Respeitável públicooo!!! É com o prefácio de Rodrigo Bico, prefácio de Antônio Nóbrega, ilustrações de Filipe Marcus, que eu tenho a honra de anunciar que sexta-feira, dia 06 de abril, às 9:40h da manhã, lançaremos nossa nova obra "O CIRCO", no auditório da Escola de Governo, no centro administrativo de Natal-RN, na II Jornada Potiguar de Leitura e Educação. Nessa oportunidade, teremos um bate-papo literário com professores e outros autores, quem quiser, é só chegar. Em breve, montaremos a lona em outros lugares para fazer as pessoas conhecerem nosso espetáculo. Viva! O livro é todo escrito em sonetos e, em número de 15, conta uma historinha de amor entre os personagens do circo. Venham, venham! Segurem-se nas poltronas, reservem seus lugares!
quarta-feira, 4 de abril de 2018
O potencial subaproveitado das frutas do Vale do Açu
Joacir Rufino
4 de abril de 2018 - 10:30
Foto: DoDesign-s.
O Vale do Açu é uma microrregião conhecida em todo o país pelo dinamismo de sua fruticultura irrigada. No Rio Grande do Norte (RN), segundo dados do IBGE, a área é destaque na produção de banana, manga, melancia, mamão, entre outras variedades. Além disso, frutos nativos como o umbu e a cajá vicejam nos campos. Entretanto, prevalece no presente um subaproveitamento do potencial de nossas saborosas frutas, que são majoritariamente comercializadas “in natura” sem qualquer agregação de valor e/ou são pouco valorizadas como meio para garantir a segurança alimentar e nutricional da população local. Tal situação é incompreensível do ponto de vista econômico e chega até a causar surpresa entre observadores externos.
No começo do mês passado (março/2018), por exemplo, tive a oportunidade de recepcionar uma pequena comitiva de pesquisadores de diferentes universidades do Brasil e do exterior, entre eles o professor Walter Belik da UNICAMP, os quais estão estudando as relações de trabalho no setor agrícola exportador em várias partes do mundo. Após o encerramento do nosso almoço, em um dos restaurantes da cidade de Assú, alguns dos referidos pesquisadores ficaram decepcionados com a sobremesa. Isso porque, depois de observarem a riqueza da agricultura irrigada regional, eles esperavam saborear algum doce feito a partir das frutas locais e só encontraram um punhado de sorvetes e picolés de marcas tradicionais no contexto nacional.
Na verdade, essa é uma situação que tem frustrado muita gente e não apenas os nossos visitantes ilustres. De fato, nos bares e restaurantes das cidades da região é raro encontrar no cardápio um doce típico preparado com as bananas produzidas em Ipanguaçu ou com as goiabas colhidas nos pomares localizados no Distrito Irrigado Baixo Açu (DIBA) e nas centenas de quintais produtivos familiares espalhados nas comunidades rurais da microrregião. Cabe registrar que o Vale do Açu não possui atualmente em seu território nenhuma fábrica de doce que processe e agregue valor às frutas da terra. Ao mesmo tempo, a pouco incentivo para o incremento de pequenas agroindústrias caseiras de doce ou de fabricação de polpas de frutas, que existem em localidades isoladas e poderiam ser expandidas para abastecer o mercado local e estadual.
Outra questão que incomodou uma parte da mencionada comitiva de pesquisadores foi a informação sobre o baixíssimo consumo de nossas frutas na alimentação escolar. Por incrível que pareça, a merenda das crianças na maioria das escolas do Vale do Açu não conta “de maneira regular” com frutas no cardápio. No dia-a-dia, elas não comem banana, manga, mamão, goiaba e melancia e nem bebem sucos feitos a partir da polpa de algumas dessas preciosidades citadas. Talvez haja exceção nos municípios onde o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA/Compra Direta) e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) são bem operacionalizados e as compras institucionais conseguem abrir espaço para os agricultores familiares e assentados da reforma agrária escoarem sua colheita. Mas o fato é que não há uma estratégia deliberada das prefeituras ou do governo potiguar para inserir as frutas da microrregião na dieta dos estudantes, que continuam consumindo, em muitos casos, alimentos industrializados produzidos em outros estados do país.
O cenário brevemente apresentado indica, portanto, a necessidade de repensar ações e seguir novos caminhos. Naturalmente, os produtores locais têm sobrevivido vendendo sua produção para atravessadores e canais de comercialização variados, inclusive exportando. Mesmo assim, não resta dúvida de que há grandes oportunidades para a expansão do mercado local da fruticultura do Vale do Açu. Uma política bem planejada de apoio à agroindústria processadora (de micro, pequeno e médio porte), assim como a inserção permanente de nossas frutas nos cardápios de todas as escolas públicas da região, proporcionaria um poderoso incentivo à atividade. O resultado disso seria mais empregos e renda no meio rural e, o que é mais importante, a formação de uma geração de pessoas com menos problemas de saúde e com hábitos alimentares mais saudáveis do que o atual padrão baseado principalmente nos refrigerantes, nos sucos de caixinha e nos biscoitos cream-cracker.
Joacir Rufino de Aquino – Economista, professor e pesquisador da UERN.
http://www.omossoroense.com.br
terça-feira, 3 de abril de 2018
HOMEM CONSTRÓI CASA NO FORMATO DE ‘DISCO VOADOR’ NO RIO GRANDE DO NORTE
O nome dele é Raimundo Filadélfio, morador de Taipu, Serra Pelada, Rio Grande do Norte. Ele queria “um cantinho” para passar os fins de semana com a família e os amigos, acabou criando uma casa no formato de um disco voador.
Sem ser nem engenheiro e nem arquiteto, Raimundo conseguiu fazer o projeto, calcular a estrutura e construir a casa, que conta com sala de estar, jantar, cozinha e dois quartos. Tudo isso com vista 360 graus da região e uma porta automática em forma de rampa de acesso digna de filme de Hollywood, descendo e subindo da “nave”.
O vídeo feito por uma pessoa da família de Raimundo viralizou nas redes sociais:
segunda-feira, 2 de abril de 2018
DISCURSO DE APRESENTAÇÃO DA ACADÊMICA MARIA DO PERPÉTUO SOCORRO WANDERLEY DE CASTRO
DATA: 21 DE MARÇO DE 2018
ASSU
Amo-te com o amor definitivo das coisas simples,
que não precisam ser explicadas,
não buscam ser compreendidas,
porque em si mesmas desatam todas as gamas do ser.
Amo-te com o amor constante dos elementos naturais
da sucessão inevitável entre o dia e a noite.
Amo-te como a vida
E quanto mais de ti estou longe,
Mais te trago dentro de mim.
Autora: Poetisa Maria do Perpétuo Wanderley.
Presidente da Academia Assuense de Letras,
Francisco José Costa;
Demais confrades, confreiras;
Demais autoridades;
Senhoras, senhores.
Peço vênia a Vossa Senhoria, Senhor Presidente, para antes de saudar a
Acadêmica, cumprimentar os poetas e poetisas aqui presentes pelo Dia Mundial da
Poesia, transcorrido nesta data.
Com muita honra, por comprometimento da função que me é atinente, saúdo e
dou boas-vindas a distinta conterrânea, Maria
do Perpétuo Socorro Wanderley de Castro que passa a categoria de sócia
efetiva da Academia Assuense de Letras.
Regozijo-me através deste pronunciamento, que é a palavra cerimoniosa,
ataviada em traje de gala, ao externar a esta distinta plateia uma pequena
história. Todas as vezes que me encontrava em eventos sociais ou culturais com
Dr. Chaguinha, Auricéia Lima, Dra. Perpetua e outros apologistas da cultura
assuense, questionávamos a ausência de uma academia de letras em Assu. Aquela
ideia, alicerçada com o surgimento de outras confrarias em cidades de porte
inferior à nossa, tanto em população quanto em tradição literária e cultural, nos
fortaleceu para abraçarmos a causa.
Arregaçamos as mangas e montamos toda a estrutura estatutária e
regimental. Buscamos parcerias para que essa Instituição pudesse existir de
fato e de direito. Hoje é uma realidade, um sonho de olhos abertos. A Academia
Assuense de Letras além de legalizada, é reconhecida de utilidade pública
municipal, propositura da vereadora Delkisa Cavalcante e estadual que teve como
propositor o deputado estadual George Soares.
Ano passado, eu estava na Casa do Cordel, associação que faço parte,
proferindo uma palestra sobre a nossa poetisa Sinhazinha Wanderley. Já ao final
do bate papo, fui surpreendido com a presença da conterrânea Doutora Perpétua.
Ela se empolgou com a roda de conversa e ao final a convidei para participar da
nossa Academia. Ela aceitou. No entanto, deixou claro a sua resumida
disponibilidade devido ao trabalho partilhado entre Brasília e Natal.
Seu nome foi apresentado e, por unanimidade, aprovado. Hoje, senhora
acadêmica, estamos aqui, alegres por contar com vossa presença que doravante
passará a sócia efetiva tendo acento a cadeira 15 que tem como patrona a
escritora e poetisa Maria Eugênia Maceira Montenegro.
Quem é MARIA DO PERPÉTUO SOCORRO
WANDERLEY DE CASTRO?
Vou discorrer um breve perfil, baseado em uma de suas crônicas onde ela
descreve sua relação com a cidade da seguinte forma:
Filha de Adherbal da Costa Wanderley e Francisca Machado Wanderley. Nasceu
em Assu, uma das mais antigas cidades do Estado, orgulhosa de um passado
tradicional, marcado por ter tido jornal semanal em 1867, por ter sido a
segunda Comarca criada pela Lei Provincial nº 13 de 11 de março de 1835 tendo
como primeiro juiz Basílio Quaresma Torreão Júnior, a freguesia de São João
Batista da Ribeira do Assu em 1726, a segunda cidade a libertar os escravos, em
24 de junho de 1885.
Criou-se ouvindo estórias de trancoso, ainda do tempo em que se falava da
moura torta e da pobre menina
enterrada pela madrasta malvada e ouvindo estórias dos fatos da cidade, como a
angústia do grande incêndio ocorrido em 1951 de que resultou a destruição de
casa integrante do conjunto arquitetônico da velha rua Casa Grande, a
estupefação com a chegada do primeiro carro, um Ford que causou assombro, assim
como tempos depois o avião causara medo.
Viveu o cotidiano da cidade do interior, com as crenças e temores dos
mais velhos, falando ainda sobre botijas, sobre becos mal-assombrados, sobre
aparições e fantasmas.
Naquele tempo, a luz elétrica chegava com o pôr do sol, quando o velho
motor era ligado e, ordinariamente, desligado ao meio da noite, após os três
sinais que anunciavam verdadeiro toque de recolher, pois a cidade se recolhia à
escuridão. E as noites eram, ainda, adoçadas por sons de violões e serenatas,
frequentemente permeadas pela declamação de versos e pela acolhida hospitaleira
dos donos das casas escolhidas, que serviam bebidas e petiscos aos seresteiros.
A cidade desfrutava de luz elétrica (a motor) desde 1927 o que permitia
as sessões de cinema, festas em clubes e pequenas festas em locais como a Casa
da Juventude, cuja lembrança se enche do som redondo da bola ping-pong, nas
mesas ali instaladas.
Viveu o início da adolescência andando em suas ruas ainda não calçadas,
no caminho diário para as aulas do Colégio Nossa Senhora das Vitórias, na
diversão domingueira dos banhos de rio. Era uma vida calma, então igual à de
cinquenta anos atrás, nas mesmas ruas, nos mesmos costumes, marcantemente
rígidos e tradicionais.
Em 1966, ouvia-se, e mal, através do rádio, as transmissões dos jogos da
Copa do Mundo. Em 1970, assistia-se, pela televisão, os jogos no México.
Nesse intervalo de quatro anos, a cidade mudara profundamente, mais do
que levara a se modificar durante décadas, em que o tempo passara quase
imperceptivelmente. Com a televisão, o espaço e a distância diminuíram.
A geração que assistia a esta mudança passou a viver em conformidade com
ela e com as possibilidades e oportunidades que gerou. Mas os dias idos, dias
de infância e adolescência ficaram acumulados pela vida afora, como pequeno
tesouro de bem-querença.
A menina, a adolescente cresceu, não foi um crescimento físico vertical
avantajado, mas culturalmente... formou-se em direito pela Universidade Federal
do Rio Grande do Norte, no ano de 1973.
Casou-se com Aluísio Garcia de Castro, cuja união nasceram Adherbal
Attílio e Luisa Magdalena.
Especializou-se em Direito do
Trabalho, pela UFRN, com monografia de conclusão do curso sobre "A mulher e a previdência social".
Aprovada em diversos Concursos
Públicos, exerceu os cargos: Inspetor do Trabalho, na DRT/RN; Procuradora do
Instituto Nacional de Previdência Social e, posteriormente, Instituto de
Administração Financeira da Previdência e Assistência Social - IAPAS,
Superintendência do Rio Grande do Norte; Professora de Direito Civil, da
Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
Aprovada em concurso público para
Juiz do Trabalho Substituto do Tribunal Regional do Trabalho da 13ª Região, foi
nomeada e tomou posse em fevereiro de 1987, tendo sido Juíza-Presidente da JCJ
de Macau; Juíza Presidente da 3ª JCJ de Natal e Juíza do Tribunal Regional do
Trabalho da 21ª Região.
No ano de 2002 foi convocada para
atuar no Tribunal Superior do Trabalho.
Em sessão extraordinária
realizada no ano de 2013, o Pleno do Tribunal Superior do Trabalho definiu os
nomes dos desembargadores da lista tríplice para preenchimento de vaga de
ministro da Corte, destinada à magistratura do trabalho de carreira, para
ocupar a vaga decorrente da aposentadoria do ministro Pedro Paulo Teixeira
Manus, que se aposentou. Entre os três nomes escolhidos e apresentados a então
presidente da República Dilma Rousseff estava o da desembargadora Maria do
Perpétuo Socorro Wanderley de Castro, do Tribunal Regional do Trabalho da 21ª
Região do Rio Grande do Norte.
Possui os títulos de Cidadã Natalense
e cidadã Mossororense. Diploma de Homenagem do Coletivo Leila Diniz pelo trabalho em favor das mulheres. É membro
efetivo do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte.
Na literatura produziu diversos artigos
jurídicos, publicados em livros e revistas da área. Foi a coordenadora da obra Execução na Justiça do Trabalho,
livro em homenagem ao Ministro Francisco Fausto, publicado pela LTR Editora,
São Paulo.
É autora dos livros: Memorial do Meu Velho Assu –publicado
pela Editora Sebo Vermelho, em 2000 e o livro de memória autobiográfica, Daqui
eu Vejo o Cata-vento – publicado
pela FASA Gráfica, no ano 2013.
Daqui eu vejo o Cata-Vento ela fez questão de dedicar a família, a todos os
amigos assuenses, com registro especial às alunas do Colégio Nossa Senhora das
Vitórias em 1965 e às rebeldes queridas.
Tenha a certeza, Dra. Perpétua, de que contará sempre com o aplauso
unânime dos que agora, de braços abertos, lhe acolhe como uma das mais queridas
e competentes assuenses de vossa geração.
Inspirado no pensamento de Bob Marley que diz:
“Um povo sem conhecimento, saliência de seu passado
histórico, origem e cultura é como uma árvore sem raízes”.
Encerro minha saudação, conclamando a mais nova acadêmica para, ao nosso
lado, defender o Assu. Defender com amor, com decência, com ardor, com a dor,
com paixão, com compaixão, com argumentos, com qualquer coisa que se possa
fazer respeitar esta terra querida – berço de nomes memoráveis, de uma história
invejável, conhecida pelos Potiguares como Terra
dos Poetas, a Atenas
Norte-rio-grandense, Terra de São
João Batista, Terra de Irmã Lindalva, Terra
dos Verdes Carnaubais.
Dra. Perpétua, seja bem-vinda a nossa Academia Assuense de Letras.
Muito obrigado!
Boa noite!
domingo, 1 de abril de 2018
PENSAMENTOS
Fotografia: Esquerda para direita: O poeta potiguar João Lins Caldas e o renomado romancista brasileira autor do romance intitulado de "A Mulher Que Fugiu de Sodoma". Rio de Janeiro, 1930.
Oh vida! Os teus milagres nem sempre são doçuras, mas não me des tanto, Tanto! Não me des tanto, tanta amargura.
Saio de mim e, às vezes me procurando. Perdão se me acho e assim às vezes fora de mim.
Cantai lindo pássaro. Cantai amorosamente a vossa alegria. Assim que se é pássaro.
A vida incide aflitivamente. É a concessão irrefreável.
Com esses olhos grossos de chuva eu quero chorar.
Errar é comigo. Nunca acerto convosco.
A gaiola da vida tem muitos pássaros. às vezes carrega pássaros mortos. E cantos fúnebres nos vagões dos pássaros.
Febre há. Bem dentro da minha febre.
Autor: João Lins Caldas
Postado por Fernando Caldas
Oh vida! Os teus milagres nem sempre são doçuras, mas não me des tanto, Tanto! Não me des tanto, tanta amargura.
Saio de mim e, às vezes me procurando. Perdão se me acho e assim às vezes fora de mim.
Cantai lindo pássaro. Cantai amorosamente a vossa alegria. Assim que se é pássaro.
A vida incide aflitivamente. É a concessão irrefreável.
Errar é comigo. Nunca acerto convosco.
A gaiola da vida tem muitos pássaros. às vezes carrega pássaros mortos. E cantos fúnebres nos vagões dos pássaros.
Febre há. Bem dentro da minha febre.
Autor: João Lins Caldas
Postado por Fernando Caldas
Aprovada isenção de taxas de concursos para carentes ou doadores de medula
Na Câmara dos Deputados, após uma longa tramitação, foi aprovado em 2015, ampliando a isenção para os desempregados, os carentes e os doadores de medula óssea.
Ao retornar ao Senado, a CCJ aprovou quase todas as mudanças, retirando a isenção para os desempregados e mantendo para os carentes e os doadores de medula. Pelo texto, os carentes necessitam estar inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal.
Finalmente, nesta terça-feira, o Plenário do Senado votou o substitutivo da Câmara com a alteração da CCJ. Agora, o texto vai para a sanção presidencial.
Fonte: Agência Senado, em 27/03/2018
VALE DO AÇU
Em 1969, os
proprietários de terras no Vale do Açu/RN, região de grande
fertilidade para o plantio de algodão e outras culturas, por decreto do
presidente da república Emílio Garrastazu Médici, ficaram impedidos de operar,
fazer empréstimos agrícolas junto ao Banco do Brasil, única casa bancária então
existente naquela importante região. O governo federal tinha o objetivo de desapropriar
22 mil hectares de terras de aluvião, para fazer um gigantesco
projeto agrícola, fato este que levou muitos agricultores a passar por
certas dificuldades financeiras.
A Comissão
de Desenvolvimento do Vale do Açu (CODEVA), instituição de caráter
consultivo e executivo, que tinha como presidente Edgard Borges Montenegro
e Osvaldo de Oliveira Amorim como secretário geral, começaram as
articulações para impedir a desapropriação do vale, bem como os proprietários
rurais voltarem a operar, contrair empréstimos agrícolas no Banco do Brasil. Osvaldo Amorim,
figura habilidosa e competente, tomou conhecimento da vinda do Ministro
da Agricultura ao estado de Pernambuco, para incentivar a caprinocultura no
semiárido nordestino, entrou em contato com seus assessores que logo tomaram
conhecimento da situação do Vale do Açu, vindo até a cidade de Ipanguaçu e, na
praça pública daquele município Cirne Lima se comprometeu em resolver
imediatamente a questão. Foi oferecido ao ministro um jantar na casa da fazenda
Itu/Picada, do Major Manoel de Melo Montenegro, onde o poeta Renato Caldas
após ter declamado entregou uma carta rimada aquele simpático ministro,
intitulada "Carta Matuta ao Exmo. Sr. Ministro da Agricultura, Dr. Cirne
Lima", que diz assim:
Da esquerda: Cyrne Lima. Osvaldo Amorim, Mariinha Amorim, Maria Eugênia Montenegro e Dix-Zuit Rosado.
Da esquerda: Astério Tinôco, Carvalho, Osvaldo Amorim Cyrne Lima (sentado).
sábado, 31 de março de 2018
sexta-feira, 30 de março de 2018
O poeta assuense João Celso Neto escreve ao editor deste blog:
Estou afastado, sabaticamente, do Facebook, mas soube da glosa que você postou, e ressuscitei o glosador que um dia fui, bocagiano.
O país que tanto quero / não é este sem futuro
Faz tanto tempo que espero
ver o futuro chegar
pra poder aproveitar
O PAÍS QUE TANTO QUERO.
Meu desejo mais sincero
se desvanece, eu juro.
não sei mais onde procuro
novos sonhos e projetos,
pois o Brasil pros meus netos
NÃO É ESTE SEM FUTURO.
(João Celso Neto)
A glosa postada postada no Facebook, conforme João Celso, é de autoria do poeta Lindomar Paiva. vejamos abaixo:
Mote de Heliodoro Morais.
Postado por Fernando Caldas
A glosa postada postada no Facebook, conforme João Celso, é de autoria do poeta Lindomar Paiva. vejamos abaixo:
Mote (Heliodoro Morais)
O País que tanto quero,
Não é este sem futuro.
Não é este sem futuro.
Glosa (Dedé de Dedeca).
Acabaram meu País,
Destruíram a Nação
Parece sem salvação
O nosso Povo infeliz
Só mesmo o Grande Juiz
Pra nos tirar do escuro
Mandando um homem puro
E um governo Austero
O País que tanto quero
Não é esse sem futuro.
Destruíram a Nação
Parece sem salvação
O nosso Povo infeliz
Só mesmo o Grande Juiz
Pra nos tirar do escuro
Mandando um homem puro
E um governo Austero
O País que tanto quero
Não é esse sem futuro.
Natal (RN), 29 de março de 2017.
Dedé de Dedeca.
Postado por Fernando Caldas
Por João Lins Caldas
O filho de Deus tinha tudo de todas as plenitudes.
Fazia suavemente os milagres todos de Sua graça.
Viam os cegos, os mortos ressuscitavam, curavam-se todos os enfermos.
E os passos sobre as águas, à Sua voz o domínio de todas as ondas e de todas as tempestades.
Dobravam-se todos os ventos, sossegadas e mansas todas as águas.
Mas o filho do homem não tinha onde repousar a cabeça.
Viam os cegos, os mortos ressuscitavam, curavam-se todos os enfermos.
E os passos sobre as águas, à Sua voz o domínio de todas as ondas e de todas as tempestades.
Dobravam-se todos os ventos, sossegadas e mansas todas as águas.
Mas o filho do homem não tinha onde repousar a cabeça.
Um justo morreu na cruz
Para nossa salvação.
Para nossa salvação.
Glosa
Por nós morreu Jesus Cristo
Que nem um mal nunca fez
Não pecou nenhuma vez,
Tudo estava previsto.
É por isso que insisto
Em pedir faça oração
Para alcançar o perdão
Que para o Céu nos conduz,
Um justo morreu na cruz
Para nossa salvação.
Que nem um mal nunca fez
Não pecou nenhuma vez,
Tudo estava previsto.
É por isso que insisto
Em pedir faça oração
Para alcançar o perdão
Que para o Céu nos conduz,
Um justo morreu na cruz
Para nossa salvação.
Natal (RN), 30/03/2018. (Sexta-feira Santa).
Dedé de Dedeca.
quarta-feira, 28 de março de 2018
7 COISAS QUE VOCÊ NÃO SABIA SOBRE A CHEGADA DA ENERGIA NO RIO GRANDE DO NORTE
Mas
a energia elétrica só chegou ao Rio Grande do Norte em 1911
Fonte: Memorial da Democracia (http://memorialdademocracia.com.br)
Fonte: Memorial da Democracia (http://memorialdademocracia.com.br)
Antes disso era só lampião, querosene e gás. Até que, finalmente ocorreu a inauguração da Hidrelétrica de Paulo Afonso, pelo governador Aluízio Alves, no final de dezembro de 1963.
Foi quando os postes de madeira foram trocados pelos de ferro
Os bondes elétricos foram inaugurados em 1911, depois da chegada do primeiro sistema de energia elétrica de Natal. Foto: Arquivo Público.
Então chegaram os anos 50, e com ele com vários racionamentos elétricos
Isso porque a cidade cresceu muito na década de 40, e como dependia da eletricidade fornecida pela empresa de origem inglesa Força e Luz Nordeste do Brasil, que havia sido trazida para a capital em 1928 pelo governador Juvenal Lamartine, o sistema elétrico se tornou ultrapassado.
No interior as cidades eram iluminadas com motores elétricos a óleo, que eram ligados às seis da tarde
Praça Vigário Antonio Joaquim em Mossoró (RN) no ano de 1937. Foto: Manuelito Pereira.
Mas a luz durava pouco. Às 9 horas, o sistema dava uma “piscada” avisando que era o momento de acender as lamparinas e os candeeiros.
Mas Natal nem foi a primeira cidade potiguar a receber a energia
Cidade de Santa Cruz (RN) antigamente. Fonte: Santa Cruz do Trairi em Destaque.
Ela chegou primeiro em Santa Cruz em Abril de 1963.
Em dezembro do mesmo ano, ela chegava a Natal
Av. Duque de Caxias com Av. Tavares de Lyra – Ribeira — em Natal – RN, entre os anos 50 e 60.
Mas só foi levada à maioria dos bairros do município em 1966, pelo então prefeito Agnelo Alves.
Atualmente, todo o sistema de geração e transmissão de energia do RN é operado pela empresa Chesf
Seja através de usinas e linhas próprias ou da integração com sistemas de distribuição da COSERN e da Energisa (PB). Em Natal, como marco histórico, a sede da companhia ainda mantém a placa da inauguração, datada de 21 de dezembro de 1963, com a inscrição “Estação Abaixador Presidente Goulart”.
Fonte: Mineiro
De: https://curiozzzo.coom
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