Da plaquete de minha autoria intitulada intitula "Quando a Política Vale a Pena", 1996 (fotografia acima), transcrevo a seguinte estória: Iniciava-se o ano de 1983, posse em todo o Brasil dos novos governadores, deputados federais, estaduais, prefeitos e vereadores eleitos nas eleições de 1982. Pois bem, naquela época (31 de janeiro de 1983), encontrava-se de férias na cidade de Assu, meu amigo professor cearense chamado José Anchieta Esmeraldo Barreto (ele tem estreitas ligações na terra assuense, por ser casado com uma filha do jornalista Osvaldo Amorim, já falecido) que á época era o Reitor da Universidade Federal do Ceará. O carro oficial daquela Reitoria era um galaxi de cor preta, de placa oficial de bronze (que ele, Anchieta, guardava na garagem de minha casa, quando encontrava-se no Assu). Aquele veículo era igualzinho ao automóvel oficial do governo do Estado do Rio Grande do Norte (era governador José Agripino Maia). Solicitei dele, Anchiete, aquele veículo emprestado, com motorista fardado, "tudo como manda o figurino", para levar-me até a Câmara dos Vereadores daquele município. Pedido aceito. Ao aproximar-me do local da solenidade, "Logolhó" que era o motorista daquela Reitoria (nunca mais tive notícias dele), estacionou aquele veículo em frente a prefeitura, desceu do carro fardado, e abriu a porta para que eu descesse solenemente, para aplausos dos circunstantes. Antes, porém, alguém teria gritado para alertar o mestre da Banda de Música: "Vem chegando o governador Zé Agripino!" - O mestre da banda foi rápido no gatilho, tocando dobrados de governador que, ao terminar, disse furioso: "Ora porra! Eu pensei que fosse o governador!" - E os fogos de artifícios, para serem detonados pelo fogueteiro no ato da posse do prefeito Ronaldo Soares, teriam sidos explodidos durante aquela minha chegada inesperada, naquela noite memorável e estrelada do Assu. É que em política meu caro leitor, acontece de tudo, principalmente na pluralista cidade de Assu!
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