domingo, 1 de maio de 2011

Os podres não são meus

Queria poder colocar no texto o que realmente estou sentindo agora.
Queria poder desenhar na folha branca o quanto a escuridão ainda permanece em mim.
Queria poder, então, em minhas linhas lançar-me e sair de alma lavada.
Queria poder mergulhar em mim mesmo e extrair tudo de ruim que me deram sem que eu tenha pedido.
Queria poder mudar somente aquilo que incomoda a mim, o que sobra disso é problema dos outros, é resto, não me importa.
Queria poder crescer com a ausência de tudo isso que me dói.
Queria poder ser branco, mas já me fizeram marrom.
Queria poder sair e só voltar quando todos tiverem saído.
Queria poder sorrir e por traz não esconder um choro guardado.
Queria poder agora não escrever o que escrevo, mas apagar os “podres” e começar de novo.
Sim, os “podres” não são meus, nem fui eu quem os criou, me foram herdados quando nasci!

Por Rômulo Gomes

Um comentário:

  1. Obg, amigo por postar o meu texto.
    Creio que ele diz muito mais do que está exposto na linhas...

    Rômulo Gomes

    ResponderExcluir

  Luizinho Cavalcante IV Cultura Viva, acontecerá no 1º de junho no bar de Ninha - Pacheco O blog Carnaubais Para Todos segue promovendo a n...