"A carta a seguir - tão somente adaptada por Barbasa Melo - foi escrita por Luciano Pizzatto que é engenheiro florestal, especialista em direito sócio ambiental e empresário, diretor de Parque Nacionais e Reservas do IBDF-IBAMA 88-89, detentor do primeiro Prêmio Nacional de Ecologia."
Prezado Luís, quanto tempo.
Eu sou o Zé, teu colega de ginásio noturno, que chegava atrasado, porque o transporte escolar do sítio sempre atrasava, lembra né? O Zé do sapato sujo? Tinha professor e colega que nunca entenderam que eu tinha de andar a pé mais de meia légua para pegar o caminhão por isso o sapato sujava.
Se não lembrou ainda eu te ajudo. Lembra do Zé Cochilo... hehehe, era eu. Quando eu descia do caminhão de volta pra casa, já era onze e meia da noite, e com a caminhada até em casa, quando eu ia dormi já era mais de meia-noite. De madrugada o pai precisava de ajuda pra tirar leite das vacas. Por isso eu só vivia com sono. Do Zé Cochilo você lembra né Luis?
Pois é. Estou pensando em mudar para viver ai na cidade que nem vocês. Não que seja ruim o sítio, aqui é bom. Muito mato, passarinho, ar puro... Só que acho que estou estragando muito a tua vida e a de teus amigos ai da cidade. To vendo todo mundo falar que nós da agricultura familiar estamos destruindo o meio ambiente.
Veja só. O sítio de pai, que agora é meu (não te contei, ele morreu e tive que parar de estudar) fica só a uma hora de distância da cidade. Todos os matutos daqui já têm luz em casa, mas eu continuo sem ter porque não se pode fincar os postes por dentro uma tal de APPA que criaram aqui na vizinhança.
Minha água é de um poço que meu avô cavou há muitos anos, uma maravilha, mas um homem do governo veio aqui e falou que tenho que fazer uma outorga da água e pagar uma taxa de uso, porque a água vai se acabar. Se ele falou deve ser verdade, né Luis?
Pra ajudar com as vacas de leite (o pai se foi, né .) contratei Juca, filho de um vizinho muito pobre aqui do lado. Carteira assinada, salário mínimo, tudo direitinho como o contador mandou. Ele morava aqui com nós num quarto dos fundos de casa. Comia com a gente, que nem da família. Mas vieram umas pessoas aqui, do sindicato e da Delegacia do Trabalho, elas falaram que se o Juca fosse tirar leite das vacas às 5 horas tinha que receber hora extra noturna, e que não podia trabalhar nem sábado nem domingo, mas as vacas daqui não sabem os dias da semana ai não param de fazer leite. Ô, bichos aí da cidade sabem se guiar pelo calendário?
Essas pessoas ainda foram ver o quarto de Juca, e disseram que o beliche tava 2 cm menor do que devia. Nossa! Eu não sei como encumpridar uma cama, só comprando outra né Luis? O candeeiro eles disseram que não podia acender no quarto, que tem que ser luz elétrica, que eu tenho que ter um gerador pra ter luz boa no quarto do Juca.
Disseram ainda que a comida que a gente fazia e comia juntos tinha que fazer parte do salário dele. Bom Luis, tive que pedir ao Juca pra voltar pra casa, desempregado, mas muito bem protegido pelos sindicatos, pelo fiscais e pelas leis. Mas eu acho que não deu muito certo. Semana passada me disseram que ele foi preso na cidade porque botou um chocolate no bolso no supermercado. Levaram ele pra delegacia, bateram nele e não apareceu nem sindicato nem fiscal do trabalho para acudi-lo.
Depois que o Juca saiu eu e Marina (lembra dela, né? casei) tiramos o leite às 5 e meia, ai eu levo o leite de carroça até a beira da estrada onde o carro da cooperativa pega todo dia, isso se não chover. Se chover, perco o leite e dou aos porcos, ou melhor, eu dava, hoje eu jogo fora.
Os porcos eu não tenho mais, pois veio outro homem e disse que a distância do chiqueiro para o riacho não podia ser só 20 metros . Disse que eu tinha que derrubar tudo e só fazer chiqueiro depois dos 30 metros de distância do rio, e ainda tinha que fazer umas coisas pra proteger o rio, um tal de digestor. Achei que ele tava certo e disse que ia fazer, mas só que eu sozinho ia demorar uns trinta dia pra fazer, mesmo assim ele ainda me multou, e pra poder pagar eu tive que vender os porcos as madeiras e as telhas do chiqueiro, fiquei só com as vacas. O promotor disse que desta vez, por esse crime, ele não vai mandar me prender, mas me obrigou a dar 6 cestas básicas pro orfanato da cidade. Ô Luis, aí quando vocês sujam o rio também pagam multa grande né?
Agora pela água do meu poço eu até posso pagar, mas tô preocupado com a água do rio. Aqui agora o rio todo deve ser como o rio da capital, todo protegido, com mata ciliar dos dois lados. As vacas agora não podem chegar no rio pra não sujar, nem fazer erosão. Tudo vai ficar limpinho como os rios aí da cidade. A pocilga já acabou, as vacas não podem chegar perto. Só que alguma coisa tá errada, quando vou na capital nem vejo mata ciliar, nem rio limpo. Só vejo água fedida e lixo boiando pra todo lado.
Mas não é o povo da cidade que suja o rio, né Luis? Quem será? Aqui no mato agora quem sujar tem multa grande, e dá até prisão. Cortar árvore então, Nossa Senhora!. Tinha uma árvore grande ao lado de casa que murchou e tava morrendo, então resolvi derrubá-la para aproveitar a madeira antes dela cair por cima da casa.
Fui no escritório daqui pedir autorização, como não tinha ninguém, fui no Ibama da capital, preenchi uns papéis e voltei para esperar o fiscal vim fazer um laudo, para ver se depois podia autorizar. Passaram 8 meses e ninguém apareceu pra fazer o tal laudo ai eu vi que o pau ia cair em cima da casa e derrubei. Pronto! No outro dia chegou o fiscal e me multou. Já recebi uma intimação do
Promotor porque virei criminoso reincidente. Primeiro foi os porcos, e agora foi o pau. Acho que desta vez vou ficar preso.
Tô preocupado Luis, pois no rádio deu que a nova lei vai dá multa de 500 a 20 mil reais por hectare e por dia. Calculei que se eu for multado eu perco o sítio numa semana. Então é melhor vender, e ir morar onde todo mundo cuida da ecologia. Vou para a cidade, ai tem luz, carro, comida, rio limpo. Olha, não quero fazer nada errado, só falei dessas coisas porque tenho certeza que a lei é pra todos.
Eu vou morar ai com vocês, Luis. Mais fique tranqüilo, vou usar o dinheiro da venda do sítio primeiro pra comprar essa tal de geladeira. Aqui no sitio eu tenho que pegar tudo na roça. Primeiro a gente planta, cultiva, limpa e só depois colhe pra levar pra casa. Ai é bom que vocês e só abrir a geladeira que tem tudo. Nem dá trabalho, nem planta, nem cuida de galinha, nem porco, nem vaca é só abri a geladeira que a comida tá lá, prontinha, fresquinha, sem precisá de nós, os criminosos aqui da roça.
Até mais Luis.
Ah, desculpe Luis, não pude mandar a carta com papel reciclado pois não existe por aqui, mas me aguarde até eu vender o sítio.
(Todos os fatos e situações de multas e exigências são baseados em dados verdadeiros. A sátira não visa atenuar responsabilidades, mas alertar o quanto o tratamento ambiental é desigual e discricionário entre o meio rural e o meio urbano.)
Pâmela Gallas Buche
Tecnóloga Ambiental.
Postado por Fernando Caldas
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sábado, 23 de junho de 2012
sexta-feira, 22 de junho de 2012
Chegou o dia e a hora
Veja o Leque de siglas que se
coligarão com o Abelardo Rodrigues Filho para o Alto do Rodrigues ser melhor
outra vez!
Nesta Sexta Feira a partir das 15.00 horas, os
presidentes municipais dos diretórios e comissões provisórias das siglas acima
descritas, aguardam a presença dos membros filiados, pra homologação da chapa
majoritária do sistema liderado pelo ex-prefeito Abelardo Rodrigues, estando o
DEM lançando uma chapa puro sangue, tendo ainda a responsabilidade de promover
a homologarção dos pré candidatos do projeto proporcional em aliança com os
demais.
O evento será bastante prestigiado por autoridades
politicas com destaque maior pra governadora Rosalba Ciarlini, Deputado federal
Felipe Maia Ricardo Mota, todos com participação confirmada, segundo informação
da assessoria do pré candidato democrata.
O blog estará presente na cobertura.
Postado por Aluizio Lacerda
quarta-feira, 20 de junho de 2012
Prefeitura do Assú apresenta o espetáculo “O São João na Freguesia do Assú” como parte da programação do São João do Assú
O São João do Assú, com uma programação bastante diversificada reunindo celebrações religiosas, festival de quadrilha junina, feira de comidas típicas, artesanato, shows musicais e teatro, traz para o anfiteatro Arcelino Costa Leitão da praça São João Batista, nesta quarta-feira, dia 20, às 21h, o grupo de Teatro Projovem Adolescente, programa ligado à secretaria municipal de Desenvolvimento Social e Habitação da prefeitura do Assú, para apresentar o espetáculo teatral “O São João na Freguesia do Assú”.
A peça é uma adaptação de vários textos dos poetas assuenses Chico Traíra, Sinhazinha Wanderley, João Lins Caldas, Renato Caldas, João Celso Filho, Francisco Amorim, Aldenita, João Fonseca e Diassis Medeiros.
A encenação teatral “O São João na Freguesia do Assú”, fala sobre um dia de feira em nossa cidade, onde encontramos o feirante com saco na cabeça, o homem com lata d’água, os bêbados cheio de graça, as damas carregando suas bolsas de palha e vendedores com a língua afiada para o verso improvisado. É assim, que serão apresentados traços da cultura, da poesia e da fé do povo assuense em São João Batista, padroeiro do município.
O elenco do espetáculo é composto pelo os adolescentes das oficinas de teatro e dança do Programa Projovem Adolescente, num total de 36 integrantes. Tem a direção do ator e radialista Jobielson Silva e da atriz Tálita Cunha, coreografia de Ceiça Costa e coordenação administrativa de Dágenes Loanda. A peça ainda conta com a total colaboração de todos os orientadores, facilitadores e funcionários do programa Projovem, da prefeitura do Assú.
segunda-feira, 18 de junho de 2012
Feira do Milho 2012: Ceasa-RN espera comercializar dois milhões de espigas
A Feira do Milho 2012 - promovida pela Ceasa-RN e considerada um evento tradicional em Natal no período junino.- está em pleno funcionamento. A Ceasa está trabalhando com a perspectiva de comercialização de cerca de 650 toneladas de milho este ano - algo em torno de 2 milhões de espigas, números que se aproximam bastante dos registrados em 2011.
Neste momento, o milho comercializado na Feira vem das regiões de Cobé (município de Vera Cruz) e do vale do Assu (município de Ipanguaçu e área do Baldum, no município de Assu), além de Touros e de São José de Mipibu; o preço de mercado da "mão" (50 espigas) permanece em R$ 25,00.
Abertura
A abertura oficial da Feira do Milho ocorreu na noite da última sexta (15), no prédio da Central de Comercialização da Agricultura Familiar. O anúncio ficou a cargo do presidente da Ceasa-RN, José Adécio Costa, seguindo-se a festa junina com apresentação dos arraiás da Tia Ana (do bairro das Quintas) e d'As Entendidas (do bairro do Bom Pastor), além da animação de Bacanas do Forró.
Todas as noites, até o fim da Feira do Milho, vai ter forró no prédio; os próximos grandes "plantões", com apresentações de quadrilhas, estão previstos para os dias 22 e 23 (sexta e sábado). De quebra, foi revelada a surpresa gastronòmica da Ceasa-RN: uma canjica gigante está sendo preparada para ser degustada na noite do dia 22.
.Ceasa-RN espera comercializar dois milhões de espigas
O milho está sendo disponibilizado por 32 comerciantes - número surpreendente, dada a questão da estiagem afetando a produção e as perspectivas. A Feira, no pátio da Central de Comercialização da Agricultura Familiar (esquina da Jaguarari com a Mor Gouveia), este ano conta com uma estrutura de 27 barracas (que, além do milho verde, estão comercializando comidas típicas) e deve receber algo em torno de 50 mil pessoas até o ultimo dia de junho.Neste momento, o milho comercializado na Feira vem das regiões de Cobé (município de Vera Cruz) e do vale do Assu (município de Ipanguaçu e área do Baldum, no município de Assu), além de Touros e de São José de Mipibu; o preço de mercado da "mão" (50 espigas) permanece em R$ 25,00.
Abertura
A abertura oficial da Feira do Milho ocorreu na noite da última sexta (15), no prédio da Central de Comercialização da Agricultura Familiar. O anúncio ficou a cargo do presidente da Ceasa-RN, José Adécio Costa, seguindo-se a festa junina com apresentação dos arraiás da Tia Ana (do bairro das Quintas) e d'As Entendidas (do bairro do Bom Pastor), além da animação de Bacanas do Forró.
Todas as noites, até o fim da Feira do Milho, vai ter forró no prédio; os próximos grandes "plantões", com apresentações de quadrilhas, estão previstos para os dias 22 e 23 (sexta e sábado). De quebra, foi revelada a surpresa gastronòmica da Ceasa-RN: uma canjica gigante está sendo preparada para ser degustada na noite do dia 22.
Fonte: Tribuna do Norte
domingo, 17 de junho de 2012
Copa traz oportunidades de negócios para fruticultores
Mossoró - A Copa do Mundo de 2014 no Brasil, considerada um dos maiores eventos esportivos do mundo, desponta também como uma grande janela de oportunidades de negócios para a fruticultura. Esse foi um dos consensos das discussões do Fórum Internacional da Fruticultura, realizado como parte da programação da Feira Internacional da Fruticultura Tropical Irrigada (Expofruit) esta semana em Mossoró (RN).
Promovido pelo Sebrae no Rio Grande do Norte, o fórum apontou os setores hoteleiro e gastronômico como principais nichos de mercado a serem explorados durante o evento.
O assunto entrou em debate com a palestra "Copa 2014: oportunidades para a fruticultura brasileira", proferida pelo gerente da Unidade de Acesso a Mercado e Serviços Financeiros do Sebrae Nacional, Paulo Alvim. O gerente dedicou especial atenção às oportunidades relacionadas ao fornecimento de frutas para abastecimento da rede hoteleira, assim como a utilização da fruta para a produção de sucos naturais e sorvetes como agregação de valor.
Segundo Alvim, esses nichos têm como alvo, além do público interno estimado em três milhões de pessoas, os cerca de 600 mil turistas que visitarão o Brasil no período do mundial. "Existem muitas oportunidades a serem exploradas. Temos uma diversidade muito grande de frutas, e podemos nos utilizar deste potencial para promover nossos produtos. Temos que nos preparar para abastecer hotéis credenciados da Fifa, e apostar também na produção de sucos naturais, nichos fortes do mercado", pontuou.
Mas, é preciso atender às exigências do mercado, especialmente nos quesitos da qualidade, certificação e sanidade das frutas produzidas. "Precisamos estar preparados para tirar todo o proveito este momento, mas não podemos esquecer de oferecer um produto de qualidade. Qualquer problema ocorrido por causa de uma fruta estragada, por exemplo, pode causar sérios problemas à fruticultura brasileira no mundo", alerta Paulo Alvim.
"A palestra mostrou como aproveitar a vinda da Copa do Mundo e nos ajudou a identificar como utilizar o evento para mostrar o nosso potencial e a fruta brasileira para o mundo", afirmou Segundo de Paula, presidente do Comitê Executivo de Fruticultura do Rio Grande do Norte, organizador do evento.
"As autoridades deixam os empregadores em segundo plano"
Andrielle Mendes
Repórter
A Agrícola Famosa, maior exportadora de frutas frescas do Brasil e uma das maiores produtoras de melão do mundo, com parte da área de produção em Mossoró, no Rio Grande do Norte, quer exportar 100% de sua produção pelo Estado. Sonho dos gestores potiguares, a exportação via porto de Natal já seria realidade não fosse um problema: a falta de espaço. "Os navios maiores não conseguem atracar. Por isso tenho que procurar outros portos", diz Luiz Roberto Barcelos, sócio e diretor da empresa. Mas não é só isso. A empresa, que conta com oito fazendas no Nordeste e uma na África, também gostaria de ampliar a produção potiguar. Hoje, 60% da produção é originária do Ceará e 40% do Rio Grande do Norte. "O que faz uma empresa produzir mais num estado e menos em outro? Benefícios tributários, infraestrutura e logística. O Ceará está na frente dos outros estados nestes quesitos. Esse é o motivo que nos leva a produzir mais no Ceará do que no Rio Grande do Norte", diz ele. Apesar das dificuldades encontradas, tudo indica que a produção no RN suba em breve. A Agrícola Famosa está prestes a comprar as terras que arrendou da Nolem, antiga produtora de melão, em Mossoró. As negociações estão avançadas. Barcelos espera uma definição nos próximos 60 dias. Nesta entrevista à TRIBUNA DO NORTE, ele também critica o que chama de falta de atenção por parte do governo potiguar. Confira:
O melão é um dos principais produtos da pauta de exportação do Rio Grande do Norte. O cenário para a exportação é favorável?
Com relação a preço, temos dois grandes mercados, que é o europeu e o interno. Hoje, 70% de nossa fruta vai para o mercado europeu. A crise preocupa, mas o câmbio tem compensado. A valorização das moedas estrangeiras favorece as exportações. O mercado interno também vem crescendo muito nos últimos anos. Trinta por cento do que produzimos fica no Brasil. A demanda vem dobrando a cada ano. Estou otimista quanto à comercialização.
É fácil inverter a proporção, caso seja necessário? O mercado interno é capaz de absorver toda a produção caso a Europa reduza as compras?
Não. Não é tão fácil. Exportávamos 95% de nossas frutas até cinco anos atrás. Estamos aumentando as vendas no mercado interno gradativamente. Mas caso eu queira exportar apenas 30% e comercializar o restante no Brasil o mercado interno não absorverá. É possível fazer isso, mas precisa ser de forma gradual. A proporção que fica no País tem aumentado. Queremos aumentar ainda mais.
A Agrícola exporta hoje para que países?
Três países representam 90% de nossa exportação: a Inglaterra, a Alemanha e a Holanda.
Vocês estão prospectando novos mercados? A Feira Internacional da Fruticultura Tropical Irrigada (Expofruit 2012, realizada na semana passada em Mossoró), por exemplo, focou o mercado norte-americano.
Temos estudado novos mercados sim. O mercado norte-americano tem um potencial enorme, embora existam barreiras tarifárias que reduzam nossa competitividade. Estamos trabalhando isso politicamente. Mas o melhor mercado hoje é o Oriente Médio e o Leste Europeu. O problema é a logística. O melão tem uma vida útil curta. Em torno de 35 dias. Para chegar até a Europa, um navio leva 10 dias. Para chegar no Oriente Médio, leva quase 25 dias. O tempo para comercializá-lo lá fica curto. Estamos investindo em tecnologia para atender este mercado.
No ano passado, vocês exportaram US$ 77,6 milhões. O valor este ano deve ser parecido?
Acredito num incremento de pelo menos 10%. Acredito que chegaremos aos US$ 85 milhões este ano.
O senhor me disse que está otimista quanto a comercialização. Há algum problema em outra área que não seja a comercial?
Há dez anos, a Agrícola Famosa vem crescendo 30% ao ano, em termos de produção e área plantada. Para este ano, estamos prevendo um crescimento de 20%. ou seja, um pouco menor. Estamos preocupados com a seca. Usamos água de poços. Não sabemos como será a nova safra porque não choveu e os poços não foram reabastecidos. Choveu pouquíssimo na nossa região. Além disso, a água que a gente usa tem alto grau de salinidade. Todo ano a chuva lava o solo e este ano não houve a limpeza do solo pela chuva. As pragas também ficam mais fortes, quando não chove. Vai ser mais difícil produzir.
Quanto a Agrícola produziu no ano passado?
No ano passado, a gente plantou 5.900 hectares e produziu 6.100 conteiners para exportação e 1.800 para o mercado interno. Como cada conteiner comporta 20 toneladas, produzimos umas 170 mil toneladas no ano passado.
Mas esse número pode ficar menor na próxima safra por causa da estiagem...
Isso. Por isso estamos prevendo um crescimento de 20% e não de 30%, como nos anos anteriores.
Com relação a exportação, a Agrícola exportou US$ 21,23 milhões no primeiro trimestre deste ano. Valor 93% maior que o exportado no mesmo período do ano passado. Porque o resultado foi tão bom?
O primeiro quadrimestre deste ano foi muito bom para a exportação por dois motivos: aumento na taxa de câmbio e estiagem. Como não choveu, conseguimos produzir mais e com mais qualidade. A combinação entre valorização das moedas estrangeiras e baixo índice pluviométrico fez a empresa bater um recorde nas exportações. Exportamos US$ 25 milhões entre janeiro e abril. Este foi o melhor resultado desde que a empresa foi criada, há 17 anos. A Agrícola nunca exportou tanto neste período. Nosso último recorde foi metade disso (US$ 12,5 milhões).
A estiagem ajuda ou atrapalha a produção?
A estiagem ajudou a safra anterior, mas poderá atrapalhar a seguinte. O ideal para nós é que chova 700 mm entre março e maio. Índice histórico da região. Na nossa fazenda este ano choveu 140 mm. Isso não é suficiente.
Qual é a participação do Rio Grande do Norte nos negócios da companhia?
Hoje, 60% da produção é originária do Ceará e 40% do Rio Grande do Norte. A proporção exportada pelos estados varia de ano para ano. Ela depende da empresa com a qual fecho o contrato de frete marítimo. Se a empresa que oferece as melhores condições atende o porto de Pecém, exporto por lá. Se a empresa atende o porto de Natal exporto por aí. Na próxima safra, por exemplo, fechei um maior volume com a empresa que atende o Porto de Natal. Dos seis mil conteiners que exportei na safra passada, 1,1 mil saíram por Natal. Estou fechando um contrato com a Companhia Docas do Rio Grande do Norte para exportar 2,5 mil pelo estado. O percentual de melão exportado pela Agrícola pelo Porto de Natal passará então de 15% para 35% ou 40% na próxima safra.
Outros fatores também pesariam na escolha?
Sim. O Porto de Natal não consegue atender os navios grandes que vem para o porto de Pecém. Há uma limitação de espaço na retroárea e um problema de calado. Por isso, só atende os pequenos, que tem um custo operacional maior. Um navio grande tem o mesmo custo físico que um navio pequeno, mas consegue levar mais conteiners. Os preços que oferecem são mais vantajosos.
A Agrícola pode aumentar o volume exportado pelo Porto de Natal, caso o espaço para movimentação de cargas e a profundidade do rio sejam ampliados?
Sim. Eu gostaria muito de exportar um volume maior pelo Porto de Natal, mas os navios não conseguem atracar lá. Por isso tenho que procurar outros portos. Mas se tivesse condição, eu exportaria 100% das minhas frutas por Natal.
Por que exportaria 100% por Natal?
Porque o porto de Natal é especializado neste tipo de carga. Os órgãos intervenientes, como Ministério da Agricultura e Receita Federal, compreendem as necessidades dos fruticultores e as exigência do embarque deste tipo de carga, que é bastante perecível. Neste ponto, o porto de Natal é imbatível. O porto de Natal está preocupado com a fruticultura. O Porto de Pecém se destaca pela infraestrutura, mas como movimenta vários tipos de cargas, o espaço acaba ficando um pouco tumultuado.
A Agrícola Famosa está presente em três estados no Nordeste. O que faz a empresa produzir mais num estado e menos no outro?
Estou no Ceará, no Rio Grande do Norte e em Pernambuco. As condições climáticas e geográficas são as mesmas. O que faz a empresa produzir mais num estado e menos em outro são os incentivos concedidos (como a devolução do ICMS), a infraestrutura e a logística. O Ceará está na frente dos outros estados nos três quesitos. Esse é o motivo que nos leva a produzir mais lá. Se o RN se dedicar a isso terá condição de atrair produtores. Se eu fosse um governante, estenderia um tapete vermelho e perguntaria 'Luiz Barcelos, o que você precisa para gerar mais emprego?'. Mas as autoridades não enxergam dessa forma. Acabam deixando os empregadores relegados ao segundo plano. A Agricultura deveria receber mais atenção por parte dos governantes. E cá para nós, o governo do Ceará tem dado esta atenção.
E no Rio Grande do Norte? Falta atenção por parte do governo para o empresário deste segmento?
Falta sim. O Rio Grande do Norte demora para devolver os impostos para os exportadores e não constrói estradas. Eu comprei uma área no município de Pedro Avelino e tive que rezar para não chover, se não não conseguiria escoar a produção. Estive no governo e para melhorarem um pouquinho a estrada. Eles foram lá, olharam, e nunca me retornaram.
Você teria interesse de ampliar a produção aqui, caso as condições fossem favoráveis?
Sim. O que a gente precisa é de infraestrutura para tirar o melão. Precisamos de estradas, porto, incentivos tributários. Eu não posso ficar investindo em estrada. Não tenho condições de ficar investindo em infraestrutura. Não é minha função.
Há alguns meses, Flávio Rocha, vice-presidente do Grupo Guararapes e presidente da Riachuelo, classificou o Rio Grande do Norte com um estado hostil ao empresariado. Ele se referia mais à indústria. Em relação a Agropecuária, o Estado também tem sido 'hostil'?
O que eu diria é que eles não estão dando a colaboração que o setor merece. Outros estados dão essa colaboração e acabam levando não só a mim, mas outros produtores.
Quais os planos da Agrícola?
Começamos a produzir no Senegal e vamos produzir frutas no Norte de Minas Gerais. Também estamos diversificando a produção. Precisaremos de novas áreas dentro do Nordeste.
Por falar em novas áreas dentro da região, a Agrícola arrendou as fazendas da antiga Nolem, empresa que produzia e exportava frutas em Mossoró. A empresa pretende comprar a área?
Arrendamos as duas fazendas da Nolem por um ano. Renovamos por mais quatro. Estamos indo para o terceiro ano. A negociação para comprar as fazendas está em estágio avançado.
Quanto seria necessário para comprar as fazendas e em quanto tempo vocês teriam mais novidades quanto ao processo de aquisição?
Daqui para 60 dias teremos uma definição quanto a aquisição das fazendas da Nolem. Quanto ao valor, estamos falando algo em torno de R$ 14 milhões. Virando dono, posso aplicar mais dinheiro e produzir mais. Para aumentar a produtividade dessas áreas, é preciso construir estradas, perfurar poço, instalar energia, equipar os galpões de embalagem. Tudo isso exige investimento e não podemos investir numa área que não é nossa.
Promovido pelo Sebrae no Rio Grande do Norte, o fórum apontou os setores hoteleiro e gastronômico como principais nichos de mercado a serem explorados durante o evento.
O assunto entrou em debate com a palestra "Copa 2014: oportunidades para a fruticultura brasileira", proferida pelo gerente da Unidade de Acesso a Mercado e Serviços Financeiros do Sebrae Nacional, Paulo Alvim. O gerente dedicou especial atenção às oportunidades relacionadas ao fornecimento de frutas para abastecimento da rede hoteleira, assim como a utilização da fruta para a produção de sucos naturais e sorvetes como agregação de valor.
Elisa Elsie/Arquivo TNHotel em Natal: A expectativa dos fruticultores é atender a demanda dos hotéis, em um período que promete ser de alta para o turismo
Segundo Alvim, esses nichos têm como alvo, além do público interno estimado em três milhões de pessoas, os cerca de 600 mil turistas que visitarão o Brasil no período do mundial. "Existem muitas oportunidades a serem exploradas. Temos uma diversidade muito grande de frutas, e podemos nos utilizar deste potencial para promover nossos produtos. Temos que nos preparar para abastecer hotéis credenciados da Fifa, e apostar também na produção de sucos naturais, nichos fortes do mercado", pontuou.
Mas, é preciso atender às exigências do mercado, especialmente nos quesitos da qualidade, certificação e sanidade das frutas produzidas. "Precisamos estar preparados para tirar todo o proveito este momento, mas não podemos esquecer de oferecer um produto de qualidade. Qualquer problema ocorrido por causa de uma fruta estragada, por exemplo, pode causar sérios problemas à fruticultura brasileira no mundo", alerta Paulo Alvim.
"A palestra mostrou como aproveitar a vinda da Copa do Mundo e nos ajudou a identificar como utilizar o evento para mostrar o nosso potencial e a fruta brasileira para o mundo", afirmou Segundo de Paula, presidente do Comitê Executivo de Fruticultura do Rio Grande do Norte, organizador do evento.
"As autoridades deixam os empregadores em segundo plano"
Andrielle Mendes
Repórter
A Agrícola Famosa, maior exportadora de frutas frescas do Brasil e uma das maiores produtoras de melão do mundo, com parte da área de produção em Mossoró, no Rio Grande do Norte, quer exportar 100% de sua produção pelo Estado. Sonho dos gestores potiguares, a exportação via porto de Natal já seria realidade não fosse um problema: a falta de espaço. "Os navios maiores não conseguem atracar. Por isso tenho que procurar outros portos", diz Luiz Roberto Barcelos, sócio e diretor da empresa. Mas não é só isso. A empresa, que conta com oito fazendas no Nordeste e uma na África, também gostaria de ampliar a produção potiguar. Hoje, 60% da produção é originária do Ceará e 40% do Rio Grande do Norte. "O que faz uma empresa produzir mais num estado e menos em outro? Benefícios tributários, infraestrutura e logística. O Ceará está na frente dos outros estados nestes quesitos. Esse é o motivo que nos leva a produzir mais no Ceará do que no Rio Grande do Norte", diz ele. Apesar das dificuldades encontradas, tudo indica que a produção no RN suba em breve. A Agrícola Famosa está prestes a comprar as terras que arrendou da Nolem, antiga produtora de melão, em Mossoró. As negociações estão avançadas. Barcelos espera uma definição nos próximos 60 dias. Nesta entrevista à TRIBUNA DO NORTE, ele também critica o que chama de falta de atenção por parte do governo potiguar. Confira:
O melão é um dos principais produtos da pauta de exportação do Rio Grande do Norte. O cenário para a exportação é favorável?
Com relação a preço, temos dois grandes mercados, que é o europeu e o interno. Hoje, 70% de nossa fruta vai para o mercado europeu. A crise preocupa, mas o câmbio tem compensado. A valorização das moedas estrangeiras favorece as exportações. O mercado interno também vem crescendo muito nos últimos anos. Trinta por cento do que produzimos fica no Brasil. A demanda vem dobrando a cada ano. Estou otimista quanto à comercialização.
É fácil inverter a proporção, caso seja necessário? O mercado interno é capaz de absorver toda a produção caso a Europa reduza as compras?
Não. Não é tão fácil. Exportávamos 95% de nossas frutas até cinco anos atrás. Estamos aumentando as vendas no mercado interno gradativamente. Mas caso eu queira exportar apenas 30% e comercializar o restante no Brasil o mercado interno não absorverá. É possível fazer isso, mas precisa ser de forma gradual. A proporção que fica no País tem aumentado. Queremos aumentar ainda mais.
A Agrícola exporta hoje para que países?
Três países representam 90% de nossa exportação: a Inglaterra, a Alemanha e a Holanda.
Vocês estão prospectando novos mercados? A Feira Internacional da Fruticultura Tropical Irrigada (Expofruit 2012, realizada na semana passada em Mossoró), por exemplo, focou o mercado norte-americano.
Temos estudado novos mercados sim. O mercado norte-americano tem um potencial enorme, embora existam barreiras tarifárias que reduzam nossa competitividade. Estamos trabalhando isso politicamente. Mas o melhor mercado hoje é o Oriente Médio e o Leste Europeu. O problema é a logística. O melão tem uma vida útil curta. Em torno de 35 dias. Para chegar até a Europa, um navio leva 10 dias. Para chegar no Oriente Médio, leva quase 25 dias. O tempo para comercializá-lo lá fica curto. Estamos investindo em tecnologia para atender este mercado.
No ano passado, vocês exportaram US$ 77,6 milhões. O valor este ano deve ser parecido?
Acredito num incremento de pelo menos 10%. Acredito que chegaremos aos US$ 85 milhões este ano.
O senhor me disse que está otimista quanto a comercialização. Há algum problema em outra área que não seja a comercial?
Há dez anos, a Agrícola Famosa vem crescendo 30% ao ano, em termos de produção e área plantada. Para este ano, estamos prevendo um crescimento de 20%. ou seja, um pouco menor. Estamos preocupados com a seca. Usamos água de poços. Não sabemos como será a nova safra porque não choveu e os poços não foram reabastecidos. Choveu pouquíssimo na nossa região. Além disso, a água que a gente usa tem alto grau de salinidade. Todo ano a chuva lava o solo e este ano não houve a limpeza do solo pela chuva. As pragas também ficam mais fortes, quando não chove. Vai ser mais difícil produzir.
Quanto a Agrícola produziu no ano passado?
No ano passado, a gente plantou 5.900 hectares e produziu 6.100 conteiners para exportação e 1.800 para o mercado interno. Como cada conteiner comporta 20 toneladas, produzimos umas 170 mil toneladas no ano passado.
Mas esse número pode ficar menor na próxima safra por causa da estiagem...
Isso. Por isso estamos prevendo um crescimento de 20% e não de 30%, como nos anos anteriores.
Com relação a exportação, a Agrícola exportou US$ 21,23 milhões no primeiro trimestre deste ano. Valor 93% maior que o exportado no mesmo período do ano passado. Porque o resultado foi tão bom?
O primeiro quadrimestre deste ano foi muito bom para a exportação por dois motivos: aumento na taxa de câmbio e estiagem. Como não choveu, conseguimos produzir mais e com mais qualidade. A combinação entre valorização das moedas estrangeiras e baixo índice pluviométrico fez a empresa bater um recorde nas exportações. Exportamos US$ 25 milhões entre janeiro e abril. Este foi o melhor resultado desde que a empresa foi criada, há 17 anos. A Agrícola nunca exportou tanto neste período. Nosso último recorde foi metade disso (US$ 12,5 milhões).
A estiagem ajuda ou atrapalha a produção?
A estiagem ajudou a safra anterior, mas poderá atrapalhar a seguinte. O ideal para nós é que chova 700 mm entre março e maio. Índice histórico da região. Na nossa fazenda este ano choveu 140 mm. Isso não é suficiente.
Qual é a participação do Rio Grande do Norte nos negócios da companhia?
Hoje, 60% da produção é originária do Ceará e 40% do Rio Grande do Norte. A proporção exportada pelos estados varia de ano para ano. Ela depende da empresa com a qual fecho o contrato de frete marítimo. Se a empresa que oferece as melhores condições atende o porto de Pecém, exporto por lá. Se a empresa atende o porto de Natal exporto por aí. Na próxima safra, por exemplo, fechei um maior volume com a empresa que atende o Porto de Natal. Dos seis mil conteiners que exportei na safra passada, 1,1 mil saíram por Natal. Estou fechando um contrato com a Companhia Docas do Rio Grande do Norte para exportar 2,5 mil pelo estado. O percentual de melão exportado pela Agrícola pelo Porto de Natal passará então de 15% para 35% ou 40% na próxima safra.
Outros fatores também pesariam na escolha?
Sim. O Porto de Natal não consegue atender os navios grandes que vem para o porto de Pecém. Há uma limitação de espaço na retroárea e um problema de calado. Por isso, só atende os pequenos, que tem um custo operacional maior. Um navio grande tem o mesmo custo físico que um navio pequeno, mas consegue levar mais conteiners. Os preços que oferecem são mais vantajosos.
A Agrícola pode aumentar o volume exportado pelo Porto de Natal, caso o espaço para movimentação de cargas e a profundidade do rio sejam ampliados?
Sim. Eu gostaria muito de exportar um volume maior pelo Porto de Natal, mas os navios não conseguem atracar lá. Por isso tenho que procurar outros portos. Mas se tivesse condição, eu exportaria 100% das minhas frutas por Natal.
Por que exportaria 100% por Natal?
Porque o porto de Natal é especializado neste tipo de carga. Os órgãos intervenientes, como Ministério da Agricultura e Receita Federal, compreendem as necessidades dos fruticultores e as exigência do embarque deste tipo de carga, que é bastante perecível. Neste ponto, o porto de Natal é imbatível. O porto de Natal está preocupado com a fruticultura. O Porto de Pecém se destaca pela infraestrutura, mas como movimenta vários tipos de cargas, o espaço acaba ficando um pouco tumultuado.
A Agrícola Famosa está presente em três estados no Nordeste. O que faz a empresa produzir mais num estado e menos no outro?
Estou no Ceará, no Rio Grande do Norte e em Pernambuco. As condições climáticas e geográficas são as mesmas. O que faz a empresa produzir mais num estado e menos em outro são os incentivos concedidos (como a devolução do ICMS), a infraestrutura e a logística. O Ceará está na frente dos outros estados nos três quesitos. Esse é o motivo que nos leva a produzir mais lá. Se o RN se dedicar a isso terá condição de atrair produtores. Se eu fosse um governante, estenderia um tapete vermelho e perguntaria 'Luiz Barcelos, o que você precisa para gerar mais emprego?'. Mas as autoridades não enxergam dessa forma. Acabam deixando os empregadores relegados ao segundo plano. A Agricultura deveria receber mais atenção por parte dos governantes. E cá para nós, o governo do Ceará tem dado esta atenção.
E no Rio Grande do Norte? Falta atenção por parte do governo para o empresário deste segmento?
Falta sim. O Rio Grande do Norte demora para devolver os impostos para os exportadores e não constrói estradas. Eu comprei uma área no município de Pedro Avelino e tive que rezar para não chover, se não não conseguiria escoar a produção. Estive no governo e para melhorarem um pouquinho a estrada. Eles foram lá, olharam, e nunca me retornaram.
Você teria interesse de ampliar a produção aqui, caso as condições fossem favoráveis?
Sim. O que a gente precisa é de infraestrutura para tirar o melão. Precisamos de estradas, porto, incentivos tributários. Eu não posso ficar investindo em estrada. Não tenho condições de ficar investindo em infraestrutura. Não é minha função.
Há alguns meses, Flávio Rocha, vice-presidente do Grupo Guararapes e presidente da Riachuelo, classificou o Rio Grande do Norte com um estado hostil ao empresariado. Ele se referia mais à indústria. Em relação a Agropecuária, o Estado também tem sido 'hostil'?
O que eu diria é que eles não estão dando a colaboração que o setor merece. Outros estados dão essa colaboração e acabam levando não só a mim, mas outros produtores.
Quais os planos da Agrícola?
Começamos a produzir no Senegal e vamos produzir frutas no Norte de Minas Gerais. Também estamos diversificando a produção. Precisaremos de novas áreas dentro do Nordeste.
Por falar em novas áreas dentro da região, a Agrícola arrendou as fazendas da antiga Nolem, empresa que produzia e exportava frutas em Mossoró. A empresa pretende comprar a área?
Arrendamos as duas fazendas da Nolem por um ano. Renovamos por mais quatro. Estamos indo para o terceiro ano. A negociação para comprar as fazendas está em estágio avançado.
Quanto seria necessário para comprar as fazendas e em quanto tempo vocês teriam mais novidades quanto ao processo de aquisição?
Daqui para 60 dias teremos uma definição quanto a aquisição das fazendas da Nolem. Quanto ao valor, estamos falando algo em torno de R$ 14 milhões. Virando dono, posso aplicar mais dinheiro e produzir mais. Para aumentar a produtividade dessas áreas, é preciso construir estradas, perfurar poço, instalar energia, equipar os galpões de embalagem. Tudo isso exige investimento e não podemos investir numa área que não é nossa.
sexta-feira, 15 de junho de 2012
Internautas "curtem" e comentam nas redes sociais sobre o ex-prefeito Abelardo Rodrigues.
ALTO DO RODRIGUES
Um dos nomes mais comentados positivamente é do ex-prefeito Abelardo Rodrigues. São pessoas de várias classes sociais e dos mais diversos cargos, se solidarizam e demonstrando total apoio e apreço ao ex-prefeito Abelardo Rodrigues.
Um dos ex-aliados do atual prefeito comentou o seguinte: QUER UM AMIGO DENTRO E FORA DA POLÍTICA? TAI UM!
Amigos do internautas e admiradores do ex-prefeito já compartilharam, mandaram comentários e curtiram a espontaneidade de um ex-aliado do atual prefeito.
Postado por altonoticias
Do Blog Juscelino França
Festival do Turismo, Artesanato e Cultura tem
início nesta sexta
Com inscrições quase encerradas, evento visa
propiciar oportunidades de produção e venda aos artesãos locais
Artesanato atrai turismo, que atrai dinheiro, que rende emprego e
alimenta a cadeia produtiva da cultura artesanal potiguar. É com este
ciclo que uma ação capitaneada pela secretaria municipal de Turismo
pretende unir cultura e turismo em um único local. O Festival do
Turismo, Artesanato e Cultura começa amanhã no Shopping Mãos de Arte,
localizado na Praia dos Artistas. Artesanato, atrações musicais e
folclóricas e o principal: oportunidade de produção e venda aos artesãos
locais.
O
shopping abriga o maior espaço de lojas do
O novo Shopping Mãos de Arte, na Praia dos Artistas, abriga o maior espaço de lojas do Nordeste, mais de 300 boxes. Foto: Canindé Soares/DN/Divulgação |
Nordeste. São mais de 300,
superando as 240 do Mercado Modelo em Salvador. Os três andares são
todos climatizados. Pela novidade do empreendimento, apenas um terço das
lojas estão ocupadas de forma fixa. E muitos artesãos comercializam
produtos de outros estados. A ideia do Festival é disponibilizar essas
lojas no período de 30 dias a quem desejar produzir e vender seu produto
como forma de incentivo à ocupação e ao artesanato potiguar.
O consultordo projeto, Carlos Sodré, ressalta que há poucas vagas para o Festival. Os interessados devem reservar o espaço pelo telefone 3202-9191. Segundo ele, os 30 dias de festival, entre 15 de junho e 15 de julho, servirão para o comerciante perceber a lucratividade e a oportunidade de se fixar no local mediante pagamento de aluguel e incrementar o espaço com artesanato genuíno. No entanto, se a intenção é atrair artesãos potiguares, a porteira está aberta a quem se interessar.
"Temos artesãos já cadastrados na Semtas (secretaria municipal de Trabalho e Ação Social). Para estes, o acesso é mais direto. Mas mesmo quem não está, analisaremos o caso; fazemos uma espécie de peneira". O consultor enalteceu a localização do shopping, à beira-mar, a estrutura e o fluxo de turistas no local. Serão disponibilizadas, para o Festival, lojas para 150 novos expositores, distribuídos em três andares do shopping - há ainda um quarto, que funciona como praça de alimentação.
Programação
Na programação cultural do Festival estão incluídas apresentações do Balé da Cidade do Natal, do Boi de Reis e Pastoril da Associação Cultural do Bom Pastor), quadrilha junina estilizada em homenagem ao centenário de Luiz Gonzaga e quadrilha junina tradicional em homenagem à Dança do Xaxado. Além das apresentações já semanais, sempre aos domingos, do projeto Som do Mar, composto por instrumentistas potiguares, com início às 17h e acesso livre.
O consultordo projeto, Carlos Sodré, ressalta que há poucas vagas para o Festival. Os interessados devem reservar o espaço pelo telefone 3202-9191. Segundo ele, os 30 dias de festival, entre 15 de junho e 15 de julho, servirão para o comerciante perceber a lucratividade e a oportunidade de se fixar no local mediante pagamento de aluguel e incrementar o espaço com artesanato genuíno. No entanto, se a intenção é atrair artesãos potiguares, a porteira está aberta a quem se interessar.
"Temos artesãos já cadastrados na Semtas (secretaria municipal de Trabalho e Ação Social). Para estes, o acesso é mais direto. Mas mesmo quem não está, analisaremos o caso; fazemos uma espécie de peneira". O consultor enalteceu a localização do shopping, à beira-mar, a estrutura e o fluxo de turistas no local. Serão disponibilizadas, para o Festival, lojas para 150 novos expositores, distribuídos em três andares do shopping - há ainda um quarto, que funciona como praça de alimentação.
Programação
Na programação cultural do Festival estão incluídas apresentações do Balé da Cidade do Natal, do Boi de Reis e Pastoril da Associação Cultural do Bom Pastor), quadrilha junina estilizada em homenagem ao centenário de Luiz Gonzaga e quadrilha junina tradicional em homenagem à Dança do Xaxado. Além das apresentações já semanais, sempre aos domingos, do projeto Som do Mar, composto por instrumentistas potiguares, com início às 17h e acesso livre.
Fonte: DN
Prefeitura do Assú participa de dia D de vacinação contra paralisia infanti
Por AD Comunicações
Neste sábado (16), os postos de saúde da estratégia da família
na zona urbana do Assú, além dos pontos de apoio localizados nas escola
municipais Janduís (COHAB) e Luiza de França e nas escolas estaduais
Tenente
Cel. José Correia, Manoel Montenegro, Marcos Alberto e IPI estarão
abertos das
8 às 17 horas, para a primeira etapa do ano da Campanha Nacional de
Multivacinação contra a Paralisia Infantil.
A meta da secretaria municipal de Saúde da prefeitura do
Assú é imunizar 95% das 3.996 crianças cadastradas pelo município de 0 a
4
anos, 11 meses e 29 dias. O trabalho de vacinação com cronograma
iniciado neste
sábado (16), dia nacional de mobilização, se estenderá até 6 de julho.
terça-feira, 12 de junho de 2012
UMA TIRADINHA DE WALTER LEITÃO
Walter de Sá Leitão.
Walter Leitão, como era mais conhecido, também chamado "Golinha", pelos mais íntimos, era uma figura empreendedora, agropecuarista. Ele era além de meu padrinho, meu tio-afim. Fazedor de
amigos, fumante inveterado, gostava de tomar umas e outras e do carteado (baralho). Espirituoso, bonachão. As suas tiradas e boutades, estão
espalhadas por aí afora. Certa vez, já prefeito da terra assuense, 1974,
salvo engano, estando ele no gabinete do deputado federal Wing Rosado, em Brasília-DF, fora
advertido pela secretária daquele parlamentar mossoroense. "Prefeito. A calça do senhor tá
rasgada!" Walter, num piscar de olho, retrucou: "Moça. É que na minha
terra, no lugar do paletó, a moda é calça lascada atrás".
Fernando Caldas
segunda-feira, 11 de junho de 2012
NÃO SE BRINCA COM NORDESTINO!
Renato Caldas - 1902-1991 -, era um poeta popular potiguar de Assu, que além dos versos que produzia (estilo Patativa do Assaré, Catulo da Paixão Cearense), tinha o dom de dizer repentinamente frases jocosas, que carregava na ponta da língua pra qualquer ocasião. No início da década de quarenta (foi ele, Renato, que deu nome ao Rio Grande do Norte, nas letras nacionais). Pois bem, naquela época, regressou ao Rio de Janeiro, com o objetivo de lançar o seu livro de estréia, intitulado Fulô do Mato. Chegando naquela então capital federal, logo hospedou-se num hotel de terceira categoria. O proprietário da pensão logo lhe fez ciente que naquela hospedaria somente existia um banheiro coletivo. Renato não deu importância. Deixou sua mala e livros no quarto do hotel e deu uma saida, com o objetivo de comprar um pinico (utensilio doméstico de ágata, muito usado em quartos de residências e pensões até mesmo dos grandes centros urbanos, há muitas décadas passadas). No primeiro estabelecimento que chegou, viu na prateleira, o produto que desejava adquirir e disse assim para o balconista que lhe atendeu: "Amigo. Eu quero comprar aquele Pinico alí." Apontando com o dedo indicador, para a mercadoria. O balconista respondeu: "Moço. O nome daquilo alí não é Pinico, não! É Nordestino." "pois eu quero comprar", disse Renato. Pagou e, quando chegou o instante de receber aquela mercadoria, já nas suas mãos, mandou chumbo grosso, dizendo assim: "Olha, amigo. Esse Nordestino, hoje à noite, eu vou encher de carioca!"
Em tempo: Essa estória narrada por mim, o editor deste blog, não tem absolutamente o intuto de denegrir a imagem do carioca, não. Tem apenas o sentido humorístico. Adoro aquela terra carioca e sua gente.
Fernando Caldas
(Se gostou, compartilhe).
sexta-feira, 8 de junho de 2012
quinta-feira, 7 de junho de 2012
CURSO - INICIAÇÃO AO FOLCLORE BRASILEIRO
Dias – 14, 15, 21, 22, 27, e 28 de junho de 2012.
Carga horaria – 15h
Curso gratuito
Com certificado entregue por e-mail
Local – auditório da Capitania das Artes
Endereço: Avenida Câmara Cascudo 434, centro. CEP: 59025280
O curso fará um panorama das manifestações mais significativas do Brasil. Toda a região do país será contemplada em suas particularidades. Dança, musica, literatura, teatro, religiosidade, medicina popular, lúdica infantil etc. O curso abordará estudos feitos por Câmara Cascudo, Renato Almeida, Mario de Andrade e entre outros. O curso
Será ministrado pelo professor José Augusto Costa Junior.
- Graduado em Letras e Historia
- Pós – Graduado em Literatura
- Pós – Graduado em Patrimônio Cultural
- Pós – Graduado em Ciências da Religião
- Graduado em filosofia
- Membro da comissão Norte Rio Grandense de Folclore
- Membro do Instituto Histórico e Geográfico
- Professor Universitário
Chefe do Núcleo de Literatura da FUNCARTE
Postado por Fernando Caldas
Carga horaria – 15h
Curso gratuito
Com certificado entregue por e-mail
Local – auditório da Capitania das Artes
Endereço: Avenida Câmara Cascudo 434, centro. CEP: 59025280
O curso fará um panorama das manifestações mais significativas do Brasil. Toda a região do país será contemplada em suas particularidades. Dança, musica, literatura, teatro, religiosidade, medicina popular, lúdica infantil etc. O curso abordará estudos feitos por Câmara Cascudo, Renato Almeida, Mario de Andrade e entre outros. O curso
Será ministrado pelo professor José Augusto Costa Junior.
- Graduado em Letras e Historia
- Pós – Graduado em Literatura
- Pós – Graduado em Patrimônio Cultural
- Pós – Graduado em Ciências da Religião
- Graduado em filosofia
- Membro da comissão Norte Rio Grandense de Folclore
- Membro do Instituto Histórico e Geográfico
- Professor Universitário
Chefe do Núcleo de Literatura da FUNCARTE
Postado por Fernando Caldas
quarta-feira, 6 de junho de 2012
Prefeitura do Assú assina ordem para pavimentação asfáltica em mais ruas da cidade
(Enviado por AD Comunicações)
A
prefeitura do Assú dá mais um passo no trabalho de pavimentação de ruas
com base asfáltica. Na tarde desta quarta-feira (6 de junho), às 17h, o
prefeito Ivan Júnior assina a Ordem de Serviço (OS) autorizando a
pavimentação asfáltica da rua Sinhazinha Wanderley – conhecida
popularmente por rua da Faculdade – e das travessas 24 de Junho e João
Lins Caldas.
A
prefeitura do Assu está investindo através da parceria do Ministério da
Integração Nacional/SUDENE o valor de R$ 1.526.230,11 para obras de
pavimentação com asfalto em dezessete ruas.
Um
segundo contrato também já foi assinado entre os mesmos órgãos no valor
de mais de R$ 1,4 milhão no objetivo de asfaltar outras ruas do Assú,
entre as quais a Monsenhor Júlio Alves Bezerra, trecho compreendido
entre a avenida Senador João Câmara e rua Luiz Correia de Sá Leitão.
Além
da rua Sinhazinha Wanderley, a gestão do prefeito Ivan Júnior já
realizou através da parceria com o Ministério da Integração Nacional via
SUDENE por meio de emenda parlamentar do deputado federal Fábio Farias,
o trabalho de pavimentação asfáltica do tipo CBUQ – Concreto Betuminoso
Usinado a Quente – nas ruas que contornam as praças do Rosário, Frei
Miguelinho, Pedro Velho e São João e as ruas Luiz Correia de Sá Leitão -
acesso ao Terminal Rodoviário da cidade, Eufrosina Fernandes, Prefeito
Manoel Montenegro, São João e a Travessa Doutor Pedro Amorim.
O
ato administrativo programado para esta quarta-feira contará com a
presença do autor da emenda de recursos financeiros ao Orçamento Geral
da União, deputado federal Fábio Faria.
terça-feira, 5 de junho de 2012
Banco do Nordeste aprova novas linhas de crédito especiais pedidas pela Faern
Já está em vigor às novas regras para as linhas de crédito
especiais do Banco do Nordeste para os agricultores familiares enquadrados no
Pronaf e pequenos e médios produtores rurais. De acordo com informe da
diretoria do BNB, o Governo Federal finalizou as regras para os produtores que
possuem propriedades nas cidades localizadas na área de atuação da Sudene, com
decretação de situação de emergência ou estado de calamidade pública em
decorrência da seca ou estiagem.
Em maio a Federação da Agricultura e Pecuária do Rio Grande do
Norte (Faern) pediu uma alteração na linha destinada aos pequenos e médios
produtores rurais e foi atendida pelo Banco do Nordeste. “Pedimos uma alteração
para que financiamentos com valor de até 35 mil reais o produtor fornecesse4
garantia pessoal, diferentemente de quem faz financiamentos superiores e que
podem chegar até 100 mil reais (e que continuam enquadrados nas regras do
banco). Com isso, os nossos pequenos produtores, que fazem reformas mais
simples em suas propriedades e que já sofrem com os efeitos devastadores da
seca, poderão conseguir viabilizar esses financiamentos de forma mais rápida e
eficiente”, explicou o presidente da Faern, José Álvares Vieira.
Vieira ressaltou a participação do deputado federal Henrique
Eduardo Alves junto ao BNB. “Agradeço o banco por ouvir o nosso pedido e
atender a solicitação de inúmeros produtores. Também faço o registro do apoio
incondicional do deputado Henrique Alves nessa nossa luta em favor dos pequenos
e médios produtores. Ele foi fundamental”, afirmou José Vieira.
Regras
De acordo com o BNB, as regras para linhas de crédito especiais são
as seguintes:
No caso de agricultores
familiares (Pronaf)
1. Os financiamentos serão concedidos com
base em proposta simplificada de crédito e, para tanto, serão disponibilizadas
novas planilhas SEAP prevendo essa simplificação.
2. Os agricultores
familiares do Grupo B serão atendidos pela metodologia do Agroamigo.
3. Os demais
agricultores deverão buscar as empresas estaduais de assistência técnica ou
técnicos particulares para a elaboração da proposta simplificada de crédito.
4. Condições da nova
linha de crédito:
a) finalidades: investimento e custeio associado.
b) limite por
beneficiário:
I - Agricultores familiares enquadrados no grupo “B”: R$ 2.500,00
(dois mil em quinhentos reais);
II - demais agricultores familiares: R$12.000,00 (doze mil
reais).
c) encargos financeiros:
taxa efetiva de juros de 1% a.a. (um por cento ao ano);
d) bônus de adimplência:
40% (quarenta por cento) sobre cada parcela paga até a data de vencimento
pactuado;
e) prazo de reembolso:
até 10 (dez) anos, incluídos até três (três) anos de carência, conforme a
atividade requerer e o projeto técnico determinar;
f) prazo de contratação:
até 30 de dezembro de 2012;
g) fonte de recursos:
Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE);
h) garantia: apenas
garantia pessoal do proponente.No caso dos
demais empreendedores (rurais e urbanos)
1. Objetivos: promover a recuperação ou
preservação das atividades de produtores rurais e empreendedores afetados pela
seca ou estiagem.
2. Beneficiários: produtores rurais, empreendedores
individuais, empresas rurais, industriais, agroindustriais, comerciais e de
prestação de serviços, cooperativas e associações.
3. Finalidade: investimentos, custeio ou
capital de giro.
4. Limite de financiamento: até R$ 100.000,00
(cem mil reais) por beneficiário.
5. Encargos financeiros: taxa efetiva de
juros de 3,5% a.a. (três inteiros e cinco décimos por cento ao ano).
6. Reembolso:
a) produtores rurais (pessoas físicas ou jurídicas): até 8
(oito) anos, incluídos até 3 (três) anos de carência;
b) demais beneficiários: até 5 (cinco) anos, incluído até 1 (um)
ano de carência.
7. Prazo de contratação: até 30 de dezembro
de 2012.
8. Garantias: as exigidas normalmente pelo
Banco. (Financiamento de até R$ 35 mil: garantia pessoal)
9. Forma de apresentação das propostas: Os
financiamentos serão concedidos com base em proposta simplificada de crédito e,
para tanto, serão disponibilizadas novas planilhas SEAP.
Finalizando, sobre a
possibilidade de renegociação de dívidas para os clientes do Pronaf e demais
produtores rurais que estavam na situação de adimplência em 31 de janeiro de
2012, foram normalizadas as Resoluções 4066 e 4067 que permitem a prorrogação
das parcelas vencíveis em 2012.
Especificamente para os
clientes do Pronaf, também estão em vigor as resoluções 4028, 4029, 4030 e 4031
(para os clientes com atraso na posição de 22 de novembro de 2011), que
permitem o reescalonamento das dívidas.
ECOAR AGÊNCIA DE NOTÍCIAS
Leonardo Sodré João Maria Medeiros
Editor Geral Diretor de Redação
9431-5115 9144-6632
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sábado, 2 de junho de 2012
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