terça-feira, 20 de setembro de 2011



Re)descubra / (re)leia AUGUSTO FREDERICO SCHMIDT



Por Pedro Simões

Além de poeta, Augusto Frederico Schmidt foi editor e político. Pouco conhecido pelo leitor comum, é, no entanto considerado dos maiores líricos brasileiros. Sua poesia é aliciante, romântica e nostálgica, seus temas preferidos são o mar, a noite, a morte, a solidão, o mistério do destino do homem. O açodamento político-ideológico dos anos 60, tolheu-me a visão e me impediu de apreciá-lo na sua grandeza literária, pois era dado como “reacionário”. Hoje, penitencio-me e ofereço aos amigos e amigas do Fb a oportunidade de conhecê-lo e aos que o conheceram, o resgate da sua memória. Entre 1924 e 1926, o poeta residiu em São Paulo, ligando-se ao grupo modernista. É quando publica seu primeiro livro, Canto do Brasileiro Augusto Frederico Schmidt.
Entre outros, publicou Canto do liberto Augusto Frederico Schmidt (1929), Navio perdido (1929), Pássaro cego (1930) e Canto da noite (1934)..
Escreveu ainda as crônicas de O galo branco (1948) e As florestas (1959). A seguir, funda uma editora e torna-se um dos grandes divulgadores do Modernismo; e, depois, especialmente, da literatura do Nordeste.
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O Grande Momento

A varanda era batida pelos ventos do mar
As árvores tinham flores que desciam para a
morte, com a lentidão das lágrimas.
Veleiros seguiam para crepúsculos com as
asas cansadas e brancas se despedindo,
O tempo fugia com uma doçura jamais de
novo experimentada
Mas o grande momento era quando os meus
olhos conseguiam
entrar pela noite fresca dos seus olhos...  

[Texto do Facebook de Pedro Simões]

Do blog: O poeta Augusto Frederico Schmidt conviveu na intimida com o lírico potiguar, um dos precursores da poesia moderna brasileira chamado João Lins Caldas no seu tempo de Rio de Janeiro [década de 20 e começo dos anos 30]. Schmidt comparou o poema de Caldas intitulado "negra', ao dizer: "... vale por toda "Uma Raça", de Guilherme de Almeida." Para orgulho do poeta assuense.

Fernando Caldas


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