Em 1969, os
proprietários de terras no Vale do Açu/RN, região de grande
fertilidade para o plantio de algodão e outras culturas, por decreto do
presidente da república Emílio Garrastazu Médici, ficaram impedidos de operar,
fazer empréstimos agrícolas junto ao Banco do Brasil, única casa bancária então
existente naquela importante região. O governo federal tinha o objetivo dedesapropriar
22 mil hectares de terras de aluvião, para fazer um gigantesco
projeto agrícola, fato este que levou muitos agricultores a passar por
certas dificuldades financeiras.
A Comissão
de Desenvolvimento do Vale do Açu (CODEVA), instituição decaráter
consultivo e executivo, que tinha como presidente Edgard Borges Montenegro
e Osvaldo de Oliveira Amorim como secretário geral, começaram as
articulações para impedir a desapropriação do vale, bem como os proprietários
rurais voltarem a operar, contrair empréstimos agrícolas no Banco do Brasil. Osvaldo Amorim,
figura habilidosa e competente, tomou conhecimento da vinda do Ministro
da Agricultura ao estado de Pernambuco, para incentivar a caprinocultura no
semiárido nordestino, entrou em contato com seus assessores que logo tomaram
conhecimento da situação do Vale do Açu, vindo até a cidade de Ipanguaçu e, na
praça pública daquele município Cirne Lima se comprometeu em resolver
imediatamente a questão. Foi oferecido ao ministro um jantar na casa da fazenda
Itu/Picada, do Major Manoel de Melo Montenegro, onde o poeta Renato Caldas
após ter declamado entregou uma carta rimada aquele simpático ministro,
intitulada "Carta Matuta ao Exmo. Sr. Ministro da Agricultura, Dr. Cirne
Lima", que diz assim:
Da esquerda: Cyrne Lima. Osvaldo Amorim, Mariinha Amorim, Maria Eugênia Montenegro e Dix-Zuit Rosado.
Da esquerda: Astério Tinôco, Carvalho, Osvaldo Amorim Cyrne Lima (sentado).
sábado, 31 de março de 2018
Só faltam usar maçarico Instrumento de arrombar: E o povo fica a clamar, É pena! O Brasil tão rico. Com esta gente eu não fico, Quero servir de espião Mas, todo esforço é em vão Roubam mesmo sem respeito Para o Brasil não há jeito Com tanto filho ladrão.
Efecê
sexta-feira, 30 de março de 2018
O poeta assuense João Celso Neto escreve ao editor deste blog:
Estou afastado, sabaticamente, do Facebook, mas soube da glosa que você postou, e ressuscitei o glosador que um dia fui, bocagiano.
O país que tanto quero / não é este sem futuro
Faz tanto tempo que espero
ver o futuro chegar
pra poder aproveitar
O PAÍS QUE TANTO QUERO.
Meu desejo mais sincero
se desvanece, eu juro.
não sei mais onde procuro
novos sonhos e projetos,
pois o Brasil pros meus netos
NÃO É ESTE SEM FUTURO.
(João Celso Neto)
A glosa postada postada no Facebook, conforme João Celso, é de autoria do poeta Lindomar Paiva. vejamos abaixo:
Mote (Heliodoro Morais)
O País que tanto quero,
Não é este sem futuro.
Glosa (Dedé de Dedeca).
Acabaram meu País,
Destruíram a Nação
Parece sem salvação
O nosso Povo infeliz
Só mesmo o Grande Juiz
Pra nos tirar do escuro
Mandando um homem puro
E um governo Austero
O País que tanto quero
Não é esse sem futuro.
Natal (RN), 29 de março de 2017.
Dedé de Dedeca.
Mote de Heliodoro Morais. Postado por Fernando Caldas
AQUELE
Por João Lins Caldas
O filho de Deus tinha tudo de todas as plenitudes.
Fazia suavemente os milagres todos de Sua graça. Viam os cegos, os mortos ressuscitavam, curavam-se todos os enfermos. E os passos sobre as águas, à Sua voz o domínio de todas as ondas e de todas as tempestades. Dobravam-se todos os ventos, sossegadas e mansas todas as águas. Mas o filho do homem não tinha onde repousar a cabeça.
Por nós morreu Jesus Cristo Que nem um mal nunca fez Não pecou nenhuma vez, Tudo estava previsto. É por isso que insisto Em pedir faça oração Para alcançar o perdão Que para o Céu nos conduz, Um justo morreu na cruz Para nossa salvação.
Natal (RN), 30/03/2018. (Sexta-feira Santa).
Dedé de Dedeca.
quinta-feira, 29 de março de 2018
O pobre me deu uma esmola de Deus te favoreça.
"Deus te favoreça!" Favoreça-me Deus com essa esmola do pobre.
Há 139 anos o norte-americano Thomas Edison inventou a primeira lâmpada
incandescente. Levou mais de um ano para que ele e sua equipe conseguissem
acender uma lâmpada, e finalmente, em 21 de outubro de 1879, ela brilhou por 45
horas seguidas.
Mas
a energia elétrica só chegou ao Rio Grande do Norte em 1911
Fonte: Memorial da Democracia (http://memorialdademocracia.com.br) Antes disso era só lampião, querosene e gás. Até que, finalmente ocorreu a inauguração da Hidrelétrica de Paulo Afonso, pelo governador Aluízio Alves, no final de dezembro de 1963.
Foi quando os postes de madeira foram trocados pelos de ferro
Os bondes elétricos foram inaugurados em 1911, depois da chegada do primeiro sistema de energia elétrica de Natal. Foto: Arquivo Público.
Então chegaram os anos 50, e com ele com vários racionamentos elétricos
Foto do site Web: Natal – 400 Anos de História/jornal Diário de Natal
Isso porque a cidade cresceu muito na década de 40, e como dependia da eletricidade fornecida pela empresa de origem inglesa Força e Luz Nordeste do Brasil, que havia sido trazida para a capital em 1928 pelo governador Juvenal Lamartine, o sistema elétrico se tornou ultrapassado.
No interior as cidades eram iluminadas com motores elétricos a óleo, que eram ligados às seis da tarde
Praça Vigário Antonio Joaquim em Mossoró (RN) no ano de 1937. Foto: Manuelito Pereira.
Mas a luz durava pouco. Às 9 horas, o sistema dava uma “piscada” avisando que era o momento de acender as lamparinas e os candeeiros.
Mas Natal nem foi a primeira cidade potiguar a receber a energia
Cidade de Santa Cruz (RN) antigamente. Fonte: Santa Cruz do Trairi em Destaque.
Ela chegou primeiro em Santa Cruz em Abril de 1963.
Em dezembro do mesmo ano, ela chegava a Natal
Av. Duque de Caxias com Av. Tavares de Lyra – Ribeira — em Natal – RN, entre os anos 50 e 60.
Mas só foi levada à maioria dos bairros do município em 1966, pelo então prefeito Agnelo Alves.
Atualmente, todo o sistema de geração e transmissão de energia do RN é operado pela empresa Chesf
Seja através de usinas e linhas próprias ou da integração com sistemas de distribuição da COSERN e da Energisa (PB). Em Natal, como marco histórico, a sede da companhia ainda mantém a placa da inauguração, datada de 21 de dezembro de 1963, com a inscrição “Estação Abaixador Presidente Goulart”.
Publicado originalmente no jornal Tribuna do Norte, Natal-RN, edição de domingo, 20 de agosto de 1982, página 12.
A defesa da honra e moral da família é tão antiga quanto a própria história. O interesse pelo crescimento da família desde os primórdios dos tempos, não é apenas um fator ligado ao trabalho. Paralelo a isso, a honra e proteção de bens e pessoas. Então as questões familiares marcaram presença no Nordeste do Brasil a partir de sua organização social e política até os nossos dias. Essas questões não deixaram como consequências apenas larga margem de mortandade, em ambos os lados e quase extinção de algumas delas, mas deram origem a bandidos famosos. Folheando as páginas da história do cangaço no Nordeste ou conversando com os mais velhos, vendo o s nomes dessas famílias repetidas vezes:
ALVES E LIMÕES: PATU-RN; FERREIRAS E SATURNINOS DE BARROS – VILA BELA (SERRA TALHADA-PE); CARVALHOS E PEREIRAS – PE; ROCHAS E PEREIRAS – SÃO GONÇALO-PB; NITÕES LACERDAS E GINIPAPOS: ITAPORANGA-PB; e as mais badaladas nos dias atuais (1982), SARAIVAS E ALENCAR – EXU-PE.
Quando não eram causas políticas, eram sociais, porém o fim era sempre o mesmo — crime de vindita.
O binômio viuvez e orfandade se associavam para se equacionarem com extinção de dinastia. A figura venerável e heroica de Jardelina, esposa de Chico Pereira, viúva desde os 17 anos vem comprovar a veracidade dos fatos:
— Estado civil? — Viúva.
— Pai? — Assassinado.
— Esposo? — Assassinado.
— Sogro? — Assassinado.
— Cunhado? — Assassinado.
E meio a tantas cordilheiras de inimizades que floresciam, tornava-se quase impossível a vida no sertão. E o povo lamentava: aqui no sertão, quando não é ano de seca é ano de Cangaço. Numa região em que a vingança era um dever sagrado, o homem era infeliz mais pelo próprio homem que pela natureza, (livro Vingança não – P. Pereira Nóbrega).
Bem no início da segunda década do século (07/05/1921) cresce o expoente máximo de todos os conflitos: Lampião. Foi um tipo que se encarnou perfeitamente nessa era (Vingança Não – P. Pereira Nóbrega). “Assassinou mais de mil vidas, incendiou umas quinhentas propriedades, matou mais de cinco mil rezes, violentou a mais de duzentas mulheres e tomou parte em mais de duzentos combates. E assim é que só em Pernambuco, foram mortos e presos mais de mil cangaceiros, pertencentes às hordas de Virgulino”. (LAMPIÃO – OPTATO GUEIROS 4° EDIÇÃO – PÁG. 16).
Não se podia esperar paz e prosperidade nos sertões nordestinos onde o rifle e o punhal eram sempre as respostas às agressões e o luto era substituído pela indumentária do cangaço.
A reportagem vai a Patu e procura um sobrinho de 2° grau de Jesuíno Brilhante.
Sentado na calçada de um armarinho, o vereador Antonele Rodeiro cumprimenta os que passam. Depois, levanta-se e vai até o carro atendendo ao chamado. Conta toda história do conflito ALVES X LIMÕES desde o início, como o garoto sabido repete a lição. O repórter ouve com atenção e faz anotações. No final o Alves diz: Olha; vá a Janduis-RN, que lá você encontra Chico Alves sobrinho legítimo de Jesuíno Brilhante e converse com ele, pois ele sabe mais a história de que eu. O carro já ia partir quando o repórter lembra-se de uma pergunta importante:
— Ei, espere aí, e os Limões?
— Ah! Não existem mais; Jesuíno acabou com todos.
Depois, coçou a cabeça e falou surpreso: Ah! Sim; ainda tem um descendente deles por aqui. Dioclécio Barbeiro.
Mas não ficou só por aí. Após a morte de Jesuíno na fazenda Santo Antônio, município de Brejo do Cruz-PB, a viúva foi para o Amazonas com os cinco filhos e nunca mais se teve notícias. A fazenda Tuiuiu não deixou marcas da passagem da influente família Alves de Melo Calado. Até o casarão foi derrubado.
Quanto ao Camucá onde moravam os Limões a 3 km. do Tuiuiu — Os Limões do Camucá — assim conhecidos, não se tem notícias. A reportagem interrogou várias pessoas e ninguém dá notícias. Uma habitante assim falou: Quem sabe, talvez seja o Pelego. Se assim o é, significa que até o nome da fazenda mudou.
As causas mais simples trouxeram graves consequências. Uma simples reclamação do velho João Alves pai de Jesuíno ao garoto empregado dos Limões por está com o pé em cima de uma cadeira, provocou uma resposta do “moleque atrevido”. Depois, a surra dada por Jesuíno no “moleque” para aprender a respeitar os mais velhos. Depois o desaparecimento de uma cabra do alpendre da fazenda dos Alves, atribuído aos Limões. Depois a represália dos Limões a ofensa. Vem a surra do Honorato Limão em Lucas Alves, irmão de Jesuíno numa festa em Patu. Enfim, a vingança de Jesuíno matando Honorato Limão. Agora, Jesuíno Cangaceiro.
Para o sertanejo, o herói dos cinco irmãos, pois o herói não é aquele que perdoa, mas sim aquele que se vinga. Agora não é mais Jesuíno Alves de Melo Cardoso, o poeta romântico, agricultor, boiadeiro, hábil equestre e sim Jesuíno Brilhante (homenagem a seu tio, o Cangaceiro José Brilhante de Alencar, avô do falecido Padre cearense Antônio Alves de Alencar, conhecido por Pe. Brilhante).
Os Alves de Melo tinham uma coisa contra si; pertenciam ao desprestigiado Partido Liberal e, enquanto os Limões pertenciam ao Partido Conservador, que lhe dava ampla cobertura. A perseguição ao Alves era intensa.
A história não muda se repete. O que muda são as datas e os personagens. Na segunda década do século, o desaparecimento de uns bodes da família Ferreira, na fazenda Passagem das Pedras no Distrito de Vila Bela (Serra Talhada-PE), atribuído a um morador de José Saturnino de Barros, trouxe de início apenas pequenas represálias; — troca de palavras e vingança em animais. Depois tiroteios, incêndio e grandes emboscadas.
Depois, o assassinato do velho José Ferreira por Zé Lucena tenente da polícia alagoana, em Piraconhas – AL (22/04/1920). O resto foi citado. E as mortes serviram de inspiração para o poeta Zabelê que fazia parte do bando.
No lugar por onde passa,
o bando de Virgulino;
o sacristão da igreja,
vai logo bater no sino.
O rifle de Lampião,
dá cem tiros num minuto;
já fez aqui no sertão,
muita gente botar luto.
A Bahia está de luto,
Pernambuco de sentimento;
Sergipe de porta aberta,
e Lampião sambando dentro.
Querendo fazer sapato,
inté sou bom sapateiro;
querendo entrar no cangaço,
inté sou bom cangaceiro;
qui esse negócio de matar gente,
é serviço mais maneiro.
Lá na Tapera alguém às vezes sente dificuldades em dormir.
O ódio e o desejo de vingança parece que aproveita o silêncio das caladas da noite para perturbá-lo. É Cassimiro de Gilo, único sobrevivente de uma família assassinada por Lampião e seus cabras. O fato passou-se assim: O cangaceiro Horácio Novais tinha uma inimizade com Manoel de Gilo por conta de uns burros. Escreveu uma carta com assinatura de Manoel de Gilo a Lampião, cobrindo-o de desaforos e concluindo que estava disposto a recebê-lo à bala. O chefe do banditismo descansava com os cabras em Floresta do Navio e ao ler a carta, seguiu com o bando para Tapera.
Cercou a casa e abriu fogo. Manoel de Gilo resistia ao cerco e pedia explicação. Lampião mostrava a carta. Gilo negava. Quando parecia convencer Lampião foi tarde. Estava ferido mortalmente por uma bala de Horácio Novais. No final, 14 inocentes corpos estendidos ao solo Lampião ao saber não gostou e expulsou imediatamente Horácio Novais do bando. Hoje ele é fazendeiro em Goiás.
Começou a terceira década do século. E naquela fatídica tarde-noite de 11 de setembro de 1922, Zé Mutuca, Zé Dias, Chico Dias e um Campineiro armaram uma cilada e assassinaram o Coronel João Pereira na sua venda em Nazarezinho-PB. Apenas um filho estava presente: Aproniano viera em defesa de seu pai com Nobilino e seu irmão João Fernandes.
Só Nobilino morreu. Quando aos inimigos, Zé Dias escapou ileso, Chico Dias desapareceu com o ventre de fora, o Campineiro e Zé Mutuca faleceram depois. O verdadeiro assassino entre os quatro foi Zé Mutuca. No final da luta, ferido, fingiu-se morto. O coronel confiante passou por ele julgando-o cadáver. Ele aproveitou-se e disparou uma arma ferindo-o mortalmente. O coronel caiu por cima dele. Veio a falecer na fazenda Jacu ao lado da esposa e de seus filhos pedindo para não se vingarem.
Mas os comentários do povo incomodavam o filho mais velho Chico Pereira, que trabalhava na construção do açude São Gonçalo-PB. Siziam “Ô vingança demorada!”. “Fosse meu pai não ficava por isso mesmo”. “Chico? Abdon? Abdias? Aproniano? “De que vale a pena quatro homens dentro de casa”. “Era melhor vestir saia”. Como a polícia se omitisse, Chico Pereira foi atrás de Zé Dias, uma vez que Chico Dias era figura apagada e pouco interessava. Chegaram a Delegacia, Zé na frente, Chico Pereira atrás e o revólver no meio (Livro Vingança Não). Não foi preciso muito tempo para Zé Dias estava perambulando pela rua, livre desimpedido.
E agora? Chico Pereira preferia as palavras do pai “Não se vinguem”. Mas não queria ficar desmoralizado, era uma questão de oportunidade. Armou a emboscada. Zé Dias, parecia adivinhar tudo e deixou o esconderijo apontando do outro lado da serra. Chico Pereira, porém, era bom na canhota de modo que a distância não era problema. Não acabou-se apenas o pobre Zé Dias que nada tinha a ver com a encrenca. Acabou-se também o almocreve, o conquistador, o dançarino, o romântico, o hábil cavaleiro, o herdeiro da fazenda Jacu, o comerciante (Chico comprava cal no Rio Grande do Norte e vendia na Paraíba). Agora, Chico Pereira, Cangaceiro, despatriado, considerado fora de ordem pelas autoridades, que só tinham a lhe oferecer uma dura perseguição e até a morte.
Zé Dias, guarda do IFOCS, (hoje DNOCS), morreu sem descobrir o autor intelectual da sua morte. Mas fica sem duvidar que um dos autores indiretos fosse João Rocha, ligado ao Dr. Otávio Mariz. Uma vez João Rocha fora a venda do Cel. João Pereira e não o encontrando, destratou Aproniano. A simpatia do Cel. João Pereira, ameaçara o prestígio político de João Rocha. Já o Dr. Otávio Mariz, por sua vez, era um homem temperamental, tinha uma grande dívida para com os Pereiras. A inimizade com a família o fez surrar impiedosamente o pobre Chico Lopes, comerciante de Nazarezinho, no meio da rua de Souza – PB. No final falou: Agora vá chamar os Pereiras para apanhar também.
Chico Lopes era protegido do falecido Cel. João Pereira. Chico Lopes foi mesmo chamar Chico, mas também alguém mais forte, que estava escondido numa serra em Pernambuco, se curava de um ferimento provocado por uma bala: Lampião: Este não podendo vir mandou 40 cangaceiros liderados pelos seus irmãos. Faltava unir-se ao bando de Chico Pereira, Ele chamou sua mãe aflita e falou; Mamãe, os irmãos de Lampião estão aí. Este é Antônio Ferreira, este é Levino.
— Meu filho! O bando de Lampião em minha casa?
— Não fui eu quem chamei, mas também não vou botar pra fora. (Livro Vingança Não).
Aproniano incentivava: Vá Chico; pegar Otávio Mariz. Esta surra estava preparada para você.
Logo o bando que desaparecia nos cordões da Serra cantando: Olé muié Rendeira, olé muié Rendá (composição feita por Lampião em homenagem a sua avó paterna, a velha Jacosa Lopes que fazia renda). Dona Maria Egilda, por sua vez, ficava amargurada: — Meu Deus! Que horror! Meu filho no bando de Lampião! Que vergonha! Ontem eu era esposa de um coronel pacato, hoje, mãe e tia de cangaceiros. Eu bem que dizia que depois que João morreu a desgraça entrou nesta casa (Livro Vingança Não).
Se Chico pereira queria vingança, os cangaceiros de lampião queriam matar, assaltar e roubar moça. O cangaceiro “Meia Noite” estava mais interessado em joias. Paizinho tinha uma rixa com o Juiz e se regozijava com a oportunidade de matá-lo. E dizia: o juiz de direito não mais vai condenar ninguém.
O resultado foi um ataque que marcou a História de uma das principais cidades da Paraíba e toda a culpa do episódio recaiu sobre Chico Pereira, que nunca mais encontrou paz e anos depois foi assassinado no Seridó Potiguar, em um fato vergonhoso para a História da Polícia Militar do Rio Grande do Norte e do então governador Juvenal Lamartine.
Professor Luiz Correia Soares de Araújo, um assuense que se tornou a
maior referência do escotismo na terra potiguar.
Homem
simples e austero, perseverante e dinâmico, com uma singular vocação para
educador.
Nasceu, em 18 de janeiro de 1888, na cidade de Assu. Concluiu o curso primário
no Atheneu Norte-riograndense. Era filho do Cel. Pedro Soares de Araújo e Ana
Senhorinha Soares de Araújo. Posteriormente, concluiu a Escola Normal e foi
diplomado na primeira turma (1910). Em 1911, foi nomeado diretor do Grupo
Escolar Almino Afonso, em Martins. No mesmo ano foi transferido para Assu, com
a missão de estruturar e operacionalizar o Grupo Escolar Tenente Coronel José
Correia, inaugurado naquele ano, sendo o seu primeiro diretor até 1913.
Fundou a Policlínica do Alecrim, atualmente Hospital Professor Luiz Soares; bem
como a Liga de Esportes de Natal, hoje Federação Norte-riograndense de
Esportes; as faculdades de Direito, Farmácia e Odontologia. Foi membro do
Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte, da Academia Potiguar
de Letras e do Conselho Estadual de Educação e Cultura do RN. Faleceu no dia 13
de agosto de 1967, em Natal, vítima de ataque cardíaco. O seu cortejo fúnebre
foi sob os acordes da Banda de Música dos Escoteiros do Alecrim. Pelo seu
trabalho de excelência, várias honrarias lhe foram outogardas por inúmeras
instituições. Mais uma personalidade assuense de destaque no âmbito da educação
norte-riograndense.
Em Sessão Solene e aberta ao grande público, a Academia Assuense de Letras (AAL) proporcionou na última quarta-feira, 21, um momento de suave felicidade a cultura assuense, dando posse a Maria do Perpétuo Socorro Wanderley de Castro, professora da Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN e desembargadora do Tribunal Regional do Trabalho – 21ª Região. A nova imortal foi empossada na cadeira 15, que tem como patrona Maria Eugênia Maceira Montenegro.
Da direita: Alderi Dantas, Francis de Assis, Fernando Caldas, Perpetua Wanderley de Castro, Francisco Costa, Auricéia Lima, Ivan Pinheiro, Paulo Sérgio e Jobielson.
A vereadora Natália Bonavides (PT) ia bem demais no seu discurso, na sessão de ontem da Câmara de Natal, quando resolveu contrariar a população e a realidade.
Foi quando se referiu ao delegado aposentado Maurílio Pinto, o Xerife, como “um dos grandes criminosos do nosso Estado”.
Oi?
Natália, que será candidata a deputada federal, na linha do PT apoiada pela senadora Fátima Bezerra, deverá enfrentar um processo judicial impetrado pelo advogado Cleto Barreto, contratado para fazer a defesa de Maurílio Pinto.
A execração pública ela já começa a experimentar nas redes sociais.
No Rio Grande do Norte o Xerife Maurílio Pinto, que não responde sequer a processo como bandido, teve o respeito do Rio Grande do Norte por impor respeito às polícias, atuando num tempo em que bandido tinha medo de polícia.
domingo, 18 de março de 2018
Hoje, 14 de março, Dia Nacional da Poesia, relembro um poeta não muito conhecido, João Baptista de Oliveira, mais conhecido como: "João Carteiro ou João de Joaquina". Ele era meu bisavô. Um dos primeiros carteiros do Açu, acendedor de lampião, também foi integrante da banda de música de Pedro Custódio e poeta, até então desconhecido.