segunda-feira, 22 de março de 2010
A VÁRZEA
Carnaubeiras, Vale do Assu.
Sob o fresco chapéu dos carnaubais frondosos
Alvíssimo lençol de fúlgidas areias,
Pesadas de conter os escombros das cheias,
É a várzea a se alastrar sob os pinhões viçosos.
Irmãs que são dos ramos buliçosos,
Sem flores conhecer e o dissabor alheias,
As raízes dos paús vão lhe rasgando as veias,
Com que, certo, alimenta os frutos saborosos.
Mãe das ervas de maio e dos feijões maduros,
Coberta de capim nas extensões cercadas,
Guarda troncos no seio e socavões profundos.
Tem, de longe, a cercá-la, entre os moitões escuros
Enorme, rude e bravo, as águas elevadas,
Meio a meio, a rasgá-la, um rio, os seios fundos.
JLCaldas
Sob o fresco chapéu dos carnaubais frondosos
Alvíssimo lençol de fúlgidas areias,
Pesadas de conter os escombros das cheias,
É a várzea a se alastrar sob os pinhões viçosos.
Irmãs que são dos ramos buliçosos,
Sem flores conhecer e o dissabor alheias,
As raízes dos paús vão lhe rasgando as veias,
Com que, certo, alimenta os frutos saborosos.
Mãe das ervas de maio e dos feijões maduros,
Coberta de capim nas extensões cercadas,
Guarda troncos no seio e socavões profundos.
Tem, de longe, a cercá-la, entre os moitões escuros
Enorme, rude e bravo, as águas elevadas,
Meio a meio, a rasgá-la, um rio, os seios fundos.
JLCaldas
domingo, 21 de março de 2010
OBRIGADO GOVERNADORA WILMA DE FARIA
Na qualidade de ex-vereador da terra assuense, como natural daquela importante município potiguar porque não dizer obrigado a governadora Wilma de Faria pela conclusão do Ginásio Arnóbio Abreu. Demorou? Claro que demorou! Mas, chegou como diz o professor de carnaubais Aluízio Lacerda: "Demorou mas chegou. E do bom". Pois bem, o Assu é merecedor daquele empreendimento, bem como o nome de Arnóbio (a sua memória) é merecedora da homenagem. Este blog agradece em nome do povo do Assu.
Fernando "Fanfa" Caldas
"ASSÙ - DOS JANDUIS AO SESQUICENTENÁRIO"
O título acima é o segundo livro do pesquisador, animador cultural, contista e historiador assuense Ivan Pinheiro. Mas, Ivan é também secretário de governo da Prefeitura Municipal do Assu. Já passou como secretário das administrações municipais dos prefeitos José Maria Medeiros, Lourinaldo Soares, Ronaldo Soares e agora na administração Ivan Junior. Amigo leal sobretudo, querido pelos assuenses pelo seu trabalho, bem como pela sua simplicidade e descência que lhe são peculiares. O seu livro referenciado acima certamente engrandecerá as letras assuenses e, porque não dizer potiguares. O seu lançamente irá ocorrer dia 30 que se aproxima na Loja Maçônica Fraternidade Assuense.
Fernando "Fanfa" Caldas
EX-VEREADORES DO ASSU
Esquerda para direita: Joaquim Siqueira de Furtado (193-1976), Mariza Cardoso Pinto (1973-1976, ela foi, se não me engano, a terceira mulher a assumir a Câmara dos Vereadores do Assu) e José Regis de Souza (1973-1982). Regis por sinal, é comentarista político de conceito e apresenta aos sábados um programa político através da Rádio Princesa do Vale, de grande audiência no Vale do Assu. É filho do ex-vice-prefeito daquela terra assuense José André de Souza falecido recentemente. Os três edís eram do partido da Velha ARENA - Aliança Renovadora Nacional. Joaquim e regis foram, portanto, presidente do Legislativo Assuense (1975-1976 e 1977-1982 respectivamente. Fica mais um registro na História do Assu.
Fernando "Fanfa" Caldas
sexta-feira, 19 de março de 2010
ENCHENTE EM ASSU, 1964
A maior enchedte que se deu em Assu, águas do rio Piranhas/Assu fora em 1924, depois a do ano de 1964. Em 1924 as águas daquele rio chegaram no fundo da igreja matriz de São João Batista. A fotografia é do local das proximidades do córrego.
quinta-feira, 18 de março de 2010
"PARLAMENTARES DO RIO GRANDE DO NORTE"
Este livro é organização do norte-riogandense Agaciel da Silva Maia. Consta nas suas páginas o nome de Francisco de Brito Guerra que nasceu no Assu quando Vila (localidade de Campo Grande, que já foi Augusto Severo e agora Campo Grande, entãoVila do Assu. Brito Guerra foi o primeiro potiguar (já comentei neste blog sobre a sua pessoa) que também foi sacerdote, estudou as primeiras letras no Assu, foi o primeiro potiguar a exerce tão alto cargo de senador do império em 1837, hoje senador da república. Pena que ele era nome de rua no Assu e, não sei porque carga dágua arrancaam aquela justa homenagem que ele nunca pediu mas que tanto merece. Portanto, faço um apelo aos vereadores assuense e ao jovem prefeito Ivan Lopes Junior que repare essa injustiça cometida com o Senador Guerra, natural do Assu, nascido em 1777.
blogdofernandocaldas.blogspot.com
Fernando "Fanfa" Caldas - 84.99913671
JEITOS PRA TUDO
Por Valério Mesquita, escritor, da Academia Norte-Riograndense de Letras
O1) José Melo, pecuarista em Santana do Matos, é sogro de Nilo Soares, pessoas conhecida e bem relacionada em Natal. Acometido de problemas prostáticos, Zé Melo não pode evitar a temida cirurgia. Hospitalizou-se e no dia da operação submeteu-se com a enfermeira designada ao asseio pré-opeatório. Sentindo mãos femeninas roçar as partes genitais começou de pronto uma ereção espontânea que não o constrangeu. Olhou para a enfermeira meio encabulado e comentou: "Minha filha pode deixar de fazer isso que ele se põe em pé sozinho".
02) Nos anos de chumbo, Josemar Azevedo, ex-presidente da Caern, esteve detido como preso político no Regimento de Obuses (R.O) em Natal. Com ele, também Zé Gago de Mossoró, companheiro de cela. Zé Gago era lider sindical dos ferroviários na sua região. O tempo passou e com ele a anistia ampla, geral e irrestrita. Josemar concluiu o seu curso de engenharia e se tornou agropecuarista. Zé Gago, por sua vez, voltou a Mossoró. Um dia, soube que o doutor Josemar era o presidente da Caern e resolveu visitá-lo. Na recepção cumprimentou a secretária: "Bom, bom, bom dia! Dotô, Jo, Jo, Josemar está?". "Quem é o senhor?", indaga a burocrata oficial. "Sou, sou, co, co, colega dele". "Ah!, o senhor é engenheiro?", quis saber mais a funcionária. "Não. Co, co, colega de cadeia", respondeu Zé Gago.
03) Essa é mais antiga. Américo Soares de Macedo, assuense, radicado na região, aliou-se ao famoso general Plácido de Castro, um dos heróis da anexação do Acre ao Brasil. Tempo depois, passadas as refregas, veio morar em Natal com o filho Lucas (Luiz Soares de Macedo). Américo, ao longo da vida, foi forjado nas pelejas e a tranquilidade de Natal lhe afetou, deprimindo-o depressa até a esclerose. Passou a residir num quarto solitariamente onde recebia os cuidados diários do filho. Certo dia, saiu nu do seu compartimento e, em pé, chamou o filho em voz alta: "Luís, Luís vem cá. Vem ver que te fez e hoje não vale mais nada".
04) Recém formado em medicina pela Faculdade do Recife, no ramo da psiquiatria, foi clinicar em Mossoró o doutor Alcimar Torquato de Almeida, ex-deputado e ex-presidente da Assembléia Legislativa. Jovem, chamoso, cabelos longos dos anos setenta, tornou-se o médico preferido de todos. Certo dia, um rapaz o procurou no consultório em busca de socorro. "Doutor, eu vivo um problema existencial muito grave. Só o senhor pode me curar". "Qual é o problema?", indaga o psiquiatra. "Eu sou homosexual e não quero aqui em Mossoró que o meu pai saiba. Seria a maior vegonha para ele, a família e para mim também", contou o desesperado paciente. "Não há como você reprimir esses impulsos"?, interrogou Alcimar. "Doutor, é coisa que não posso evitar. Já faço isso há muito tempo. É da minha natureza". "Então", disse o médico, "como não há jeito na medicina, só tem uma saída: T'áqui o dinheiro da passagem, vá para São Paulo dar o cedenho longe do seu pai".
05) Achei, nos porões da memória, uma faceta litúrgica do inequecível vigário de Macaíba Antonio de Melo Chacon, que aainda não havia narrado. O fato está registrado nos albores dos anos cinquenta quando ainda estudava catecismo com, D. Paulina, na rua da igreja. Vi e ouvi, na bancada dos inocentes da cruzada eucarística da paróquia local, sob a batuta de D. Lila, que hoje reside em Natal, uma conclamação, no mínimo, estapafúrdia. Aos domingos, por ocasião da santa missa matutina, o padre Chacon lia em voz alta e incisiva os "proclamas" dos casamentos do mês, assim se expressando, ao final: "Quem souber, de algum impedimento calúnico, que torne nulas as celebrações matrimoniais deste fim de mês, que denuncie, sob pena de pecado mortal não se manifestar". Nos casamentos que assisti ou ouvi falar, ao longo desses quase sessenta anos, ninguém ousou asssumir a carapuça. Mas, hoje em dia, não é aconselhável proclamar tão claro e alto como falava o padre Chacon. Os papeis podem e devem correr em silêncio, porque o mundo deu um tombo...
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segunda-feira, 15 de março de 2010
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