sábado, 6 de agosto de 2022

 

Casarão na fazenda Dois Riacho no município de Catolé do Rocha PB. Cosntruido em 1885 pelo Coronel Valdivino Lobos Ferreira Maia. Daqui ele mandava em todo o sertão paraibano com grande poder e riqueza. Essa casa foi a sede da maior e mais rica fazenda de gado do sertão paraibano. Em 1922 um bando de cangaseiros comandado pelo Sinhó Pereira e também fez parte Lampião e dois dos seus irmãos. Que fizeram um dos mais valioso roubo da história do cangaço. Eles saíram daqui levando sacos de moedas de ouros e joias, facas e talheres de ouros. E os cavalos todos enfeitados de colares no pescoço e pulseiras de ouro nas patas.

 






Arte de Lucia Caldas

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quinta-feira, 4 de agosto de 2022

Recife de Antigamente

Nenhuma descrição de foto disponível.
Em 1916 o então chamado Horto Florestal de Dois Irmãos foi fundado nas terras do Engenho Dois Irmãos, pertencente aos irmãos Antônio e Tomás Lins Caldas. Desse parentesco veio a origem do nome, que também batizou o bairro. O engenho foi um dos primeiros fundados no Brasil, no ano de 1577. Só em 14 de janeiro de 1939 transformou-se no então Jardim Zoobotânico de Dois Irmãos, cujo primeiro diretor foi o professor e ecólogo João de Vasconcelos Sobrinho. (Fonte: http://www.portaisgoverno.pe.gov.br/.../parque.../historico)

Foto: Ivan Granville, 1939, enviada por sua neta Danniele Granville

segunda-feira, 1 de agosto de 2022

Lembrando João Lins Caldas.
 
Hoje, 1/8/22, se vivo fosse, o lírico João Lins Caldas completaria 134 anos de idade. Nasceu em Goianinha, de família do Assu, ambos importantes municípios da terra potiguar. Caldas não alcançou a glória conforme desejava. Sonhava ganhar um Prêmio Nobel de Literatura. Tinha ele “o temor de não compartilhar com a humanidade a sua produção intelectual. O resultado de uma vida inteira dedicada ao manuseio e amor as letras. Resultado esse que já temia não ver repassado ao mundo literário."
 
Escreveu o bardo Caldas, na grandeza do seu poetar:
 
Não creiam ser na vida a morte o que eu mais temo.
A dor não me intimida, o mal não me apavora.
Eu só temo no fim, é o fim daquela aurora
Que fez grande Camões e que é meu bem supremo.
 
Pela morte eu não tremo e pela vida eu tremo.
Mas, a vida, que é mãe e do pesar senhora.
O sonho que me deu pesadamente escora
Com o gosto de querer da glória o sonho extremo.
 
Esse sonho me doma, esse sonho me arrasta:
Por ele adoro a vida esse profundo inferno
Por ele odeio a morte, essa miséria casta.
 
Braços dados com a vida , eu de de seguir-lhe o norte.
Braços dados com a vida, eu de segui-la eterno
Com os olhos para a vida e os braços para a morte.
 
Pena que João Lins Caldas não conseguiu publicar-se trilíngue: português, inglês e francês conforme desejava, seus mais de dez livros que tinha, ficaram apenas nos manuscritos, pois se tivesse publicado todo aquele seu trabalho, teria certamente conseguido a consagração.
 
(Fernando Caldas)
 
Na fotografia. Da esquerda para direita: João Lins Caldas e o romancista paulistano José Geraldo Vieira.
 

 

 Pode ser uma imagem de cão, flor e texto que diz "Rosa @Ca Casa "Animais são anjos disfarçados mandados à Terra por Deus para mostrar ao homem o que é fidelidade." Arthur da Távola"

Assu minha terra primeira
De antigas glórias
Banhada por rios
Açudes e lagos
Verdes carnaubeiras
A cidade é bela
A sua história é rica, vasta
Terra berço da poesia
De Renato, João Lins Caldas
Poetas geniais.
 
(Fernando Caldas)

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sexta-feira, 29 de julho de 2022

Mas, quem nos conduz: Deus
Pois, se Deus nos conduz
O nosso caminho
Seja feita a sua vontade
Ele é quem guia o nosso caminho!

Fernando Caldas

quarta-feira, 27 de julho de 2022

70 anos da morte de Evita: o destino extraordinário e macabro do corpo de Eva Perón

Ontem 18:39

A vida de María Eva Duarte de Perón, mais conhecida como Evita, foi tão mítica que inspirou um dos musicais mais populares da história. Neste 26 de julho, quando se completam 70 anos de sua morte, a ex-primeira-dama permanece como a mulher mais famosa da Argentina.

 O corpo de Eva Perón foi embalsamado após a sua morte em 26 de julho de 1952

© Getty ImagesO corpo de Eva Perón foi embalsamado após a sua morte em 26 de julho de 1952

 

Lendária não foi apenas a vida da mulher de Juan Domingo Perón, o fundador do movimento peronista. A morte de Evita também.

Dois milhões de pessoas foram às ruas para acompanhar a passagem de seu caixão. Seu velório durou duas semanas.

Mas não acabou aí. O corpo da ex-primeira-dama enfrentou uma odisseia até chegar ao seu atual local de descanso, no cemitério da Recoleta, bairro da elite de Buenos Aires.

A morte

A atriz que deixou sua carreira para se tornar "mãe dos pobres", que cultivou tanto adoração quanto ódio entre os argentinos durante os tempos de seu marido no poder, morreu aos 33 anos em razão de um câncer de colo do útero.

O nível de fervor que ela gerou e a importância simbólica de Evita para o peronismo foi tal que, pouco antes de sua morte, o Congresso lhe concedeu o título de Chefe Espiritual da Nação.

Perón queria que sua segunda esposa fosse embalsamada e que seus restos mortais descansassem no Monumento ao Descamisado, um mausoléu faraônico que seria construído especialmente para Evita.

A conservação do corpo foi confiada ao prestigiado anatomista espanhol Pedro Ara, que começou a tarefa poucas horas depois da morte dela.

No entanto, transformar Evita em "uma estátua" - como Ara registrou em suas memórias - levaria muitos meses.

Enquanto se planejava a construção do gigantesco mausoléu, o médico fazia seu trabalho no segundo andar da Confederação Geral do Trabalho (CGT), principal central sindical da Argentina, para onde o corpo havia sido levado após o histórico funeral.

 O momento em que o caixão de Eva Perón chegou ao prédio da CGT em Buenos Aires

© Getty ImagesO momento em que o caixão de Eva Perón chegou ao prédio da CGT em Buenos Aires

Ara completou sua tarefa um ano depois, mas o mausoléu ainda era apenas um projeto.

Perón cai

Os planos tomaram um rumo inesperado em 1955, três anos após a morte de Evita, quando Perón foi derrubado por um golpe militar durante a chamada Revolução Libertadora, que proibiu o peronismo por quase duas décadas.

O presidente deposto fugiu para o exílio, mas o corpo de Evita permaneceu na CGT, sob os cuidados de Ara.

O que aconteceu em seguida ficou em segredo por 16 anos, e só seria revelado décadas depois graças a investigações jornalísticas e livros como Santa Evita (1995), de Tomás Eloy Martínez, que acaba de ser transformado em série pela plataforma Star+.

Um dos trabalhos que foram mais a fundo foi realizado por Miguel Bonasso, jornalista, político e ex-integrante da guerrilha peronista Montoneros. Também serviu de roteiro para o documentário Evita - La Tumba Sin Paz (Evita - O Túmulo Sem Paz, em tradução livre), realizado em 1997 pelo cineasta e atual ministro da Cultura da Argentina, Tristan Bauer.

Segundo Bonasso, os militares que derrubaram Perón queriam se certificar que o corpo que jazia na CGT era de fato o de Evita e não "uma boneca de cera".

"Para a avergiuação, nomearam uma comissão de médicos notáveis, que ​​extraíram um pedaço de tecido da orelha esquerda para exame histopatológico e cortaram um dedo para [conferir] a impressão digital", diz o documentário sobre as duas primeiras mutilações sofridas pelo cadáver de Evita.

Depois de realizar os exames, que incluíram uma série de raios-X, foi confirmado que o corpo pertencia à ex-primeira-dama e que Ara conseguiu preservá-lo "com todos os seus órgãos internos".

O medo de que os peronistas tentassem roubar o corpo para "usá-lo como uma tocha para incendiar o país" levou os militares a arquitetar um sinistro plano secreto: sequestrar o corpo de Evita e escondê-lo.

'Não me esqueça'

O general Pedro Eugenio Aramburu, que comandou a Argentina entre 1955 e 1958, confiou a operação ao tenente-coronel Carlos Moori Köenig, chefe do Serviço de Inteligência do Exército (SIE).

Pedro Eugenio Aramburu foi um personagem-chave na história do que aconteceu com os restos mortais de Evita
© Getty ImagesPedro Eugenio Aramburu foi um personagem-chave na história do que aconteceu com os restos mortais de Evita

Segundo o historiador argentino Felipe Pigna, que escreveu dois livros sobre Eva Perón, a ordem era sequestrar o corpo e dar-lhe "um enterro cristão, que não poderia significar outra coisa senão um enterro clandestino".

Mas Moori Köenig desobedeceu ao presidente. Seus homens levaram o corpo em uma caixa comum e sem identificação e tentaram escondê-lo em diferentes partes de Buenos Aires.

No entanto, seus movimentos foram seguidos por membros da nascente resistência peronista, que observavam o caminho furtivo do corpo e deixavam velas e flores - segundo Pigna, da planta Myosotis, mais conhecida como "não me esqueça" -, indicando que eles sabiam do paradeiro do corpo.

Em seu site elhistoriador.com.ar, Pigna contou como o crescente nervosismo dos sequestradores acabou causando uma tragédia, fato também registrado no livro Santa Evita.

Quando Moori Köenig colocou o corpo embalsamado aos cuidados pessoais de seu vice, major Eduardo Arandía, o caixão com o corpo de Evita foi escondido no sótão da casa que dividia com a esposa e a filha pequena.

"A paranoia impediu o major Arandía de dormir", diz Pigna.

"Uma noite, ele ouviu barulhos em sua casa na avenida General Paz, 500, e, acreditando que era um comando peronista que vinha resgatar o corpo, pegou sua pistola 9 milímetros e esvaziou o pente em um vulto que se movia na escuridão: era sua esposa grávida, que caiu morta no local."

Após esse episódio, Moori Köenig levou o corpo de Evita para uma pequena sala ao lado de seu escritório, onde o colocou na posição vertical, escondido dentro de uma caixa que originalmente continha material para transmissões de rádio.

Pigna e Bonasso concordam que o coronel tinha uma obsessão pelo cadáver de Evita, que também exibia "como troféu".

 Evita foi proclamada pelo Congresso como Chefe Espiritual da Argentina

 © Getty ImagesEvita foi proclamada pelo Congresso como Chefe Espiritual da Argentina

 

Mas uma das pessoas a quem Moori Köenig mostrou o corpo, a jovem María Luisa Bemberg - que mais tarde se tornaria uma cineasta premiada - ficou horrorizada e revelou o segredo a um amigo de sua poderosa família que tinha um importante cargo militar.

Foi assim que o presidente Aramburu descobriu o segredo. Assim, ele substituiu Moori Köenig e nomeou em seu lugar o tenente-coronel Héctor Cabanillas, um duro antiperonista que havia organizado ataques frustrados contra o ex-presidente no exílio.

Cabanillas propôs retirar o corpo do país e em 1957 iniciou a Operação Transferência, também conhecida como Operação Evasão.

Ajuda do Vaticano

Entrevistado para o documentário Evita - La Tumba Sin Paz, Cabanillas, morto em 1998, explicou que sua decisão de levar o corpo para o exterior não se baseou apenas em informações que indicavam que "os comandos peronistas estavam preparados para resgatar o cadáver e usá-lo como uma bandeira política para seus propósitos".

Ele também temia "pessoas do governo que pretendiam desaparecer com o corpo", seja jogando-o no rio (uma prévia dos "voos da morte" da ditadura argentina da década de 1970) ou "explodindo o prédio" do Serviço de Inteligência do Exército para que os restos mortais sumissem.

Foi decidido transferir o corpo para a Itália, objetivo que, disse Cabanillas, foi alcançado "graças à intervenção ativa e muito especial da Igreja [Católica]".

"Um representante de Sua Santidade [o papa] interveio diretamente para abrir o caminho", disse o militar sobre a operação - tão secreta que nem o presidente sabia dos detalhes.

O representante do Vaticano comprou um túmulo em um cemitério comunal em Milão e ficou encarregado de processar os papéis para a chegada do corpo.

Em abril de 1957, o caixão de Eva Perón foi transferido de navio para Gênova, fazendo-o passar como o de uma viúva italiana que havia morrido na Argentina chamada María Maggi de Magistris.

Pigna conta que os dois homens encarregados da transferência tiveram um susto quando chegaram ao porto genovês, pois encontraram uma grande multidão esperando a chegada do navio e temiam que fossem adoradores de Evita (que havia sido muito popular durante suas visitas à Itália e à Espanha nos anos 1940).

Mas o grupo aguardava por partituras do compositor Giuseppe Verdi que viajavam no mesmo navio e haviam sido repatriadas do Brasil.

O caixão foi transferido para Milão, onde os restos mortais foram finalmente enterrados no cemitério Maggiore.

 Os restos mortais de Evita ficaram escondidos em um cemitério de Milão por quase uma década e meia

 © Getty ImagesOs restos mortais de Evita ficaram escondidos em um cemitério de Milão por quase uma década e meia

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Evita passaria 14 anos enterrada sob uma lápide falsa. Para não levantar suspeitas, uma freira chamada Giuseppina foi até paga para levar flores ao túmulo.

"Tia Pina", como era conhecida, "nunca soube que levava flores para Eva Perón", diz Pigna, que a entrevistou.

'Operação Devolução'

O destino dos restos mortais de Evita foi um mistério para os argentinos até 1970. Naquele ano, um grupo de jovens Montoneros sequestrou e assassinou o ex-presidente Aramburu, acusando-o, entre outras coisas, de ter feito o corpo desaparecer.

Em meio à crise e ao crescente poder da juventude peronista, o novo líder militar do país, general Alejandro Lanusse, propôs um "Grande Acordo Nacional" com Perón e - como sinal de boa vontade - ofereceu devolver ao ex-presidente exilado os restos mortais de sua segunda esposa.

Lanusse pediu a Cabanillas que organizasse a Operação Devolução.

No final de 1971, o corpo foi exumado e levado por estrada para a residência de Perón em Madrid.

De acordo com a investigação de Bonasso, o ex-presidente tirou fotos do corpo da ex-mulher no local, revelando 35 ferimentos diferentes. Mas essas imagens permaneceram ocultas.

Bonasso também afirma que, enquanto o corpo permanecia na residência de Perón na capital espanhola, sua jovem terceira esposa, María Estela Martínez - mais conhecida como Isabel -, realizava cerimônias secretas de "transmutação de poder", de mãos dadas com o seu braço direito, José López Rega, conhecido como "o bruxo" pelas suas conexões com o esoterismo.

A intenção era receber "o carisma de Evita" (mas não há provas de que tal episódio tenha de fato ocorrido).

Isabel Perón junto com seu braço direito, José López Rega, conhecido como 'o bruxo' pelas suas conexões com o esoterismo

© Getty ImagesIsabel Perón junto com seu braço direito, José López Rega, conhecido como 'o bruxo' pelas suas conexões com o esoterismo

Após o retorno de Perón à Argentina, em 1973, e o triunfo nas eleições daquele ano, com Isabel como vice-presidente, cresceu a pressão para que os restos mortais de Evita fossem repatriados.

Mas isso só aconteceu depois da morte do fundador do peronismo, em 1974.

Em um macabro "olho por olho", o que finalmente fez o corpo embalsamado de Eva Perón retornar à Argentina foi o roubo de outro cadáver: Aramburu, o homem que havia encomendado o sequestro da ex-primeira-dama.

A mesma guerrilha que havia executado Aramburu roubou seu corpo do cemitério da Recoleta e exigiu como resgate que o novo governo de Isabel Perón trouxesse de volta a "companheira Evita".

Isso aconteceu e, em novembro de 1974, o corpo da ex-primeira dama retornou definitivamente ao seu país, onde foi mumificado, restaurado e exibido junto ao de seu marido - ele, em caixão fechado - na cripta funerária da Quinta de Olivos, a residência presidencial.

Os restos mortais de Evita foram finalmente expostos ao público 22 anos após sua morte, junto com o caixão de seu marido

 © Getty ImagesOs restos mortais de Evita foram finalmente expostos ao público 22 anos após sua morte, junto com o caixão de seu marido

A ideia de Isabel era criar um grande mausoléu - o Altar da Pátria - para abrigar os restos mortais de ambos e de outros heróis nacionais, mas esse projeto também foi interrompido.

Com menos de dois anos de governo, os militares a derrubaram e voltaram ao poder na Argentina, dando origem ao regime mais sangrento do país.

O novo governo entregou os restos mortais de Evita aos Duarte, a família da ex-primeira-dama, que a enterrou sob rígidas normas de segurança no mausoléu da família na Recoleta, onde já estavam sua mãe e seu irmão Juan.

Foi assim que a "mãe dos pobres" foi parar em uma local no cemitério mais caro e exclusivo de Buenos Aires e, ainda hoje, 70 anos depois de sua morte, segue como o mais visitado.

O túmulo de Evita Perón no cemitério da Recoleta

© Getty ImagesOs restos mortais de Evita ficaram escondidos em um cemitério de Milão por quase uma década e meia

- Este texto foi publicado em http://bbc.co.uk/portuguese/internacional-62311886



segunda-feira, 25 de julho de 2022

DE UM ÁLBUM DE RETRATOS DE MEU PAI

Uma fotografia importante para a História do Rio Grande do Norte, de figuras de famílias tradicionais na terra Norte-rio-grandense e outros estados brasileiros: Montenegro e Lins Caldas. Ambas famílias chegaram na terra potiguar procedentes do Pernambuco. Nesta foto podemos conferir na linha do meio, da esquerda para direita: Os Assuenses pioneiros no Brasil chamados João Moacir de Medeiros – 1921-2008, (Moacir foi o fundador de uma das maiores empresas de publicidade do país, a JMM Publicidade, estabelecida na rua Almirante Barroso, Centro da capital carioca. E quem não se lembra da propaganda do Banco Nacional de Minas Gerais – do guarda-chuva que abria o JN, da TV Globo? Conta-se que a sigla JN, foi de sua iniciativa. Foi ele, dr. Medeiros, como era conhecido nos meios empresariais, o primeiro marqueteiro político do Brasil, fazendo a campanha, a convite do banqueiro e político Magalhães Pinto, de Celso Azevedo para prefeito de Belo Horizonte, em 1954) e o poeta e pensador João Lins Caldas (1888-1967) considerado por Antônio Bento, entre outros do mundo literário como o “pai da poesia moderna Brasileira”, pois em 1917, muito antes da Semana de Arte Moderna no Brasil, 1922, Caldas já escrevia versos brancos, emancipados dos grilhões da métrica, Era ele, Caldas, amigo íntimo de José Geraldo Viera, um dos maiores nomes do romance moderno brasileiro, que fez João Lins Caldas, seu amigo íntimo, personagem do seu segundo romance urbano intitulado Território Humano, 1936. Em 1946, Caldas alcança outra façanha, pois em 'Cartas A Minha Filha em Prantos' (outro livro de José Geraldo Vieira), afirma Vieira que João Lins Caldas é o seu verdadeiro personagem “Cássio Murtinho”.
 
Ainda na fotografia podemos conferir outras figuras: na linha de cima, da esquerda para direita: Nelson Borges Montenegro que foi prefeito de Ipanguaçu, e deputado estadual na década de setenta, Edmilson Lins Caldas (meu pai) que foi vereador em Ipanguaçu e agropecuarista, fundador de grandes cooperativas e maçonarias no estado potiguar (ele dizia que o segmento cooperativista era a saída para o desenvolvimento, para o progresso), Edgard Borges Montenegro, ?, e João Batista Borges Montenegro, ambos deputados estaduais, além de prefeito de Assu e de Afonso Bezerra, respectivamente, além de auxiliares do governo Cortez Pereira. Na linha de Baixo, da esquerda para direita: Paulo Macedo Montenegro que foi deputado estadual constituinte de 1988 (que por sinal além de primo, é meu compadre duplamente), sendo segundo secretária da Assembleia Legislativa/RN, seguido de irmãos e primos que também tem cada um deles, a sua história. 
 
Foto tirada na Lagoa da Ponta Grande, na Fazenda Itu/Picada, em 1960. Mais histórias a contar das figuras citadas, membros das famílias Montenegro, Lins Caldas, Sena, Wanderley, Varela Barca, Paes Barreto... (Moacir era da família Lins Caldas do Assu e Ipanguaçu, pelo lado de sua mãe Maria Francisca Lins Caldas de Medeiros, casada que fora com José Lúcio de Medeiros – Zé Medeiros. Ela, Maria Francisca, prima legitima e irmã de criação de meu avô paterno chamado Luiz Lucas Lins Caldas Neto). Fica o registro para a história do Vale do Açu.
 
(Fernando Caldas)
 
 Pode ser uma imagem de 5 pessoas, criança e pessoas em pé

PELO DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA Se Guilherme de Almeida escreveu 'Raça', em 1925, uma obra literária “que tem como tema a gênese da na...