quarta-feira, 24 de abril de 2019

A INCRÍVEL HISTÓRIA DO ADOLESCENTE BAIANO QUE PEDALOU DE SALVADOR A NOVA YORK 90 ANOS ATRÁS



21/04/2019 


Rubens partiu de sua cidade natal, com roupa de escoteiro, para ir pedalando rumo à que era na época a maior metrópole do mundo.

Lucas Froés – De Salvador para a BBC News Brasil



Rubens Pinheiro na chegada em Nova York – Foto: Arquivo Família Pinheiro / BBC News Brasil
Rubens Pinheiro da Costa foi um sujeito inquieto desde criança, quando suas estripulias eram punidas com castigos que levavam suas mãos à palmatória.
Quando cresceu um pouco, o baiano manifestou seu anseio por liberdade com uma fuga malsucedida de casa. Depois, aos 16, resolveu ir andando de Salvador até o Rio de Janeiro. A andança abriu caminho para uma aventura ainda maior: um inédito percurso de bicicleta de Salvador a Nova York. Uma façanha que pode até não parecer tão inusitada nos dias de hoje, não fosse um detalhe: Rubens fez isso 90 anos atrás.
Era 15 de março de 1927 e faltavam cinco meses para o jovem completar 18 anos. Medindo 1,70 m e pesando 65 kg, partiu de sua cidade natal, com roupa de escoteiro, para ir pedalando até o que era na época a maior metrópole do mundo. Ele acordou cedo, despediu-se da mãe e da irmã, e foi para a porta do jornal Diário de Notícias. Com direito a fogos, curiosos e cobertura da imprensa, um grupo de mais de 100 ciclistas lhe fez companhia no início do trajeto.


Rubens Pinheiro da Costa
Entre 1927 e 1929, pedalando na sua bicicleta da marca alemã Opel, Rubens Pinheiro percorreu o continente americano num trajeto sinuoso de mais de 18 mil km, atravessando a fronteira de 11 países.
A vontade de realizar a façanha surgiu quando ele estava no Espírito Santo, andando a caminho do Rio, e cruzou na estrada com o pernambucano Mauricio Monteiro, que fazia uma viagem de bicicleta de Recife até Buenos Aires. Depois de recusar um convite para seguirem juntos, Rubens ouviu Mauricio fazer valer a rivalidade entre os dois estados e ironizar a falta de coragem dos baianos. Rubens então jurou ali mesmo que faria uma viagem ainda maior que o do seu involuntário incentivador.
Para conseguir dinheiro para a viagem, ele pediu doações a comerciantes em Salvador, conseguindo juntar dez mil réis que levou num saco de lona junto com poucas roupas, uma arma e um livro feito especialmente para a viagem, com capa de couro de cobra e páginas em branco para serem preenchidas como uma espécie de diário de bordo.



A notícia da proeza do baiano Rubens Pinheiro da Costa no jornal Standard Union, de Brooklyn, Nova York.
“Estou disposto a tudo, inclusive a passar sede e fome, sofrer aborrecimentos, raspar sustos (e que Deus me livre das sussuaranas e das jararacas!), carregar a bicicleta nas costas. Quero conhecer Nova York sem ser em fotografia”, declarou ao Diário de Notícias no dia de sua partida.
Ele seguiu para a cidade vizinha de Santo Amaro da Purificação, para despedir-se de Euthymia, sua namorada. Ela lhe deu uma foto dela para que, quando Rubens chegasse em Nova York, fosse publicada junto com a dele pela imprensa norte-americana.
Seguindo pelo interior da Bahia, Rubens colidiu com a bicicleta de um ciclista com quem apostava corrida, danificando sua Opel, que teve de ser levada de trem para ser consertada em Salvador. Ele desistiu de esperar por ela e pegou outro trem de volta para a capital, para resgatar a bicicleta. Aproveitando a Semana Santa, resolveu ficar mais uns dias com a família, o que levou as pessoas que o encontravam na rua a questioná-lo em tom de ironia: “Já voltou de Nova York?”.EPORT THIS AD
Encontros com a história


Rubens retomou sua jornada e não parou mais. Para sobreviver na estrada, fazia o possível para arrecadar o dinheiro necessário para continuar. Para isso, gostava de exibir-se em praça pública fazendo manobras com sua bicicleta em cada cidade a que chegava. Aprendeu também que deveria logo visitar a imprensa local para alardear sua presença, o que rendia ajuda de políticos e comerciantes.



Rubens Pinheiro na estrada – Foto: Arquivo Família Pinheiro / BBC News Brasil
“Fiz, na praça principal de Santo Amaro, umas piruetas, umas voltas de fantasia na minha Opel que arrancaram palmas do povo. Gosto das saídas bonitas, confesso que esse é o meu fraco”, contou ao jornal carioca A Manhã, em 1929.
No caminho, ele tinha a estrada e a história à sua frente. No interior baiano, encontrou um acampamento abandonado que servira à Coluna Prestes. No Pará, ficou impressionado com a imensidão do Rio Amazonas, mas no Alto do Rio Negro teve que passar um dia em cima de uma árvore, em plena Floresta Amazônica, esperando que uma onça desistisse de querer almoçá-lo.
Ao cruzar a fronteira do Brasil, Rubens chegou à Venezuela enviando um telegrama de felicitações e uma carta pedindo ajuda ao então presidente do país, o ditador e general Juan Vicente Gómez. O mais poderoso político venezuelano da época lhe retribuiu com uma contribuição de 5 mil bolívares.



Caderno de viagem de Rubens – Foto: BBC News Brasil
No Panamá, Rubens encontrou a ocupação dos Estados Unidos na Zona do Canal, mas fez amizade com os oficiais, que lhe presentearam com uma volta de avião que mais lhe pareceu uma montanha-russa aérea. Na Nicarágua, de novo encontrou-se com tropas americanas, mas dessa vez acabou capturado temporariamente pelo fuzileiros navais, que o confundiram com um guerrilheiro.
O país vivia em estado de sítio e tentava se libertar do domínio dos Estados Unidos. Em suas memórias, Rubens garante que teve na estrada a companhia do revolucionário Augusto César Sandino, líder da luta contra os invasores e ideólogo do movimento sandinista que hoje é partido político.
Quando ele chegou à Cidade do México, em janeiro de 1929, uma grande recepção o aguardava. Centenas de ciclistas o acompanharam até a embaixada do Brasil, onde ficou hospedado. Depois, foi recebido pelo presidente Emilio Portes Gil, que lhe deu um cheque de 5 mil pesos.


Rubens pôde então partir para os Estados Unidos no fim do período conhecido como Roaring Twenties, marcado pelo jazz, pelas Melindrosas, pela emancipação feminina, além da crescente presença do rádio e do cinema. Uma época de otimismo que acabaria ainda naquele ano, com a quebra de Bolsa de Valores de Nova York e a Crise de 29. Para chegar à Big Apple, ele percorreu boa parte do leste do país, dividindo as estradas asfaltadas com enormes carretas.
Às 14 h do dia 1.º de abril de 1929, depois de passar dois anos pedalando, o ciclista Rubens Pinheiro chegou a Nova York. Ele não tinha mais a foto da namorada, que perdera no início da viagem, ainda na Bahia, desesperando-se, mas colecionou novos amores durante a viagem.
“Agora estou quebrado. É bom ver Nova York! É bonita, mas tão grande! Eu vou voltar ao Brasil tão logo eu possa rodar e ver a cidade”, disse à imprensa local, segundo contou em suas memórias.
Os brasileiros residentes no Brooklyn organizaram um banquete em homenagem a Rubens. Sem roupa adequada para a ocasião, ele teve que vestir as do atarracado cônsul-geral do Brasil, Sebastião Sampaio, o que levou a turma do Brooklyn a comprar um terno para Rubens e evitar o constrangimento. Sampaio ainda telegrafou ao ministro das Relações Exteriores, o baiano Octávio Mangabeira, solicitando uma recompensa para Rubens, mas nunca foi atendido.


Rubens passou a residir no sótão da casa de número 13 da Union Street, no Brooklyn. Ele trabalhou lavando pratos em restaurantes e depois na General Motors. Em junho, quando seu visto de permanência terminou, retornou ao Brasil.

De volta à realidade

Na volta ao Brasil, a bordo do navio Southern Cross, Rubens tinha a esperança de ser recebido com honras no porto do Rio de Janeiro, que estava preparado para uma ocasião festiva.
Mas a homenageada era uma passageira da primeira classe, a Miss Brasil Olga Bergamini de Sá, que voltava do concurso de Miss Universo em Galveston, nos Estados Unidos.
Ofuscado pela beleza alheia, Rubens tratou de buscar reconhecimento. Ele foi a uma audiência pública com o presidente Washington Luís, no Palácio do Catete. Durante sua andança de Salvador ao Rio de Janeiro, Rubens aprendera a andar de bicicleta em Macaé, cidade natal do presidente, mas nem teve tempo de lhe contar.


O último mandatário da República Velha logo o dispensou: “O Brasil mandou você fazer alguma coisa?”, disse, segundo relato de Rubens, o presidente – que seria deposto no ano seguinte pela Revolução de 30.
Na antiga capital do país, Rubens foi ajudado pelo francês Louis La Saigne, diretor das lojas Mesbla, em troca de deixar a bicicleta exposta na vitrine. Também no Rio, o jornal A Manhã publicou, em capítulos, parte das histórias da viagem, com base em entrevistas com ele e com o que registrou no livro que levou a bordo da Opel.
De volta a Salvador, uma missa na Igreja do Bonfim, organizada pelo próprio Rubens, levou uma multidão de curiosos para saudá-lo. Na saída da igreja, ele se exibiu para o público pedalando de costas na escadaria e na ladeira do Bonfim, sendo ovacionado.
Aplausos ele receberia de novo em 1934, quando um circo chegou a Salvador oferecendo um conto de réis a quem se aventurasse no globo da morte. Rubens ganhou o prêmio e seguiu com o circo, mas acidentou-se seriamente após uma sequência de loopings, três anos depois.


Legado

Durante o resto de sua vida, Rubens não obteve outros reconhecimentos pela viagem.
O único momento em que sentiu-se homenageado foi em 1979, quando a façanha completou meio século. Uma nova missa foi realizada na Igreja do Bonfim e uma comemoração na Praça Municipal teve direito a um bolo de 50 metros de altura, confeccionado por alunos da Faculdade de Engenharia, que também puseram nele 50 lâmpadas e construíram uma plataforma interna para que uma das netas de Rubens surgisse no topo do bolo.
No mesmo ano, ele contou suas memórias num livrinho azul de meras 68 páginas, vendido por ele mesmo, agora a bordo de uma cadeira de rodas que o acompanhou em seus últimos anos. No texto, queixou-se da sorte comparando-se a Ícaro, filho de Dédalo na mitologia grega, e se disse um “herói esquecido”.
Filha mais velha de Rubens, Olga Pinheiro foi batizada em homenagem à miss Brasil Olga Bergamini de Sá. Aos 87 anos, é ela quem guarda o livro de viagem com capa de couro que, além dos relatos de Rubens, leva a assinatura de presidentes, autoridades e testemunhas da viagem em bicicleta do pai.



Celebração pelos 50 anos da viagem, na Igreja do Bonfim – Foto: Arquivo Família Pinheiro / BBC News Brasil
Um dos netos, também chamado Rubens Pinheiro, é ciclista como o avô e participa de provas de resistência. “Meu avô significa tudo, ele pra mim é a representação de que nada é impossível como atleta”, define.
Passados os festejos pelo jubileu, restou o esquecimento. Rubens Pinheiro morreu em 1981, aos 71 anos, sem que sua história tivesse percorrido as mesmas distâncias que ele e sua bicicleta Opel.

terça-feira, 16 de abril de 2019

Sei dos teus novos amores 
Tudo timtim por timtim; 
Dizes, que tal... e que não; 
Eu sei, que tal... e que sim. 
Sei que déste aos teus amores 
Hum raminho de Jasmim; 
E que apertando-lhe a mão, 
Tu lhe disseste, que sim. 
Este sim, que tu lhe déste, 
Deve ser para algum fim: 
Julga-lo eu máo!... Isso não: 
Que elle he bem bom!!... Isso sim.

Lucas José d’Alvarenga




O único sujeito que dialoga consigo mesmo somos nós, por conta da consciência e do encontro dela com a natureza.
(Chico Lucas)
Chico nasceu na comunidade denominada Piató, distrito de Assu/RN. Considerado o filósofo da natureza. Diz que nunca frequentou a escola porque não teve oportunidade). Tá dito.

ABELHAS ACABAM DE SER DECLARADAS O SER VIVO MAIS IMPORTANTE DO PLANETA.

O Earth Wathch Institute acaba de declarar as abelhas como as espécies mais valiosas do mundo no último debate da Royal Geographical Society of London. 




Os benefícios diretos que os produtos produzidos pelas abelhas representam para a vida e para a saúde humana são secretos para qualquer pessoa. 

Mas a realidade é que não devemos parar de pensar nos benefícios que traz à nossa saúde, mas de valorizar sua função mais extensa na cadeia natural que é a polinização, sem a qual a vida no planeta seria definitivamente impossível. 

A abelha é o único inseto que fornece alimento para os seres humanos. Abelhas e biodiversidade 

A biodiversidade é o processo de interação entre os seres vivos e o planeta, a relação entre eles e, é claro, a resposta biológica do ambiente às espécies.

Nesse processo a abelha tem uma função vital, pois a agricultura mundial depende de 70% desses insetos, mais claramente 70 de cada 100 produtos que usamos para alimentar dependem exclusivamente das abelhas. 

O equilíbrio é auto-explicativo: Sem plantas de polinização não poderiam se reproduzir e sem plantas a fauna também desapareceria e consequentemente, os humanos. 

Teorias que explicam seu desaparecimento

Uma das hipóteses que explica o desaparecimento maciço das abelhas é a telefonia móvel. Esta conclusão definitiva foi afirmada pelo Instituto Federal de Tecnologia da Suíça após provar que as ondas emitidas durante uma conversa são capazes de desorientá-las até a morte, perdendo seu senso de direção e, assim, sua dinâmica de vida.

Por mais de 83 experiências, o investigador e biólogo Daniel Favre mostraram inequivocamente que a presença de um abelhas de comunicação celular produzir um ruído de dez vezes mais elevados do que o normal e deste comportamento é o utilizado para avisar o grupo incitou a abandonar a colmeia causando o Fenômeno CCD ou "problema colapso das colônias". 

O outro, claro, é o uso de pesticidas na pulverização de culturas. Esses produtos contêm substâncias químicas que agem como as neutoxinas e aderem aos insetos, coletando as flores.

Posteriormente transportado colméias onde eles contaminam o resto dos produtos processados ​​em comum como a cera, própolis e vários méis com consequências fatais que afetam outras favo de mel, incluindo colmeia de abelhas rainha sem o qual desaparece infalivelmente.

Além disso, quando essas migrações massivas ocorrem, os jovens ou as larvas são abandonados e, logicamente, eles também desaparecem. 

Soluções 

É muito difícil para a comunidade científica propor soluções que possam ser executadas. infra-estrutura tecnológica e a mentalidade atual tornaria muito difícil para as pessoas a renunciar a viver sem o uso de telecomunicações ou rádio torres e abandonar o uso de sprays, mesmo internamente, assim que uma reação tardia é temido.

A organização internacional Greenpeace propõe as seguintes medidas urgentes a priori: 
-Pesquisa e monitoramento da saúde das abelhas. Proibir imediatamente o uso de pesticidas tóxicos. 

-Promover alternativas agrícolas naturais. 

-Crie um sistema de áreas protegidas livres de telecomunicações.

O Dr. David Susuki tem razão ao declarar: "As notícias diárias documentam a menor queda ou aumento no mercado de ações ou no setor de leilões, mas ignoramos deliberadamente o equilíbrio dos serviços prestados pela natureza, como a absorção de dióxido. 

liberação de carbono e oxigênio, proteção contra erosão e polinização de frutos e sementes e sem polinização, todos os sistemas econômicos entrariam em colapso.
Um mundo sem abelhas seria um mundo sem pessoas ".

segunda-feira, 15 de abril de 2019

Natal Nostálgica.
Baldo em 1947

Adeus mamografia: vêm aí os testes ao sangue para detetar o cancro da mama.

14:15:00





Adeus mamografia: vêm aí os testes ao sangue para detetar o cancro da mama.

Nos últimos tempos, vários centros de investigação estão na corrida para criar testes ao sangue para detetar marcadores de cancro da mama antes de este ser visível na mamografia. A Universidade de Heidelberg anuncia ter um teste pronto para entrar no mercado ainda em 2019.

"Esta técnica é muito menos penosa para as mulheres. Não dói nem implica exposição à radiação."

Sarah Schott and Christof Sohn, do Hospital Universitário de Heidelberg, antes da conferência de imprensa na qual anunciaram o novo teste ao sangue© REUTERS/Thilo Schmuelgen.

Sarah Schott, do Hospital Universitário de Heidelberg, na Alemanha, está convicta de que o teste que a sua equipa desenvolveu estará disponível no mercado ainda este ano e poderá com grande vantagem substituir a mamografia na detecção do cancro da mama, pelo menos nas mulheres com menos de 50 anos.

Descrito pelos investigadores como "uma biopsia líquida" e "não invasiva", o teste, intitulado HeiScreen, já detetou 15 tipos diferentes de células de cancro da mama e tem ainda a vantagem de identificar o cancro antes de este ser visível através das técnicas de raios X ou ecografia. É também mais econômico, requerendo apenas alguns mililitros de sangue e podendo ser feito em qualquer laboratório.

Para desenvolver o teste, que também deteta novas metástases de cancros em recidiva, mais de 900 mulheres foram testadas ao longo de um ano, 500 das quais com cancro da mama.

Ainda de acordo com o Hospital Universitário de Heidelberg, o teste é particularmente adequado a mulheres abaixo dos 50 e para aquelas que têm um historial familiar de cancro da mama. O nível de fiabilidade do HeiScreen para mulheres abaixo dos 50 é de 86%, bastante mais elevado que o de outro teste similar ao sangue já existente, o CancerSEEK, que apresenta apenas 70% de sucesso na detecção do cancro. Em mulheres acima dos 50, a fiabilidade do HeiScreen desce para 60%.

Para desenvolver o teste, que também deteta novas metástases de cancros em recidiva, mais de 900 mulheres foram testadas ao longo de um ano, 500 das quais com cancro da mama.

Segundo a Organização Mundial de Saúde, o cancro é a segunda causa de morte mais frequente na Europa, com mais de 3,7 milhões de novos casos e 1,9 milhões de mortes anualmente. O cancro da mama mata mais mulheres que qualquer outro tipo de cancro; em 2018, cerca de 627,000 morreram de cancro da mama em todo o mundo. 

A detecção precoce do cancro cria mais hipóteses de sobrevivência, por encaminhar logo as pacientes para tratamento. Se for descoberto precocemente, como no estágio 2, a hipótese de sobrevivência para este tipo de cancro é de 93 a 100%; a percentagem cai para 72% quando a doença é descoberta no estágio 3 e para 22% no estágio 4..

Em Portugal, há em média seis mil novos casos de cancro da mama anualmente, mas o país está no pelotão da frente no que respeita à taxa de sobrevivência, ao lado da Suécia e da Noruega, de acordo com um estudo recente da Lancet. "Estamos a falar de uma taxa de sobrevivência global de 85% aos cinco anos. 

São notícias muito boas, que devem servir para encorajar as pessoas a continuarem alerta, a terem consciência de que é uma doença que se pode tratar", disse à TSF, a propósito do dito estudo, o oncologista Joaquim Abreu de Sousa. 

Na base desta taxa de sucesso no tratamento estarão, de acordo com Carlos Oliveira, presidente do Núcleo Regional do Centro da Liga Portuguesa Contra o Cancro, em declarações à Lusa, os rastreios iniciados nos anos 1990. Mas, ainda assim, este investigador prevê que em Portugal, até 2030, o cancro da mama cresça 17%.

Em Portugal, há em média seis mil novos casos de cancro da mama anualmente, mas o país está no pelotão da frente no que respeita à taxa de sobrevivência.


O último relatório da OCDE sobre saúde, publicado em novembro, prevê que Portugal terá uma das mais baixas taxas de incidência dos 36 países da organização, mas mesmo assim com 50 mil novos casos em 2018, ou seja, cerca de 492 por 100 mil habitantes. Esta previsão está alinhada com as estimativas divulgadas em setembro pela Agência Internacional para a Investigação do Cancro, que apontava para um número de novos casos de cancro em Portugal acima dos 58 mil, com as mortes resultantes estimadas em cerca de 29 mil. Em termos europeus, a OCDE prevê novos 400 mil casos de cancro da mama.


Um estudo realizado em 2017 no Reino Unido, envolvendo 13.000 mulheres, descobriu que o rastreio através de mamografia "perde" mais de dois mil casos de cancro de mama por ano.

UM DIA NO CASARÃO DA RUA DAS HORTAS SÉRGIO SIMONETTI CAPÍTULO LXIII

Por Sérgio Simonetti


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Joaquim entra na cozinha, acompanhado de Sinharica. Ele é um homem alto, magro, rosto comprido de testa larga e barba cerrada. Educado e elegante, tem um olhar sereno, mas firme.

– Bom dia, pessoal! Acabamos de chegar da missa, e eu quero aproveitar a presença de todos e conversar sobre um assunto que Sinharica me falou hoje.
Sinharica chama a novata.
– Galdina, venha cá!
Nenê de Maria Flor tenta interromper.
– Mas, Dona Sinharica...
– Nenê, você fique calado. – Diz Sinharica.
Sinharica vira-se para Galdina.
– Galdina, Seu Chico Matias fez ótimas referências suas e você me apronta uma dessas? Uma moça tão nova, tão cheia de vida.
Nenê de Maria Flor interrompe novamente, tentando colocar água fria na fervura.
– Dona Sinharica, a senhora me perdoe, mas não é melhor esperar Adolfinho voltar pra poder resolver esse assunto com calma?
– Não, senhor, vamos resolver isso agora. – Interfere Joaquim. – É que desapareceu um envelope com dinheiro da caixinha da gaveta da escrivaninha da sala de jantar e vocês sabem que isso nunca tinha acontecido antes aqui no Casarão.
– Ufa!, então é isso?! – Nenê suspira aliviado.

EU...TU Eu sou doçura, Mas o mel és tu A imagem é minha, Mas a cor é dada por ti A flor sou eu, Mas tu és a fragrância Eu sou felicidade, Ma...