Além da redução da idade mínima das mulheres, o governo Temer avalia uma regra de transição mais benéfica para quem ingressou no funcionalismo público antes de 2003. Também admite igualar as condições dos agentes penitenciários às dos policiais federais e legislativos, que poderão se aposentar aos 55 anos.
Sem a norma diferenciada, eles ficariam enquadrados nas mesmas regras dos servidores públicos, que preveem aposentadoria a partir de 62 anos (mulheres) e 65 anos (homens).
As propostas são discutidas como maneira de reverter os votos de pelo menos dez deputados indecisos. Pelo último balanço, o governo conta com 260 votos favoráveis à reforma e enxerga pelo menos cem parlamentares indecisos. A meta é conseguir virar metade deles até 19 de fevereiro, data prevista para a votação da PEC.
Para o senador Hélio José (Pros-GO), relator da CPI da Previdência, a atitude do governo é vista como medida de desespero para aprovar a proposta, a qual chamou de 'PEC da Morte', a qualquer custo. "O grande objetivo é privatizar a Previdência e atender os interesses dos banqueiros, o que vai prejudicar a grande maioria da população", criticou o senador.
"O governo não tem votos suficientes para aprovar a reforma. Em fevereiro isso ficará mais claro: a proposta sequer irá à votação", sentencia. E emenda: "Os números apresentados pelo governo não passam de blefe".
Fonte: O dia, em 09/01/2018
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