Valério Mesquita
Mesquita.valerio@gmail.com01) Era praxe em Assu construir-se nos quintais residenciais cacimbão para manutenção da casa. Certa vez, na residência de uma tia do saudoso deputado Arnóbio Abreu, aconteceu um fato no mínimo interessante, por má interpretação da nossa complicada língua portuguesa. Enquanto as senhoras conversavam amenidades nas calçadas, as criançasnbrincavam no extenso quintal. De repente, correram todos pela lateral do casarão e, um deles assustado gritou: “Mamãe! O “baldo” caiu dentro do cacimbão!”. Foi um Deus nos acuda. A mãe desmaiou; a avó entrou em estado de choque incontrolável, era grito pra todo o lado e, o remédio mais rápido chegando: álcool e alho para a desmaiada cheirar. Já se aglomerava uma pequena multidão, quando um curioso perguntou a uma das crianças: “Meu filho, como foi isso?”. O pequeno respondeu: “Nós fomos “puxar” água, a corda partiu-se e o “baldo” caiu lá no fundo...”. Estava explicada a situação. “Quem caiu no fundo do poço” foi O BALDE e não UBALDO, neto da velha.
02) Francisco Dantas ou Chico da prefeitura, como era conhecido em Mossoró, ingressou no folclore político local por haver se elegido “vereador” sem concorrer a eleição. Passava o tempo todo na calçada da Câmara Municipal varrendo aqui e acolá, convidando os amigos para conhecer o seu “gabinete”. Após longos meses de “legislatura” foi flagrado pelo presidente da Casa com três amigos ao redor do seu birô, ligando para o ramal da copa: “Dona Raimunda? (a copeira), por favor, traga aqui três “cafezes” para o meu gabinete por “obeseque””. Ali mesmo, perdeu o “mandato”.
03) Muitas são as atribuições enfrentadas pelo presidente da Fundação José Augusto. Pedidos de emprego eram rotinas que desafiavam a capacidade do escritor François Silvestre. Certa vez, foi procurado por um pai extremado que defendia com ardor um cargo comissionado para a sua filha. “Dr. François, a minha filha fala corretamente quatro idiomas. Onde o senhor pode colocá-la?”. Sem se perturbar, com a mão esquerda segurando a cabeça, silencioso, François, suspirou: “Só se for na Torre de Babel”.
04) Salatiel Rebouças, de São Gonçalo, falecido em 2005, dizia sempre aos amigos: “Se minha mulher me trair, eu matarei o cretino!”. “Que é isso, Salatiel”, ponderou um amigo, “não estrague sua vida. Se isso acontecer você deixa a mulher e arranja outra...”. “Não, colega”, retrucou Salatiel. “Minha mulher tem cento e trinta quilos, pernas de elefante, os peitos encostam no umbigo. Porque se isso acontecer a intenção de qualquer pé-de-lã com minha mulher é só para me desconsiderar. Amor e tesão com esse ‘troço’ é impossível!”.
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