Solon Wanderley era proprietário da famosa Padaria Santa Cruz, junto com seu irmão Afonso Wanderley. Sua mãe Alice Wanderley era poeta. Solon gostava de produzir trovas jocosas, amorosas, religiosas. Num certo Concurso Internacional de Trovas promovido pelo Clube dos Trovadores do Seridó no começo da década de setenta ele partcipou com a seguinte trovinha classificada em sétimo lugar que diz assim:
Das mil estradas da vida,
Por uma Jesus desceu.
Quero galgar-lhe a subida...
Pobre mortal! Quem sou eu?
terça-feira, 19 de janeiro de 2010
segunda-feira, 18 de janeiro de 2010
CARNAUBAIS
*Por Aluízio Lacerda
Carnaubais nosso berço nativo, tu és tão maravilhosa quanto o ufanismo expresso dos cariocas com a beleza do Cristo Redentor, mas vóis sois tão magestosa, altaneira de princípios, ordeira, pacata, sentimento dos nossos ancestrais, beleza ética dos verdes carnaubais.
Seu povo, costumes, tradições e riquesas, sobrevivem de geração pra geração, admirando o leito do Piranhas, rio que nos deu tudo e muito levou.
Nas suas águas correm nossas mágoas pra transbordar no oceano em forma de esperança.
Carnaubais defendemos teu nome com orgulho, coragem, perseverança, serás sempre admirada por uns, criticada por outros, não importa a razão, nem o motivo, o que vale é enaltecer o teu valor.
Estamos continuadamente na luta pelo teu progresso, os ideais permanecem, os objetivos com certeza serão concretizados.
Salve à todos que lutam em prol do teu crescimento, independente da cor ou facção partidária, sempre estaremos na trincheira do seu porvir.
*Aluzio Lacerda é professor, jornalista, blogueiro.
domingo, 17 de janeiro de 2010
CHICO DIAS, DE NOVO
Chico Dias é uma figura folclórica e espirituosa da cidade de Assu por onde foi candidato a vereador por diversas vezes. Atualmente é corretor de imóveis bem sucedido. Não perde a oportunidade para soltar um repente, um dito espirituoso. Pois bem, Ivete Medeiros fundou naquela terra assuense uma instituição denominada GAVA - Grupo Ambientalista do Vale do Assu. Ao se encontrar com Chico Dias fez o convite: "Chico estou lhe convidando para fazer parte do GAVA, posso contar com você?" "Ora, Ivete, mataram Chico Mendes imagine Chico Dias!" Recusou Chico em cima da bucha.
AMOR
AMOR
Amor recompensado, que compensa,
Que se revela amado e, se não fosse,
O mesmo não seria, atado e doce
- O coração talhado na descrença.
Amor que sente e vê, amor que pensa,
Que pensando se fez e cauculou-se,
Amor que se escondeu, e revelou-se
Só quando refletido n´outra crença.
Amor que os passos vê, que conta os passos,
Fugitivo da dor, dos embaraços,
Os pesares notando, os males vendo.
Não é este, sem dúvida, o amor buscado.
Porque o amor no meu amor notado
É o bem mais cégo na cegueira ardendo.
João Lins Caldas
Amor recompensado, que compensa,
Que se revela amado e, se não fosse,
O mesmo não seria, atado e doce
- O coração talhado na descrença.
Amor que sente e vê, amor que pensa,
Que pensando se fez e cauculou-se,
Amor que se escondeu, e revelou-se
Só quando refletido n´outra crença.
Amor que os passos vê, que conta os passos,
Fugitivo da dor, dos embaraços,
Os pesares notando, os males vendo.
Não é este, sem dúvida, o amor buscado.
Porque o amor no meu amor notado
É o bem mais cégo na cegueira ardendo.
João Lins Caldas
ZILDA ARNS
Que a alma de Zilda Arns "há de brilhar e florescer como talvez em nenhuma outra alma no mundo."
É a homenagem deste blog.
É a homenagem deste blog.
sábado, 16 de janeiro de 2010
RAPAZES ASSUENSES
Rapazes assuenses, início da década de setenta. Direita para esquerda: Francisco de Souza Junior (Juninho de Chico de Ernesto), Rubian Soares, Arnourd Abreu (Arnouzinho)?, (?) Arnóbio Abreu e Osman Alves. Juninho é advogado, Rubian é dentista, Arnouzinho galeceu recentemente, Arnóbio também jpa falecido foi deputado estadual presidente da Constituinte de 1989 e Osman é dentista aposentado. Como não podia ser diferente para um bom assuense, todos tomando "umas e outras". O local é o Centro Cearense que ficava na esquina da rua João Pessoa com a Deodoro, em Natal.
CARNAUBAIS ONTEM
A fotografia acima fora tirada na posse de Texeirinha como prefeito de Carnaubais (RN) onde podemos ver o agropecuarista Juca Benevides (falecido recentemente), (?), (?), o deputado Olavo Montenegro, Francisco de Souza (Chico de Ernesto) e o prefeito recém empossado Texeirinha que, se não me engano, foi o terceiro prefeito daquele importante município do Vale do Assu. Carnaubais antes de ter foros de cidade em 1963 através do projeto de lei do deputado Olavo Montenegro era denominada Santa Luzia.
Em tempo: Que o dinâmico prefeito e blogueiro Luizinho Cavalcanti e o professor e também blogueiro Aluízio Lacerda me ajude a identificar as outras figuras constantes naquela fotografia do arquivo do dentista assuense de Carnaubais Osman Alves.
Em tempo: Que o dinâmico prefeito e blogueiro Luizinho Cavalcanti e o professor e também blogueiro Aluízio Lacerda me ajude a identificar as outras figuras constantes naquela fotografia do arquivo do dentista assuense de Carnaubais Osman Alves.
sexta-feira, 15 de janeiro de 2010
SOBRADO DE ZÉ BELEZA
Sobrado conhecido pelos assuenses mais antigos como Sobrado de Zé Beleza, funcionou seminário, grupo de escoteiros. É de propriedade, se não me engano, da Paróquia de São João Batista, padroeiro do Assu-RN. Está assentado na rua Moisés Soares, antiga rua de Ortas, Centro daquela terra de centenários casarões.
OLIVEIRA JUNIOR
Olegário de Oliveira Junior (1895-1983), poeta dos bons, escritor, articulista, colaborou nos jornais do Assu sua terra natal e na imprensa da cidade do Natal, como "Jornal de Natal", dentre outros. Em 1961 imortalizou-se ingressando na Academia Norte-Rio-Grandense de Letras. Sobre ele, disse alguém: "poeta de classe, um artista de fibra, conhecedor emérito dos segredos das rimas". Oliveira Junior está antologiado por Rômulo Wanderley na sua antologia intitulada "Panorama da Poesia-Norte-Rio-Grandense", 1965, além da antologia de Ezequiel Fonseca Filho intitulada "Poetas e Boêmios do Assu, 1984. Da sua antologia intitulada "Frutos do Meu Pomar" (sonetos), transcrevo estes belos versos amorosos como prova da grandesa do seu poetar, sob o título "Eu", que diz assim:
Fiz de ti minha musa e meu sinsero culto,
E fiz de teu afeto o deus da miséria crença,
Sinto a minha alma e festa, e canto, e rio, e enxulto,
Quando fitas em mim, cheia de graça imensa.
Deixa que nos malsine o mundo vil e estulto,
Pois rigores não há que um grande amor não vença.
Amparado na fé e a contemplar teu vulto,
Jamais naufragarei nos mares da descrença.
Confia, espere e crê nos dias do futuro
Viverás sempre em mim como um sol refulgente,
A iluminar o céu de nosso amor tão puro.
Vencerei a maldade, a inveja, o preconceito,
Tendo a guiar-me na vida o teu olhar ardente,
Contra nas perfídias do ódio e a fúria do espelho.
Ainda é dele, Oliveira Junior, esta estrofe adiante: E eu sozinho! E eu tão só, a chicotear-me o vento.
quinta-feira, 14 de janeiro de 2010
SAUDADES DE MARIA EUGÊNIA
Maria Eugênia Maceira Montenegro foi a primeira mulher a fazer parte da Academia Potiguar de Letras. Natural de Lavras, Minas Gerais, e assuense por escolha. No Assu começou a fazer (onde viveu mais de sessenta anos) versos por influência dos poetas daquela terra principalmente do grande bardo João Lins Caldas com quem conviveu na intimidade. Fica a homenagem e a lembrança deste blog. É produção daquela escritora imortal (que com sua partida para o outro lado deixou o Assu "mais pobre e deserdado de seu talento"), o poema seguinte de tanta verdade:
Minhas mãos são asas.
Taças,
Preces.
Quando anseio a liberdade,
Quando tenho sede de amor, quando minha alma se transforma em dor.
NOTA
cada dia mais nos empolgamos com a força do povo. Pois tenho andado, sentindo. Não tenho dúvidas: o povo faz liderança na hora que quer. E o povo está cada dia mais aprendendo com o sofrimento. Lamento profundamente que a grande imprensa divulgue que Assú só tem um pré-cadidato a deputado estadual. Isso é atropelar a história e a realidade, pois na verdade o Assú tem três pré-candidatos a deputado estadual.
Ao amigo Fernando Caldas (Fanfa). Fanfa li o seu comentário e gostei. Gostei amigo, pois amigo é pra essas coisas. Desculpe pela ausência, realmente foi um lapso de memória. Mas da mesma forma leio o seu blog todos os dias. Pra quem não sabe Fanfa é pré-candidato a deputado federal. E temos outro conterrâneo nosso candidato a Câmara federal Tião de Aurinha. Um pelo PC do B e o outro pelo PPS.
CAUSOS
"Memórias Provincianas" é um dos livros do escritor (de minha admiração) Valério Mesquita, publicado em 2004 pela editora "Sebo Vermelho", de Natal. Aquela edição tem prefácio do imortal Iaperi Araújo. Daquele livro, transcrevo quatro estórias referentes a figuras da região do Assu (minha terra natal). Vejamos para o nosso bem estar, adiante:
"01 - Oliveira Júnior era uma figura estimada, escritor e articulista. Escreveu um livro intitulado "Frutos do Meu Pomar", bastante conhecido e lido, na época. Foi relator da Folha da Tarde de Djalma Maranhão e adépto de idéias de João Café Filho. Seus filhos Guaracy, Queiroz e Paulo Oliveira no tempo de Revolução de Março de 1964 foram detidos pelo arbítrio e alojados nas selas do quartel da Polícia Militar do Estado. Certo dia, foi ao quartel visitar os filhos e ao chegar, ouviu de outro preso político Hélio Vasconcelos, uma saudação inesperada e humorada: "Oliveira, bom dia, venha ver onde estão os frutos do seu pomar".
02 - O meu amigo Edgard Borges Montenegro, ex-deputado, ex-prefeito do Assu, é tido por alguns como "pão duro". Talvez por ter sido, ao longo de sua vida pública, muito assediado pelo povo. Em sua casa de Assu, quando chegava alguém ao portão, perguntando: "Edgarstá?" Lá dentro Edgard resmungava automaticamente: "Nenhum tostão!"
03 - Chico Barreto, aos 77 anos de idade, era brigado com a esposa. Moravam juntos mas não se cumprimentavam. Briga igual só a de judeu com palestino. Mas, nas horas de refeição havia uma trégua esquisita. Para não chamar pelo nome do marido, assim o convoca à mesa: "Xô galinha, xô"! Aí Chico Barreto vinha, sentava e comia. Briga é briga. Senha é senha.
04 - Chico Barreto sempre comparecia aos velórios e enterros em Pendências, mas custumava nunca entrar no cemitério. O fato se tornou notório. Um dia um curioso observador perguntou-lhe: "Chico, por que você não entra no cemitério?" Resposta na ponta da língua: "Porque quem não é visto não é lembrado".
"01 - Oliveira Júnior era uma figura estimada, escritor e articulista. Escreveu um livro intitulado "Frutos do Meu Pomar", bastante conhecido e lido, na época. Foi relator da Folha da Tarde de Djalma Maranhão e adépto de idéias de João Café Filho. Seus filhos Guaracy, Queiroz e Paulo Oliveira no tempo de Revolução de Março de 1964 foram detidos pelo arbítrio e alojados nas selas do quartel da Polícia Militar do Estado. Certo dia, foi ao quartel visitar os filhos e ao chegar, ouviu de outro preso político Hélio Vasconcelos, uma saudação inesperada e humorada: "Oliveira, bom dia, venha ver onde estão os frutos do seu pomar".
02 - O meu amigo Edgard Borges Montenegro, ex-deputado, ex-prefeito do Assu, é tido por alguns como "pão duro". Talvez por ter sido, ao longo de sua vida pública, muito assediado pelo povo. Em sua casa de Assu, quando chegava alguém ao portão, perguntando: "Edgarstá?" Lá dentro Edgard resmungava automaticamente: "Nenhum tostão!"
03 - Chico Barreto, aos 77 anos de idade, era brigado com a esposa. Moravam juntos mas não se cumprimentavam. Briga igual só a de judeu com palestino. Mas, nas horas de refeição havia uma trégua esquisita. Para não chamar pelo nome do marido, assim o convoca à mesa: "Xô galinha, xô"! Aí Chico Barreto vinha, sentava e comia. Briga é briga. Senha é senha.
04 - Chico Barreto sempre comparecia aos velórios e enterros em Pendências, mas custumava nunca entrar no cemitério. O fato se tornou notório. Um dia um curioso observador perguntou-lhe: "Chico, por que você não entra no cemitério?" Resposta na ponta da língua: "Porque quem não é visto não é lembrado".
terça-feira, 12 de janeiro de 2010
A TRAJÉDIA QUE ENLUTOU O RIO GRANDE DO NORTE
"O mergulho do avião no Rio do Sal levou para o silêncio da morte planos e intenções"
Às 4h15 da manhã do dia 12 de julho de 1951 decolava do aeroporto de Parnamirim o avião Douglas, de prefixo PL - 3 PPLG da LAP - Linhas Aéreas Paulistas com destino ao Rio de Janeiro. A bordo daquela aeronave, o governador potiguar Dix-Sept Rosado que regressava aquela capital carioca com o objetivo de tratar de assuntos políticos e, principalmente, conseguir recursos para "reconstruir o Estado dos efeitos desastrosos da calamidade climática".
Em sua companhia alguns seus auxiliares e amigos como Mário Negócio, Felipe Pegado Cortez, Jacob Wolfson, José Gonçalves de Medeiros, Fernando Tavares [Vem-Vem] e sua esposa Maria Celste Tavares (meus avós maternos), além de Marina Nina de Oliveira e seu filho pequeno, bem como Pedro dos Santos, Agenor Coelho, além dos tripulantes comandante aviador Áureo Miranda, co-piloto José de Souza Neto, o radioperador Eurico Pereira Bendelho e o comissário Sérvulo Duarte Gonçalves, dentre outros.
Aquele avião teria que fazer escala no Recife, Aracajeió. Naquela aeronave viajava também o assuense Majó Manuel de Melo Montenegro que teria desembarcado na capital pernambucana. Do Recife, o avião proseguiu viagem. A próxima escala seria a cidade de Aracaju, antes, porém, de entrar em reta final sobrevoou o rio do Sal daquela capital sergipana para pouso quando segundo informações dos moradores do povoado Sobrado, o avião começou a inclinar as asas, para ouvirem em seguida, o barulho ensurdecedor provocado pela queda da aeronave. O desastre ocorreu precisamente às 8h40 no riacho Calumbi, afluente do rio do Sal. Poucos minutos depois os jornais recebiam notícias da grande trajédia que enlutou o Rio Grande do Norte e Sergipe, conforme informações do Sergipe-Jornal, edição do dia 12 de julho de 1951.
Outra matéria sobre aquele acidente vamos encontrar naquele mesmo jornal datado de 13 de julho daquele mesmo ano. O pesquisador Valderley Ferreira de Matos, de Aracaju, diz que aquele periódico informa que "muitas horas após a trajédia a agência da LAP em Aracaju não sabia informar quais passageiros e tripulantes viajavam e fazia crítica à falta de manutenção da aeronave, dizendo que "avião que cai é avião sem manutenção e com carga acima do limite". Foi, segundo se comentava na época, o excesso de carga a causa daquele episódio que vitimou 28 passageiros e quatro tripulantes.
Aquele pesquisador ainda depõe que naquele acidente "morreram seis membros da família Diniz e três da Sampaio Melo, famílias tradicionais da capital pernambucana, além do sergipano Raimundo Leite Torres, filho de Anízio Fontes Torres, fazendeiro de Estância, interior Sergipano.
Há informações que aquela "aeronave estava sobrecarregada e no limite máximo de passageiros, tudo leva a crê que o comandante fez uma manobra brusca para entrar em reta final do pouso, perdendo, contudo, o controle do avião. Não houve incêndio, como a princípio se pensou. Os corpos das vítimas foram transportados do local do acidente para o Hospital Cirurgia, para serem embalsamados e enviados para os estados de origem."
Os corpos do fazendeiro e comerciante em Açu chamado Fernando Tavares e sua esposa dona Celeste foram identificados pelo médico Samuel, casado com uma assunse que naquela época clinicava em Aracaju. Foi o vigésimo desastre aviatório ocorrido no Brasil.
A propósito daquele acidente, o cancioneiro popular escreveu:
[...]
No dia 12 de julho
Se viu no firmamento
Que o sol resplandecia
Os seus raios pardacento
Como quem dava sinal
Deste acontecimento.
O nosso governador
Jerônimo Dix-Sept-Rosado
Formando uma viagem
A qual tinha projetado
Para o Rio de Janeiro
A benefício do Estado
Em sua companhia
Os seus auxiliares
A interesse do mesmo
Ocupando seus lugares
E junto dr. Jacob,
Sr. Fernando Tavares.
Dona Celeste Tavares
E d. Maria Nina
E seu filhinho querido
Nesta hora matutina
Sandoval, Pedro dos Santos
Que tiveram curta sina
Sr. Agenor Coelho,
Seguia neste transporte;
Foram 12 companheiros
Do Rio Grande do Norte.
Sem pensar que neste dia
Fosse pouco a sua sorte
As 4 horas e 15
Todos eles embarcaram
Num avião da LAP
Conforme se combinaram
Sem menor perda de tempo
No aparelho voaram.
Todos bem regozijados
Regressando da cidade
Pra fazerem a viagem
Com Paz e felicidade
Não julgavam nem por sonho
Na triste fatalidade.
O rifão tem um ditado
Que o provérbio nos diz
Que jamais se sabe a hora
De alguém está feliz
Quando a gente não esperava
Chegar o momento infeliz
Todos eles satisfeitos
Em uma só harmonia
Exceto Vem-Vem
Que viajar não queria
Como quem advinhava
Seu coração lhe dizia.
Muita gente de Açu
As vezes lhe perguntava
Para o Rio de Janeiro
Quando ele viajava
Ele dizia que esta
Viagem muito receava
Porém Dix-Sept chamo-o
Como seu maior amigo
Para conhecer o Rio
Em companhia consigo
Não julgando que eles fossem
Vítima deste perigo.
E provou que era amigo
Até o último transporte
Muito embora neste dia
Tivesse mesquinha sorte
Porém provando que era
Amigo de vida e morte.
fernando.caldas@bol.com.br
segunda-feira, 11 de janeiro de 2010
PPS - RN
Partido Popular Socialista (naquela agrmiação partidária sou filiado desde o ano de 2000) partido pelo qual fui candidato a vereador de Natal nas eleições de 2008. Agora, sou candidato a candidato a deputado federal, carregando no meu currículo a experiência legislativa e ter execido importantes cargos públicos no Governono e na Assembléia Legislativa do Rio Grande do Norte, além de ter sido com muita honra vereador por um longo peródo e presidente da Câmara Municipal do Assu. Fica o registro.
domingo, 10 de janeiro de 2010
RESGATE DE UMA "MEMÓRIA ASSUENSE"
(Transcrevo abaixo, o importante artigo escrito pela professora Terezinha de Queiroz Aranha no "Jornal da Colônia Assuense, edição de março de 1995, sobre o Assu e região do Baixo Assu. Vejamos adiante):
"Na hora em que se mobilizam pessoas e instituições para festejar um século e meio de emancipação da Cidade de Assu e sugere-se a sistemátização de uma memória assuense é bom que divulguemos o que já vem sendo feito na Universidade Federal do Rio Grande do Norte através do Projeto de Trabalho Vale do Assu.
Entendendo que uma Memória não deverá se restringir apenas a edição de textos, o grupo de trabalho responsável, resolveu como passo inicial, dar um enfoque especial à coleta e armazenamento da documentação existente sobre a região, espalhada por diversas entidades do Estado.
Resultante desse esforço de coleta, a "Coleção Documental" já conta com uma organização preliminar que agrupa seu acervo, nos seguintes itens:
- Produção jornalística, de escritores, cronistas e poetas;
- Recursos hídricos existentes (barragem, açudes e lagoas);
- a política de irrigação no Vale do Assu;
- recursos naturais (sal, carnaúba, petróleo, cerâmica, etc.);
- sistema econômico do Vale;
- esforço acadêmico empreendido por alunos e professores de Universidades locais e nacionais através de atividades tais como artigos em periódicios, monografias, projetos de pesquisa, dissertações de mestrado. Desse esforço acadêmico sobre o Vale do Assu já foram referenciados duzentos e vinte títulos.
A edição de textos foi iniciada com sete títulos, lançados em outubro de 1993, na cidade de Assu, e que se refere: ao estudo da Lagoa do Piató, ao desemprego na região de Macau, ocorrido pela modernização do parque salineiro; à parceria na agricultura irrigada; às alternativas tecnológicas para a cera de carnaúba; à história do autoristarismo e resistência que envolveu a implantação do Projeto Baixo Assu e finalmente a biografia e produção de vinte e um anos da vida do jornalista Osvaldo Amorim.
Na linha de biografias de pessoas da região, estamos concluindo o estudo sobre Manoel Rodrigues de Melo, escritor que imortalizou pelos livros que fez sobre paisagens, tipos e costumes do Vale do Assu, e que deverá ser lançado ao público possivelmente até meados de junho.
Afora esse trabalho que registra quase setenta anos de produção do autor e informes sobre ele (1926-1995), contamos com a sua mais recente produção "Memória do Livro Potiguar - apontamentos para uma bibliografia necessária", editada pela Editora Universitária e lançado ao público em 28/12/94.
Essa Memória, que arrola 1.005 verbetes, correspondente a produção de trezentos autores, abrangendo o período limite de 1870-1971, decorreu de uma exposição feita por Manoel Rodrigues de Melo quando dirigia a Academia Norte-rio-grandense de Letras. Sobre a finalidade dessa memória é ele mesmo que informa na apresentação original: "esse catálogo tem uma finalidade facilmente compreensível; arrolar a bibliografia norte-rio-grandense dispersa e muitas vezes perdidas, torná-la conhecidoa de leigos e especialistas e fixá-la para sempre num compêndio de fácil manuseio pelos interessados na matéria".
Dessa grande lição dada por esse varziano do Assu aos estudiosos e pesquisadores da bibliografia estadual, feita numa época em que os recursos da informática não chegavam até ele, resta um largo caminho a ser seguido pelos pesquisadores interessados no levantamento de novos títulos sobre temáticas do Rio Grande do Norte e suas diversas regiões entre as quais se inclui o Vale do Assu.
Sabendo que o resgate de uma Memória a ser localizada em Museus ou Centros de Documentação Histórica não se limita ao trabalho realizado até agora dentro da UFRN, pelo Núcleo da Seca, que precisava de inicio estimular a participação da comunidade assuense, é que partimos para interessar a Universidade Regional do Estado a se incorporar ao nosso esforço no sentido de criar e implantar no Campus Avançado de Assu um Centro de Pesquisa e Documentação Histórica, capaz não só de realizar projetos de pesquisas mas também mobilizar a participação de assuenses/varzianos que vivendo fora da vida universitária se interesse pelo assunto.
A partir de um trabalho que já vinha sendo desenvolvido, pela UFRN, essas novas intenções foram respaldadas pela Reitoria da Universidade Regional de Mossoró, que no dia 22 de julho de 1994, assinou convênio com o Reitor da UFRN, visando subsidiar e acompanhar o Núcleo de Informação e Documentação Histórica do Vale do Assu, com o apoio do Núcleo Temático da Seca, da UFRN, e realizar em conjunto um projeto coletivo de pesquisa envolvendo diversos aspectos do Vale do Assu.
Com esse Convênio pretende-se dinimizar uma ação investigativa que engaje professores e alunos dos diversos Departamentos que funcionam o Campus Avançado de Assu.
Não resta dúvidas que avançamos um pouco nesse trabalho conjunto. Debates e cursos de pesquisas já foram realizados. Espera-se com isso tornar mais curto o caminho de quem deseja participar conosco dessa tarefa. Entendemos porém que foram passos iniciais.
O que desejamos com o Núcleo de Informação e Pesquisa Histórica do Vale do Assu é disseminar entre As Escolas da região, não só a impórtância da utilização desse resgate bibliográfico, mas integrá-las nos esforços de transformação dese Centro Histórico num verdadeiro "laboratório de interrogações" sobre o passado da população que habitou essa região e que também seja capaz de assegurar um conhecimento do seu presente notadamente das mudanças que o processo de modernização do parque salineiro de Macau e da agricultura troxeram, para o homem que vive, trabalha e sonha no Vale do Assu e na sua região salineira."
Terezinha de Queiroz Aranha
fernanado.caldas@bol.com.br
POESIA RELIGIOSA
Arte: Lúcia Caldas
SENHOR JESUS
Senhor Jesus, abrange a minha vida para tirá-la de todos os pecados
Dá-me das tuas mãos, com os cravos dolorosos
A benção eterna do Teu nome.
Mas senhor, se fora de mim eu não conheço felicidade,
Se a minha felicidade se distancia de todos os outros pólos consagrados,
E a minha felicidade é, única, a minha felicidade,
Morta a minha felicidade,
Morta a minha felicidade, já que os assassinos m'a mataram,
Tu, Senhor, para me ressuscitares a minha felicidade?
Eu convenci-me, Senhor, que fora das nossas há outras estradas,
Sadias aos nossos pensamentos, vivas às nossas verdades...
Ah! Senhor, a minha única verdade
A verdade única do meu pensamento.
Mas Tu, Senhor, da tua força podes talvez também me dar a única verdade.
João Lins Caldas
fernando.caldas@bol.com.br
SENHOR JESUS
Senhor Jesus, abrange a minha vida para tirá-la de todos os pecados
Dá-me das tuas mãos, com os cravos dolorosos
A benção eterna do Teu nome.
Mas senhor, se fora de mim eu não conheço felicidade,
Se a minha felicidade se distancia de todos os outros pólos consagrados,
E a minha felicidade é, única, a minha felicidade,
Morta a minha felicidade,
Morta a minha felicidade, já que os assassinos m'a mataram,
Tu, Senhor, para me ressuscitares a minha felicidade?
Eu convenci-me, Senhor, que fora das nossas há outras estradas,
Sadias aos nossos pensamentos, vivas às nossas verdades...
Ah! Senhor, a minha única verdade
A verdade única do meu pensamento.
Mas Tu, Senhor, da tua força podes talvez também me dar a única verdade.
João Lins Caldas
fernando.caldas@bol.com.br
sábado, 9 de janeiro de 2010
VAQUEJADA
Arte: Lúcia Caldas - Lúcia é filha do assuense (primeiro filho do Assu a se formar em engenharia civil) Raul de Sena Caldas, que regressou ao Rio de Janeiro no início da década de trinta, onde veio a falecer. Ela é natural do Rio de Janeiro onde reside atualmente.
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