MEMÓRIAS:
AVIADORA ASSUENSE
As informações foram baseadas na
pesquisa de Fernando Hippólyto da Costa com o título: “No Ar - A História das
Aviadoras do Rio Grande do Norte” – publicada no jornal O Poti de domingo dia
24 de julho de 1988.
Maria Enilda de Sá Leitão de Brito nasceu em Assu, no dia 22 de julho. Pertenceu ao Serviço Público
Federal, exercendo cargo destacado na Escola Técnica Federal do Rio Grande do
Norte. Casada com o Professor Severino do Ramo de Brito.
Entrou
para a Escola de Pilotagem do Aeroclube, em Capim Macio, no ano de 1955, tendo
realizado o seu primeiro voo de instrução num avião CAP-4 Paulistinha em
setembro do mesmo ano. O seu primeiro instrutor foi José Limeira da Silva.
Chegando
a voar cerca de 42 horas, “solou” em setembro de 1956. Entre seus colegas de
turma, recorda-se perfeitamente de Negreiros, Diavani Fernandes, Newton Pereira
Rodrigues, Saraiva, Hugo e Daniel Alves de Oliveira.
Seu
“checador” para o voo solo foi próprio instrutor Limeira, e desse dia
inesquecível ela falou que “foi a sensação mais audaciosa, quase irreal, de
que voando conquistaria a grandeza do infinito e daí, alegria e emoções incontidas”.
Além
do conhecido Paulistinha, “solou” também o Pipper J3. Chegou a tomar parte em
duas revoadas, voando com o instrutor uma com destino a cidade de Currais
Novos, para a “Festa do Algodão” e outra, para Recife, participando das
festividades programadas pelo Aeroclube de Pernambuco.
A
nossa pergunta, se recordava de algum fato pitoresco, respondeu-nos: “com
relação a voos, não. Mas no nosso dia-a-dia de instrução, dado o idealismo do
grupo, até as grandes dificuldades que a Escola de Pilotagem do Aeroclube
enfrentava para manutenção do curso, eram superadas por nós e se transformavam
em fatos pitorescos”.
Perguntamos
ainda se gostaria de voltar a pilotar aeronaves e se o marido não colocaria
objeções para tal, respondeu-nos de maneira objetiva: “Já não penso em voltar a
voar; meu marido tem pavor de avião, não gostando nem que eu fale naquela fase
da minha vida...”.
Esclareceu-nos
também ter tido sempre o “fator sorte ao seu lado, pois nunca chegou a sofrer
qualquer pane em voo, nem pousou em emergência”.
Maria Enilda de Sá Leitão de Brito - Irmã de dona Zuleide, Paulo, Zé Leitão e outros.
Foto ilustrativa.
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