segunda-feira, 6 de maio de 2019

FUNERAIS DE JOÃO CÂMARA - ENCERRAMENTO -- Com a postagem de hoje estou encerrando a série de fotografias dos funerais do Senador João Câmara. Primeiramente devo reconhecer que, talvez pela distância que o tempo já estabeleceu entre a vida dele e os dias atuais, o interesse que o assunto despertou foi muito menor do que eu esperava.
Assim mesmo, acho que valeu a pena, pois é uma ajuda "a quem interessar possa".
As duas fotos postadas hoje são, na minha opinião, muito interessantes. Foram feitas no cemitério, e registram dois discursos proferidos na ocasião (imagino que mais gente tenha falado, mas não tenho outras fotos).
PRIMEIRA FOTO -- Fala o advogado Manoel Varela de Albuquerque, que, se não me engano, era o Procurador da República, no Estado. O Governador José Varela (presente aos funerais) fez dele o seu candidato a Governador em 1950 (dois anos depois) mas o eleito foi Dix-Sept Rosado, tendo Silvio Pedroza como vice. Manoel Varela fala e tem ao lado, atento, de óculos escuros, outra importante personalidade do Estado: o dr. Claudionor Telógio de Andrade, brilhante orador, com grande atuação no tribunal do juri, anos depois Secretário de Segurança (Chefe de Polícia, como o cargo era referido) no governo de Dinarte Mariz. O dr. Claudionor veio a ser sogro do deputado Ney Lopes e do industrial Flavio Azevedo.
SEGUNDA FOTO -- Falava o Deputado Dioclécio Duarte, correligionário e amigo de João Câmara, homem culto, que teve, na época, um papel de bastante relevo na política do Rio Grande do Norte. Ouvindo-o o dr. Manoel Varela.
Mais à direita da foto, junto ao ombro de Manoel Varelo, penso que identifiquei o meu sogro, Jerônimo Câmara, "Seu" Loló, irmão e sócio de João Câmara, que ai aparece de cenho carregado, compungido. Imagino o seu sofrimento naquela hora. Tão bom quanto o meu pai, o Velho Pedro Melo, Seu Loló foi uma das melhores pessoas que conheci na vida. Encerro esta série, com a minha homenagem a ele, em sua simplicidade, humildade, integridade e correção.
antes. Foram feitas no cemitério, e registram dois discursos proferidos na ocasião (imagino que mais gente tenha falado, mas não tenho outras fotos).
PRIMEIRA FOTO -- Fala o advogado Manoel Varela de Albuquerque, que, se não me engano, era o Procurador da República, no Estado. O Governador José Varela (presente aos funerais) fez dele o seu candidato a Governador em 1950 (dois anos depois) mas o eleito foi Dix-Sept Rosado, tendo Silvio Pedroza como vice. Manoel Varela fala e tem ao lado, atento, de óculos escuros, outra importante personalidade do Estado: o dr. Claudionor Telógio de Andrade, brilhante orador, com grande atuação no tribunal do juri, anos depois Secretário de Segurança (Chefe de Polícia, como o cargo era referido) no governo de Dinarte Mariz. O dr. Claudionor veio a ser sogro do deputado Ney Lopes e do industrial Flavio Azevedo.
SEGUNDA FOTO -- Falava o Deputado Dioclécio Duarte, correligionário e amigo de João Câmara, homem culto, que teve, na época, um papel de bastante relevo na política do Rio Grande do Norte. Ouvindo-o o dr. Manoel Varela.
Mais à direita da foto, junto ao ombro de Manoel Varelo, penso que identifiquei o meu sogro, Jerônimo Câmara, "Seu" Loló, irmão e sócio de João Câmara, que ai aparece de cenho carregado, compungido. Imagino o seu sofrimento n


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aquela 

hora. Tão bom quanto o meu pai, o Velho Pedro Melo, Seu Loló foi uma das melhores pessoas que conheci na vida. Encerro esta série, com a minha homenagem a ele, em sua simplicidade, humildade, integridade e correção.

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domingo, 5 de maio de 2019

para Rio Grande do Norte, Terra das Minhas Raízes!

Prédio da Rádio Educadora de Natal, na Av Deodoro, 245, Petrópolis, foi a primeira rádio de Natal, inaugurada em 27/11/1941, em 1944 passou a ser Rádio Poti

sexta-feira, 3 de maio de 2019

HOJE É DIA DO SERTANEJO.
ACIMA DE TUDO UM FORTE
Homenagem ao senhor Onofre Antas.
Um autêntico homem do campo.
Meu sertão é natureza
Nordestino homem marcado
Na seca a mata cinzenta
Sertanejo abençoado
O torrão de homem forte
Pois é preciso ter sorte
Nesse meu torrão sagrado.
Quando chove no inverno
Vê-se a água cristalina
A mata fica verdinha
Troca a roupa da campina
Matuto tem alegria
Feijão, milho e melancia
A natureza divina.
Em Caboclo Nordestino
O padre consagra irmão
O senhor Onofre Antas
É vaqueiro do sertão
Os belos tempos de antanho
Montado no seu castanho
Vai ao campo de gibão.
Saudade da minha terra
Bela vivenda extasia
No sertão do meu lugar
Que no meu peito irradia
É bonita a invernada
Tem leite, queijo e coalhada
No meu chão é alegria .


Nossa Senhora do Rosário dos Pretos - Salvador, BA
Foto: Metal Traveller

quarta-feira, 1 de maio de 2019

FUNERAIS DE JOÃO CÂMARA -- na postagem de hoje estou incluindo duas fotos. Uma delas é do velório, com o esquife de João Câmara ainda aberto. Identifico apenas uma pessoa -- abatido, elegante, todo de branco, SILVIO PEDROZA, cuja carreira política teve em João Câmara e Georgino Avelino os seus grandes esteios.
Na outra foto, autoridades e povo começam a levar o corpo para o cemitério do Alecrim, inicialmente a pé. Identifico apenas duas pessoas, ambas segurando na alça do caixão. Uma dessas pessoas já aparece na foto anterior. É Silvio Pedroza. Ao seu lado, de estatura mais baixa do que Silvio, usando um terno mais escuro e óculos também escuros, me parece ser o então GOVERNA DOR JOSÉ AUGUSTO VARELA. (Ao final do governo de José Varela, Silvio Pedroza seria eleito Vice-Governador na chapa com Dix-Sept Rosado, candidatos da oposição, que derrotaram o candidato apoiado pelo governador, MANOEL VARELA DE ALBUQUERQUE, que aparecerá em outra foto desta serie dos funerais de João Câmara).




DD
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Texto e fotografias da Linha do Tempo , Facebook de Geraldo Melo.

Praia da Redinha
Anos 40
Foto: Revista LIFE
Seus olhos falam tanto
Dizem tanta coisa, eu sei
Embora não me dizem nada
Eles não estão em pranto
Nunca saberão o que falei
Ou se minha boca ficou calada.
Sei que eles falam, porque
É o espelho da sua alma
Onde tudo posso ver
Eles transmitem toda calma
Não precisa nem dizer
As palavras da tua fala.
Tua boca, há, tua boca
É quase uma criança
Assim, boba, meio louca
Como menina na dança
Que não é muita, é pouca
Pois quer muita bonança.
Bonança de muitos beijos
A ânsia de mais um carinho
Assim, de muitos desejos
Buscando sempre o caminho
Que eu sei que não vejo
Alguém, seu canto, seu ninho.
Wilame Caldas, poeta de Ipanguaçu..

terça-feira, 30 de abril de 2019

RENATO CALDAS - SAUDADES DE GUARAPARI

                       Antiga imagem da Praia de Guarapari/ES, disponível no Google.

"Renato Caldas, dando expansão ao seu temperamento cosmopolita, conheceu o Brasil de ponta a ponta, nas suas intermináveis andanças de romântico caminheiro", como depõe Expedito Silveira que era também poeta assuense, seu amigo e companheiro de vida boêmia.

Pois bem, em 1964 Renato fora convidado pelo governador do Espírito Santo Francisco Alves de Athayde que era entusiasta da poesia Renatocaldiana, para que ele, Renato Caldas fizesse uma temporada na cidade de Vitória/ES, apresentando seu trabalho, a sua arte poética irreverente, ao povo capixaba. Tudo as custas daquele governo. Convite aceito, Renato partiu e, após suas apresentações que durou um mês, retornou ao Rio Grande do Norte, a sua cidade de Assue e, dias depois, escreveu o poema intitulado "Saudades de Guarapari" em homenagem a uma das praias do litoral Espirito-santense, cujos versos, seu sobrinho Chico Elion Caldas Nobre musicou. Senão vejamos abaixo, o poema canção, para o nosso bem estar:

Guarapari é a praia da saudade
Onde a felicidade
Fez um ninho pra morar
À noite o eterno candeeiro
Ilumina seus coqueiros
Com alvos flocos de luar
Na praia branca o mar verde se derrama
Tudo vive e tudo ama
Tudo nos fala de amor
Da triste lenda de um rancho no abandono
Que chora a falta do dono
Um valente pescador.
Guarapari, Guarapari, felicidade!
Quero lembrar com saudade
O bem que tive e perdi
Nas horas tristes que passar de ti distante
Eu direi a todo instante
Saudades Guarapari.
Eu? trabalhar desse jeito,
Com as forças que Deus me deu
Pra sustentar um sujeito
Vagabunda como eu?

Renato Caldas
FILOSOFIA
Hora de comer — comer!
Hora de dormir — dormir!
Hora de vadiar — vadiar!
Hora de trabalhar?
— Pernas pro ar que ninguém é de ferro!
Ascenso Ferreira, poeta pernambucano
A imagem pode conter: céu, nuvem, casa e atividades ao ar livre
Av. Duque de Caxias década de 30
Ribeira
Fotógrafo não identificado

quarta-feira, 24 de abril de 2019

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NOVAS HISTÓRIAS SOBRE A SEGUNDA GUERRA

 


Documentos, fotos e novos capítulos sobre a participação do RN na história do conflito mundial estão em coleção de livros da Caravela Cultural. Uma dessas informações inéditas está em “Sobrevoo – Episódios da Segunda Guerra Mundial no Rio Grande do Norte”, do historiador Rostand Medeiros, que resgata a história de uma queda de avião no Seridó. A série faz parte de edital lançado pelo SEBRAE
Yuno Silva – Repórter
Publicado no jornal Tribuna do Norte, edição de quartafeira, 27 de março de 2019, na primeira paginado Caderno Viver.
“A participação do Rio Grande do Norte na Segunda Guerra Mundial” ainda rende, e muito! A cada remexida em arquivos e documentos, surgem novas memórias, detalhes e curiosidades sobre esse período importante para a história mundial e que as cidades de Natal e Parnamirim ainda não souberam preservar e nem tiara nenhum proveito turístico e/ou museógrafo. Foi aqui, nessa esquina continental, no início da década de 1940, onde mascaram o primeiro chiclete, beberam o primeiro chope de máquina, vestiram a primeira caça jeans e jogaram a primeira partida de fliperama da América do Sul.  

Parnamirim, por sua vez, abrigou um dos maiores entrepostos comerciais do planeta na época do conflito; só aqui no RN era possível compara meia calça de nylon – no restante dos países, todo o estoque do tecido sintético criado em 1935 já tinha virado material para fabricação de paraquedas.
A Segunda Guerra se estendeu entre 1939 e 1945, o Brasil se envolveu oficialmente a partir de agosto de 1942, e perceber o que restou do legado norte-americano em terras potiguares exige um olhar atento.
É nesse momento, da necessidade do “olhar atento”, que entram em cena três novos motivos para revisitar aquele momento de efervescência urbana, cultural e social que sacudiram Natal e Parnamirim a editora Caravela Selo Cultural lança no próximo dia 2 de abril, às 11 horas, na sede do SEBRAE-RN, os três livros que integram a coleção “A participação do Rio Grande do Norte na Segunda Guerra Mundial”.
São três obras independentes, com abordagens diferentes, que se complementam e acrescentam mais “molho” no que já se sabe. “São livros diferentes sobre a mesma temática, e que trazem informações inéditas sobre o assunto”, assegurou o jornalista, engenheiro civil e pesquisador Leonardo Dantas de Oliveira, coautor do livro “A engenharia norte-americana em Natal na Segunda Guerra Mundial”, que ele assina junto com Osvaldo Pires de Souza e Giovanni Maciel de Araújo Silva.
Completam a coleção uma coletânea “Observações sobre a Segunda Guerra Mundial no Rio Grande do Norte”, reunindo artigos científicos e organizados pelo escritor e editor da Caravela José Correia Torres Neto; e o livro “Sobrevoo – Episódios da Segunda Guerra Mundial no Rio Grande do Norte”, do pesquisador e historiador Rostand Medeiros.
A coletânea, explicou José Correia, reúne textos atuais produzidos por especialistas e estudiosos da UFRN e de outras universidades de outros estados. “Boa parte do material que estamos publicando já vinha sendo organizado e catalogado pelos autores, e quando decidi editar a coleção tivemos seis meses para deixar tudo pronto para impressão”, lembrou o editor, que aproveitou o edital Economia Criativa 2018 do SEBRAE-RN para viabilizar o projeto.
“O lançamento da coleção no SEBRAE-RN vai coincidir com o lançamento da edição 2019 do edital”, avisou Correia.
Papagaio de guerra
O volume da coletânea organizado pelo editor da Caravela Selo Cultural traz oito artigos científicos e pelos títulos percebe-se que as abordagens buscam ir além do lugar comum.
Entre os textos publicados destaque para “Cabarés de Natal: do esplendor do Cabaré de Maria Boa ao ostracismo do Beco da Quarentena (1942 – 1950)”, escrito por Jéssica Freire Dalcin, Monique Maia de Lima e Yasmênia Evelyn de Barros.
Outros artigos buscam ir mais fundo para instigar a reflexão, como “A busca de um tesouro perdido: o desejo das elites de Natal (RN) em torná-la uma cidade moderna no século 20”, de Giovana Paiva de Oliveira; e “Uma cidade marcada por perdas e sonhos: a Natal da Segunda Guerra Mundial”, de Giovana Paiva de Oliveira em parceria com Ângela Lúcia Ferreira e Yuri Simonini.
Documentos, fotos e novos capítulos sobre a participação do RN na história do conflito mundial estão em coleção de livros da Caravela Cultural. Uma dessas informações inéditas está em “Sobrevoo – Episódios da Segunda Guerra Mundial no Rio Grande do Norte”, do historiador Rostand Medeiros, que resgata a história de uma queda de avião no Seridó. A série faz parte de edital lançado pelo SEBRAE
Já o livro de Rostand Medeiros faz, literalmente, um “sobrevoo” sobre o momento histórico com textos curtos recheados por curiosidades, detalhes e passagens que ainda não tinham sido revelados.
Relatos e depoimentos se misturam a uma narrativa alicerçada por documentos que comprovam cada afirmação. Medeiros aborda desde a “Influência das tripulações alemãs em Natal”; casos de espionagem; o resgate das primeiras vítimas da guerra em Rio do Fogo, litoral norte do RN, em 1941; e a presença de “Parnamirim Field” na imprensa internacional.
Os autores Leonardo Dantas, José Correia Torres Neto e Rostand Medeiros, junto ao jornalista Yuno Silva, da Tribuna do Norte.
No tocante às curiosidades, destaque para “A pitoresca história de um papagaio que voou em combate nos céus da Europa”; e a queda de um avião de guerra modelo Catalina na cidade de Riachuelo, agreste potiguar. O papagaio “Jock”, inclusive foi notícia em vários jornais e Rostand Medeiros comprova a história emplumada com fac-símile de uma manchete publicada no jornal carioca A Noite em 19 de janeiro de 1944 – naquele momento, de acordo com o jornal, “Jock” acumulava 50 horas de voo e havia sido indicado para receber medalha do Exército americano.
“Muitas das informações são inéditas, extraídas de documentos e diários que só foram liberados recentemente”, disse Leonardo Dantas, que buscou no diário de obras dos batalhões de engenharia notas sobre o legado deixado pelos norte-americanos na infraestrutura urbana: “Avenidas que hoje são importantes vias que cortam a capital do RN foram construídas naquela época. A primeira ‘pista’ de asfalto do Estado foi construída pelos soldados, e ia do Colégio Ateneu até a base de Parnamirim”.       
Nesses diários, também foram colhidos relatos sobre a alimentação e de como era a hora de descanso dos trabalhadores braçais que prestaram serviço para o Exército dos Estados Unidos. “Veio gente de outros estados para trabalhar, pois não tinham mais quem contratar aqui em Natal e Parnamirim para fazer o que eles precisavam”, completou Leonardo.
Coleção “A participação do Rio Grande do Norte na Segunda Guerra Mundial”
SERVIÇO
Lançamento da coleção “A participação do Rio Grande do Norte na Segunda Guerra Mundial”, dia 2 de abril, às 11 da manhã, na sede do SEBRAE-RN em Lagoa Nova. Após o dia de lançamento, os livros estarão disponíveis na livraria da Cooperativa Cultural da UFRN.

PELO DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA Se Guilherme de Almeida escreveu 'Raça', em 1925, uma obra literária “que tem como tema a gênese da na...