terça-feira, 9 de agosto de 2011

Cristina Costa

O silêncio invade o meu ser
lá fora a escuridão cerrada
penetra a minha alma.
Passa o vento suave por mim
pergunto-lhe se alguma
vez encontrou o amor.

Ri-se descaradamente
enquanto com velocidade
se desloca por descampados
percorrendo sítios escuros e abandonados
varrendo recordações e deixando
no seu lugar o vazio.

O Verão está de partida
juntamente com o calor.
O vento de vez em quando
faz-se sentir com brutalidade
interrompendo-se apenas
quando sente que amedrontou o meu silêncio.

Abraço-me a ele
e deixamo-nos ficar
assim bem juntinhos.
A paz, entra de mansinho e sorri-me.
Dou-lhe a mão
e ficamos nessa cumplicidade
os três a olhar a beleza da noite
vestida com um longo vestido negro
e com um manto enorme de sonhos.

Passa o vento suave por mim
sussurra-me palavras antigas
atira-me com fragmentos de sonhos vividos
talvez apenas sonhados.
Sorrio-lhe e peço-lhe que siga o seu caminho
que não tente a minha alma
com memórias do passado.
Pensamentos, Citações e Poesias







Nenhum comentário:

PELO DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA Se Guilherme de Almeida escreveu 'Raça', em 1925, uma obra literária “que tem como tema a gênese da na...