quinta-feira, 5 de agosto de 2021

 


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Bloco Carnavalesco Saint Tropez. Assú, Clube Municipal, ano de 1964. Da esquerda para a direita: Zeneide Abreu, Neide Machado, Altamira Gondim, Naide Machado, Iolete Lacerda e Nezita Tavares, todas portando o indispensável lança-perfume. Em segundo plano, sentados à mesa, vemos o casal Américo e Delza Abreu.
Pedro Otávio Oliveira, 2020.

 

Vejam esse jornal de 1955 (O Estudante). Ele tem uma matéria que fala sobre o Centenário da fundação do município de Canguaretama RN, que foi em 1958 (como também aponta o Livro de Tombo da Paróquia) e não em 1985, como fizeram outra comemoração sem nexo algum!




 


 

O nome “pamonha” é originada da palavra tupi pa’muñã, que significa “pegajoso”; e sua receita faz parte da cultura dos indígenas brasileiros, que foi adaptada ao gosto dos portugueses e africanos; os quais produziram novas formas de preparação da iguaria.
No Brasil, geralmente possui o nome de pamonha alguém que é preguiçoso, lento ou palerma; e como a iguaria é preparada lentamente, em fogo baixo, ela foi nominada dessa forma.
Pintura: Mulheres fazendo pamonha, óleo, Wagner di Oliveira.


quarta-feira, 4 de agosto de 2021

 O LIVRO...

O livro permanece
apesar da tecnologia
ameaçar nosso convívio.
Dele a gente não esquece
folheamos com alegria
as páginas de um livro.
O Tablet veio para fechar 
todas as livrarias...
mas, o livro é mais forte.
Cada vez mais se ver publicar
seja no sul ou no norte.
Nenhuma outra invenção
nos dar tanto prazer
didaticamente falando.
No livro há toda uma emoção
toda criação do saber
educador e educando..

Autor: Wíliame Caldas..04/05/2013

 AS ROSAS FALAM

Já disseram que as rosas não falam
que só perfumes exalam
desconhecem o poder que elas têm.
As rosas dizem tanto que nos calam
falam de amor como ninguém.
Falam de paz e da natureza
não falam pra quem não quer ouvir.
falam de poesia de beleza
e de um mundo a colorir.
que digam às borboletas
que com elas falam baixinho
sejam brancas, vermelhas ou violetas
falam com muito carinho.
As rosas têm seus segredos
e seus momentos de amor 
que os contam sem medo
no ouvido do beija-flor...
As rosas vivem sempre
enfeitando os caminhos
e sorriem alegremente
nos chamando baixinho.
Só precisamos abrir os olhos
pra ouvir as rosas...

Wilame Lins Caldas, poeta de Ipanguaçu

terça-feira, 3 de agosto de 2021

 

ZOLIMPIADAS DO SERTÃO

 

Sonhei com as Zolimpíadas

Chegando no meu sertão

Foi o maior espetáculo

Que se viu na região

Tinha gente que só a peste

Lá das brenhas do nordeste

Chegando de caminhão

No desfile de abertura

A bandeira nordestina

Toda feita de retalhos

Pelas mãos de Severina

E eu ali, de camarote

O bode virou mascote

A tocha era a lamparina

A nossa delegação

Para conquistar os louros

Desfilou de guarda-peito

Gibão e chapéu de couro

E enfrentando a batalha

Conquistou muitas medalhas

de bronze, de prata e ouro

Quem carregou a bandeira

Foi Ritinha de Zé Bento

Já a pira foi acesa

Por Tonin de Livramento

Nosso atleta principal

E recordista mundial

Do hipismo de jumento

Antes das competições

Um lanche bem reforçado

Com buchada, cajuína

Rapadura e milho assado

Fava verde com galinha

Sarapatel com falinha

Angu com bode guisado

Nas águas do Velho Chico

As provas de natação

Os pulos ornamentais

De cima de um paredão

Ginástica num terreiro

Remo e vela num barreiro

E judô num palhoção

A maratona, seu moço

Era por nossas estradas

Atravessando os riachos

Nas veredas, nas quebradas

Da paisagem nordestina

Ao som do galo-campina

E da patativa golada

Na competição de tiro

Os velhos de bacamarte

Pé-de-bode, granadeira

Vestimenta de zuarte

E davam cada pipoco

Do sujeito ficar môco

De se ouvir em toda parte

A prova de atletismo

Conhecida por carreira

De cem e duzentas léguas

Com barreira e sem barreira

Foi por dentro do cercado

Atravessando um roçado

Pelo meio das capoeira

Os saltos, lá no sertão

Eram provas de “pinote”

De riba de uma barreira

Num pedaço de caixote

O cabra de lá pulava

Num açude tibungava

Caindo feito um caçote

O jogo de futebol

Se jogava sem chuteira

Num campo de chão batido

No alto de uma ribanceira

As traves de barandão

O campo sem marcação

No calor e na poeira

Levantamento de peso

Quem ganhou foi Sebastião

Cinco sacos de Farinha

Três arrobas de algodão

Com esse peso todinho

Ele se ajudou sozinho

E se sagrou campeão

O arremesso de pedra

Quem ganhou foi Expedito

No tiro com baladeira

Carmelita fez bonito

E Já na queda de braço

O ouro foi pra Inaço

E a prata pra Benedito

Fizeram de três batentes

Pódio pra premiação

Com uns ramos de onze-horas

Era a coroação

E numa latada de lona

Asa branca na sanfona

Completava a emoção

E assim eu me acordei

Com orgulho do sertão

Desse povo vencedor

De tão grande coração

De história tão sofrida

Que nas batalhas da vida

Nasceu pra ser campeão

Autor, Desconhecido

Vou tentar descobrir o autor.

 

Ivânio Tenório, Divulgando a Cultura Nordestina.

 

segunda-feira, 2 de agosto de 2021

O dia em que o Fortaleza jogou no Açu/RN

Numa época em que o intercambio futebolístico era raro, mesmo entre clubes da capital potiguar e do interior do Rio Grande do Norte, amadores ou profissionais, existia um time que realizava amistosos, dentro e fora de casa, contra o América, ABC e representantes de outros estados nordestinos.

Inclusive era comum os times mossoroenses, no período de 20 a 40, receber elencos paraibanos, como o Treze de Campina Grande. Foi o extinto Centro Esportivo Açuense (CEA) quem quebrou estas regras, como atestam os seguintes jogos com as fichas técnicas. (logo abaixo)

Porém uma das partidas mais sensacionais aconteceu no domingo, 16 de novembro de 1952, quando o CEA empatou em 3 a 3 com o Fortaleza, o famoso tricolor da capital cearense. O embate ocorreu no antigo Estádio Senador João Camara, assim denominado em homenagem ao político norte norte-rio-grandense morto quatro anos antes.

Certamente o jogo do CEA com o Leão do Pici teve o endosso do paraibano radicado em Açu, Arcelino Costa Leitão, que, na época, chegou a presidente do clube da capital do Ceará, e, nos anos 60, prefeito no município açuense (ver postagem de 2/10/2016).

O jogo foi noticiado, sem mais detalhes (exceto placar, data e local) no jornal diário vespertino católico A Ordem, na página 3, edição da segunda-feira. Em meio ao informe do ‘Domingo esportivo – Os jogos disputados no Brasil’, do campeonato carioca, paulista, mineiro, gaúcho e amazonense ao paraibano.

América 3 x 1 Centro Esportivo Açuense
Data: segunda-feira, 28/5
Competição: amistoso
Estádio: Juvenal Lamartine
Cidade: Natal/RN
Árbitro: Eugenio Silva
Gols: Franklin (2), Pernambuco e Melado
América: Gerim, Artemio, Barbosa, Ozi, Pretinha, Ernani, Gilvan, Dieb, Franklin, Pernambuco (Tico) e Gilvandro
CEA: Jairo, Mimi, Saraiva, Zezinho, Edson, Dedito, Lino, Melado, Juarez, Piolho e Waldir
No domingo abc 3 a 0 CEA.

América 1 x 3 CEA
Data: 10/9
Competição: amistoso
Estádio: Senador João Camara

Cidade: Açu/RN

PELO DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA Se Guilherme de Almeida escreveu 'Raça', em 1925, uma obra literária “que tem como tema a gênese da na...