domingo, 24 de outubro de 2010

'GUERRA DOS BÁRBAROS" INTERIORIZAÇÃO DA COLONIZAÇÃO PORTUGUESA E A "GUERRA DOS BÁRBAROS"

(Por Eudes Dantas; Iracema Pereira; Jailma Oliveira N. F. de Azevedo; Margarida Maria da Silva; Maria das Dores Medeiros; Maria do Carmo Gomes; Sandra Cunha – Alunos do período 2001.2)

Durante o período colonial, as Capitanias Brasileiras tinham como base econômica a cultura da cana-de-açúcar. No Rio Grande do Norte essa base econômica se solidificou com o cultivo da cana - de- açúcar no litoral e o desenvolvimento da pecuária no Sertão, onde as terras eram impróprias para a cultura da cana. Essa atividade que de início era feita em pequena escala, passou a se expandir Sertão adentro quando ocorreu a ocupação Holandesa em Pernambuco. Tal expansão se deveu especialmente, ao fato de Pernambuco necessitar do gado tanto como força motriz para seus engenhos, como para o abastecimento alimentício, uma vez que o principal produto cultivado na referida capitania era o açúcar. Além do mais, o gado se constituía numa fonte econômica abundante, já que dele era aproveitado quase tudo, inclusive o próprio couro que era exportado para outros países e que levou ao surgimento de oficinas de beneficiamento (curtumes) em Recife.

Todavia, com a expulsão dos Holandeses do Brasil muito gado ficou sem dono, vagando e espalhando-se pelo Sertão, fazendo com que logo colonos interessados em apascenta-los, ocupassem suas ribeiras. E com a colonização Portuguesa e o povoamento se acentuando cada vez mais, através da formação das cidades e vilas, ficava bastante complicado alimentar a população, visto que as terras que não estavam sendo utilizadas para o plantio de cana-de-açúcar, estavam ocupadas com a criação do gado. Para solucionar esta questão, as autoridades provinciais resolveram limitar a criação do gado, proibindo-a até dez léguas do mar e também as margens dos rios, para que estas terras pudessem ser preservadas tanto para o cultivo da cana, quanto também, para outros produtos agrícolas. Essa legislação resultou na ocupação das terras até então inexploradas, já que a atividade pecuária exigia uma maior quantidade das mesmas.

Contudo, a posse da terra era controlada pelo Governador Geral que só concedia a posse mediante o "povoamento" dentro de um ano, sendo esta posse cabível quando entregue aos colonos portugueses ou vassalos do rei de Portugal. Assim, criou-se no pensamento colonial a idéia de um interior "vazio", apesar de ser habitado pelos nativos da terra que não foram tidos como seres humanos. Todavia, de início foi muito comum à convivência pacífica entre nativos e portugueses, devido principalmente ao pagamento de "resgates", por parte dos colonos. Vê-se assim, que existia um medo em demasia por parte do gentio devido ao avanço do colonizador em suas terras e vice-versa. Esses resgates eram uma espécie de "imposto da paz", que visava uma certa cordialidade entre o invasor e o invadido.

A partir de então, a ocupação portuguesa no Sertão do Rio Grande do Norte se intensificou devido ao avanço das frentes pastoris, que objetivava expandir a pecuária Sertão adentro, chegando o momento que devido a esse avanço pastoril, a presença indígena se torna um empecilho à colonização, levando as autoridades coloniais a utilizarem como estratégias de desocupação destas terras, a eliminação dos nativos que resistissem aos interesses colonizadores, especialmente os homens, já que as mulheres e crianças não eram mortas, pois poderiam servir aos interesses dos colonizadores.

Nesse período, nas Capitanias do Norte, habitavam os índios denominados de Tupis, que habitavam o litoral e Tapuias que habitavam o interior. Estes eram constituídos de vários grupos que possuíam especificidades entre si. Os Tarairiú era um desses grupos Tapuias habitantes do Sertão que se distinguia dos Kariri e dos Gê. Graças ao estudo de alguns cronistas, podemos conhecer como eram divididas as famílias Tapuias e onde habitavam essas várias nações. Os Tarairiú eram subdivididos em dois grupos e se diferiam entre outros aspectos, lingüístico – culturalmente dos Kariri e tinham como chefes Janduí e Cerro-Corá. Os primeiros habitavam áreas sub-litorâneas, como as margens dos rios da região Seridó e o segundo habitava nas proximidades de rios permanentes, como o Rio S. Francisco. Um dos aspectos da cultura indígena que provam as suas diversidades culturais, é a prática do endocanibalismo, ou seja, quando morria um membro da tribo, este era comido pela própria tribo, e também quando nascia um bebê morto, este era comido pela mãe, o que não acontecia com a tribo Kariri. Os Tarairiú que habitavam o Sertão da Capitania do Rio Grande dividiam-se em Jandui, Ariú, Pega, Canindé, Genipapo, Paiacú, Panati, Caratiú e Corene, os quais tiveram contato com os colonos portugueses quando a pecuária adentrou os Sertões. Esses Tapuias tinham os mesmos costumes de alguns índios do Brasil e gostavam de depilar e pintar todo o rosto e o corpo e costumavam cobrir os genitais, sendo que as mulheres usavam uma espécie de "avental" feito de folhas e os homens um cendal também de origem vegetal, além de enfeitarem o corpo com penas e outros adornos naturais.

O clima do sertão impunha aos Tarairiú uma vida seminômade, já que de acordo com as estações do ano, estes mudavam seu acampamento para outros lugares que garantissem seu sustento, não tendo aldeias fixas. Assim relatos apontam que nos meses de Novembro, Dezembro e Janeiro, os Tarairiú se colocavam perto do mar, já que essa região era mais rica. Dormiam em redes ou no chão. As migrações para outras áreas eram indicadas pelos feiticeiros e anunciadas pelos reis que determinavam o local do próximo acampamento. As mulheres eram encarregadas de transportar bagagens e procurar paus e folhagens para confecção de um novo abrigo e os homens eram encarregados da caça, da pesca e da procura de mel, já que sua alimentação básica era esta, juntamente com frutos, raízes e ervas. Após as chuvas estes se deslocavam para as várzeas dos rios, onde plantavam mandioca, milho e legumes.

Os Tarairiú eram guerreiros temidos até por outros indígenas devido sua força, velocidade e destreza na guerra. Além das armas européias, eles adotaram o uso de cavalos, o que causava espanto aos Portugueses. Sendo uma sociedade guerreira, a posição dos "principais", ou seja, de um grande guerreiro, era de grande prestígio, havendo cerimônias de coroação com muitos festejos. Os acordos de paz também eram feitos com a presença do guerreiro, sendo que este juntamente com os seus, se tornavam a partir do "acordo", vassalos do Rei de Portugal.

Percebe-se até então, que estão explícitos os interesses coloniais para "livrar" o território da presença indígena, seja pela morte, pela fuga ou pela rendição forçada ou ainda com outras estratégias de intimação para obter escravos disponíveis a colonização. E na tentativa de expulsar os índios e de se apropriar das suas terras para desenvolver a pecuária, iniciava-se a ampliação das fronteiras econômicas em direção aos Sertões das Capitanias Rio Grande do Norte, Paraíba e Ceará. Contudo, esse empenho colonial gerou muitos conflitos, onde até os padres seculares temiam vir até o Rio Grande, por medo dos "bárbaros" tapuias. Durante as décadas de 1670 e 80, com a distribuição de sesmarias nas ribeiras dos rios Acauã, Seridó, Açu, Apodi e Mossoró, e implantação da pecuária na capitania do Rio Grande, foi criada uma situação que de certa forma favoreceu uma convivência entre os Tapuias e vaqueiros, tanto que os conflitos eram resolvidos através de "acordos", sendo que em algumas situações, os conflitos eram resolvidos através da "força", ou seja, pela escravização indígena para a mão-de-obra. Esses conflitos foram se alastrando e fazendo com que a situação se agravasse em ambas as partes, pois a interiorização cada vez mais forte da pecuária vinda de um lado, do litoral de Pernambuco, Paraíba e Rio Grande e do outro (Maranhão, Piauí e Ceará), colocava os indígenas numa situação de imobilidade diante das frentes pastoris, levando-os a se constituir numa barreira à colonização, que foi denominada de "muro do demônio". Por conseguinte, os índios "espremidos" num limite mínimo de terras, pressionadas e sem saída reagiram violentamente, levando a capitania a uma deflagração que ficou conhecida como a "Guerra dos Bárbaros".

No ano de 1687, a reação Tarairiu à colonização, intensificou-se tanto que foi preciso pedir intermédio de um vereador da câmara enviado ao governador geral na Bahia, pois o levante já havia causado grande catástrofe. O governador geral Mathias da Cunha, vendo a possibilidade da retomada das terras pelos Tarairiú, ordenou que o coronel Antônio de Albuquerque da câmara assumisse a liderança de interesse dos colonizadores.

Os Portugueses construíam várias casas fortes onde se instalavam, só que por serem feitas apressadamente, estas eram inseguras o que permitia constantes ataques dos nativos. Logo os colonizadores tentaram repreender os "indígenas", enviando tropas paulistas lideradas por Domingos Jorge Velho, para guerrear contra eles. Os objetivos dessa luta seriam degolar os guerreiros e escravizar suas mulheres e crianças, já que estas úteis, podendo ser inclusive vendidas para pagar os custos da guerra. Além disso, as mulheres cativas, iriam trabalhar na agricultura, enquanto as crianças seriam educadas nos moldes católicos e de acordo com os interesses dos dominadores. Nesse sentido, aos poucos eles iriam se desprendendo de suas raízes culturais.

Percebe-se assim, que a guerra afetava profundamente o cotidiano dos indígenas, já que estas aconteciam em seus territórios forçando-os a migrar para o Litoral em busca da sobrevivência, o que antes faziam voluntariamente só nos períodos de seca para dela escapar. Essa nova situação levava os indígenas, como os Panati, a saquearem fazendas roubando e matando gado na tentativa desesperada de sobreviver à colonização portuguesa, fato que suscitou reações dos dominantes que logo buscaram conte-los, como comprovam as cartas enviadas pelos oficiais da Câmara de Natal ao capital-mor, solicitando desse que fizesse a distribuição desses índios já reduzidos na Aldeia do Guajiru, entre a população da Capitania para que estes passassem a reparar os danos que haviam causado aos colonos e moradores. Como se não bastasse a expropriação e a dizimação já realizada com esses índios pelos portugueses, estes ainda tinham que pagar uma conta que não lhes era sua e sim, devida pelos brancos aos mesmos. Todavia, como a lógica da colonização era além da liberação das terras para a pecuária, obter mão-de-obra necessária para o trabalho, se fazia então fundamental, desenvolver a escravidão. Daí o porque de retirar os indígenas da Aldeia com o pretexto de introduzi-los na fé católica, batizando-os e sustentando suas despesas em troca de seus serviços, pois caso permanecessem na aldeia não haveria como força-los ao trabalho, ou seja, escraviza-los. Por conseguinte, a guerra dos bárbaros só reforçou essa lógica ao atender os objetivos da colonização. Foi assim, que tanto Domingos Jorge Velho que dizimou muitos indígenas na serra do Acauã, hoje a conhecida Serra da Rajada, bem como, a tropa do Pernambuco comandada pelo capitão Afonso de Albertin, que dizimou a tribo dos Janduí na Ribeira do Açu, foram parabenizados pelos seus feitos pelo Governador geral e pelo novo governador de Pernambuco, já que seus prisioneiros foram levados para Recife como presentes para este último, sendo comercializados como escravos em praça pública para bom proveito de seus "carrascos" e ou vencedores.

Com o continuar da repressão aos Tapuias e as vitórias obtidas, os oficiais da Câmara de Natal enviaram um Memorial ao Rei, no qual alegando a este as perdas de colonos e despesas realizadas para com o desenvolvimento da "guerra dos bárbaros", solicitava o reparo das mesmas com o pagamento do gado perdido e a distribuição das terras "liberadas" entre as pessoas da Capitania, além da criação de um presídio no Arraial do Açu e de um alojamento com cem índios domesticados, para a proteção dos moradores e para que estes "ajudassem" no transporte do gado para Pernambuco.

É notório o interesse dos luso-brasileiros para que as perdas sofridas com a guerra, fossem logo reparadas, as terras expropriadas fossem distribuídas e ocupadas, evitando possíveis iniciativas dos Tarairiú de retoma-las. Todavia, estes bravios guerreiros, apesar das degolas, dos aprisionamentos, cativeiros e reduções em aldeamentos jesuíticos que sofreram ao longo dessa história que lhes fora imposta, resistiram por cerca de mais trinta anos sempre lutando como podiam pela posse de suas terras e na tentativa de vencer as injustas estratégias da dominação colonial. Assim, a colonização portuguesa no Rio Grande e no Brasil, se consolidou sob os moldes de uma visão cultural preconceituosa e injusta, onde o nativo passou de gentio a infiel, por não se submeter ou tentar resistir às imposições européias, fato esse, que acarretou o extermínio quase que completo dos nossos nativos.

ANEXOS:

BIBLIOGRAFIA:

LOPES, Maria de Fátima.Índios, Colonos e Missionários na Colonização do Rio Grande do Norte. Natal, 1999. Dissertação (Mestrado em História) Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Cap. 4. p. 102-129.
MONTEIRO, Denise Mattos.Introdução à História do Rio Grande do Norte – Natal:Edufrn, 2000. cap.1-2. p. 19-95

Postado por Oeste News


As Guerras dos Bárbaros ou A Guerra do Açu


A princípio o denominado Sertão do Açu compreendia toda ribeira do rio com este nome e a ribeira posteriormente chamada de Seridó, recorte espacial reputado como possuidor de grandes campos frescos e salubres, onde muito gado podia ser criado. Sua colonização começou no final da década de 1670 e início de 1680. Ocupavam originalmente essa região os nativos tapuias, na sua grande maioria pertencentes à nação dos janduís. Esta porção interior da Capitania do Rio Grande foi tocada inicialmente, pela empresa colonizadora, por vaqueiros que ali fabricavam currais e viviam em relativa paz com os primitivos habitantes.



Contudo, essa paz duraria muito pouco e está região seria palco das mais sangrentas batalhas e atrocidades cometidas ao longo das Guerras dos . Levantes isolados de grupos indígenas precederam o movimento que tomaria maiores dimensões e seria denominado na época como a Guerra do Açu.


Mesmo sendo difícil datar o início destas revoltas e levantes, é possível que os motivos da revolta remontam dos abusos de João Fernandes Vieira, Capitão-mor da Paraíba (1655–1657), quando este prendeu os dois filhos de Canindé, tido como "rei dos janduís".


As razões mais profundas podem ser encontradas na expulsão dos holandeses - fiéis aliados dos indígenas tapuias -, além do avanço da economia pastoril que promovia a ocupação das terras dos nativos, além do que, o sertão do Açu foi alvo da migração de pessoas vindas das demais províncias do Norte em fuga de um surto epidêmico de febre amarela. Diante desse panorama, os tapuias sentiram-se usurpados e resolveram reagir.


Por volta de 1661, cresceu a hostilidade dos tapuias, metendo medo no novo capitão-mor da Paraíba, Matias de Albuquerque Maranhão (1661–1663), o que escreveu imediatamente para a regente D. Luísa de Gusmão, avisando que os índios bárbaros haviam se rebelado causando grande receio à população branca do sertão. Por conseguinte, em 1662, a regente ordenou que fizesse guerra contra os janduís, antes que estes se fortalecessem.


Os conflitos com os tapuias se espalharam por todo sertão atingindo territórios dos atuais estados do Ceará, Piauí, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Paraíba. No Rio Grande, região do Açu, os conflitos persistiram, uma vez que as nações tapuias estavam causando danos e dando cabo aos colonizadores e vaqueiros além de matar e comer o seu gado.


Não controlando a rebeldia dos nativos, por volta de 1687, os edis da vila de Natal, pediam ao governador de Pernambuco, João da Cunha, ajuda para combater os tapuias que, no sertão do Açu já tinham matado cerca de cem pessoas, além de destruírem tudo o que encontravam.


Em pouco tempo os tapuias fizeram-se senhores, novamente, de todo sertão ameaçando inclusive os colonos na ribeira do Ceará Mirim. Tal proximidade com a sede da Capitania colocava em perigo os moradores de Natal. Houve então a necessidade da vinda de socorro da Bahia. A solução encontrada pelo Governador Geral foi autorizar o envio de duas Companhias que partiram sob o comando do Coronel Antônio de Albuquerque Câmara.


No que tange ao Seridó, na ribeira do Acauã, chega em 1687 o coronel Antônio de Albuquerque da Câmara, que ali possuía uma sesmaria, para dar combate aos gentios, usando como base militar a casa-forte do Cuó, cujos alicerces ainda podem ser encontrados em Caicó.


No entanto, esta expedição resultou em um enorme fracasso, fazendo com que os moradores da Capitania do Rio Grande ficassem bastante abalados a ponto de ameaçarem "despejar a Capitania". Essa decisão dos moradores fez com que o capitão-mor do Rio Grande baixasse um edital para impedir o êxodo em massa, alertando a população dos possíveis danos que sofreriam se abandonasse a capitania.


Diante do caos, o Governo Geral pediu que o paulista Domingo Jorge Velho marchasse de Pernambuco com todas as forças que conseguisse mobilizar, pois cria que suas tropas, moldada no combate ao gentio, seria capaz de vencer os rebelados, um vez que eram bem organizadas, ao contrario das tropas pernambucanas reunidas por Albuquerque Câmara e Manuel de Abreu Soares.


No início de 1688, Matias da Cunha já havia escrito aos edis de São Paulo, alertando para o fato de que o Rio Grande se achava oprimido pelos bárbaros. Ele também escreveu à mesma Câmara afirmando que das fronteiras chegavam avisos de que as tropas não se atreviam a investir contra os índios nas suas aldeias, e que estes chegaram até mesmo a cercar os quartéis onde estavam Domingos Jorge Velho Antônio e Albuquerque Câmara, que pelejando quatro dias com os bárbaros, por falta de munições, tinham se retirado dos quartéis.


O acampamento do sertanista situava-se na ribeira do Piranhas, fronteira com a Paraíba. Combateu no Seridó sem, no entanto, participar da última batalha da guerra cujo palco foi o Acauã. Ali ficou sob o comando das tropas, um cabo de seu terço, que "derrotou o gentio (...) e trouxeram mil e tantos prisioneiros" . Neste combate teria sido preso o cacique Canindé, que em 1692 firmou um acordo de paz com os portugueses.


Segundo as informações do Capitão-mor do Rio Grande, Agostinho César de Andrade, em 1689 os bárbaros haviam se fracionado. Todavia, alguns janduís, chamados Panatis, resolveram continuar as hostilidades obstinadamente, enquanto outros negociaram as pazes.


Mesmo essa iniciativa não foi suficiente para os colonos, pois uma onda de pavor se espalhou entre aqueles que acreditavam que os tapuias tivessem pedido a paz para dela se aproveitar, preparando assim, uma ofensiva final.


Domingos Jorge Velho, continuou na peleja com os índios pelo menos até o final de 1689. Com efeito, em outubro, seu sargento-mor obtivera uma importante vitória sobre os bárbaros, que resulta na captura do principal janduí, Canindé.


A paz não foi uma conquista imediata. Alguns fatores conspiram a favor da instabilidade: negligência para com as tropas de Matias Cardoso; o atraso no pagamento dos soldos, que foi tratado apenas em 1693, deixando os soldados em desespero por causa da situação de desamparo que os desanimava. Corria-se desta forma o risco um motim desses soldados visto que já que a fazenda da capitania não dispunha mais de recursos para investir na guerra, sendo assim, os esforços de paz corriam sérios riscos.


Ainda em 1693, Matias Cardoso atacou os índios do Ceará, não alcançando muito êxito. Em 1695 estavam terminadas as atividades formais da Campanha dos paulistas.


Em 1694 João de Lencasto assumiu o Governo Geral na Bahia com o interesse de solucionar a Guerra dos Bárbaros. Em carta ao Capitão-mor do Rio Grande sugeriu para por fim às guerras que se procurasse a paz acima de tudo.

Na tentativa de arrefecer a rebelião dos tapuias fortaleceu-se a idéia de que era necessário o repovoamento co a ocupação perene das regiões fronteiriças. Para este feito as medidas foram tomadas. A determinação ordenava que em Açu, Jaguaribe e Piranhas se pudessem seis aldeias de índios. A importância dessa medida foi destacada por Lencastro de duas maneiras: de um lado a razão militar visto que essas aldeias amigas seriam importantes para a defesa das fronteiras; por outro lado o sistema econômico das lavouras açucareiras dependia do fluxo de animais de corte provindos desses sertões. Sendo assim, o cordão defensivo das aldeias, além do povoamento iria reconstruir a economia local e garantir a segurança.

Além dessa alternativa ganhava corpo outra que considerava a idéia de se chamar o terço Paulista para intervir já que tentar fazer as pazes com os tapuias era considerado um esforço de muito risco. Portanto, estavam postas na mesa duas saídas: a paz com os índios através do povoamento, ou a guerra continuada em bases militares.

A decisão tomada e aceita pelo rei em 10 de Março de 1695, foi de contratar o terço de paulistas, patrocinando-os e executando a lei de 1641 que possibilitava que esses "soldados" poderiam fazer os índios de cativos, no lucrativo comércio de escravos.

Os moradores do Rio Grande, associados à açucocracia de Pernambuco eram partidários de uma solução pacífica tendo como aliado o capitão-mor Bernardo Vieira de Melo, que achava que "só por meio da paz podia haver quietação". Na visão do capitão-mor, o melhor a fazer era um presídio na Ribeira do Açu, e os cordões de aldeias para povoarem as fronteiras. Sua iniciativa era contrária àquela articulada na Bahia, indicando que o levaria a uma colisão com o terço dos paulistas.

Os argumentos de Bernardo Vieira de Melo não surtiram efeitos para coroa, que já puseram em marcha a máquina de guerra paulista, comandada pelo meste-de-campo Manuel Alvares de Morais Navarro, que distribuiu patentes a ele e a todo o terço que fizeram parte deste levante. Navarro e sua gente partiram para Bahia de onde o terço saiu em direção a Paraíba. Após oito meses (10 de maio de 1699) juntaram-se a esse terço os capitães Manuel da Mata Coutinho e Manuel de Siqueira Rondon, acompanhados de setenta soldados.

As tensões permaneceram até que as pazes foram sendo tecidas pouco a pouco e o trabalho de sedentarização dos índios foi sendo orquestrado pela Coroa.

BIBLIOGRAFIA:

MACÊDO, M. História e espaço seridoenses entre os séculos XIX e XX. Mneme – Revista Virtual de Humanidades. CERES. Vol. 01, n.01. p.01-50. 2000.

PUNTONI, P. A Guerra do Açu. In: - A Guerra dos Bárbaros – povos indígenas e a colonização do sertão nordeste do Brasil, 1650-1720. S. Paulo, 1998.254p, Tese (Doutorado em História) – Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, USP. (CAP. 04).

UM ANO DE LICEU DAS ARTES

Emanuel Amaral
Maria Betânia Monteiro - repórter

O imponente prédio do IFRN está fazendo hoje um ano de funcionamento após sua revitalização. Naquele espaço da avenida Rio Branco, chamado de Liceu das Artes, sede também da antiga TV Univeristária, abrigou em seus últimos suspiros independentes, a “República das Artes”, no qual vários grupos de teatro, artesãs, pintores ocupavam as salas para pensar, elaborar e às vezes vender os seus produtos. Ao serem convidados a deixar o local, os artistas ficaram com a promessa de serem incluídos na programação do novo espaço.

Um ano DEPOIS DE restaurado e com A agenda regular de eventos, o IFRN, prédio onde funcionou a república das artes, ainda não tem a vida ativa de um grande centro culturalO VIVER esteve no Instituto Federal para conferir como anda a parceria entre a comunidade (...).

(Tribuna do Norte)

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

RENATO CALDAS HOMENAGEIA SANEDITE - FILHA PRIMOGÊNITA DE SANDOVAL MARTINS

Amigos o texto que segue foi uma forma simples e de verdadeira solidariedade de Renato para com meu pai Sandoval Martins nos idos de 1943, por ocasião do falecimento de sua primeira filhinha (Sanedite) de forma imensamente prematura.
(Do blog de Marival Martins - Aposentado_UFRN)

DIRETAMENTE DO VALE DO AÇU PARA A MESA

Não precisa mais atravessar 210 quilômetros para saborear alguns dos sabores mais típicos do interior potiguar. Abrirá neste sábado, no Potengi Flat, Petrópolis, a loja Delícias de Assu e do Vale, um espaço que visa assuenses saudosos da terrinha, bem como os interessados por iguarias regionais que só se encontram por lá. Na inauguração, às 10h, também será lançado o livro “Assu – Dos janduís ao sesquicentenário”, do historiador Ivan Pinheiro.

“Cansei de sempre viajar de Natal a Assu pra comprar as coisas que eu gosto de comer. Resolvi trazer tudo pra cá”, brinca o proprietário Francisco das Chagas Pinheiro, um dentista que se lança ao comércio pela primeira vez. Saudades dos sabores da terra assuense. Chagas reuniu no cardápio de sua casa na capital, alguns dos itens mais apreciados por quem conhece as delícias de Assu – e que não estão em outras lojas do gênero.

Como se fosse uma delicatessen sertaneja vem de lá iguarias típicas para acompanhar chás e cafés, como as bolachas casquinha, praieira e sete capas, o doce alfenim, banana passa, e o histórico biscoito ‘flor do Assu’. Chagas explica a origem da guloseima: “A flor do Assu é um receita de 80 anos, criada por Solon Wanderley para agradar uma mulher grávida de sua família, que não conseguia comer nenhum tipo de biscoito ou pão da padaria da cidade. Então ele criou esse biscoitinho em forma de estrela, que leva erva doce, pimenta do reino, e outros ingredientes secretos. Daí nasceu a tradição”. Há ainda as castanhas de caju fornecidas pelo assentamento Pingos, certificado de qualidade.

O banquete continua com outros itens só achados no Assu, como filés de tucunaré, tilápia e traíra, todos peixes típicos daquelas mesas. Camarão é outro fruto do mar que está no cardápio. O feijão verde da terra também é peculiar, com seus grãos maiores que os demais. Destaque também para o queijo de coalho com orégano, “para mostrar que não é só Caicó que faz queijo de primeira”, ressalta Chagas. Para brindar o cardápio, a Delícias do Assu irá servir a cachaça Imperial do Vale, uma caninha produzida nos engenhos de Assu. E quem quiser levar também elementos para decorar a casa, terpa peças e artesanato de palha de carnaúba e banana.

Serviço:

Delícias do Assu e do Vale. Inauguração no sábado, às 10h, no Potengi Flat, Petrópolis.

(Fonte: Tribuna do Norte)

TIÃO DA LANCHONETE COMEÇA A SER OBSERVADO PELO PCdoB ESTADUAL

O blog tem informações do principal motivo da visita do presidente estadual do PCdoB a cidade de Assu na manhã de hoje.

Antenor Roberto veio fazer uma avaliação conjuntural do resultado eleitoral da sigla na cidade dos poetas.
Tem como alvo principal o nome do micro-empresário, o ex-candidato a deputado federal Sebastião Araújo de Lima, "Tião da Lanchonete".

Tião da Lanchanete totalizou 3.911 votos em todo o Rio Grande do Norte, sendo que, particularmente, em Assú, foi o quinto mais votado para a Câmara Federal, com 2.311 sufrágios, obtendo dentro da coligação uma posição bastante destacada. Por esta razão o PCdoB, começa a ver o seu nome como uma opção para um projeto maior na cidade, podendo disputar majoritariamente a sucessão do prefeito Ivan Júnior.
Outro aspecto analisado tem por referência outro filiado, o ex-candidato a deputado estadual Renato César de Sá Leitão, com votação superior a 600 votos deverá aglutinar outros nomes visando uma composição de chapa para dar ao partido uma vaga no legislativo assuense.

O presidente Antônio de Pàdua, visa estabelecer uma campanha de filiação e incentivo para que novos nomes se agreguem ao projeto de fortalecimento do PCdoB, tudo será devidamente questionado e se a militância topar, daremos continuidade ao que iniciamos em 2.010, com candidaturas do partido representando nosso vale no parlamento estadual, assim será no pleito municipal de 2.012,concluiu Neto Burrego.

Escrito por aluiziolacerda às 10h05

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

ISTO É CARNAUBAIS - CORAÇÃO DA GRANDE VÁRZEA DO AÇU

Da paisagem de cartão-postal para o mercado internacional. Carnaubeiras continuam gerando renda ao trabalhador rural. O pôr-do-sol que abrilhanta nosso horizonte chama a atenção pela beleza rústica.

(Do Blog de Tony Martins)

VI IMPACTO EVANGELISTICO "ASSU PARA CRISTO" TEM INÍCIO SÁBADO 23

A Segunda Igreja Batista da Convenção do Assu, promove nos próximos dias 23 e 24 (sábado e domingo), o VI Impacto Evangelístico “Assú para Cristo”, evento de cunho social, cultural e religioso, com o propósito de despertar os cristãos para o cumprimento de sua missão na promoção e na expansão do Reino de Deus e na demonstração de amor ao próximo.

Programação:

Dia 23.10
8h às 13h – Ação Social (bairro Parati 2000) e Evangelismo de rua.
17h – Marcha ao som do Ministério Tambores Remidos (Salvador/BA)
Dia 24.10
8h às 13h – Ação Social (bairro Parati 2000) e Evangelismo de rua.
19h – Culto de encerramento na 2ª Igreja Batista.

Mais informações em http://www.assuparacristo.blogspot.com


(Do Blog do Alderi Dantas).

PRODUTOS DO ASSU E DO VALE GANHA ENDEREÇO EM NATAL

Assuense de alma, vida e coração, o odontológo Francisco das Chagas Pinheiro “Doutor Chaguinha” abre em Natal uma loja recheada com as irresistíveis delícias do Assu e do Vale como filé de peixe de Tucunaré, Tilápia e Traíra, feijão verde, queijo de coalho, camarão, castanha de caju, banana passas, biscoito flor do Assu, bolachas Casquinha, Praeira e Sete Capas, alfinin, artesanato e etc, etc.

Para marcar a abertura do empreendimento, Doutor Chaguinha convida para no próximo sábado, 23, a partir das 10h00, na rua Potengi, 521 – Flat Potengi – loja 14, nas proximidades da Pça. Cívica, em Petropólis. Na ocasião, o historiador Ivan Pinheiro autografa o livro Assu - dos Janduís ao Sesquicentenário.

Todo material de comunicação da Delícias do Assu e do Vale foi criado pela AD Comunicação e Marketing/Copygraf.

(Do Blog do Alderi Dantas)

GLÓRIAS DO PASSADO

Carnaubais relembrado nesta imagem, tempo do primeiro exercicio constitucional, através do prefeito Valdemar Campielo Maresco ( in memorian), ladeado do seu staff administrativo, onde identificamos bem as figuras do agente administrativo: Adauto Cabral de Macedo, Tesoureiro Zé Cabral, Tabelião Chico Mariano, vice-prefeito Juca Benevides, comerciante Julião Bezerra, além dos funcionarios: Manoelzinho, Gilda Cavalcante e Luzia Pereira, Terezinha Siqueira e outros que não conseguimos nominar.


(Do BlogdeAluízioLacerda)

O ABOIO DO VAQUEIRO

Arte de Lúcia Caldas, artista plástica carioca.


... as seis horas da tarde, o sol se põe
nos parece o clarão tomar espanto.
Vem a noite, estendendo um negro manto.
Contra o claro, o escuro se põe.
Um satélite noturno se dispõe
Oferece o que tem do seu clarão
É bonito se ver o lampião
No alpendre do velho fazendeiro.
Quanto é belo o aboio do Vaqueiro
Nas chapadas do sertão.

Chico Traira, poeta cordelista potiguar.

domingo, 17 de outubro de 2010

ANTIGAS PROPAGANDAS DA POLÍTICA POTIGUAR I

Eleições de 1970 - imagem do blog de Thaísa Galvão


                                         Eleições de 1982

Hoje amanheci mais experiente, graças a Deus escalamos mais um degrau da nossa existência, a vida é simplesmente uma dádiva que a natureza proporciona aos seus viventes, nada temos a reclamar, somente agradecimentos pelas imensas alegrias. pelos felizes momentos passados ao lado dos familiares e amigos, cuja repetição de cena vem acontecendo exatamente há sessesnta anos (60), que o divino espirito santo nos ilumine nas próximas etapas que haveremos de alcançar. Antecipadamente agradecemos as manifestações de apreço das amizades.

VELHAS PROPAGANDAS POLÍTICAS - ARENA/PDS

CÂNDIDO, O VAQUEIRO

Há muito tempo que eu precisava falar um pouco sobre Cândido Jonas Batista ou "Cândio de Vem-Vem" como era chamado por aqueles de sua época. Romeiro devoto de São Francisco de Canindé e padre Cícero Romão Batista, do Juazeiro. Certa vez, ele me trouxera uma fotografia sua tirada do alto da estátua de Padre Cicero. Ai eu perguntei a ele: Cândio, se você pulasse daquela altura não escapava nem a sua alma. Morreria ligeira, não achas? E ele naquela sua fé respondeu na hora:: "Claro que eu não morreria!"

Vaqueiro de profissão, pouco sei da sua origem, de seus ancestrais. Sei, apenas que meus avós maternos Fernando Tavares - Vem-Vem (que era fazendeiro nos sertões do Assu) e dona Celeste, tinha para com ele, muita confiança e simpatia.  

Viveu parte da sua vida de simples vaqueiro na Fazenda Tanques então de propriedade de Vem-Vem, hoje pertencente a Tarcísio de Sá Leitão, no caminho de Paraú, vizinho a Fazenda Cruzeiro que pertencia a outro grande criador daquela região chamado Epifânio Barbosa, também extremando, salvo engano, com outras famosas fazendas Camelo e Limoeiro, de propriedade de João Celso Filho. 

Estatura mediana, andar ligeiro, manso. porém decidido. Sabia como ningém comprar e vender gado. Gostava das festas de vaquejada dos velhos tempos do Assu. A Festa de São João Batista, padroeiro da terra assuense, era a sua praia, a melhor festa para ele. Não perdia uma noite de quermesse, uma noite de missa na na Matriz.

Foi amigo intransigente da família Tavares do Assu (filhos do casal Celeste e Vem-Vem) até morrer no dia em quem saiu de minha casa na cidade de Assu, à tardinha, para salvar um burro (jumento), que se encontrava ilhado no Sítio Baldum de propriedade de meu pai Edmilson Caldas de quem foi vaqueiro obediente, além de amigo durante décadas, quando tomou conhecimento que o rio Piranhas/Açu estava transbordando, de barreira a barreira na expressão popular, no inicio da década de oitenta.

Aquela fato, sua intenção de querer salvar um jumento arriscando a sua própria vida,  a impressa escrita do estado noticiou, levando ao conhecimento de uma organização não governamental que lutava pela preservação daquele espécie em fazer um documentária sobre a sua vida de vaqueiro e amigo daquele "pobre animal". 

Afinal, de Cândido, digo: Foi meu amigo leal como poucos". Um dia, sabe Deus, haveremos de nos reencontrarmos na eternidade!

Fernando Caldas

sábado, 16 de outubro de 2010

ACRESCENTANDO

Por Aluízio Lacerda

Por dever de oficio e emérito respeito aos nossos leitores, devemos acrescentar a lista expostas pelos eminentes blogueiros: Juscelino França e Fernando Caldas - Fanfa, os nomes dos deputados estaduais que também foram eleitos representando a zona norte do vale do Assu, com redutos eleitorais nas cidades de Pendências e Macau. Foram deputados em épocas distintas: Ângelo Varela pelo antigo PTN, Floriano Bezerra de Araújo - PTB, Geraldo dos Santos Queiroz no sistema bipartidário pelo MDB e o médico Hermano Paiva pelo Partido do Movimento Democrático Brasileiro - PMDB.

"AMIGOS DO TIROL" PROMOVE ENSAIO GERAL DIA 13 DE NOVEMBRO

Está tudo pronto para o lançamento do livro homônimo no dia 18 de novembro, às 19h, na AABB
Os organizadores da festa “Amigos do Tirol” confirmaram nesta quinta-feira, 14, que será realizado um ensaio geral no sábado, 13 de novembro, a partir das 12h, na AABB, com entrada franca. Nesse dia será dado o “start” para a venda das camisetas de acesso à festa do dia 20 de novembro.
Estiveram presentes na reunião Roberto Rabelo, José Guedes (Deca), Maurício Baito, Assis Candido, Jorginho Lima, Reinaldo (Banda dos Anos Sessenta), Flavio Tonelli, Áureo Borges, Ariston, alem do maestro Nino e do sub-maestro Passinho.
Eles também deram os últimos acertos para a noite de autógrafos do livro homônimo que será lançado, também na AABB, às 19h30 do dia 18 de novembro, animado pela Banda dos Anos Sessenta. Na ocasião todos os autores da antologia estarão presentes e os compradores do livro poderão optar pelo autógrafo que desejar.

Banda de frevo

O coordenador da banda de frevo, Flavio Tonelli apresentou o contrato da banda, que alem dos 15 componentes, terá um guitarrista. Em seguida Reinaldo, líder da Banda dos Anos Sessenta prometeu entregar cópia do contrato da outra banda, Banda dos Anos 60, na próxima reunião.

Telão

Durante a festa Amigos do Tirol haverá um telão projetando fotos de todas as festas anteriores, desde 2001, seguindo a cronologia. Este ano haverá a documentação em vídeo da festa e do lançamento do livro. “Ficou decidido, também, que o repertório das bandas será de rock e frevo, basicamente, mas com uma ressalva: não serão executadas música de clubes de futebol, especificamente de ABC e América, para evitar ânimos exaltados”, informou Áureo Borges, um dos organizadores.

Os organizadores estão iniciando a captação dos patrocínios. “Além dos tradicionais patrocinadores, que são Pitú, Construtora M. Neto, Prontoclinica de Olhos, Medimagem, Drogaria Paiva e AABB, este ano terá a parceria da AGAÉ e possivelmente do Nordestão.

Com reportagem de Áureo Borges

Foto: Na foto Roberto Rabelo, Deca, Baito, Assis Candido, Jorginho Lima, Reinaldo, Flavio Tonelli, Áureo, Ariston, alem do maestro Nino e do sub-maestro Passinho / (Divulgação)

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sexta-feira, 15 de outubro de 2010

AÇU ANIVERSARIA


Neste 16 de outubro, a minha querida cidade de Açu de minha infância e juventude, aniversaria. São 165 anos de Vila a Cidade de Açu de tantos poetas, jornalistas, escritores, rapazes e moças bonitas. Açu de tradição pioneira, de políticos influentes desde os tempos do Rio Grande do Norte, província. Afinal, de antigas glórias. Custo a crer que o progresso daquele então pacato município, por sinal um dos mais importantes do Brasil (a segunda cidade a ser criado no interior do estado) esteja chegando tão violento, mesclado de crimes. 

Desejo neste dia festivo, homenagear o nosso Açu nas palavras de um dos seus novos poetas e seu maior historiador chamado Ivan Pinheiro que num soneto clássico, a moda antiga (que abre as páginas do seu livro, imagem acima) escreveu numa feliz inspiração quando a terra açuense completava seus 150 anos de emancipação política, cuja festa tive o pivilégio de ter vivido, presenciado, que diz assim:

Assu, século e meio de formosura,
Pacata, meiga, qual uma debutante,
Imaginando ser este o instante
De abraçar e alentar sua cultura.

Teu rio d´águas correntes, cintilantes,
Deleita ao solo, gerando fruticultura,
Inaudita, até a incessante criatura
Que, na lida do ontem, foi coadjuvante.

Plaga privilegiada pela natureza.
Das Potigurâneas és o celeiro,
Petróleo jorrando... Quanta riqueza!

Avante debutante! Sejas mais garrida,
Mostre tua garra, teu suor, teu cheiro.
Adote o progresso... Oh, terra querida!

Postado por Fernando Caldas

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AÇU ANIVERSARIA

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

RELÍQUIA - SEGUNDA EDIÇÃO DE FULÔ DO MATO

Dê um clique na imagem.

Página 20 (amarelada pelo tempo) do volume "Fulô do Mato", segunda edição, que Renato Caldas, um dos maiores poetas matutos que o Brasil já teve. Renato, se compara ao poeta maranhense Catulo da Paixão Cearense. Foi ele, Renato, "que deu nome ao Rio Grande do Norte nas letras nacionais", publicando o livro já referenciado acima.

A segunda edição de Fulô do Mato, Renato publicou (publicação independente, ainda tipográfica) com a ajuda do deputado Aluízio Alves, Carlos Lacerda (que foi governador da Guanabara, hoje Rio de Janeiro), industrial e agropecuarista potiguar Arisfofenes Fernandes, Dinarte Mariz (que foi governandor do Rio Grande do Norte e senador da república por aquele estado potiguar) e Sérvulo Pereira. Aquela edição o bardo açuense dedica aos seus amigos Manoel Soares Filho (seu cunhado, açuense que foi superintendente da Caixa Econômica Federal, em Natal, no tempo em que Café Filho governava o Brasil), Carlos Homem de Siqueira, Júlio Alves de Araújo, Joaquim Ramalho Filho, Cláudio Rômulo de Siqueira, sem esquecer a inteligência dos seus amigos, o poeta ainda dedica aquela edição ao Gal. Everardo de Barros Vasconcelos, além de Jaime dos G. Wanderley, Otoniel Meneses (considerado o príncipe dos poetas natalenses, autor da famosa canção conhecida popularmente como "Praieira dos Meus Amores"), Josué Tabira da Silva, Caio Cid, Sílvio de Souza, Jorge Fernandes, João Soares Filho, Luiz Tavares, José Vilar Lemos, Paulo Teixeira, Assis Gois, Hélio Oliveira, francisco Joaquim sobrinho, João Cirineu de Vasconcelos, Carmelo Pignataro, Walter Leitão, Bartolomeu Fagundes, Francisco Ximenes, Mário Gurgel, Veríssimo de Melo, Waldemar Almeida, Celso Silveira, Lauro Leite e Cel. Abel Veríssimo de Azambuja. Aquele bardo popular  naquela edição lembra a memória dos seus amigos Deolindo Lima, Macrino Medeiros (seu companheiro inseparável nas suas andanças e de farras intermináveis pelo interior do nordeste), Germano Sena, Aurélio Flávio, João Celso Filho, Milton Fagundes, Mário Amorim, Damasceno Bezerra, Catulo Cearense, Silvino Lopes e Benilde Dantas.

Aquele livro tem palavras de Câmara Cascudo, Catulo Cearense, Sílvio de Sousa, Ruy Duarte, Josué Silva, Damasceno Bezerra e Morse Lyra, todos contemporâneos do poeta açuense que elevou o nome da sua terra natal, além fronteiras.

RELÍQUIA - SEGUNDA EDIÇÃO DE FULÔ DO MATO




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CNT/SENSUS APONTA PARA EMPATE TÉCNICO ENTRE DILMA E SERRA

Fábio Graner e André Jubé Viana, esatado.com.br

CNT/Sensus aponta empate técnico entre Dilma e Serra. A candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, e o candidato do PSDB, José Serra, estão tecnicamente empatados na corrida para o Palácio do Planalto, de acordo com pesquisa CNT/Sensus divulgada nesta manhã. Segundo o levantamento, Dilma tem 46,8% do total de intenções de voto, enquanto Serra tem 42,7%. Como a margem de erro da pesquisa é de 2,2 pontos porcentuais para mais ou para menos, a CNT explicou que essa diferença entre os dois candidatos se configura em empate técnico.


Os votos brancos e nulos somam 4%, enquanto 6,6% dos entrevistados não souberam ou não responderam em quem votar. Considerando-se apenas os votos válidos, o que desconsidera os votos brancos, nulos e os eleitores indecisos, Dilma tem 52,3% e Serra aparece com 47,7% das intenções.

Antes da realização do primeiro turno das eleições, no início deste mês, Dilma aparecia com 53,9% das intenções totais de voto e Serra registrava 34,5%, em uma simulação para um até então eventual segundo turno.

Na indicação espontânea dos eleitores entrevistados, a candidata do PT à presidência da República, Dilma Rousseff, tem 44,5% das intenções de voto enquanto o candidato José Serra (PSDB) tem 40,4%. Na pesquisa espontânea, também se configura o empate técnico entre os dois candidatos já que a margem de erro da pesquisa é de 2,2 pontos porcentuais.

Nesse tipo de levantamento, 4% dos eleitores disseram que vão votar branco ou nulo e 10,6% disseram não saber ou não responderam em quem irão votar.

A pesquisa CNT/Sensus mostrou ainda que o índice de rejeição da candidata Dilma Rousseff ficou em 35,4%, ante 32,6% na simulação antes do primeiro turno, realizada entre os dias 26 e 28 de setembro. Serra, por sua vez, teve queda na rejeição, passando de 40,2% para 37,5%, no mesmo período.

O levantamento mostra que 43,3% dos entrevistados disseram que Dilma seria o único candidato em que votariam para presidente, enquanto 37% afirmaram que votariam apenas em Serra. A pesquisa também questionou sobre as expectativas de vitória dos eleitores, em que 59,6% disseram acreditar que Dilma irá vencer as eleições, enquanto 29% disseram acreditar que Serra sairá vencedor. Essa pergunta foi feita independente do voto declarado pelo entrevistado.

A pesquisa informa que 72,9% já têm o voto definido para o segundo turno das eleições. O levantamento revela também que 22,9% dos entrevistados ainda não têm o voto definido. Um total de 4,3% disseram não saber ou não responderam se já têm o voto definido e não pretendem mudar essa opção.

O levantamento ainda questionou a intenção de comparecimento às urnas no segundo turno e constatou que 92,7% disseram que certamente vão votar; 3,9% talvez irão vota; e 2,7% disseram que não vão votar.

A pesquisa CNT/Sensus ouviu 2 mil pessoas em 136 municípios nas cinco regiões do País e em todos os Estados brasileiros entre os dias 11 e 13 de outubro e foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número 35.560/2010.

LEMBRANDO CORÁLIA DA SAPATARIA

Esquerda para direita: Corália e Fernando Caldas  Fanfa. A fotografia é data de 1983.

Corália de Sabóia Costa (Corália da "Sapataria Délia Calçados", cuja denominação era uma alusão a sua querida filha chamada Carmém Délia). Casada com Delzi Cabral. Ela era uma figura extraordinária. Seu pai Sabóia de Sá Leitão foi Coronel da Guarda Nacional e intendente do Assu. De Corália guardo boas recordações e lembranças. Observadora permanente do cenário político local e dos acontecimentos da sociedade assuense. Entusiasta do poeta Renato Caldas com quem tinha o privilégio de gozar da sua amizade na intimidade, bem como colecionadora dos versinhos populares jocosos que Renato produzia sobre o cotidiano, os acontecimentos do velho Assu..  naquele local para um amistoso bate-papo, outra figura chamada Dedé Caldas (o maior folclorista que o Assu já teve), Enói Amorim, Muitas vezes Ronaldo Soares, Zé Maria, Carlinhos Bezerra (hoje vereador), Terceiro, Sande Martins, dentre outros.

Dela, Corália (que foi minha eleitora quand candidato a  vereador na memorável eleições de 1982), se tem ainda muito a se dizer e contar. O seu diagnóstico na política do Assu, as suas prévias eleitorais (pesquisas) não eram analisadas cientificamente como na atualidade pelos institutos de pesquisas, porém eram muitas vezes acertados pelo seu conhecimento, pela sua experiência e sabedoria que lhe era peculiare, em sucessivas eleições locais.  Conhecia com profundidade todos os políticos daquela terra assuense de influentes homens públicos. 

Fica o registro.

Fernando Caldas 

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

FESTA DA EMANCIPAÇÃO POLÍTICA DE SÃO JOSÉ DE MIPIBU

Prefeitura, CDL e Lions Clube se unem nas comemorações dos 165 anos

O município de São José do Mipibu, localizado a 34 quilômetros de Natal, está comemorando 165 anos de emancipação política neste sábado, 16. Ao longo da semana vários eventos serão realizados em comemoração a data, organizados pela prefeitura, Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) e Lions Clube da cidade.

Nesta quarta-feira, 13, às 08h, houve um mutirão de saúde com alunos das Escolas Estaduais do centro da cidade, organizado pelo Lions Clube. Na quinta-feira, 14, às 20h, será lançado o Cartão de Crédito Mipibuense, pelo CDL, assinatura da sanção da Lei, pela prefeita Norma Ferreira, que isenta os empreendedores individuais da taxa de Alvará de Funcionamento, lançamento do Programa Banco de Talentos e entrega da Comenda “Amigos do CDL”.

Na sexta-feira, 15, organizado pela Prefeitura de São José de Mipibu, haverá ás

19h a inauguração da Academia Pública e de Praça Pública na comunidade de Laranjeiras dos Cosmes. No sábado, 16, às 05h, alvorada, às 08h hasteamento da bandeira do município e distribuição do pavilhão com instituições locais, na sede da prefeitura. Às 10h, apresentação do Trio Marcos Lopes, no Mercado Público, às 16h apresentações esportivas e culturais na Praça Desembargador Celso Sales, às 19h Missa em ação de graças na Igreja Matriz, às 22h show com Geraldinho Lins e artistas locais, na Praça Antigo Fórum.

No domingo, 17, às 08h, haverá a final do III Campeonato Municipal de Futebol Sub-15, no Estádio Ferreirão, e, para encerrar a programação, às 15h, a final do V Campeonato Municipal de Futebol, também no Estádio Ferreirão.

Histórias e tradições

Emancipada como cidade em 1845, o município tem como principais atividades econômicas a produção de coco, cana de açúcar e gêneros de primeira necessidade, sendo um dos maiores produtores de farinha de mandioca do Estado.

Entre suas tradições, São José de Mipibu tem um rico cenário dominado por resquícios dos antigos engenhos coloniais. Hoje, o Forró da Olho D´água, festa que acontece uma vez por mês, na Fazenda de mesmo nome, atrai visitantes de todas as partes do estado. A festa junina, organizada pela prefeitura no mês de junho é a terceira maior do Rio Grande do Norte. O Forró da Lua, organizado por Marcos Lopes, é uma dos mais famosos e autênticos shows de forró do Nordeste, organizado uma vez por mês. Marcos Lopes administra também o Museu do Vaqueiro, reunindo peças de largo valor cultural das tradições nordestinas.

São José de Mipibu se destaca também no cenário religioso. De lá saiu o maior número de padres que uma paróquia já vocacionou para a Arquidiocese Potiguar. São naturais de lá, os bispos Dom Heitor de Araújo Salles, Dom Manoel Tavares de Araújo, Dom Canindé Palhano, além de dezenas de padres, seminaristas e freiras.

No cenário urbano, os antigos casarões são a marca registrada no centro da cidade. O imponente prédio da Escola Barão de Mipibu, datado de 1880, é tombado pelo Patrimônio Histórico. A Igreja Matriz de Santana e São Joaquim, de 1888, é um dos mais bonitos templos religiosos potiguares, com imagens e lavabo tombados pelo Patrimônio Histórico Nacional.

No esporte, a cidade revelou nomes que marcaram época em equipes profissionais de futebol, como ABC, América e Alecrim. São da cidade Joãozinho, um dos maiores artilheiros de toda a história do futebol potiguar, Quinho, Kel, Rogerinho, Chapinha e Paulinho.

Artesanato, grupos folclóricos, artistas plásticos – entre eles, José Estelo da Silva, de estilo primitivista, já com participação em dezenas de exposições dentro e fora do Estado – completam o que a cidade tem de importante nas suas raízes culturais. Os historiadores que resgatam a história do município são Pedro Freire - im memória – e a professora Lúcia Amaral.

A cerâmica de Marta Job, - im memória, hoje administrada por seus filhos, exporta peças artesanais para vários lugares do Brasil e do mundo.

Com reportagem de João Maria Freire

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domingo, 10 de outubro de 2010

CHURASCARIA SAL E BRAZA

A ILUSÃO DOS PERÍMETROS IRRIGADOS

Vendidos por sucessivos governos como a saída para resolver os problemas da seca no Nordeste desde a década de 70, os perímetros irrigados, áreas loteadas entre agricultores com estrutura de irrigação pública, figuram atualmente como um grande fracasso. Era ilusão? A incompetência da gestão pública levou os grandes projetos ao abismo? Independente dos motivos, a estruturação de cinco perímetros irrigados em território potiguar não conseguiu, salvo exceções, libertar o homem do campo da dependência dos caprichos do clima nordestino.

Resultados pífios em quarenta anos

Júnior Santos
Vendidos por sucessivos governos como a saída para resolver os problemas da seca no Nordeste desde a década de 70, os perímetros irrigados, áreas loteadas entre agricultores com estrutura de irrigação pública, figuram atualmente como um grande fracasso.

Mas voltemos um pouco no tempo. Estamos em plena década de 80 e o governador de plantão discursa para uma ingênua platéia. Diz: “Os perímetros irrigados são um marco no desenvolvimento do Rio Grande do Norte. Iremos fazer uma revolução na agricultura”. Antes de encerrar o discurso, a promessa: “Até o fim da década teremos 35 mil hectares de terras irrigadas no Estado”. Retornando ao ano de 2010 temos pouco mais de seis mil hectares de perímetros públicos irrigados – juntando com áreas privadas mal se chega a 20 mil hectares. Além disso, não houve revolução nenhuma, excetuando-se algumas áreas entre o Vale do Açu e Mossoró, capitaneadas por prósperas empresas. Nada de estruturas públicas.

Eis o tamanho do impasse. Não bastou fornecer água, sementes e equipamento para alguns milhares de colonos. Com o tempo, a estrutura disponível para que agricultores produzissem o ano inteiro, sem depender do regime irregular de chuvas, foi descaracterizada. O sonho dizia do cultivo ininterrupto de frutas tropicais para negociar com regiões distantes, em substituição ao decadente mercado de algodão, dizimado pelo bicudo. A realidade mostrou agricultores endividados, sem apoio, vendendo suas terras ou dependendo de aposentadoria. Esse é o atual panorama.

A instalação dos perímetros irrigados começou no fim da década de 70, por iniciativa do governo militar. A teoria, preservada até hoje, era tornar disponível água através da construção de açudes públicos e de um sistema de canais e irrigação. A água seria levada dos açudes até os lotes de agricultores pelos canais principais. Esses últimos passariam pelas terras, onde canais secundários seriam responsáveis por abastecer o lote. As terras foram distribuídas para agricultores e suas famílias – poucas empresas foram atendidas – e uma associação de colonos seria responsável por gerir as áreas comuns e realizar a manutenção da estrutura.

Num primeiro momento foram criados cinco perímetros no Rio Grande do Norte: um em Pau dos Ferros, dois em Caicó e um em Cruzeta. Já no fim da década de 80, foi criado o perímetro irrigado do Baixo-Açu, compreendendo os municípios de Alto do Rodrigues, Afonso Bezerra e Ipanguaçu. Dos cinco, todos criados pelo Departamento Nacional de Obras contra as Secas, apenas o do Baixo-Açu e o de Cruzeta ainda guardam semelhanças com o projeto inicial. Esses produzem frutas, hortaliças, comercializam os produtos com estados do Nordeste e tentam expandir a seus negócios.

O restante foi engolido pelo tempo. Os altos custos com energia, para bancar o funcionamento das bombas que puxam água dos açudes até as comunidades, endividaram agricultores e prejudicaram a continuidade da produção. A assistência técnica, tão prometida pelo governo quando do início dos projetos, foi interrompida, abandonando os colonos à própria sorte. O resultado é o declínio das culturas tradicionalmente utilizadas nos projetos, como banana e feijão, e a volta da improdutividade das terras.

A despeito da franca decadência de alguns perímetros, até porque a situação potiguar se repete nos outros estados do Nordeste que também receberam os projetos, o Governo Federal tenta, desde 2003, retomar a irrigação como motor de desenvolvimento nos estados nordestinos, após atravessar toda a década de 90 praticamente estagnado. No próprio Rio Grande do Norte, o DNOCS irá licitar dois novos perímetros: em Umarizal e Apodi. Estados como Ceará e Piauí receberam cinco perímetros, com um investimento de R$ 482 milhões. Em terras potiguares, os novos perímetros já suscitam discussões, para que antigos erros e modelos ultrapassados não sejam reproduzidos em pleno século XXI.

Terras improditivas em quantidade

O cenário da comunidade agrícola, encravada no coração do Seridó, pouco lembra o passado de sucesso no cultivo de frutas tropicais, a não ser pelas máquinas enferrujadas e as ruínas de uma fábrica de doces, abandonada na parte mais alta do lote. Os moradores, acostumados desde a infância a lidar com o cultivo da terra, agora esperam pacientemente o passar do tempo, aconchegados nas varandas das casas antigas. Esta ainda é uma comunidade de agricultores. Mas de agricultores aposentados.

Na comunidade do Sabugi, perímetro irrigado desde 1977, praticamente não há produção. Desde o início da década de 90, quando o açude público sabugi secou, o cultivo a partir da irrigação foi desmantelado. Novamente, a comunidade só podia plantar quando chovesse. Por essa época, os 63 colonos produziam feijão, algodão, banana, goiaba, entre outros itens. Além de vender as frutas no mercado nordestino, os agricultores foram beneficiados com uma fábrica de doces, totalmente equipada. Triste coincidência: as obras da fábrica terminaram logo quando o açude secou e, até hoje, mais de 20 anos depois, a estrutura nunca foi usada.

Some-se a isso as dificuldades em pagar a conta de energia e a falta de assistência técnica. Dessa maneira é fácil explicar a profusão de terras praticamente improdutivas, com exceção de alguns hectares onde poucos colonos plantam cana-de-açúcar, e a estrutura danificada, inútil, de boa parte dos canais de irrigação. A situação se repete, com pequenas diferenças, em outros dois perímetros do Estado. A descaracterização dos projetos de perímetros irrigados segue um padrão: agricultores endividados, terras subutilizadas, desperdício de dinheiro público.

No Perímetro do Itans, também em Caicó, dois antigos colonos tiveram de recorrer a uma alternativa para viabilizar financeiramente o uso da terra. Sem conseguir plantar, a criação de peixes em cativeiro mostrou-se mais lucrativa. Agora, as terras onde antes robustas bananeiras abasteciam as feiras livres do Rio Grande do Norte e estados vizinhos estão tanques recheados de tilápias e tambaquis. Era isso ou se desfazer da terra, como tantos fizeram. O perímetro do Itans viu seus donos originais venderem os terrenos, adquiridos por criadores de gado à procura de pasto fácil para engordar seus negócios. Essa parte do processo ajudou a sepultar a incipiente fruticultura em terras caicoenses. E assim a comunidade se desmobilizou. Agripino Ribeiro, presidente da Associação dos Colonos Irrigantes e Agropecuarista do Perímetro Irrigado Itans – ACIAP.

Enquanto no Sabugi e no Itans a produção, da forma como foi pensada originalmente, praticamente foi extinta, em Pau dos Ferros os agricultores, a partir da compra de novos equipamentos por parte do DNOCS, voltaram a trabalhar na terra. O equipamento antigo era um empecilho, agora resolvido. Mas isso não é suficente. Os agricultores continuam produzindo da mesma forma de antes, apenas para subsistência. Planta-se feijão verde e forragem para o gado. Quando o preço do feijão verde está atrativo, é possível vender para cidades vizinhas. Quando não, a saída dos agricultores é sobreviver do comércio de leite, abastecido com o sorgo plantado nos lotes do perímetro.

No mais, programas sociais, como o Bolsa Família são largamente utilizados pelos moradores desses perímetros. Há um agravante: as pessoas beneficiadas com vultosos investimentos do Governo Federal para conseguir uma alternativa no próprio sustento acabam voltando a precisar do apoio do próprio Governo, ou seja, mantém-se a dependência. O sofrimento secular continua, ao mesmo tempo em que o dinheiro público escorre pelo ralo e relações políticas de assistencialismo se perpetuam.

Bate Papo

Emanoel Nunes - professor da UERN

A ideia original, com os perímetros irrigados, era modernizar a agricultura e dar a oportunidade para pequenos produtores? Por que não deu certo?


Primeiro, a ideia de “modernização da agricultura” veio de uma época, os anos 1960 a 1970/1980, onde havia uma crença muito forte de que as formas tradicionais rurais de exploração (entre elas os pequenos agricultores e os latifundiários de características ainda feudais) não se faziam adequadas para a promoção do capitalismo que geraria o desenvolvimento econômico e enquadraria o país como economia avançada. Para os planejadores e técnicos do Estado, aqui especialmente os do DNOCS, para atuar em um ambiente de irrigação os produtores teriam que apresentar como requisitos um aporte elevado de capital financeiro e um conhecimento técnico compatível com o que eles (os técnicos) julgavam ser o melhor para este ambiente. E mesmo os movimentos sociais defensores dos pequenos tendo conquistado uma parcela dos lotes, estes pequenos produtores foram abandonados à própria sorte sem o direcionamento de políticas públicas de apoio à produção, organização e comercialização.

No Vale do Açu vemos a presença de empresas dentro do perímetro. Além disso, nas terras de “colonos” percebemos que os donos mal freqüentam a terra, deixando o trabalho para trabalhadores rurais assalariados. Isso não distorce a ideia de perímetro irrigado público?

Grande parte dos “colonos”, os pequenos produtores, desistiu do Perímetro do Baixo-Açu ainda em 1994 logo após ter sido inaugurado. Este perímetro ficou sem operação produtiva até 1998 e quase foi extinto. Na tentativa de sua reativação em 1998 os lotes abandonados foram sendo ocupados por produtores de outros estados, especialmente da Paraíba e Pernambuco. E a forma de exploração desses produtores “de fora” passou a caracterizar o perímetro não como um ambiente de agricultura familiar diversificada, mas de um ambiente de exploração empresarial, mesmo explorando áreas de 8,16 hectares. E o que deveria ser um ambiente dinâmico, adequado para o desenvolvimento de uma agricultura moderna passou a se definir como um ambiente de exploração homogênea (apenas banana) e dependente ao extremo de recursos do Estado. Apenas o Ministério da Integração Nacional injetou a partir de 2005 mais de R$10 milhões para que, novamente, o perímetro não fechasse. Além disso, quase todos os proprietários não moram nos lotes, tornando o perímetro um deserto humano e um sistema de produção em que impera relações de trabalho atrasadas, inclusive com a identificação de trabalho escravo pelo Ministério do Trabalho no início desta década.

Eleger a irrigação, através da criação e expansão dos perímetros, como cura para o mal da seca e do atraso no campo era um raciocínio equivocado? Ou simplesmente foi a política de expansão que não foi levada adiante com êxito?

As duas coisas. Tanto a forma de eleger a irrigação como “redenção” para o semiárido brasileiro partiu de um raciocínio equivocado, como a política de expansão não teve êxito. Com relação à primeira, o raciocínio passava a desprezar totalmente a capacidade do agricultor no nível local, bem como da agricultura tradicional. E para se ter uma ideia, a inspiração no modelo americano da Califórnia se tornou uma falsa crença.

Fonte: Tribuna do Norte, 10.10.2010

sábado, 9 de outubro de 2010

PRA QUEM GOSTA DE CORDEL - O ABC DA SAUDADE


A

Ah! Quanto tempo já faz
Que tu partiste, que dor,
Onde estiveres agora
Eu te peço por favor,
Lembre-se que estou sofrenndo
Sofrendo de tanto amor.

B

Bom seria que eu pudesse
Num ligeiro pensamento
Montado em um trovão
Nas asas soltas do vento
Ir te acarinhar meu bem
E sentir teu doce alento.

C

Como um pássaro voando
Com um raminho no meu bico
Eu queria ir te ver
Veloz como um tico-tico.
Como posso voar
Aqui chorando eu fico.

D

Deus castigou toda a vida
Com a morte, que maldade!
E com vários sentimentos
Como forma de bondade
Entre muitos uma dor
Que chamamos de saudade.

E

Estou louco pra te ver
Pra de novo te abraçar
Pra matar essa saudade
Que pertuba sem parar
Que me mostra todo instante
Teu adeus, o teu olhar.

F

Faltou em mim a coragem
De te dizer: - Fica amor!
Eu deixei você partir
Ficando com essa dor
Que nocauteia meu ego
Que atrapalha meu labor.

G

Golpeia constantemente
O meu pobre coração
Esse sentimento nobre
Que me arria até o chão
Do desespero profundo,
Da saudade e da paixão.

H

Há tempo não canto mais
Foi se embora entoar
Uma simples melodia.
Como poderei cantar
Em profunda nostalgia?

I

Indignado com a sorte
Nessa eterna eternidade
Fico sentindo teu cheiro
Pelas ruas da cidade
Diminuindo a alegria
E almentando essa saldade.

J

Juro pela minha vida
Nunca hei de te esquecer
E se não nos vemos mais
Será grande o meu sofrer
Pois ficarei te esperando
Num eterno padecer.

L

Lembrando de ti, querida
Eu escrevo meus poemas
Num segundo de paixão
Eu esqueço meus problemas
Saudade, amor e paixão
Só me vem esses três temas.

M

Mas o tempo infelizmente
Passa numa lentidão
E enquanto tu não voltares
Ficarei de prontidão
Contando dias e horas
Nesta minha solidão.

N

Nesta saudade tremenda
Só posso me segurar
Na esperança que um dia
Novamente irei olhar
Nos teus olhos e dizer:
- Valeu a pena te esperar!

O

Oh Meu Deus, que solidão!
Distante de ti amada
Fico eu aqui pensando
Até a alta madrugada
Numa saudade tão grande
Com minh' alma amargurada.

P

Pensando em ti todo instante
Não consigo trabalhar
Com um gosto amargo na alma
Na ânsia de te abraçar
Peço-te messe poema
Volta, volta, vem me amar!

Q

Quando eu vejo um passarinho
Beijando uma bela flor
Eu naufrago em minhas lágrimas
Sem conter a minha dor
Lembrando daquelas tarde
Inesquecíveis de amor.

R

Relembro a cada minuto
Teus beijos gosto-de-mel
Nesta noite que não finda
"Que destino tão cruel"
Estou bebendo saudade
Com gosto amargo de fel.

S

Sentado nesta calçada
Perdido dentro de mim
Queria que tu visses
Nesta angustia que é sem fim
Ébrio de paixão por ti
"Ó rosa do meu jardim".

T

Triste de saudade estou
Tão perto da solidão
Debruçado na esperança
Que anima meu coração
De um dia poder pedir
Ao teu pai a tua mão.

U

Urtigando minha vida
Fere-me constantemente
Esta saudade intrigante
E não sai da minha mente
O teu olhar de princesa
Tão meigo, tão atraente.

V

Ver se me esquece, amor,
Neste teu novo caminho
Escreva-me pelo menos
Nem que seja um bilhetinho
Pois no mundo das paixões
Sem você estou sozinho.

X

Xingando essa minha sina
De pássaro hiberbólico
Sem canto, sem liberdade,
Neste recanto bucólico
Eu escrevo esse poema
Sadosista e melancólico.

Z

Zune bem no meu ouvido
O vento da ansiedade
Que me traz grande esperança
E eu brado com vontade:
Volta, volta meu amor:
Vem matar minha saudade!
  

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

ARTICULADORA DIZ QUE DIVULGAÇÃO DE AÇÕES CONTRIBUI NA ALÇADA DO SELO UNICEFE

A propagação dos trabalhos realizados pela administração, em todos os setores, será de extrema valia no processo de habilitação do município na instância do projeto Selo Unicef Município Aprovado. A afirmação foi feita pela diretora de Articulação do comitê pró-Selo Unicef, Marícia Morais Gurjão. Ela ressaltou que, para que este resultado possa ser alcançado, se faz imprescindível a colaboração de todos os atores públicos da gestão municipal. Com este fim, ela remeteu expediente a todos os órgãos da administração.



A intenção foi convocá-los a ter uma participação mais efetiva no anúncio de ações que possam era úteis ao referido processo de reconhecimento. Observou que, para a conquista almejada, é necessário serem desenvolvidas e registradas políticas públicas e ações de impacto social em benefício de crianças e adolescentes. Registrou que o poder público, juntamente com os demais segmentos sociais – sociedade civil, escolas, famílias, grupos religiosos, culturais, etc. – deverão estar envolvidos e articulados neste propósito.



Marícia Gurjão frisou que a proposta é buscar o maior número possível de informações sobre as ações realizadas, em realização ou a serem executadas, nas diversas esferas do poder público local. Para chegar a este objetivo, Marícia Gurjão disse que está sendo requisitada de todos os setores da administração uma espécie de síntese das ações planejadas, em execução ou a executar. O envio de tais informações deverá ocorrer preferencialmente toda semana ou, no máximo, quinzenalmente.



A diretora de Articulação do Selo Unicef no município frisou que essas informações que serão solicitadas a cada órgão da gestão têm um valor de extrema relevância para a divulgação do Projeto por intermédio do blog www.serlounicefassu.blgospot.com e, ainda, para o alcance os indicadores propostos pelo próprio Unicef. Marícia Gurjão informou que os informes deverão ser encaminhados através do e-mail selounicef@assu.rn.gov.br com cópia para mariciamorais@hotmail.com.



Articuladora enfatizou importância do engajamento de todos

Marícia Gurjão enfatizou que o encaminhamento das informações deve verificar-se quando da execução das ações e, se for possível, devem dispor de material fotográfico em anexo. “É indispensável que haja o engajamento de todos os atores municipais – principalmente dos secretários –, inclusive com ações integradas e desenvolvidas conjuntamente pelos diversos setores da administração. o sucesso do município depende da colaboração de todos”, concluiu a diretora de Articulação do Selo Unicef.



Lúcio Flávio Medeiros da Fonseca

Secretaria de Comunicação Social

Prefeitura Municipal do Assú

Telefone (84) 9106-1440

comunicacao@prefeituradoassu.com.br



Postado por Nelson Dantas às 15:14 0 comentários

ASSUFOLIA

PORNAGRAFIA MUSICAL QUE FAZ SUCESSO


Aclamado pelo público e atendendo a pedidos, Cabrito faz única apresentação amanhã, no Taverna Pub

Sérgio Vilar // sergiovilar.rn@dabr.com.br

Escrachado, imoral, divertido, pornofônico, impublicável e proibido para menores de 18 anos. Suas composições embalam festas privês e em locais dantes muito navegados e têm se espalhado mais do que o DVD de Tropa de Elite pelas esquinas de Natal. O cara tem fã-clube, orkut e comunidades na internet, além de ser convidado especial do bloco de carnaval Caicoense Eu quero é gozar. Mas quem é esse super sucesso?

Por trás do personagem está Tertuliano Aires, premiado letrista potiguar Foto: Sergio Vilar/DN/D.A Press

Ele é Tertuliano Aires, mais conhecido por Cabrito - letrista notório na cidade, premiado em festivais de música e que também se serve da malícia libidinosa do personagem criado há poucos anos cujas canções também causam admiração pela qualidade harmônica e melódica, e claro, assombro pela excessiva obscenidade das letras. É pornografia em ritmo de samba, xote, forró, coco, frevo, tango e samba-reggae.

O músico faz uso da "literatura sacana" para atrair a atenção do público. A música é bastante elaborada com variação de ritmos capaz de agradar a todos os níveis sociais. Cabrito já vendeu mais de 15 mil cópias. Com o inesperado aumento de fãs, começaram as cobranças pelos seus shows até então limitados às festas, é... muito particulares.

Atendendo a pedidos, o cantor faz apresentação única neste sábado, no Castelo Pub, a partir das 22h. Cabrito irá apresentar as músicas do CD Os nominhos que ela tem. A festa ainda conta com a participação do cantor Kalberg Azevedo. A entrada custa R$10.

Serviço

O encontro que vai do riso à libertinagem
Atrações: Cabrito e Kalberg
Data e hora: amanhã, às 22h
Local: Castelo Pub - Rota do Sol (em frente ao estádio do ABC)
Entrada: R$ 10

(Fonte: Diário de Natal)

CULTURA NORDESTINA

 "Céu enfeitado. Fotografia premiada no 2 º Concurso Um Olhar sobre a Cultura Popular Nordestina."

(Do blog: Assu é Assim, de Jean Lopes)

OBRA MALANDRA // A ÓPERA DO MALANDRO ILUSTRADA NAS TELAS DE UMA POTIGUAR

Uma releitura plástica da imortal Ópera do Malandro já pode ser vista na Pinacoteca do Estado. Se a obra musical de Chico Buarque já ganhou versão teatral e cinematográfica, a jovem artista plástica Hanna Lauria expõe hoje a exposição intitulada Obra Malandra, com 30 trabalhos em aquarela de nanquim inspirados nas tecituras malandras do brasileiro na ditadura Vargas. Ambientada em bordel e escrita em fins da década de 70, a Ópera do Malandro continua atual, e agora, plasticamente contemporânea pelas mãos de Hanna Lauria.
A mostra segue até 24 de outubro na Pinacoteca. A curadoria é de Ana Rique e Vicente Vitoriano, com apoio do Grupo Universitário de Aquarela e Pastel (Guap). Com 24 anos e portadora de uma raríssima síndrome que dificulta os movimentos, Hanna começou a desenhar aos 4 anos de idade. Aos 16 fez sua primeira exposição mostrando suas bonecas ingênuas e de expressões simples, cuja principal característica, mantida até hoje é o fato de não possuírem pescoço "para não segurar o pensamento".

Para esta exposição, a artista realiza desde fevereiro um extenso trabalho de pesquisa para reproduzir com perfeição os detalhes de época e dos cenários do bairro da Lapa, no Rio de Janeiro, na década de 1940 - fase final do Estado Novo. Nas telas estão retratados os bordeis, os agiotas, os contrabandistas, os policiais corruptos, os empresários inescrupulosos. "As roupas, acessórios, costumes, tudo foi pensado e pesquisado", frisa Hanna.

A curadora Ana Rique destaca que a exposição Obra Malandra conseguiu trazer, com perfeição, todos os bonecos da jovem para o universo criado por Chico Buarque. "É um trabalho diferenciado e único, rico em detalhes. Ela conseguiu fazer a sua arte sem perder um traço sequer. Pelo contrário, cada vez mais rico. Vale à pena conferir", observa.

Serviço

Exposição Obra Malanda

Autora: Hanna Lauria

Local: Pinacoteca (antigo Palácio do Governo), Cidade Alta

Exposição: Aberta ao público até 24 de outubro

FONTE: Diário de Natal, caderno Muito.

FESTA DO BOI COMEÇA AMANHÃ EM PARNAMIRIM

Terá início amanhã a 48ª edição da Festa do Boi, maior evento da pecuária norte-riograndense, no Parque de Exposições Aristófanes Fernandes. A expectativa dos organizadores é de que o volume de negócios gerados este ano cresça 20% em relação ao evento de 2009, chegando a R$ 70 milhões em movimentações financeiras, incluindo leilões, negócios na coreia e financiamentos através dos bancos do Brasil e do Nordeste.


A Associação Norte-riograndense de Criadores (Anorc) estima que 400 mil pessoas passarão pelo parque durante os oito dias de evento, que será realizado até o próximo dia 16 de outubro, com extensa programação de exposições, leilões e shows musicais. Serão 5 mil animais expostos no parque, entre bovinos, caprinos, ovinos e equinos.

De acordo com o presidente da Anorc, Marcos Teixeira, foram investidos cerca de R$ 100 mil na organização da Festa do Boi 2010, fora o valor mensal empregado na manutenção do parque de exposições. Ele afirma que estão sendo realizados os ajustes finais dos preparativos para o evento, com o intuito de deixar o Aristófanes Fernandes pronto para receber o público. “Estamos apenas aguardando a hora de oferecer ao povo do Rio Grande do Norte esse tradicional e belíssimo evento”, ressalta Teixeira.

Nos últimos dois anos, foram aplicados R$ 3 milhões em obras de reforma e ampliação do Parque. Entre as melhorias está a ampliação no número de argolas, que passou de aproximadamente 650 para 790.

No próximo ano, Marcos Teixeira, afirma que os expositores deverão contar com uma maior e mais confortável pista de desfiles. “Essa ampliação é um projeto que temos já há alguns anos e é muito solicitado pelos criadores”, completa.

Uma das principais inovações do evento em 2010 é a utilização de farelo de arroz para a cama dos animais, proporcionando mais conforto do que o bagaço de cana que era usado em anos anteriores. Outra vantagem do farelo de arroz é a produção de menos poeira, que incomodava bastante aos moradores do entorno do parque de exposições.

O assessor de imprensa da Anorc, Marcelo Abdon, afirma que o produto veio do Maranhão, em 10 carretas. “Há certa dificuldade em conseguir esse produto, porque o Rio Grande do Norte não tem grande produção de arroz. Mas ele é bem mais confortável para o gado, do que o bagaço de cana”, explica.

Fonte: Tribuna do Norte

BISPO MAGNUS NO PALÁCIO FELIPE CAMARÃO

Fotografias de João Maria Teixeira.

O Bispo Dom Frei Magnus da Diocese de Salgueiro - PE (ele é natural de Açu-RN), visitou ontem a prefeita do Natal Micarla de Souza acampanhado de familiares. Naquela oportunidade agradeceu a prefeita a doação do terreno onde está assentado o Convento Santo Antônio, na arua Santo Antônio, 683, Centro desta capital.

Fotografia de João Maria Teixeira - Esquerda para direita: Desembargador Armando Ferreira e sua esposa Salete Ferreira (tios daquele religioso), Frei Magnus, prefeita Micarla de Souza, (?), (?).

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

CLÍNICA ELDA BRANDÃO


Sobre a Clínica de Estética Elda Brandão

A Clínica de Estética Elda Brandão tornou-se um completo e moderno centro estético com aparelhos de última geração e equipe formada por profissionais capacitados na área de saúde. A melhor opção de estética para o público exigente de Natal. Venha conferir!

PELO DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA Se Guilherme de Almeida escreveu 'Raça', em 1925, uma obra literária “que tem como tema a gênese da na...