Nasceu meu oitavo menino... E é um Menino Livro. Um não, O Menino Livro. Com muita esperança e alegria, anúncio o lançamento amanhã em Natal-RN, na Escola de Governo, às 14h. A obra, escrita em redondilha menor, é uma novidade em minhas publicações. Traz as ilustrações fantásticas do mossoroense Téo Viana e mais um trabalho editorial brilhante da M3 Editora. Conta uma história emocionante sobre o poder de transformação dos livros e da leitura na vida das pessoas. Viva, né?! Irruuuulll! Em breve anunciaremos lançamentos em outros lugares.
quinta-feira, 4 de abril de 2019
Maturidade é usar o silêncio quando o outro espera que você grite.
BY AG MM - JANEIRO 23, 2019
Seremos testados, em vários momentos, por pessoas destemperadas, seja em relacionamentos, no serviço, em casa, na escola, seja na vida. Muitos criam tempestades e, em vez de tentarem sair delas, desejam trazer para debaixo de seus raios e trovões quem estiver por perto.
Enquanto vivermos, estaremos sujeitos a sermos contrariados por pessoas, por acontecimentos, imprevistos, pela vida. É assim e sempre será, desde que nascemos, até nosso último suspiro. Somos várias pessoas nos encontrando e nos desencontrando em ambientes variados, cada uma com seus pensamentos, objetivos e visões sobre o mundo. Inevitável, portanto, trombarmos com quem em nada concordará conosco, ou até mesmo com quem adore azucrinar a paciência alheia.
Infelizmente, existe muita gente cuidando da vida do outro. Seremos questionados sobre o porquê de não namorarmos, de ainda não termos nos casado, de não termos filhos ou de termos determinada quantidade dos mesmos, sobre o porquê do porquê do porquê, e, pior, por pessoas que mal nos conhecem. Ou seja, muitos nem interesse sincero terão por nossas vidas, estarão apenas curiosos mesmo.´
Da mesma forma, muitas pessoas farão observações desagradáveis e incômodas sobre nós, deixando-nos desconfortáveis. Haverá quem dirá que engordamos, que envelhecemos; haverá quem nos censurará e nos julgará pelo modo de vida que escolhermos; haverá quem nos repreenderá por alguma atitude que tomarmos. Incrivelmente, mesmo que nosso comportamento não lhes afete de maneira alguma.
Seremos testados, em vários momentos, por pessoas destemperadas, seja em relacionamentos, no serviço, em casa, na escola, seja na vida. Muitos criam tempestades e, em vez de tentarem sair delas, desejam trazer para debaixo de seus raios e trovões quem estiver por perto. Não se percebem, jamais se responsabilizam pelo que eles próprios provocaram, culpando o mundo, vitimizando-se e espalhando discórdia por onde estiverem.
Caberá a nós manter o controle, o equilíbrio, para que não nos permitamos adentrar a doença do outro, para que não nos molhemos sob tempestades que não são nossas. Teremos que tentar ajudar quem estiver pronto a ouvir, porém, o silêncio será sempre a melhor resposta a quem espera e aguarda pelo nosso destempero, pois assim é que neutralizamos todo o mal que nos rodeia. Isso é maturidade e autopreservação. É sobrevivência.
Autor: Prof Marcel Camargo.
De: https://www.paporetolive.com
Seremos testados, em vários momentos, por pessoas destemperadas, seja em relacionamentos, no serviço, em casa, na escola, seja na vida. Muitos criam tempestades e, em vez de tentarem sair delas, desejam trazer para debaixo de seus raios e trovões quem estiver por perto.
Enquanto vivermos, estaremos sujeitos a sermos contrariados por pessoas, por acontecimentos, imprevistos, pela vida. É assim e sempre será, desde que nascemos, até nosso último suspiro. Somos várias pessoas nos encontrando e nos desencontrando em ambientes variados, cada uma com seus pensamentos, objetivos e visões sobre o mundo. Inevitável, portanto, trombarmos com quem em nada concordará conosco, ou até mesmo com quem adore azucrinar a paciência alheia.
Infelizmente, existe muita gente cuidando da vida do outro. Seremos questionados sobre o porquê de não namorarmos, de ainda não termos nos casado, de não termos filhos ou de termos determinada quantidade dos mesmos, sobre o porquê do porquê do porquê, e, pior, por pessoas que mal nos conhecem. Ou seja, muitos nem interesse sincero terão por nossas vidas, estarão apenas curiosos mesmo.´
Da mesma forma, muitas pessoas farão observações desagradáveis e incômodas sobre nós, deixando-nos desconfortáveis. Haverá quem dirá que engordamos, que envelhecemos; haverá quem nos censurará e nos julgará pelo modo de vida que escolhermos; haverá quem nos repreenderá por alguma atitude que tomarmos. Incrivelmente, mesmo que nosso comportamento não lhes afete de maneira alguma.
Seremos testados, em vários momentos, por pessoas destemperadas, seja em relacionamentos, no serviço, em casa, na escola, seja na vida. Muitos criam tempestades e, em vez de tentarem sair delas, desejam trazer para debaixo de seus raios e trovões quem estiver por perto. Não se percebem, jamais se responsabilizam pelo que eles próprios provocaram, culpando o mundo, vitimizando-se e espalhando discórdia por onde estiverem.
Caberá a nós manter o controle, o equilíbrio, para que não nos permitamos adentrar a doença do outro, para que não nos molhemos sob tempestades que não são nossas. Teremos que tentar ajudar quem estiver pronto a ouvir, porém, o silêncio será sempre a melhor resposta a quem espera e aguarda pelo nosso destempero, pois assim é que neutralizamos todo o mal que nos rodeia. Isso é maturidade e autopreservação. É sobrevivência.
Autor: Prof Marcel Camargo.
De: https://www.paporetolive.com
NA CIDADE DE ASSU/RN de tudo acontece. Pois bem. Na década de noventa, chega
naquela terra pluralista, certo Juiz de Direito, muito exigente. Aquela
autoridade foi logo determinando ao tabelião do Cartório de Registro que não
casava moça que usasse calça comprida nem rapaz cabeludo. O poeta João Fonseca,
vigilante permanente dos acontecimentos da cidade, escreveu essa décima:
Nasceu no tempo da valsa
Cueca samba canção;
Eu não sei por qual razão
Não casa moça com calça
Vestido tem que ter alça
E terá que cobrir tudo.
Do contrário fica mudo
Em tudo bota defeito
Não quer ver bico de peito
E nem rapaz cabeludo.
Cueca samba canção;
Eu não sei por qual razão
Não casa moça com calça
Vestido tem que ter alça
E terá que cobrir tudo.
Do contrário fica mudo
Em tudo bota defeito
Não quer ver bico de peito
E nem rapaz cabeludo.
Historiador alemão resgata 5 mil fotopinturas feitas no Nordeste
Tatiana Mendonça
A primeira coisa que o impressionou foi que os mortos pudessem ressuscitar. Estavam ali no caixão, rodeados por flores, e de repente apareciam em fotografias pintadas com os olhos abertos, para serem pendurados vivos. O historiador alemão Titus Riedl, que em 1994 veio morar no Brasil, mais especificamente no Crato, interior do Ceará, resolveu estudar essas imagens, para mostrar que fotos podem ser mais que verossímeis.
Lembra do caso de uma viúva que recebeu a visita de um desses artistas. A mulher lhe conta que não tem foto junto com o marido, e ele pergunta se não há um 3x4 da identidade que seja, ou da carteira de trabalho. E aí, de repente, está a senhora de 80 anos ao lado de um homem com 19. “Quando você vê a fotopintura, tem 60 anos às vezes no meio deles. Você acha que é o neto. Mas não, era o marido”.
Pressentindo que essas imagens desapareceriam com o tempo, Titus decidiu, mais que pesquisá-las, guardá-las. Essas de mortos-vivos, mas também dos vivos-vivos. É hoje o maior colecionador de fotopinturas no Brasil. Tem “na faixa” de cinco mil delas. Uma pequena parte do acervo foi exposta no final de semana passado em Salvador. Um monte de rostos anônimos, mas tão familiares, mirava quem subia ou descia os degraus da escadaria da Igreja do Passo.
A mostra integrou o Festival Transatlântico de Fotografia, promovido pelo Instituto Mario Cravo. Titus também palestrou no evento, falando sobre a tradição dos retratos pintados do Nordeste. Quem é que nunca viu, numa casinha pelo interior, uma foto dessas penduradas na parede? Meus avós têm umas, os seus também devem ter.
Nobreza
Era quando a pobreza tornava-se nobre. “Antigamente, era praticamente a única referência visual que existia dentro das casas. As imagens transmitiam uma autoridade, mostrava quem eram os donos. Hoje as pessoas fazem fotos com chifre, sorriem, tem sempre uma gaiatice, e ali não. Era sério, sereno. Envolvia um ritual de mudar de roupa, pagar pela foto. Tinha de dar certo”.
Às vezes, acontece de algum retratado querer dar as fotopinturas para Titus, sabendo que ele é tão interessado nelas, mas ele não aceita. Construiu sua coleção nas visitas que fazia aos locais onde os artistas trabalhavam, com cópias rejeitadas pelos clientes. “Eram telas com algum defeito, fungo, mancha, ou as pessoas queriam alterar a imagem. Tirar uma figura, botar outra... Comecei a comprar nas oficinas o que eles iam jogar fora. Outras estavam abandonadas há anos pelos vendedores”.
Hoje, as fotopinturas estão praticamente extintas, diz Titus. Em meados da década de 1990, quando ele passou a reunir os retratos, os pintores já tinham dificuldades de conseguir papel fotográfico e materiais de pintura.
Nos anos 2000, passaram a trabalhar no computador. Titus não gosta muito dessas digitalizadas. Primeiro, porque não duram – no máximo dois, três anos – e, depois, porque perdem o cuidado do fazer manual e uma certa “ingenuidade”. “Ainda dá para fazer fotopintura, mas já pagando muito”.
Os fotógrafos-pintores viajavam o Nordeste produzindo imagens, por isso a coleção de Titus tem obras de vários estados, inclusive da Bahia. Também há retratos pintados similares aos feitos aqui em outras regiões do país e no exterior, em países como Argentina, Uruguai, México. Mais para o sul, elas vão ficando mais elaboradas, conta Titus, mas por isso mesmo “menos legais”, na visão do pesquisador.
Ele já expôs sua coleção nos Estados Unidos, México, São Paulo, Ceará e também aqui em Salvador, em 2007. Viajaram mais que seus donos ali retratados. É como se ganhassem olhos para ver um mundo novo, apartados da casa onde viveram.
quarta-feira, 3 de abril de 2019
AÇUDE MENDUBIM - ASSU-RN
Você é tudo. É tudo para mim!
Um formidável e imenso "Mendubim"
Pejado de desejos!
Eu sou o rio Assu - das grandes cheias,
Em busca dos seus beijos!
Você tem a alegria das alvoradas,
A beleza da noite enluarada
Com serestas de amor!
Eu tenho na alma dobres de finados...
Encanto por cima dos telhados
Na hora do sol-por.
Você é o acalanto! A melodia
Que as mães solfejam cheias de alegrias
Pro filho adormecer!
Eu sou o cantochão, triste e profundo
O doloroso ai do moribundo
No instante de morrer!
Você é tudo. É tudo para mim!
Um formidável e imenso "Mendubim",
Sangrando de emoções...
E sou apenas, uma poça dágua,
Aonde se reflete a minha mágoa
E as desilusões!
Autor: Renato Caldas
(O Açude Mendubim começou a ser construído na década de sessenta. A sua inaugura foi no ano de 1970. Está localizado no Rio Paraú "afluente à margem esquerda do Rio Piranhas/Açu.Distante aproximadamente 11 km. do Centro da cidade de Assu-RN)
,
A inveja de um amigo é pior que o ódio de um inimigo
Por: Sara Espejo – Rincón del Tibet
A inveja se manifesta como um sentimento de ressentimento, antipatia ou ciúme pelo que outra pessoa tenha conseguido ou mesmo pelo que essa pessoa representa, quando o outro se ver limitado para conseguir alcançar ser o que a pessoa é ou ter o que ela tem.
A inveja que parte de um amigo é uma das mais tóxicas, porque raramente será identificável, ninguém se sente orgulhoso de sentir inveja e, desde que ele possa evitar ser descoberto, melhor.
Mas no caso de amigos, eles geralmente têm um grau de influência sobre nós, são livres para dizer ou “nos” ajudar a resolver algumas coisas, e conscientemente ou inconscientemente, poderiam estar sabotando nossas ações por seus desejos ocultos.
São
poucas as pessoas que sentem satisfação real com as conquistas dos outros e até
mesmo muitos podem até se alegrar com nossos problemas, incluindo nossos amigos
e inimigos, pois, ser bem sucedido é uma coisa que incomoda…
Embora todos
estejam razoavelmente nivelados, as coisas fluirão melhor para a maioria, de
acordo com percepções egoístas.Quando alguém começa a se destacar em qualquer uma de suas
áreas, aqueles que olham ao seu redor, a menos que coloquem um benefício
associado a essa decolagem, normalmente estarão desejando que os que o rodeiam
estejam bem, mas não melhor que eles.
São poucos os que, honestamente, de
coração aberto, podem mostrar alegria pelo bem que os outros recebem.
blogdofernandocaldas.blogspot.com.br
São Paulo, quinta-feira, 30 de setembro de 2004 |
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice HISTÓRIA Deposto em 64, Jango morreu na Argentina em 76DA REDAÇÃO João Goulart morreu aos 57 anos morreu no exílio - em sua fazenda La Villa, no município argentino de Mercedes. A causa oficial da morte foi um ataque cardíaco, mas há suspeitas de que ele teria sido vítima da Operação Condor, conduzida por governos militares de países sul-americanos para eliminar adversários. Goulart nasceu em São Borja, no Rio Grande do Sul, em 1919. Formou-se em direito em Porto Alegre em 1939. Conheceu Getúlio Vargas em 1945, que o estimulou a entrar na política. Jango filiou-se ao PTB e, em 1950, foi eleito deputado federal. Em 1953, Vargas o nomeou ministro do Trabalho. Nessa pasta, concedeu aumento de 100% para o salário mínimo, mas acabou sendo afastado do cargo devido à reação dos conservadores. Tentou eleger-se senador pelo Rio Grande do Sul em 1954, sem êxito. Em 1955, porém, foi eleito vice-presidente na chapa de Juscelino Kubitschek, sendo reeleito vice em 1960, desta vez de Jânio Quadros. Este renunciou em agosto de 1961, quando Jango estava em viagem pelo Oriente. Os ministros militares tentam impedir sua posse, mas enfrentaram forte reação. O Congresso aprovou então uma emenda instituindo o parlamentarismo. Jango tomou posse em setembro. Conseguiu recuperar os poderes em 1963, graças a um plebiscito. Tentou implantar as reformas de base, mas foi deposto por um golpe militar em 1964. Texto Anterior: Viúva e filhos pretendem criar uma fundação em memória do presidente Próximo Texto: Sul: MST estuda proposta do grupo Votorantim Índice |
segunda-feira, 1 de abril de 2019
Eu
Eu sou a que no mundo anda perdida,
Eu sou a que na vida não tem norte,
Sou a irmã do sonho, e desta sorte
Sou a crucificada... a dolorida...
Eu sou a que na vida não tem norte,
Sou a irmã do sonho, e desta sorte
Sou a crucificada... a dolorida...
Sombra de névoa ténue e esvaecida,
E que o destino amargo, triste e forte,
Impele brutalmente para a morte!
Alma de luto sempre incompreendida! ...
E que o destino amargo, triste e forte,
Impele brutalmente para a morte!
Alma de luto sempre incompreendida! ...
Sou aquela que passa a ninguém vê...
Sou a que chamam triste sem o ser...
Sou a que chora sem saber porquê...
Sou a que chamam triste sem o ser...
Sou a que chora sem saber porquê...
Sou talvez a visão que Alguém sonhou,
Alguém que veio ao mundo pra me ver
E que nunca na vida me encontrou!
Alguém que veio ao mundo pra me ver
E que nunca na vida me encontrou!
- Florbela Espanca, do livro de Mágoas, - in Sonetos. Amadora, Portugal: Bertrand, 1978.
domingo, 31 de março de 2019
‘64’ AINDA VIVE NA MEMÓRIA
“Vale a pena morrer lutando do que perder a razão de viver.” (Leonel Brizola)
Por Fernando Caldas O
segunda-feira, 25 de março de 2019
Numa quarta feira de cinzas de 1972 atracou em Natal através de um acordo de intercâmbio entre o Rio grande do norte e os Estados unidos o navio hospital Hope , sua missão passar mais ou menos 10 meses em Natal para com isso fazer intercâmbio da medicina do tio Sam com os médicos locais , com uma tripulação de 100 médicos e 150 enfermeiros além de 100 leitos , esse navio foi de grande valia para a cidade , inclusive temos alguns natalenses q vieram a nascer a bordo desse belo navio
Acervo : blog BG
att : Ricardo França
att : Ricardo França
ODE A EÇILIO PINHEIRO
Surgiu sem riso a aurora
no dia nove de abril.
Solitária a natureza
clamava no céu do Brasil.
A tudo causou surpresa,
o roseiral com tristeza
Perfume não exalou.
A tortura foi completa
Quando esse imortal poeta
viajou...
A floresta ficou triste, a cigarra não cantou Só a morte gargalhou, o seu golpe ninguém resiste. Padeceu a campina no mar a mimosa ondina, Consternada soluçou. Sentiu o Brasil inteiro, Quando a radio anunciou: Morreu Eçilio pinheiro! Nenhum pássaro gorjeou, ao sol faltou claridade, A lua só de saudade nesta noite não brilhou! Todo universo chorou, a morte do filho amado O vento soprou calado, a manhã nasceu sem graça O prenuncio da desgraça fez do dia a madrugada. Entristeceram os lírios, jasmim, dálias, açucenas Magnólias e verbenas se vestiram de martírio; Estrelas cometa e sírios soluçavam sem conforto Reclamava todo horto com o silencio na fronte, Denegrido o horizonte deplorava! Eçilio morto. E sua triste viola, desprezada, coitadinha! A magoa que lhe assola é maior do que a minha. Ergues seus repentes saídos da boca quente Como a eletricidade; hoje vivem em abandono Reclama chora a seu dono que voou pra eternidade. O céu mudou seu manto as nuvens ficaram pretas Penalizado os planetas chorava a amargurando Cada poeta em seu canto gritava reclamação, Somente a constelação sorria constantemente Por sabe que o eminente foi eleito na amplidão. Este lutador invicto a voz do fraco e do forte Matou o maior poeta do Rio Grande do Norte, Cada alma atribulada pela tristeza causada Aos pais, mães e filhos, que blasfemavam ao mausoléu porém os anjos do céu cantavam em estribilhos. Adeus Eçilio Pinheiro, não te avistarei jamais A carne não resta mais só o teu nome violeiro, Ficarás como o primeiro cantador deste Brasil O teu vulto varonil entrou na voz da historia; Subiste ao reino da gloria no dia nove de abril. Adeus Eçilio Pinheiro, não te avistarei jamais A carne não resta mais só o teu nome companheiro Enlutastes por inteiro do mais fraco ao atleta Tua linguagem correta projetou-se como a luz Converse lá com Jesus ele também foi poeta. Eçilio! como colega não pretendo aborrecer, Mas necessito saber se no além tem bodega? Eu sei você não nega por ser um homem bizarro, Diga se vende cigarro, cachaça, fosforo e fumo Mande dizer no resumo Se tem cachimbo de barro? Conte Eçilio, como vai? Se já glosou com Bocage Viu Mané de Bobagem e conversou com papai? Diga se São Pedro sai a passear com os poetas? Conte a historia completa Esclareça tudo direitinho Conte também amiguinho se a viagem foi direta? Eçilio, aguarde o dia, reserve-me um lugar Preciso me deleitar com você na poesia, Conserve a soberania de qualidade e apreço Mande certo o endereço de você e dos colegas Não permita ir às cegas, eu sabendo não padeço. Você que foi boêmio Menestrel sonhador Mande dizer por favor se ai já se extreme-o Confesse se já ganhou premio por dedilhar violão Narre tudo meu irmão o passado e o presente Explique sinceramente se existe a tal salvação Tua justiça eu renego oh! Morte negra e ingrata. Bem sei que você me mata mas nem morrendo me entrego a magoa que eu carrego fere-me como uma seta, prossiga na sua meta mate o sábio e o vagabundo, mate tudo nesse mundo mas nunca mate um poeta.
(José Coriolano, poeta de Ipanguaçu/RN)
Poema enviado por Franz Bezerra de Oliveira
A floresta ficou triste, a cigarra não cantou Só a morte gargalhou, o seu golpe ninguém resiste. Padeceu a campina no mar a mimosa ondina, Consternada soluçou. Sentiu o Brasil inteiro, Quando a radio anunciou: Morreu Eçilio pinheiro! Nenhum pássaro gorjeou, ao sol faltou claridade, A lua só de saudade nesta noite não brilhou! Todo universo chorou, a morte do filho amado O vento soprou calado, a manhã nasceu sem graça O prenuncio da desgraça fez do dia a madrugada. Entristeceram os lírios, jasmim, dálias, açucenas Magnólias e verbenas se vestiram de martírio; Estrelas cometa e sírios soluçavam sem conforto Reclamava todo horto com o silencio na fronte, Denegrido o horizonte deplorava! Eçilio morto. E sua triste viola, desprezada, coitadinha! A magoa que lhe assola é maior do que a minha. Ergues seus repentes saídos da boca quente Como a eletricidade; hoje vivem em abandono Reclama chora a seu dono que voou pra eternidade. O céu mudou seu manto as nuvens ficaram pretas Penalizado os planetas chorava a amargurando Cada poeta em seu canto gritava reclamação, Somente a constelação sorria constantemente Por sabe que o eminente foi eleito na amplidão. Este lutador invicto a voz do fraco e do forte Matou o maior poeta do Rio Grande do Norte, Cada alma atribulada pela tristeza causada Aos pais, mães e filhos, que blasfemavam ao mausoléu porém os anjos do céu cantavam em estribilhos. Adeus Eçilio Pinheiro, não te avistarei jamais A carne não resta mais só o teu nome violeiro, Ficarás como o primeiro cantador deste Brasil O teu vulto varonil entrou na voz da historia; Subiste ao reino da gloria no dia nove de abril. Adeus Eçilio Pinheiro, não te avistarei jamais A carne não resta mais só o teu nome companheiro Enlutastes por inteiro do mais fraco ao atleta Tua linguagem correta projetou-se como a luz Converse lá com Jesus ele também foi poeta. Eçilio! como colega não pretendo aborrecer, Mas necessito saber se no além tem bodega? Eu sei você não nega por ser um homem bizarro, Diga se vende cigarro, cachaça, fosforo e fumo Mande dizer no resumo Se tem cachimbo de barro? Conte Eçilio, como vai? Se já glosou com Bocage Viu Mané de Bobagem e conversou com papai? Diga se São Pedro sai a passear com os poetas? Conte a historia completa Esclareça tudo direitinho Conte também amiguinho se a viagem foi direta? Eçilio, aguarde o dia, reserve-me um lugar Preciso me deleitar com você na poesia, Conserve a soberania de qualidade e apreço Mande certo o endereço de você e dos colegas Não permita ir às cegas, eu sabendo não padeço. Você que foi boêmio Menestrel sonhador Mande dizer por favor se ai já se extreme-o Confesse se já ganhou premio por dedilhar violão Narre tudo meu irmão o passado e o presente Explique sinceramente se existe a tal salvação Tua justiça eu renego oh! Morte negra e ingrata. Bem sei que você me mata mas nem morrendo me entrego a magoa que eu carrego fere-me como uma seta, prossiga na sua meta mate o sábio e o vagabundo, mate tudo nesse mundo mas nunca mate um poeta.
(José Coriolano, poeta de Ipanguaçu/RN)
Poema enviado por Franz Bezerra de Oliveira
Juvino Barreto.
Jeanne Nesi, in Caminhos de Natal
Juvino César Paes Barreto nasceu no município pernambucano de Aliança, a 2 de fevereiro de 1847, filho do coronel Leandro César Paes Barreto, republicano e insurgente da Revolução Praieira (1848), e Umbelina de Medeiros César.
Aos 10 anos de idade, Juvino ficou órfão de pai e passou a trabalhar como caixeiro viajante, em um estabelecimento de Nazaré (PE). À noite, ele ainda trabalhava em uma pequena oficina de encadernação, instalada em sua própria residência. Em 1869, associou-se ao irmão, Júlio Barreto, estabelecendo-se em Macaíba, neste Estado.
Juvino Barreto casou-se em 28 de janeiro de 1873, com Inês Augusta Paes Barreto, filha de Amaro Barreto. Transferindo-se para o Recife, ali passou a dirigir a firma Júlio & Irmão. Voltou em seguida, passando a residir com o sogro e com um cunhado, Fabrício Maranhão, no Porto de Guarapes, em Macaíba.
Juvino sonhou um dia construir uma fábrica de tecidos em Natal. Tirol proveito das Leis Nºs 732, de 9 de agosto de 1875 e 773, de 9 de dezembro de 1876 e dispôs de 8.000 metros quadrados de terreno, no começo da então Rua da Cruz.
Comprou na Inglaterra as mais modernas máquinas existentes na época, com o compromisso de pagá-las com os lucros obtidos.
Em 24 de maio de 1886, lançou a pedra fundamental do edifício fabril, em cerimônia presidida pelo presidente da província, José Moreira Alves da Silva. A fábrica foi inaugurada em 21 de julho de 1888. Junto à fábrica, Juvino construiu vila, escola, capela e prestou assistência médica completa aos seus operários.
Segundo Câmara Cascudo, Juvino era homem "pequeno, forte, moreno, barba cerrada, sempre de casemira, com um revólver metido entre a calça e o colete, revólver que jamais disparou".
Juvino Barreto era católico fervoroso, caridoso e de grande visão social, tendo sido considerado um modelo ideal de patrão. Foi o fundador da "Libertadora Macaibense", conseguindo um grande número de alforrias de escravos. Foi condecorado com a Imperial Ordem da Rosa, pelos serviços prestados à causa abolicionista. Também foi sócio do Clube do Cupim e Oficial Superior da Guarda Nacional.
Em frente à sua fábrica, Juvino construiu um notável palacete, que hoje abriga o Colégio Salesiano São José, e ali criou seus 14 filhos. A casa foi construída em um imenso sítio que abrangia todo um quarteirão.
Ainda em vida, Juvino doou, conjuntamente com a esposa Inês, a casa com todas as benfeitorias existentes na chác
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