Roubo o orvalho da noite
para disfarçar com suas pérolas
as lágrimas depositadas na almofada.
Levas-me a madrugada
quando despes a noite
deixando-a nua de abraços
e o meu peito órfão do teu.
Soletrando a memória
da sede em que me bebes
deixas pela casa
a ternura abandonada
dum abraço.
O sabor fossilizado dos beijos
aroma interrompido do amor
nas palavras gretadas sem resposta.
E lentamente
passeio os dedos pela memória
onde tudo é imortal.
Onde as linhas do destino
já foram percorridas
e a chuva soluça pelos vidros
abafando ofegos transpirados
enquanto o vento sopra o teu nome
para longe da sombra das memórias.
Perco-me no rabiscado das sombras
e numa dança irreal
meu espírito eleva-se
onde surgem
pétalas de doçura
pingadas
de fantasias e loucuras
e a ti rendo-me.
Cristina Costa
para disfarçar com suas pérolas
as lágrimas depositadas na almofada.
Levas-me a madrugada
quando despes a noite
deixando-a nua de abraços
e o meu peito órfão do teu.
Soletrando a memória
da sede em que me bebes
deixas pela casa
a ternura abandonada
dum abraço.
O sabor fossilizado dos beijos
aroma interrompido do amor
nas palavras gretadas sem resposta.
E lentamente
passeio os dedos pela memória
onde tudo é imortal.
Onde as linhas do destino
já foram percorridas
e a chuva soluça pelos vidros
abafando ofegos transpirados
enquanto o vento sopra o teu nome
para longe da sombra das memórias.
Perco-me no rabiscado das sombras
e numa dança irreal
meu espírito eleva-se
onde surgem
pétalas de doçura
pingadas
de fantasias e loucuras
e a ti rendo-me.
Cristina Costa
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