Eita, Ribeira velha de guerra, da época da segunda guerra mundial o bairro que vim morar quando cheguei para estudar no Salesiano vindo de PA. Chegando de trem, com apenas 11 anos de idade, desembarcando na estação da Ribeira onde me apaixonei por esse bairro. Bairro da Estação Rodoviária, construída por Djalma Maranhão, do Teatro Alberto Maranhão, do Porto Fluvial, do Cais da Tavares de Lira, do Grande Hotel do Major Teodorico Bezerra, da sede do BANDERN, do Banco do Brasil do BANCALDO, do BANESPA, Banco do Povo da Caixa Econômica Federal, da Caixa do Professor Ulisses de Góis, da Junta Comercial, do Jornal a República, do Jornal Tribuna do Norte, do comércio o mais variado e ativo possível, se adquirindo da linha de cozer ao trator, da casa do Mestre Câmara Cascudo, da pensão de Francisquinho Bento, onde morei , da Igreja Bom Jesus, dos Correios e Telégrafos, da Receita Federal, do Ministério da Agricultura, da Rampa onde se deu o famoso encontro dos Presidentes Roosevelt com Getúlio Vargas. Ribeira onde as pessoas importantes e não importantes, vindo do interior se encontravam. Ribeira durante o dia comércio, a noite boêmia. Com seus bares ativos, os cabarés funcionando a todo vapor. Ribeira velha de guerra, isso já não existe mais. Os homens lhe abandonaram. Sou louco por ti Ribeira.
Autor: Geraldo José Antas
Engenheiro Civil e Agropecuarista
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