Terra de cabra-macho
Dois matutos “adversários”,
o Coroné e o Zé das Cuia, se
encontram na única barbearia
de Caraúbas. Lá sentados, lado a
lado, não trocam uma só palavra.
Os barbeiros temiam iniciar
qualquer conversa, pois poderia
descambar para discussão, e o
Coroné tinha fama de brabo e
só andava armado. Terminam
a barba de seus clientes, mais
ou menos ao mesmo tempo.
O barbeiro que atendeu o Coroné
estendeu o braço para pegar a
loção pós-barba e oferece, no que
foi interrompido rapidamente por
seu cliente que disse:
- Não, obrigado. A minha esposa
vai sentir o cheiro e pensar que eu
estive num puteiro.
O outro barbeiro virou-se para o
Zé das Cuia: - E o senhor?
- Oxente, popassá! A minha muié
num sabe mermo como é cheiro
de puteiro... Nunca trabaiô pur lá...
Dizem que a barbearia está
fechada até hoje, para reforma.
Postado por Fernando Caldas
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