segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Por Ana Lima*

Por uma lei fatal que rege os fados
Desta nossa existência desditosa,
Dos sonhos n alvorada graciosa
Meu doce amor, vivemos separados!

Estes dias cruéis e amargurados
Como noite mais negra e dolorosa,
Eu levo a recordar, triste e saudosa,
Teus olhares tão meigos e adorados.

Cheio de mágoas, sem prazer ou calma,
Vivo guardando desolada em pranto,
Teu nome escrito nos recessos d alma!

E quando ao longe vai morrendo a tarde
Oh! meu saudoso e delicado encanto
O coração me estala de saudade.

__________Em Verbenas, 1901.

*Ana Lima era poetisa asssuense. Ainda na sua adolescência começou a escrever seus afetuosos sonetos clássicos!

Nenhum comentário:

PELO DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA Se Guilherme de Almeida escreveu 'Raça', em 1925, uma obra literária “que tem como tema a gênese da na...