Publicação: 28/12/2012 16:46 Atualização: 28/12/2012 18:30
Sérgio Vilar, do DN Online
Desde as 15h sacolas eram jogadas na calçada do Palácio Felipe Camarão. A chamada #Marchadolixo foi um movimento organizado via redes sociais, sem mentores ou líderes. A notícia da mobilização se espalhou e a todo instante gentes de diferentes tipos e lugares depositavam seu protesto (lixo) em frente à Prefeitura, inclusive carroceiros.
Quatro viaturas do 1º Batalhão da Polícia Militar e uma viatura do Batalhão de Choque chegaram ao local por volta das 16h30, com oficiais munidos de metralhadoras para garantir a ordem. Oficiais da Guarda Municipal já protegiam a entrada da sede do executivo municipal e por pouco também não foram alvos dos ovos jogados na fachada do prédio.
Para a cabo Francineide, da Guarda Municipal, todo aquele tumulto formado pelos manifestantes em protesto poderia ser evitado. "O cheiro aí dentro (da sede da prefeitura) está insuportável. As atividades da empresa de coleta num voltaram ontem (quinta-feira)? Bastava ter recolhido esse lixo antes do movimento", reclamou.
Segundo o supervisor de coleta da empresa Líder, João Batista, de fato os funcionários retornaram ao trabalho na manhã de ontem (27), sob promessa de a empresa pagar o "décimo terceiro" e o vale alimentação, em atraso, até as 18h desta sexta-feira. Caso contrário, há possibilidade de nova paralisação.
"Começamos a coleta por volta das 7h30 de hoje". Indagado se não seria estratégico à empresa retirar o lixo das redondezas da prefeitura para evitar o protesto, João Batista disse: "Tentamos isso, mas não deu tempo. Era muito lixo. Ainda sobrou para mais protesto. Só hoje já retiramos 100 toneladas de lixo. O carro chega, descarrega e sai de novo".
Quando o lixo já havia sido recolhido e a rua liberada, o prefeito de Natal, Ney Lopes Júnior foi ao local e conversou com a população. Não houve tumulto durante a manifestação.
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