em meio a uma tempestade que danificou, mas não afundou o Collingrove.Certamente esta pessoa também estava extremamente estressada diante das mortes em decorrência de uma febre em um ambiente limitado, em um tempo onde as pessoas pouco compreendiam a possibilidade de contrair esse tipo de doença.
Infelizmente nada encontrei que apontasse que no final de 1876 este barco tenha se envolvido em uma tempestade que o deixou com danos de tal ordem que significasse um perigo real de afundamento e nada sobre mortes provocadas por um surto de febre.

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O clipper Collingrove anhcorado na Austrália – Fonte – collections.slsa.sa.gov.au

Como notas finais desta história marítima posso comentar que oCollingrove  continuou navegando por mais 24 anos sem maiores alterações, até ser vendido no ano de 1900 em Xangai.
Já o experiente comandante H. Angel, em outro barco da empresa A. L. Elder & Co., comandou  o mais famoso dos tripulantes de barcos clipper. Este foi o imigrante polonês chamado Józef Teodor Konrad Korzeniowski, que na Inglaterra passou a ser conhecido como Joseph Conrad.

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O escritor Joseph Conrad. Por conta de sua experiência de trabalho em clippers, muitas das suas obras centram-se em marinheiros e no mar.

Considerado um dos maiores romancistas a escrever no idioma inglês, foi um mestre da prosa que trouxe uma sensibilidade diferenciada para literatura inglesa. Nas suas obras Conrad escreveu contos e romances, muito destes baseados na sua larga experiência náutica, enquanto explorava profundamente a psicologia humana, retratando através de ensaios um universo impassível, inescrutável.
Um visitante regular para Port Adelaide a partir do momento que ela foi construída até o final de 1890.
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FONTES NA INTERNET 

NOTAS
[1] Enviar garrafas com mensagens pelo mar não é nada recente na história da humanidade. o primeiro registro de uma mensagem lançada ao mar foi realizado pelo filósofo grego Theophrastus que, por volta de 310 a.C. jogou garrafas ao Mar Mediterrâneo para tentar provar que as águas deste mar eram formadas por um fluxo que vinha do Mar Atlântico. Este pensador é considerado o sucessor imediato de Aristóteles, por quem foi nomeado como sucessor e guardião de toda a biblioteca de seu mentor! Sobre este tema ver –http://tcmuseum.org/collections/message-in-a-bottle/
[2] Nesta época Muriú já tinha um quadro populacional que necessitava de uma escola primária. Nas páginas 45 e 46 da Coleção de Leis Provinciais do Rio Grande do Norte para os anos de 1872 e 1873, encontramos a Lei nº 667, sancionada pelo então Presidente da Província João Bandeira de Mello Filho, em um exemplar existente na biblioteca do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte, se lê no seu Artigo 1º que “Ficam criadas cinco cadeiras de instrução primaria para o sexo masculino nossa lugares Muriú e Capela, do município de Ceara Mirim, Poço Limpo, do Natal, Laranjeiras, do de São José de Mipibu, e praia do Tibau, do de Goianinha”. Vale frisar que grande parte das comunidades de pescadores que conhecemos hoje entre a capital potiguar e a cidade litorânea de Touros também já existiam.
[3] Em 25 de maio de 2016, junto com o pesquisador argentino, radicado em Natal, German Zaunseder, ao realizar uma pesquisa sobre a chegada de um grupo de náufragos ingleses na cidade litorânea de Rio do Fogo em 1941, entrevistamos o Sr. Miguel Alves de Souza, nascido nesta comunidade em 18 de setembro de 1921. Sobre a carência de estradas e transportes para as comunidades do litoral potiguar, ele comentou que até sua juventude era normal as pessoas da localidade seguirem principalmente em barcos Natal. Mas não era incomum que muitos realizassem este trajeto pela beira mar em lombo de animais e até mesmo a pé. 
[4] Popularmente conhecido como piche, é uma mistura líquida de alta viscosidade, cor escura e inflamável. É formada por compostos químicos (hidrocarbonetos), e que pode tanto ocorrer na natureza como ser obtido artificialmente, em processo de destilação do petróleo. Produto conhecido desde a Antiguidade é considerado uma das melhores opções para acabamento e calafetagem para impedir vazamentos de cascos de barcos de madeira. Ver –http://lojadoimper.blogspot.com.br/2014/11/primeira-referencia-sobre.html
[5] A população de Natal em 1876 se equivaleria atualmente ao do município de Monte Alegre. Ver –https://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_municípios_do_Rio_Grande_do_Norte_por_população . Sobre números da população de Natal ao longo de sua história ver – http://www.webcitation.org/6OL6BlLnX
[6] O jornal O Atalaia era um jornal de apenas quatro páginas, publicado duas vezes por mês, sendo apresentado como “Literário, crítico, noticioso e dedicado aos interesses da liberdade, igualdade e do progresso”. Tinha a sua sede era na Rua Correia Telles, número 29, Ribeira e era impresso na tipografia Independência, na Rua Santo Antônio. Só encontrei apenas um exemplar deste jornal, disponível nos jornais potiguares digitalizados e disponíveis a Biblioteca Digital da Biblioteca Nacional.
[7] É possível que este barco não estivesse tão próximo da costa africana. Pois a garrafa teria sido lançada ao mar em 29 de setembro de 1876 e chegou à praia de Muriú cerca de um mês após.
[9] Na atualidade Loanhead é uma pequena comuna onde habitam pouco menos de 7.000 escoceses e fica localizada a cerca de dez quilômetros ao sul da dinâmica cidade de Edimburgo. Verhttps://en.wikipedia.org/wiki/Loanhead
[10] Para pesquisar sobre antigos barcos nos registros do Lloyds, acesse http://www.lrfoundation.org.uk/public_education/reference-library/register-of-ships-online/

Alcymar Monteiro, Canta Colo e cafuné..wmv

sábado, 25 de junho de 2016

Parei, cansei de beber
- A minha idade requer...
Também cansei de viver,
Mas, a morte não me quer,

Renato Caldas

quinta-feira, 23 de junho de 2016

Meu São João

Seis horas da tarde...
arde
em mim, a fogueira da ausência...
nostalgia!
A noite se debruça
nos escombros do dia.
- Evocação -
O sol vermelho cor de brasa,
desce, e a porta de sua casa,
acende uma fogueira a São João.

Renato Caldas, poeta potiguar

ASSUENSE ESTARÁ ENTRE OS 25 POETAS QUE PRESTARÃO HOMENAGENS AOS 70 ANOS DE MARIA BETHÂNIA

Compartilho com os leitores um "bilhetinho" enviado pelo meu amigo Edivan Bezerra informando de que um de seus trabalhos foi selecionado para homenagear a famosa cantora e compositora baianaMaria Bethânia Vianna Telles Velloso - conhecida por Maria Bethânia. Vejam:

Bom Dia Ivan. Como estás?

Bom, com alegria devido com vc a noticia de que no último dia 10 de junho tive a poesia DOM:VOZ selecionada para compor livro em homenagem aos 70 anos de Maria Bethânia. Para mim um grande feito diante a mais de 5000 inscritas de todo Pais para ficar entre apenas vinte e cinco.

Em breve teremos o lançamento do Livro intitulado: POESIAS PARA MARIA. Uma iniciativa do FAN PAGE OS QUINTAIS DE MARIA, contou com a participação de um júri de peso, entre eles estava a escritora e irmã de Bethânia Mabel Veloso.

Visite a página no face OS QUINTAIS DE MARIA e confira!

Assim que liberada para divulgação te envio a poesia. Estamos aguardando agenda da mesma que virá entregar premiação em grande evento.

Saudades,

Edivan Bezerra.

INFORMO-LHE, TAMBÉM, QUE NA LEGENDA ESTÁ EDIVAN BEZERRA DA SILVA - CATU, HAJA VISTO NO ATO DA INSCRIÇÃO TER SIDO SOLICITADO COMPROVANTE DE RESIDÊNCIA, PORÉM A BIOGRAFIA É GENUINAMENTE POTIGUAR.
*-*
Eita cabra bom. Esse é daqueles que levam e elevam o nome da nossa querida Assu além fronteiras. Sucesso amigo! Parabéns!!!!
George Soares expressa saudade do seu avô, Edgard Montenegro
O deputado estadual George Soares (PR) expressou, através de suas redes sociais, a saudade do seu avô, o ‘Comandante’ e grande liderança política do Assu, Edgard Borges Montenegro, que completaria 96 anos de idade neste dia 22 de junho, caso estivesse vivo.

O parlamentar escreveu: "Hoje seria aniversário do meu avô, padrinho e comandante Edgard Borges Montenegro. Grande liderança política do Assu e do Vale. Pai, amigo e líder. Uma grande saudade!"

quarta-feira, 22 de junho de 2016

humildade agora, deputado?


Bolsonaro: decisão do STF sobre incitação ao estupro fere imunidade parlamentar

Iolando Lourenço - Repórter da Agência Brasil


Deputado Jair Bolsonaro fala com a imprensa após ter virado réu no STF pela declaração de que "não estupraria Maria do Rosário porque ela não merece" Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
O deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) disse hoje (21) que a decisão do Supremo Tribunal Federal de aceitar denúncia contra ele por incitação ao crime de estupro por discurso proferido em 2014 fere a imunidade parlamentar.
No dia 9 de dezembro de 2014, em discurso no plenário da Câmara, Bolsonaro disse que só não estupraria a deputada Maria do Rosário (PT-RS) porque ela "não merece". No dia seguinte, o parlamentar repetiu a declaração em entrevista ao jornal Zero Hora.
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) aceitou denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e queixa-crime da deputada Maria do Rosário. Com a decisão, o deputado passou à condição de réu por incitação ao crime de estupro e por injúria.
Para Bolsonaro, a decisão do STF é uma sinalização de que a imunidade parlamentar por palavras, opinião e voto "não é mais absoluta". Segundo ele, o episódio que levou ao inquérito teve origem em 2003, em uma discussão em que Maria do Rosário o teria chamado de estuprador.
Na época, segundo Bolsonaro, ele não entrou com ação contra a deputada por acreditar "na imunidade [parlamentar] por palavra, opinião e voto".
Durante entrevista para comentar a decisão do Supremo, o deputado fez um apelo aos ministros da Corte. "Eu apelo humildemente aos ministros dos STF que votaram para abrir o processo para não me condenar, que reflitam sobre esse caso, não só a questão da imunidade aqui [no Congresso], bem como onde eu estou", disse. "A partir de agora, nossa imunidade material não seria mais absoluta. Foi uma briga que aconteceu em 2003 nesse Salão Verde e chegou a esse ponto."

PELO DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA Se Guilherme de Almeida escreveu 'Raça', em 1925, uma obra literária “que tem como tema a gênese da na...