quarta-feira, 6 de novembro de 2013
O que faz um deputado?
http://www.youtube.com/v/QNHzkCtSquc?version=3&autohide=1&showinfo=1&autohide=1&autoplay=1&feature=share&attribution_tag=gTvJVC88F3T1vI80Abzmqg
CARNAÚBA
UMA ÁRVORE RUMO A EXTINÇÃO
A carnaúba
(Copernícia prunifera ou cerífera) é uma árvore endêmica no semi-árido
do nordeste brasileiro, sendo inclusive a árvore símbolo do Estado do
Ceará.
O Vale do Rio
Piranhas/Assu dominou por longos anos a produção comercial da carnaúba.
Nos anos quarenta, a cera de carnaúba atingiu o auge em matéria de
preços. No período da segunda guerra mundial a indústria bélica
utilizava a cera na fabricação de isolantes. Isso provocou um grande
desenvolvimento na região.
A medida em que
os preços internacionais aumentavam, cresciam os interesses dos
produtores na plantação de novos carnaubais. Em consequência disso, na
várzea do Assu, no início da década de sessenta, existiam por volta de
seis milhões de carnaubeiras, ocupando uma área de aproximadamente vinte
e cinco mil hectares, isto é, mais de 62,5% da superfície destas terras
da conhecida várzea. Em solos mais favoráveis, a densidade era tão
grande que se caminhava com dificuldade no carnaubal.
A partir do
momento em que a cera começou a ser substituída por produtos sintéticos
derivados do petróleo, sua produção foi drasticamente reduzida e a
carnaúba passou a ser utilizada para fins menos nobres, como a produção
de lenha.
No início da
década de oitenta, com a construção da barragem Armando Ribeiro, o Rio
Piranhas/Assu torna-se perene, criando condições para o desenvolvimento
da agricultura irrigada no Vale.
A partir deste
período, empresas agrícolas chegaram à região com a finalidade de
produzirem frutas tropicais, sobretudo para a exportação. Diante desta
nova realidade, os carnaubais passaram da condição de “salvador da
pátria” para “vilões das terras férteis”. Aí vieram as devastações.
A carnaúba é um
tipo de palmeira difícil de ser encontrada. No mundo, com condição de
produzir, em grande quantidade o precioso pó, só existe no Brasil. No
Brasil, apenas três estados nordestinos possuem carnaubais em
abundância: Piauí, Ceará e Rio Grande do Norte.
No Rio Grande
do Norte os carnaubais se estendem apenas pelos vales dos rios:
Piranhas/Assu, Apodi/Mossoró e Ceará Mirim, sendo que no Vale do Rio
Assu, ocorre em maior extensão.
Dá para se
notar que a Carnaúba é uma planta rara. Se o progresso da região
depender do seu desmatamento, certamente dentro de mais alguns anos
haveremos de vê-la tão somente através de fotografias, o que é uma
lástima para o nosso povo e para o nosso ecossistema.
" Agradeça...
Pela vida que o abraça nesse dia
Pelo amor que aquece seu coração
Por cada sentimento, florescendo emoção
Por cada sonho, decorado de esperanças encantadas
Por cada lembrança, por cada saudade
Por cada passo do caminho
Por cada palavra, cada olhar...
Cada doce carinho
Por tudo, que fez sua poesia
De cada momento, de cada dia
que trouxeram tristeza ou alegria;
Mas que fortaleceram seu amor e sua Fé."
"Claudia Salles"
Pela vida que o abraça nesse dia
Pelo amor que aquece seu coração
Por cada sentimento, florescendo emoção
Por cada sonho, decorado de esperanças encantadas
Por cada lembrança, por cada saudade
Por cada passo do caminho
Por cada palavra, cada olhar...
Cada doce carinho
Por tudo, que fez sua poesia
De cada momento, de cada dia
que trouxeram tristeza ou alegria;
Mas que fortaleceram seu amor e sua Fé."
"Claudia Salles"
De: O Caminho da Esperança
Zelito Coringa apresentará obras do novo CD 'Candeeiro de Cem Votis'
O multiartista
Zelito Coringa (foto), natural de Carnaubais, segue apresentando seu
trabalho autoral com canções que farão parte do novo CD já intitulado
Candeeiro de Cem Votis.
Algumas composições foram feitas com parceiros do Sul e Sudeste do país, como Xote Lindo, gravada no CD Bendita Companhia – dos parceiros Marcoliva e Tatiana Cobbet, com apresentação do renomado Tom Zé.
Outra música já bastante conhecida do público catarinense é Pra Cantar e Ser Feliz, gravada pelo pianista Caio Muniz.
Zelito Coringa, depois de várias apresentações fora do RN, retorna ao Vale do Açu, seu berço natal e principal fonte criativa.
O carnaubaense defende a realização de um projeto de formação de plateia em música potiguar brasileira a ser desenvolvido em escolas e espaços culturais da região. “O Vale apesar de ser uma das regiões mais rica em diversidade cultural do RN, vive nos dias atuais um verdadeiro retrocesso. Aos poucos estão exterminando aos nossas raízes de mundo varzeano, o que temos de incentivo são tímidas realizações à base de minguados investimentos por parte do poder público. Quando o assunto é valorizar de fato a cultura, o segmento é tratado em segundo plano ou plano nenhum”, desabafa o artista.
Neste final de semana, Zelito apresenta-se no Cine Teatro Pedro Amorim, em Assú, com participações de Johnny Kasanova, Cláudio Araújo, Nelson Bamba, Amileco, Fofinho (ex-Mastruz Com Leite) e Grimaldi Zacarias, além da poetisa Aldinete Sales.
Vale a pena conferir.
Algumas composições foram feitas com parceiros do Sul e Sudeste do país, como Xote Lindo, gravada no CD Bendita Companhia – dos parceiros Marcoliva e Tatiana Cobbet, com apresentação do renomado Tom Zé.
Outra música já bastante conhecida do público catarinense é Pra Cantar e Ser Feliz, gravada pelo pianista Caio Muniz.
Zelito Coringa, depois de várias apresentações fora do RN, retorna ao Vale do Açu, seu berço natal e principal fonte criativa.
O carnaubaense defende a realização de um projeto de formação de plateia em música potiguar brasileira a ser desenvolvido em escolas e espaços culturais da região. “O Vale apesar de ser uma das regiões mais rica em diversidade cultural do RN, vive nos dias atuais um verdadeiro retrocesso. Aos poucos estão exterminando aos nossas raízes de mundo varzeano, o que temos de incentivo são tímidas realizações à base de minguados investimentos por parte do poder público. Quando o assunto é valorizar de fato a cultura, o segmento é tratado em segundo plano ou plano nenhum”, desabafa o artista.
Neste final de semana, Zelito apresenta-se no Cine Teatro Pedro Amorim, em Assú, com participações de Johnny Kasanova, Cláudio Araújo, Nelson Bamba, Amileco, Fofinho (ex-Mastruz Com Leite) e Grimaldi Zacarias, além da poetisa Aldinete Sales.
Vale a pena conferir.
Postado por Pauta Aberta
JOAQUIM DE SÁ LEITÃO
JOAQUIM DE SÁ LEITÃO (21.03.1844 - 22.11.1910)
PATRIARCA DA FAMÍLIA SÁ LEITÃO DE AÇU-RN
Nasceu na cidade de Aracati no Estado do Ceará no dia 21 de março de 1844 e faleceu na cidade de Açu no Estado do Rio Grande do Norte no dia 22 de novembro de 1910.
Filho de José de Sá Leitão (Natural de Iguaraçu-PE e faleceu em Aracati-CE 21/jul/1879) e Carlota Maria Saboia de Sá Leitão (Natural de Aracati-CE e faleceu em Aracati-CE 05/jan/1849). O pai de Joaquim é o patriarca da família Sá Leitão em Aracati, deixando dez filhos. Joaquim de Sá Leitão é o oitavo filho.
Joaquim de Sá Leitão, nasceu em Aracati-CE a 21 de Março de 1844 e seguiu para o Recife em 1862. Ao principio foi caixeiro do seu irmão José e depois sócio. Desde que extinguiu-se a sociedade, ficou residindo no Açu, onde tinha ido a negócio.
Em Açu era comerciante e casou em 1876 com D. Anna de Araújo Furtado, que veio a falecer em 1894, deixando cinco filhos. Em um segundo casamento com Maria Sinhorinha Caldas de Sá Leitão (faleceu em 1968) teve mais oito filhos. Tornando-se assim, o patriarca da família Sá Leitão de Açu-RN.
Em Açu além de comerciante foi incentivador da cultura trouxe o drama pastoril “Lapinha” sendo encenada pela primeira vez na cidade do Açu, em 1898, que até hoje permanece na lembrança do povo do Vale do Açu.
PATRIARCA DA FAMÍLIA SÁ LEITÃO DE AÇU-RN
Nasceu na cidade de Aracati no Estado do Ceará no dia 21 de março de 1844 e faleceu na cidade de Açu no Estado do Rio Grande do Norte no dia 22 de novembro de 1910.
Filho de José de Sá Leitão (Natural de Iguaraçu-PE e faleceu em Aracati-CE 21/jul/1879) e Carlota Maria Saboia de Sá Leitão (Natural de Aracati-CE e faleceu em Aracati-CE 05/jan/1849). O pai de Joaquim é o patriarca da família Sá Leitão em Aracati, deixando dez filhos. Joaquim de Sá Leitão é o oitavo filho.
Joaquim de Sá Leitão, nasceu em Aracati-CE a 21 de Março de 1844 e seguiu para o Recife em 1862. Ao principio foi caixeiro do seu irmão José e depois sócio. Desde que extinguiu-se a sociedade, ficou residindo no Açu, onde tinha ido a negócio.
Em Açu era comerciante e casou em 1876 com D. Anna de Araújo Furtado, que veio a falecer em 1894, deixando cinco filhos. Em um segundo casamento com Maria Sinhorinha Caldas de Sá Leitão (faleceu em 1968) teve mais oito filhos. Tornando-se assim, o patriarca da família Sá Leitão de Açu-RN.
Em Açu além de comerciante foi incentivador da cultura trouxe o drama pastoril “Lapinha” sendo encenada pela primeira vez na cidade do Açu, em 1898, que até hoje permanece na lembrança do povo do Vale do Açu.
Por Cleando Cortez Gomes Filho
No
Acre, o PSC lidera campanha e projetos contra o crack que dia após dia
vem destruindo famílias pelo Brasil. No dia 24 de outubro foi realizada a
3ª Marcha Contra o Crack e Outras Drogas, liderada pela deputada
federal e vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos, Antônia Lúcia
(PSC-AC). Ela é autora do projeto de lei que instituiu o dia 16 de
abril como o Dia Nacional de Consciência contra o Crack e outras Drogas.
terça-feira, 5 de novembro de 2013
"Bonito mesmo é quando a gente ama baixinho...
sussurra o carinho.
Gostoso mesmo é o prazer quase em silêncio
e o tempo la fora,enciumado
espia a janela,enamorado.
O bom da vida é viver devagarinho
o momento presente...
a vida faz cócegas na gente
e o amor é brincalhão.
Da pra ser feliz novamente....e novamente
mas tem que ser com jeitinho
e a gente aprende que o caminho
é amestrar a voz do coração!"
Lua Cigana
De:Permita-se
sussurra o carinho.
Gostoso mesmo é o prazer quase em silêncio
e o tempo la fora,enciumado
espia a janela,enamorado.
O bom da vida é viver devagarinho
o momento presente...
a vida faz cócegas na gente
e o amor é brincalhão.
Da pra ser feliz novamente....e novamente
mas tem que ser com jeitinho
e a gente aprende que o caminho
é amestrar a voz do coração!"
Lua Cigana
Gostoso mesmo é o prazer quase em silêncio
e o tempo la fora,enciumado
espia a janela,enamorado.
O bom da vida é viver devagarinho
o momento presente...
a vida faz cócegas na gente
e o amor é brincalhão.
Da pra ser feliz novamente....e novamente
mas tem que ser com jeitinho
e a gente aprende que o caminho
é amestrar a voz do coração!"
Lua Cigana
De:Permita-se
Adenúbio Melo é empossado presidento do PSC/RN
Ocorreu ontem, 4, no plenário da Assembleia legislativa do Rio Grande do Norte, a posse do ex-vereador de Natal Adenúbio Melo, com a presença do Pastor Everaldo Pereira, pré-candidato a presidente da república, como presidente do Diretório Estadual do PSC/RN. Adenúbio obteve nas eleições de 2010, 73 milvotos, chegando aprimeira suplência, pelo PSB.
VIAGEM AVENTURA
NASCENTES DO RIO PIRANHAS /ASSU
Ivan Pinheiro Bezerra*
Revirando minha papelada encontrei o rascunho do relato que fiz durante uma viagem à uma das nascentes do Rio Piranhas/Assu e mesmo sendo um pouco extenso, resolvi compartilhar com meus leitores.
Como sempre tenho dito neste espaço, nossa história é fantástica assim
como a nossa geografia. Poucas cidades no mundo dispõem de condições
naturais parecidas com as que temos em nossa região. Solo de excelente
qualidade, bacia hidrográfica invejável, reserva de água doce no subsolo
inigualável em nível estadual... Além de uma história de lutas e de
vitórias de seu povo que em muitos momentos se confunde com a trajetória
histórica do Rio Grande do Norte.
Tenho trocado ideias e ouvido atentamente pessoas que desejam dar
injeções de ânimos para valorização do nosso município e região. Uma
destas pessoas é o respeitável geólogo Eugênio Fonseca Pimentel que,
infelizmente, por ser conterrâneo, nós, assuenses, não reconhecemos o
devido valor que ele tem demonstrado através da sua capacidade
intelectual. Sem dúvidas Eugênio é um geólogo respeitado por diversos
órgãos da esfera estadual e federal além de gozar de prestígio através
de seus artigos espalhados pelo mundo afora, através da internet, muitas
vezes levantando polemicas em assuntos pertinentes a geologia e
servindo de fonte para diversas teses universitárias.
Pois bem, na tentativa de verificar o posicionamento de Eugênio de que o Rio Piranhas/Assu
possui uma das nascentes na divisa do Estado de Pernambuco com a
Paraíba, e não, tão somente, na cidade de Bonito de Santa Fé como os
historiadores e geógrafos até pouco tempo tinham publicado, inclusive em
livros didáticos, recebi um convite do meu amigo Ronaldo Soares para
visitar a nascente ou as nascentes do nosso rio.
A priori os membros da viagem exploradora seriam: Ronaldo Soares,
Eugênio Pimentel, Francisco de Oliveira Neto – o Neto Muriçoca e Ivan
Pinheiro. No entanto, no dia programado Eugênio estava com um problema
de saúde e não pôde nos fazer companhia. Diga-se de passagem, nos fez
muita falta, até porque, dos quatro, ele é o único que conhece a fundo
toda a geologia pertinente a este grande rio. Mas mesmo assim, seguimos
viagem sob a orientação de GPS e de mapas fornecidos por Eugênio.
Resolvemos que iríamos pelo lado leste, ou seja, margem direita e retornaríamos pelo lado Oeste - margem esquerda da bacia Piranhas/Assu.
Somente assim teríamos uma comprovação de onde vêm as águas que banham a
nossa cidade e região. Saímos na sexta-feira dia 29 e retornamos no
domingo dia 31 de maio do ano de 2009. Foi uma viagem maravilhosa, com
muitas aventuras e uma certeza: nosso rio Piranhas/Assu possui
três nascentes; uma na divisa da Paraíba com Pernambuco, outra na divisa
dos Estados da Paraíba, Pernambuco e Ceará e a outra, a mais conhecida,
no município de Bonito de Santa Fé.
No primeiro dia percorremos a bacia do rio passando pelos municípios de:
Itajá, São Rafael, Jucurutu, Caicó, Pombal, Cajazeirinhas, Coremas e
pernoitamos em Patos na Paraíba. No sábado seguimos viagem rumo ao
Pernambuco subindo a Serra do Teixeira. Uma surpresa. No topo da serra,
há quase novecentos metros de altura acima do nível do mar, uma vista
paradisíaca, nos deparamos com um enorme Oratório (construído numa
rocha) e para nossa alegria, lá estava, no meio de diversas imagens, a
nossa mártir Irmã Lindalva Justo de Oliveira.
Seguimos viagem passando por Teixeira, Itapetim, São José do Egito,
Tabira, Afogados da Ingazeira e Carnaíba – uma pequena cidade que tem
como filho ilustre Zé Dantas poeta e compositor autor de várias músicas
gravadas por Luiz Gonzaga, Ivon Cury e outros artistas. Entre estas
musicas destaco: Riacho do Navio e Cintura Fina. Orgulhosa a cidade
ostenta um enorme outdoor com a frase: “Terra dos Músicos e da Poesia”. Qualquer semelhança com o pseudônimo do Assu é mera coincidência...
Seguimos viagem passando pelos municípios de Triunfo e Serra Talhada –
Terra do famoso Virgulino Ferreira da Silva – o Lampião. Em Serra
Talhada nossa intenção era de visitar o museu. Infelizmente, por se
tratar de um sábado, estava fechado. No entanto, visitamos a Casa de
Cultura. Confesso que me senti invejoso – sentimento que não costumo
cultuar - isso só me ocorreu quando pensei em comparar a Casa de lá com a
do Assu. Meu caro leitor, a Casa de Cultura de Serra Talhada possui um
acervo histórico da cidade e sobre Lampião, fantástico. Fotografias
antigas da cidade e do bando do cangaceiro, objetos que pertenceram às
famílias do lugar, acervo documental, livros, bustos de poetas,
escritores e políticos ilustres da cidade... Enfim, faz gosto visitar
aquele espaço.
Almoçamos em Serra Talhada. Depois, seguimos em busca da desconhecida
nascente do Piranhas/Assu, nascente esta desprezada e/ou desconhecida de
nossos historiadores e geógrafos. Depois que rodamos alguns quilômetros
nos deparamos com uma belíssima cachoeira com uma queda d’água de
aproximadamente 60 metros de altura. Paramos o veículo e fomos a pé até
sua queda. Em conversa com moradores descobrimos que ali era uma das
nascentes do Rio Pajeú.
Seguimos viagem e chegamos ao topo da serra da Baixa Verde local onde
ocorre a divisão de limites dos municípios de: Santa Cruz da Baixa Verde
e Triunfo ambos pertencentes ao Estado do Pernambuco e São José de
Princesa – Pertencente ao Estado da Paraíba. A pouco menos de 10 minutos
de descida do topo da serra, finalmente chegamos a uma das nascentes do
Rio Piranhas/Assu.
A nascente (fotos abaixo) não é uma cachoeira como a do Rio Pajeú. Na
verdade começa com pouca água caindo dentre as pedras e ramos, vai
serpenteando ladeira abaixo recebendo o nome de Riacho Grande, mais à
frente, Rio das Cachorras formando um leito caudaloso até se encontrar
com as águas do Rio Piancó no município de Boa Ventura - PB.
Depois que encontramos a primeira nascente partimos com destino a
Conceição – Terra da famosa cantora Elba Ramalho. Pegamos uma estrada
extremamente esburacada, constantemente subindo e descendo serra, muitas
vezes utilizando a tração da camioneta para sair de atoleiros e/ou
romper pedregulhos deslizantes. Finalmente, depois de três horas e dez
minutos de aventura chegamos a Ibiara e poucos quilômetros a mais em
Conceição onde pernoitamos.
À noite conversamos com Wellington, um cidadão proprietário de um
Restaurante, e pegamos informações de como chegar às outras duas
nascentes, ou seja: a nascente de Santa Inês na divisa dos Estados da
Paraíba, Pernambuco e Ceará cuja nascente percorre uma pequena parte do
território pernambucano e passa por trás da Igreja de Conceição
recebendo o nome de Rio Piancó. Segundo ele, para chegar à nascente
gastaríamos 4 horas de estrada carroçável em cima de serras. A outra
nascente, que é a tradicional que nasce na cidade de Bonito de Santa Fé
teríamos uma trajetória menor, no entanto percorríamos alguns
quilômetros a pé. Por falta de tempo, já que teríamos que retornar ao
Assu no domingo pela manhã, resolvemos adiar a visita às outras duas
nascentes para outra viagem aventura, desta feita, esperando poder
contar com a presença do geólogo Eugênio Pimentel que certamente irá nos
auxiliar nestas explorações.
A viagem, na qual rodamos 1090 quilômetros, foi uma maravilha.
Conclusão: O Rio Piranhas Assu não possui uma só nascente e sim três
nascentes, inclusive uma delas ainda banha uma pequena parte do Estado
de Pernambuco.
O geólogo Eugênio Pimentel tinha plena razão: o Rio Piranhas/Assu
possui uma nascente na serra da Baixa Verde divisa da Paraíba com o
Pernambuco; Existe outra nascente que se localiza no eixo divisório da
Paraíba, Pernambuco e Ceará e a terceira nascente, a mais conhecida,
fica no município de Bonito de Santa Fé na Paraíba. As águas da nascente
de Bonito de Santa Fé recebem o nome de Rio Piranhas quando passa pela cidade de São José de Piranhas onde existe o primeiro açude denominado de Açude Piranhas ou Engenheiro Ávido. O Rio Piranhas percorre
os municípios de Marizópolis, Sousa, Aparecida, São Domingos de Pombal e
se encontra com o Rio Piancó na cidade de Pombal.
Já as nascentes de Santa Cruz da Baixa Verde e as de Santa Inês
percorrem o seguinte trecho: Conceição, Ibiara, Diamante, Boa Ventura,
Itaporanga, Piancó e formam a grande Barragem de Coremas na cidade do
mesmo nome. A Barragem de Coremas alimenta o Rio Piancó que se encontra
com o Rio Piranhas na cidade de Pombal. De lá para cá recebe o nome de Piranhas até o município de Jucurutu (divisão territorial com o município do Assu) e forma a grande bacia da Barragem Armando Ribeiro Gonçalves. De Jucurutu até o município de Pendências recebe o nome Rio Piranhas/Assu. Após banhar o território de Pendências divide-se em delta recebendo três nomes distintos: Rio das Conchas, Rio Amargoso e Rio dos Cavalos os quais desaguam no Oceano Atlântico entre os municípios de Porto do Mangue e Macau.
Como o leitor pôde observar: o Rio Piranhas/Assu é a alma do nosso Vale... O rico solo banhado por este Rio é decisivo na promoção do desenvolvimento econômico e do bem-estar social. Gerador de forças de produções e de divisas. O Piranhas/Assu é o elemento essencial para a sobrevivência de todos os seres vivos... Fundamental à vida. Afinal, a água é o sangue da terra.
Ver o Rio Piranhas/Assu sofrendo, moribundo e agonizando é como presenciar a morte de um herói encurralado por bravas feras famintas.
Precisamos cuidar melhor do nosso rio. Afinal, a água é um bem de todos.
Daqui a algumas décadas, com certeza, um dos maiores problemas que
devemos encarar é o uso racional dos recursos hídricos. Um “caneco” de
água poderá, num futuro próximo, ser muito valioso no Vale do Assu. É
tempo do Vale acordar para os problemas ambientais que mata lentamente o
Rio Piranhas/Assu.
*Ivan Pinheiro Bezerra
Licenciado em História
Especialista em:
História do Brasil República – UERN
Gestão Pública – UFRN.
segunda-feira, 4 de novembro de 2013
Pastor Everaldo em Natal
Da esquerda: Pastor Everaldo, Fernando Caldas
Hoje, na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, num encontro partidário (PSC) com o Pastor Everaldo, pré candidato a presidente da república nas próximas eleições. Everaldo, nascido no subúrbio do Rio de Janeiro, fez um pronunciamento focado em temas conservadores, na família, contrário ao aborto. Mostrou-se preocupado com a saúde e a educação no Brasil. Afinal, é por esse partido que tem um símbolo essencialmente cristão que é o peixe, que eu desejo ser deputado federal nas próximas eleições, pela terra potiguar, pelo Nordeste e pelo Brasil!
Fernando Caldas
Amor que morre
O nosso amor morreu... Quem o diria?
Quem o pensara mesmo ao ver-me tonta,
Ceguinha de te ver, sem ver a conta
Do tempo que passava, que fugia!
Bem estava a sentir que ele morria...
E outro clarão, ao longe, já desponta!
Um engano que morre... e logo aponta
A luz doutra miragem fugidia...
Eu bem sei, meu Amor, que pra viver
São precisos amores, pra morrer,
E são precisos sonhos pra partir.
E bem sei, meu Amor, que era preciso
Fazer do amor que parte o claro riso
De que outro amor impossível que há-de vir!
Florbela Espanca
Imagem, pintura: Francine Van Hoven
De: Recordar Florbela Espanca
O nosso amor morreu... Quem o diria?
Quem o pensara mesmo ao ver-me tonta,
Ceguinha de te ver, sem ver a conta
Do tempo que passava, que fugia!
Bem estava a sentir que ele morria...
E outro clarão, ao longe, já desponta!
Um engano que morre... e logo aponta
A luz doutra miragem fugidia...
Eu bem sei, meu Amor, que pra viver
São precisos amores, pra morrer,
E são precisos sonhos pra partir.
E bem sei, meu Amor, que era preciso
Fazer do amor que parte o claro riso
De que outro amor impossível que há-de vir!
Florbela Espanca
Imagem, pintura: Francine Van Hoven
De: Recordar Florbela Espanca
domingo, 3 de novembro de 2013
ASSUENSES EMPENHADOS NA SÉTIMA ARTE
Um grupo
formado por abnegados assuenses estão empenhados na promoção de eventos
culturais na 'Atenas Norte-rio-grandense'. O mais novo desafio é a
produção de filmes. Abaixo, foto, confabulando para as filmagens do 'O Boneco'.
A produção cinematográfica será baseada na revista homônima e terá como
cenário a casa grande da fazenda Curralinho - um dos antigos casarões
do anel da Lagoa do Piató. A casa (foto abaixo) abrigou escravos, possui
no seu entorno diversas árvores do tipo Baobá. Um cenário perfeito para
a história do "O Boneco".
Deste espaço
desejo sucesso a esta turma que mesmo enfrentando diversas dificuldades
busca produzir arte em Assu na área de teatro, música, artes plásticas
e, agora, cinema. O Blog se coloca à inteira disposição para divulgação
dos trabalhos. Parabéns e Sucesso!
Raiane Cristina, Itamares Almeida, Jobielson Silva, Wagner Di Oliveira, Patrício Martiniano e José Elias. |
Casarão da Fazenda Curralinho - Margem da Lagoa do Piató. |
Da Revista O Boneco - Wagner Oliveira
SAUDADES DE ZÉ DE DEUS
Se o grão de trigo morrer, produzirá muito fruto
É da Bíblia
José de Deus Alves dos Santos (Seu nome de batismo) ou simplesmente Zé de Deus como era chamado pelos mais íntimos era tipo alto, gordo, garboso. Bom de copo e de garfo, boêmio, amante da boa música, presepeiro (no bom sentido), fazedor de amigos. O que eu admirava nele era o seu coração generoso que batia bem forte quando pensava em servir ao próximo.
Lembro-me dele, eu era ainda adolescente e tinha apenas uns 13 anos de idade, e ele, Zé de Deus, em plena juventude, chegando no Assu para fixar residência, procedente de Cerro Corá, sua terra natal, para estudar o ginásio no Pedro Amorim, passando a morar com Seu Arthur que tinha um local (Box), salvo engano, de variedades, no Mercado Público da cidade.
Lembro-me das presepadas (no bom sentido) que fazíamos juntos. Tive o prazer de fazer parte do seu convívio (comemorei a conquista do Brasil tri campeão do mundo, em cima dos seus ombros).
Participou no Assu, onde foi comerciante, dos movimentos estudantis e político partidário, como candidato a vice-prefeito, na chapa encabeçada por José André de Souza, nas eleições de 1988, não obtendo sucesso.
Passou a morar nos idos de oitenta, no Alto do Rodrigues onde construiu boas amizades. Na terra assuense não foi difícil angariar simpatias e conquistar dado aquele seu jeito agradável de tratar as pessoas que lhe era peculiar. Já adulto formou-se em direito pela UERN, de Mossoró.
A última vez que nos encontramos fazem uns cinco anos, vim com ele de Assu com destino à Natal, e ele sempre falando no desenvolvimento do tão decantado Vale do Açu que ele tanto amava.
Afinal, fica a saudade, as boas recordações e lembranças na certeza de nos encontrarmos no outro lado, para uma boa prosa! Fica com Deus, Zé de Deus, e dormes o sono dos justos, dos humanos na certeza de que, "a morte se não é uma vida, é, pelo menos, uma miséria sossegada", no dizer do poeta.
Fernando Caldas
Mensagem espírita: "Para ser feliz"
http://www.youtube.com/v/Kn8GwWAnPuc?version=3&autohide=1&autohide=1&showinfo=1&feature=share&autoplay=1&attribution_tag=fh1RPquiCjWFTf6afkD-Fg
sábado, 2 de novembro de 2013
ASSU DE TANTAS FIGURAS
Assu, além de ser cognominada com Terra dos Poetas, Dos Verdes carnaubais, Atenas Norte-Riograndense, é conhecida também como a terra de muitas figuras folclóricaS e boêmias (uma das nossas riquezas). Mundoca, cuja figura cheguei a conhecer e conviver (o da esquerda na fotagrafia), bebia inveteradamente e, quando chegava em estado de embriaguês, ia pra calçadas das casas dos chefes políticos daquela terra assuense e abria o verbo, discursava esculhambando com cada um deles. Isso, nos tempos em que os ex-deputados Edgard e Olavo Montengro, disputava a liderança do vale do Assu. A esquerda de Mundoquinha como também era chamado carinhosamentea, vamos conferir Cleofas Caldas, Ivan Pinheiro, Sá de Massena e Agenor Galizza Jr (Benô) - outro boêmio autêntico do Assu. Fotografia triada no Bar do Vanzinho. Fica o registro.
Fernando Caldas
Fernando Caldas
Terremotos no Brasil
Mesmo se localizando ao centro da
placa sul-americana, o Brasil pode ser atingido por terremotos.
O Brasil não está isento de terremotos, mesmo com sua localização ao
centro da placa sul-americana.
Os terremotos são fenômenos que podem ser causados por
falhas geológicas, vulcanismos e, principalmente, pelo encontro de diferentes
placas tectônicas. A maioria dos abalos sísmicos é provocada pela pressão
aplicada em duas placas contrárias. Portanto, as regiões mais vulneráveis à
ocorrência dos terremotos são aquelas próximas às bordas das placas tectônicas.
Na América do Sul, os países mais atingidos por terremotos são o Chile, Peru e
Equador, pois essas nações estão localizadas em uma zona de convergência entre
as placas tectônicas de Nazca e a Sul-Americana.
O Brasil está situado no centro da placa Sul-Americana, que atinge até
200 quilômetros de espessura. Os sismos nessa localidade raramente possuem
magnitude e intensidade elevadas. No entanto, existe a ocorrência de terremotos
no território brasileiro, causados por desgastes na placa tectônica, promovendo
possíveis falhas geológicas. Essas falhas, causadoras de abalos sísmicos, estão
presentes em todo o território nacional, proporcionando terremotos de pequena
magnitude; alguns deles são considerados imperceptíveis na superfície
terrestre.
Segundo o Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da
Universidade de São Paulo (USP), no século XX foram registradas mais de uma
centena de terremotos no país, com magnitudes que atingiram até 6,6 graus na
escala Richter. Porém, a maior parte desses abalos não ultrapassou 4 graus.
Em 1955, no Mato Grosso, foi detectado um terremoto de 6,6 graus na
escala Richter. Nesse mesmo ano, o Espírito Santo foi atingido por um abalo
sísmico de 6,3 graus e, no Ceará, foi registrado um terremoto de 5,2 graus na
escala Richter, em 1980.
O estado do Amazonas, em 1983, sofreu com um terremoto de 5,5 graus,
entretanto, pelo fato de esses terremotos terem atingido áreas com pouca
concentração populacional, não houve danos materiais e nem vítimas.
João Câmara, município do Rio Grande do Norte e habitado por 31.518
pessoas, foi atingido por uma série de terremotos na década de 1980. O mais
grave deles ocorreu no dia 30 de novembro de 1986, quando a cidade tremeu com
um abalo sísmico de 5,1 graus na escala Richter, provocando a destruição de 4
mil imóveis.
Em Minas Gerais, no município de Itacarambi, um terremoto de 4,9 graus
promoveu um tremor que durou aproximadamente 20 segundos, tempo suficiente para
derrubar 6 casas e abalar a estrutura de outras 60 residências. Nessa ocasião,
uma criança de cinco anos morreu soterrada nos escombros de uma das casas
atingidas.
O último grande terremoto registrado no Brasil ocorreu no dia 22 de
abril de 2008. Um tremor de 5,2 graus foi sentido nos estados do Rio Grande do
Sul, Santa Catarina, Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo, embora não tenha sido
registrado nenhum desabamento nem a ocorrência de vítimas.
Por Wagner de Cerqueira e Francisco
Graduado em Geografia
sexta-feira, 1 de novembro de 2013
CALDA DE AGAVE
Conheça a CALDA DE AGAVE. Substitui açúcar e adoçantes, com vantagens. Conheça uma ótima solução para quem não pode consumir açúcar - como os diabéticos e obesos. Uma planta mexicana que promete dar uma mãozinha na alimentação. O agave azul (Agave Tequilana), um tipo de cacto com folhas comestíveis e poderosas. É a partir delas que se produz um extrato com poder adoçante três vezes maior do que o açúcar comum. Dessa maneira, não é necessário usá-lo em grandes quantidades nas preparações. Além disso, o extrato de agave é boa fonte de minerais, como ferro, cálcio, potássio e magnésio. Assim como açúcar, também não contém glúten e nem lactose. Tem 3,34 calorias por grama, é 3 vezes mais doce que o açúcar comum. Boa fonte de minerais, como ferro, cálcio, potássio e magnésio. O extrato de Agave quando usado no lugar do açúcar tem efeito coadjuvante no emagrecimento, pois tem menos calorias e menor indice glicêmico; Ainda devido ao baixo indice glicêmico pode atuar como protetor contra diabetes - como é digerido mais lentamente não demanda grandes quantidades de insulina, importante para prevenção de diabetes. Por ser orgânico certificado, o cultivo da planta é feito sem a utilização de qualquer substância química. Ou seja, faz bem à saúde e não agride o meio ambiente. Mais uma opção saudável para ajudar você a reduzir o consumo de açúcar,seja por causa do Diabetes, seja pela necessidade de controle de peso. ===================== Dica Papa Capim: calda de agave Jasmine. Temos em estoque!
CAIXA RURAL DO ASSU
Da esquerda: Sandoval Martins, Francisco Veras, Otto Guerra, Doclécio Duarte, José Pinheiro, Manoel Montenegro, Francisco Martins. (Fotografia do livro intitulado Cooperativismo Potiguar - Origens, Memórias, Idéias - Uma História, de M. B. Lucena - OCERN, Natal, 1995)
A Caixa Rural do Assu foi fundada no dia 6 de fevereiro de 1928, depois transformada em Banco Rural Cooperativo, data de 12 de dezembro de 1940. Tempos depois, em 1967, veio a ser novamente alterada, passando a ser Cooperativa Agropecuária do Vale do Açu Ltda (vendas de insumos, equipamentos agrícolas, finaciamentos, compra e venda de pó da carnaúba, e algodão, benefeciando aqueles produtos, bem como plantio de milho e beneficiamento de sementes selecionadas em usinas próprias.
Em 1967 aquela cooperativa criou a Bacia Leiteira, o que
não veio a dá certo. É uma das cooperativas que tem o seu próprio patrimônio, de conceito e crédito, do estado do Rio Grande do Norte.
Já foram seus presidentes respectivamente Francisco Augusto Caldas de
Amorim, José Dias da Costa, Edgard Borges Montenegro, Helder Cortez Alves e atualmente sobre a presidência de
João Gregório. Foi seu gerente geral Edmilson Lins Caldas, por quase 40 anos.
A seguir vejamos algumas fotografias tiradas em momentos de assembleias gerais daquela importante cooperativa, no início da década de setenta.
Da esquerda: Agnaldo gurgel, engenheiro agrônomo Gilzenor Sátiro de Souza (discrusando), Fernando Caldas, Miro Cobe, Francisco Amorim, Zélia Tavares, Edmilson Caldas e Eliete Medeiros.
Da esquerda: Solon Wanderley, Nazareno Tavares (Barão), Sebastião Alves, Raimundo Silva, Edgard Montenegro, Miro Cobe e Francisco Amorin.
Da esquerda: Washington Araújo, Crizanto Tavares e logo atrás Costa Leitão, Gilzenor Sátiro de de Souza, general Evandro de Souza Lima (que no início da década de setenta era superintendente da SUDENE, governador Cortez Pereira, Fernando Caldas, (?) e José Marcolino de Vasconcelos. No instante da inauguração de uma Usina de Beneficiamento de Cera de Carnaúba, da Cooperativa Agropecuária do Vale do Açu Ltda.
Jantar de confraternização dos funcionários e associados da Cooperativa Agropecuária do Vale do Açu Ltda e da EMATER, de Assu, no balneário Adega da Ponte. Na fonte podemos Astério Tinôco, Luiz Fonseca, Clésio Pereira de Melo, Nazareno Tavares/Barão, Fernando Caldas, dentre outros.
Fernando Caldas
O FUSCA FARDADO – O CARRO POPULAR DE ADOLF HITLER
A Kraft durch Freude , que pode ser traduzido como “Força pela Alegria”, a organização para os tempos livres da DAF - Deutsche Arbeitsfront, a Frente Alemã do Trabalho, a grande organização corporativa do regime nazista, foi quem mandou construir a fábrica de Wolfsburg, onde foi produzido o “carro do povo”.
Tudo começou em 1934 quando o ditador Adolf Hitler encomendou ao engenheiro austríaco Ferdinand Porsche o desenvolvimento de um pequeno automóvel “para o povo”.
Porsche tinha sido diretor técnico da empresa Daimler-Benz, mas no começo dos anos 1930 tinha-se estabelecido por conta própria como designer de automóveis de competição, em Stutgart, no sul da Alemanha. Um dos seus projetos era o de desenvolver um carro pequeno que fosse, ao mesmo tempo, barato e económico; um «carro popular», que em alemão se dizia Volkswagen.
O primeiro estudo foi realizado em 1931 para a fabricante de motocicletas Zundapp, também conhecida como Zünder- und Apparatebaugesellschaft. O protótipo, com o nome de tipo 12, foi produzido no ano seguinte, mas logo foi abandonado. Em 1932, este projeto foi reaproveitado por outra fabricante de motocicletas, a NSU Motorenwerke AG, mas também acabou por ser abandonado.
Em 1933, Hitler abordou Porsche, que conhecia desde 1924, sobre a realização de um carro popular e pediu-lhe a apresentação de projetos. Porsche, entre outros, apresentou um trabalho com base numa plataforma com suspensão dianteira e traseira com barras de torção, com um motor de 4 cilindros, refrigerado a ar. A carroçaria baseava-se no carro Tropfenwagen, desenvolvido pelo austríaco Edmund Rumpler, um veículo em forma de gota de água. Foi este projeto que Hitler apoiou em 1934, e que foi formalmente contratado com a Reichverband der Automobilindustrie (RDA), a associação industrial da indústria automotiva.
O carro que foi encomendado tinha que ter como características um motor traseiro de 986 cilindradas, 26 cavalos, uma velocidade máxima de 100 km/hora, não pesar mais de 650 kg, ser refrigerado a ar, e consumir sete litros de gasolina a cada cem quilômetros. Imitando a solução encontrada pela Ford, com o seu modelo T, o Volkswagen, também só seria fabricado numa única cor – um azul escuro acinzentado, quase preto. Certamente uma cor bem ao estilo da política alemã da época.
Os primeiros protótipos foram terminados em fins de 1935, sendo batizados com o código VW1 e VW2. Os primeiros ensaios em estrada foram realizados de Outubro a Dezembro de 1936, com base em três protótipos, e depois de estes serem analisados por uma comissão de admissão à produção, composta por representantes de todos os construtores de automóveis alemães, o projeto foi aceito.
Em 1937 e 1938 foram fabricados à mão, pela Mercedes-Benz, por ordem expressa de Hitler, duas séries de protótipos, conhecidos pelo nome de VW38. Uma primeira série de 30 e posteriormente uma nova série de 60 unidades, que realizaram ensaios de avaliação em grande escala.
Foi em 1938 que se decidiu construir uma fábrica para produção dos Volkswagen. O local escolhido foi a propriedade do conde von Schulenburg, o castelo de Wolfsburg, em Fallersleben na Baixa-Saxónia, a 80 km da cidade de Hanover.
A empresa que iria produzir o novo carro foi registada, em 28 de Maio de 1938, com o nome Gesellschaft zur Vorbereitung des Volkswagens (GEZUVOR) – Companhia para o desenvolvimento do Volkswagen, que foi mudado para Volkswagenwerk GmbH em outubro seguinte.
A fábrica foi lançada por Hitler em 26 de Maio de 1938, sendo aí apresentados os protótipos definitivos. O New York Times de 3 de Julho descrevia-o ironicamente dando-lhe o nome de «Beetle» – Besouro. A sua apresentação ao grande público ocorreu no Salão Automóvel de Berlim de 1939, com o nome de Kdf Wagen – o Carro Força pela Alegria ! Ao mesmo tempo em que se construía a fábrica para a produção do carrinho, criava-se uma cidade que teve o nome provisório de Stadt des KdF-Wagens - Cidade do carro Força pela Alegria.
O preço estabelecido foi de 990 Reich Mark’s, mais 200 marcos para o pagamento dos seguros, num total de quase 1.200 marcos, fantasticamente divididos em pagamentos semanais de 5 marcos. O contrato previa a possibilidade de rescisão, mas a empresa seria indemnizada com 20% do capital pago, não se obrigando a um prazo de entrega, mesmo que o carro já tivesse sido pago.
Em finais de 1938 havia 150.000 contratos realizados, que chegaram, em Novembro de 1940, aos 300.000, mas nenhum “Volkswagen” foi entregue a particulares. Entre Maio de 1938 e Setembro de 1939 foram fabricados, à mão, 215 exemplares, sendo que o primeiro destinado à venda saiu da fábrica em 15 de Agosto de 1939. Estes exemplares foram todos entregues a dignitários nazistas.
A produção em série só começou em Julho de 1941, sendo produzidos ao todo 41 modelos, basicamente militares. Quando em Agosto de 1944 a fábrica foi integrada na indústria de armamento alemã, sobretudo para produzir os foguetes V1, e a produção dos KdF-Wagen foi terminada, tinham sido produzidos, ao todo, 630 exemplares.
O primeiro modelo militar, construído na fábrica da Kdf, foi um carro para oficiais, com tração nas quatro rodas e um chassi mais elevado, que teve o nome de Kommandeurwagen e foram construídos 667 exemplares. O modelo tinha boas qualidades em todo-o-terreno, mas o seu desempenho na estrada era ruim pela falta de tração. Foi o carro que voltou a ser fabricado em 1946, quando a fábrica, destruído durante a guerra, voltou a produzir novamente.
O Kübelwagen, o modelo seguinte teve muito mais sucesso, tendo sido produzidos 50.788 exemplares. Foi, de fato, o Jeep alemão. Devido o motor refrigerado a ar, podia ser usado em qualquer região do mundo, tanto no Ártico como no Norte de África.
Em 1944 o motor de 984 cilindradas foi substituído por um de 1.131, o mesmo motor que será usado nos primeiros Volkswagen produzido no pós-guerra. Este modelo voltou a ser produzido nos anos 60, tanto numa versão militar, como numa civil, sendo conhecido nos Estados Unidos por “The Thing” – A Coisa!
A outra versão militar, e a última, produzida durante a Segunda Guerra Mundial foi o Schwimmwagen. Veículo anfíbio produzido a partir de 1942, com uma carroçaria completamente estanque, o Schwimmwagen era um bom veículo de reconhecimento e era tracionado para todo terreno.
O Schwimmwagen, usando o motor de 1.131 cilindradas que será utilizado depois no Kubelwagen, foi fabricado até 1944, tendo sido produzidos 14.283 veículos.
No fim da 2.ª Guerra Mundial a Volkswagenwerk estava destruída. Quando os soldados da 102.ª divisão de infantaria do exército americano avistaram a fábrica e a cidade da Volkswagen, em 11 de Abril de 1945, desconheciam a sua existência porque a localidade não vinha representada em nenhum mapa. Entretanto, as máquinas para produção dos automóveis estavam intactas, e havia material armazenado que permitia o recomeço da produção.
Mais tarde, com a divisão da Alemanha em quatro zonas de ocupação, a cidade passou a ser responsabilidade do exército britânico. Foi encarregado de reativar a fábrica o major Ivan Hirst, do Corpo de Engenheiros do exército britânico, pois carros pequenos eram necessários para as forças de ocupação britânicas.
Nos primeiros tempos a fábrica serviu para reparação de Jeeps do exército britânico, e produção de motores. Logo dois KdF-Wagens foram montados à mão, para uso do Quartel General do exército britânico. Os britânicos fizeram uma encomenda de 20.000 automóveis à Volkswagen e até ao fim de 1945 foram produzidos 1.785 automóveis, e no ano seguinte chegou-se aos 10.000 veículos. O preço unitário era de 5.000 marcos, sendo entregues à Comissão aliada de Controle da Alemanha, e distribuídos aos Correios, à Cruz Vermelha e a outras instituições nascentes no país em reconstrução. Não foram vendidos exemplares a particulares.
No dia 2 de Janeiro de 1948 o exército britânico entregou a Heinz Heinrich Nordhoff, um antigo engenheiro da empresa Opel, a direção da fábrica. Em 1949 os Aliados entregaram o controle dos bens públicos do estado alemão ao governo federal, entre estes a fábrica da Volkswagen.
Apesar de tudo que havia ocorrido, a empresa entregue à Alemanha era uma empresa de sucesso. Empregava quase 10.000 pessoas, produziria até ao fim de 1949 46.154 veículos, dos quais 23% seriam exportados para nove países. Uma produção que aumentava rapidamente. O Volkswagen era o carro mais vendido na Alemanha, tendo 50% do mercado. A empresa estava a criar uma rede de vendas e de serviço na Alemanha e no estrangeiro, e tinha inovado ao criar um seguro especificamente para os compradores de Volkswagens.
Logo estes veículos cruzariam a linha do equador e desembarcariam em um grande país tropical, onde seriam eternamente conhecidos como “Fusca”.
Baseado em texto encontrado no site – http://www.arqnet.pt
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