segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Um ponto que era grande

Leonardo Sodré*

A lembrança mais antiga que tenho do meu pai era quando ele vinha do trabalho. Vestia-se quase sempre com ternos de linho branco que depois do expediente ficava elegantemente amassado. Ele trabalhava no Grande Ponto, também conhecido por Cidade Alta, naquele tempo, em Natal. Era gerente de uma loja de tecidos, “As Nações Unidas” e tinha orgulho de trabalhar naquele lugar atendendo, como ele dizia, “a fina flor da cidade”.

Não tinha carro e vinha caminhando até a rua Manoel Dantas, em Petrópolis, onde morávamos. Depois, em 1974, colocou seu próprio negócio, o Sodré Armarinho, na rua Coronel Cascudo, em homenagem ao sobrenome de minha mãe. Chamava-se José de Siqueira Leite, apenas Siqueira para os amigos e faleceu em 1986.

Depois, quando cresci mais um pouco, comecei a conhecer mais o Grande Ponto. Estudava no Colégio Marista e meu pai finalmente havia conseguido comprar um carro. Na verdade, um verdadeiro automóvel, inglês – Anglia -, fabricado em 1948. Era preto e parecido com o que usado pelos “Irmãos Metralha”, das revistas da Disney. Ele ia me buscar no colégio e, impreterivelmente, passava na Confeitaria Cisne para uma cervejinha com o dono do estabelecimento, seu compadre e amigo, Múcio Miranda.

A Confeitaria Cisne ficava na Rua João Pessoa e tinha um reservado que servia de bar para a maioria dos boêmios daquele tempo. Lá encontrava outros amigos: Jurandir Pontes, gerente da loja “Quatro e Quatrocentos”, Lobrás, que ganhou esse nome depois de uma promoção de vendas, Leão, que consertava máquinas de escrever e calcular e que era exímio jogador de sinuca, Eudo Leite, professor José Melquíades, o músico e comerciante Gumercindo Saraiva, Mário Lima, Tota Zeroncio, Chiquinho da mercearia da rua Coronel Cascudo e Edson Perez, entre outros.

O garçom era José Américo, que também fazia parte do grupo e era tão popular que chegou a se candidatar a vereador. Tinha sempre resposta para tudo, menos para o fato de algumas aranhas conseguirem montar teias tão rápidas nas garrafas consumidas que eram encostadas nos cantos de parede para feitura da conta nos finais de farra. Vez por outra descia para Ribeira e encontrava outro grupo, capitaneado por Luiz Tavares de Souza, José Alexandre Garcia e Luis da Câmara Cascudo.

Quanto a mim, fazia pequenas incursões no reservado, mas passava a maior parte do tempo sentado na calçada da confeitaria vendo o movimento e me deliciando com a enorme variedade de chocolates que o meu padrinho vendia. Para os outros, pois para mim ele fornecia de graça...

Depois fomos morar na região do Grande Ponto, na rua General Osório.

O passeio de domingo, depois da praia, terminava sempre na lanchonete ki-Show, na rua João Pessoa, onde a juventude se reunia num ambiente comercialmente futurista. Tudo era novo e até a conta se pagava através de boletos individuais na saída da lanchonete. Os filhos de pais ricos ficavam circulando em modernos Aero-Willys de um lado para o outro. Ninguém tinha carteira de motorista e o Jeep do Detran, pilotado por um militar que tinha um bigode imenso tinha muito trabalho perseguindo esse pessoal.

À noite passeávamos pelas calçadas da avenida Rio Branco e João Pessoa vendo as vitrines. Papai mostrava todo orgulhoso a que ele montava. Outras como as da Casa Duas Américas e Casa Rio chamavam a atenção da sociedade. Tudo era limpo e ordeiro e não havia assaltos. Tinha até lugar para estacionar onde quiséssemos.

O Grande Ponto tinha grupos. Tinha a turma do Café São Luiz, pessoal diurno. Tinha os especialistas em política que se reuniam nas madrugadas na esquina da João Pessoa com a Princesa Isabel. Tinha a turma do escondidinho e a turma dos finais de farra da lanchonete Dia e Noite, palco de memoráveis brigas e acordos políticos.

Existiam personagens incríveis. “Alberis”, por exemplo, vendedor de jornais, referia-se ao Diário de Natal como “Diaris” e fabricava suas próprias manchetes. Uma vez o peguei gritando:

-  Extra! Vejam a notícia da mulher que engoliu um papagaio e arrotou um peru.

Tinha o pintor Grilo, responsável por, praticamente, cem por cento das fachadas de lojas do Grande ponto, sempre de branco, sempre de bom humor, cantando ou assobiando com um imenso chapéu. Parecia um mexicano. Tinha Milton Siqueira, incrível poeta que morava em um barraco na beira da praia onde hoje é o início da Via Costeira e sobrevivia vendendo poesias no Grande Ponto.

O Grande Ponto foi palco da maior festa popular que já aconteceu em Natal. A comemoração do tricampeonato de futebol, em 1970. Naquele tempo ninguém descia para praia. O Grande Ponto era o orgulho dos natalenses e tudo convergia para lá.

Depois, em nome do progresso e consequente favorecimento dos shoppings, ruas foram fechadas, fachadas antigas foram derrubadas e muito da história foi se perdendo. Mas o Grande Ponto continua palco de grandes manifestações culturais e políticas e o Café São Luiz, por exemplo, continua a ser um excelente instituto informal de pesquisa sobre qualquer assunto.

O Grande Ponto, que já foi moderno, hoje tem História. E, melhor do que grande, diante do crescimento da cidade, virou um ponto que foi grande fisicamente e se tornou maior ainda pela memória que guarda e preserva.

*Jornalista e escritor
Do livro/Antologia “Cantões, Cocadas, Grande Ponto Djalma Maranhão, página 109”, Dezembro 2002.
Modelo inglês do primeiro carro que meu pai comprou

domingo, 2 de janeiro de 2011

Chico Elion: um homem eternamente apaixonado pela vida

O olhar do poeta que enxergou o essencial num Ranchinho de Paia: a felicidade

Por Elizabeth Rose

Ele vem da terra conhecida como berço dos poetas e traz no canto a doce mensagem de um pássaro cantador, que entoa sua poesia e seus amores com a simplicidade de quem sabe fazer e não precisa se perder no labirinto do rebuscamento. Estamos falando de Chico Elion.
Nascido Francisco Elion Caldas Nobre, seu nome foi escolhido como uma combinação premonitória, pois Francisco Elion é um músico nobre que derrama em caldas seu sentimento de poetinha, como é carinhosamente chamado pelos amigos e admiradores de seu requintado trabalho. Do alto de sua longevidade, a receita é simples para o êxito pessoal e profissional: amar o próximo e cantar as boas coisas da vida.
Sobrinho de Renato Caldas, Chico Elion é um orgulho para o povo de Assu e para o Brasil (Elizabeth Rose/Fotec)


Sobrinho de Renato Caldas, Chico Elion é um orgulho para o povo de Assu e para o Brasil (Elizabeth Rose/Fotec)
Chico é autor de belas canções que já foram gravadas por ele mesmo e por diversos cantores. Sua filha mais famosa chama-se Ranchinho de Paia e foi lançada até na França mostrando que o talento de Chico Elion extrapola os limites geográficos e sua poesia comunica o amor, de forma vibrante, aos mais diferentes corações, em qualquer parte. Moinho d’Água, outra canção de Chico muito reverenciada, recebeu uma bonita versão na voz do cantor Fávio José.

Elion presidiu a Ordem dos Músicos do Brasil, em Natal e foi responsável por lançar vários artistas no bar que abriu para seu filho Emanuel Augusto, na casa de seu próprio pai. Lá no Beco da Música, como era chamado o bar que na época recebia a nata da cidade, acontecia eventos como a Noite de Ouro, onde toda segunda-feira eram feitas homenagens aos artistas consagrados. De Caetano Veloso a Sandra de Sá, regado a whisky e muita paçoca com queijo, o local era naquele tempo algo que falta até hoje em Natal: um espaço que congregue pessoas e sirva de espaço cultural pra receber turistas e fortalecer a cena musical da cidade revelando artistas e dando oportunidade de mostrar seu talento.

No Beco da Música havia em torno de 5 mil assinaturas de pessoas de fora da cidade que vinham a Natal e iam prestigiar a capacidade musical grandiosa de Chico Elion e de seus convidados. No bar, que funcionava na Av. Alexandrino de Alencar, despontaram cantores como Pedro Mendes, Cleide Braga, Babal, Paulo Tito, Silvinha e Ana Maria, que arrebatou o coração do compositor e se tornou sua musa até hoje. As paredes do local eram decoradas com autógrafos de cantores e assinaturas dos visitantes em geral. Na casa existiam os 10 mandamentos e a lei era manter a alegria e gostar de boa música. Lá, a única coisa censurada veementemente era a falta de respeito ao músico; em hipótese alguma a platéia podia vaiar alguém.


Chico e Aninha: cumplicidade em uma parceria que deu certo (Elizabeth Rose/Fotec)


Chico e Aninha: cumplicidade em uma parceria que deu certo (Elizabeth Rose/Fotec)

Essa era a proposta de Chico Elion para a cena musical natalense. Ele passeava pelo universo de gente como a cantora Elis Regina, mas nunca deixou de contribuir com o crescimento da nossa cultura; nunca desistiu de acreditar que Natal poderia se firmar no cenário brasileiro se os artistas tivessem mais união e contassem mais com o apoio do poder público. Um dos sonhos de Chico é criar uma Fundação Cultural que fomente nas crianças, desde cedo, o amor pela arte e pelo nosso estado. Para contribuir com isso, pretende disponibilizar todo seu acervo para ajudar na realização do sonho de ver o Rio Grande do Norte valorizar seus artistas ao ponto de terem as músicas executadas nas rádios e consumidas pelo público.
Elion é sem dúvida alguma um sujeito inteligente e galanteador; parafraseando Roberto Carlos, do tipo amante à moda antiga. Dono de um senso crítico apurado, sua língua que canta o romantismo de forma tão singela torna-se uma verdadeira metralhadora quando o assunto é a música de mau gosto feita e veiculada pela mídia nos dias atuais. Ele é taxativo e não esconde a falta de paciência com o que não tem qualidade. E ele está certo. Ele é conhecedor do ofício e maneja bem os instrumentos para realizá-lo. Graças a Deus, tive a oportunidade de conhecer pessoalmente esse astro. Mas, foi por telefone que o poetinha me deu algumas informações que escrevo aqui e ao ouvir seu relato não consegui reprimir o pensamento de que não se faz mais a boa arte como antigamente. Nem a arte, nem as pessoas. Ainda bem que temos e podemos ouvir Chico Elion e suas histórias.
A voz grave e melodiosa permanece bela e afinada (Elizabeth Rose/Fotec)


A voz grave e melodiosa permanece bela e afinada (Elizabeth Rose/Fotec)

Eu recordo (e abro um parêntese para confessar) que gravei seu nome e senti a força de sua poesia ainda quando criança, num LP, que existia lá em casa, do cantor Giliard. A descrição daquela casinha tão feia que abrigava a felicidade ao som do vento, num ranchinho de paia à beira-mar, pintou em minha mente um quadro terno que até hoje permeia meus sonhos e me dei conta de que talvez esteja a esperar a materialização daquela imagem... De fato, parece que não há felicidade fora do ranchinho de Elion

sábado, 1 de janeiro de 2011

O DISCURSO DE POSSE DE ROSALBA CIARLINE

MEUS QUERIDOS IRMÃOS E IRMÃS DO RIO GRANDE DO NORTE,

O FUTURO DA NOSSA TERRA COMEÇA AQUI E AGORA, COM A PROTEÇÃO DE DEUS E PELA VONTADE SOBERANA DA MAIORIA, QUE ESCOLHEU ACREDITAR, QUE ESCOLHEU AVANÇAR, QUE ESCOLHEU FAZER O RIO GRANDE DO NORTE ACONTECER!
VENCEMOS A DESESPERANÇA, VENCEMOS O CONFORMISMO, VENCEMOS OS PRECONCEITOS, VENCEMOS AS PEQUENAS E AS GRANDES BAIXARIAS DOS MAUS PERDEDORES.

VENCEMOS A MENTALIDADE DERROTISTA, QUE NÃO CONSEGUIU VER NEM REALIZAR O SONHO DE TANTAS GERAÇÕES, QUE LUTARAM E LUTAM PARA CONSTRUIR UM LUGAR COM A GRANDEZA QUE A NOSSA TERRA TRAZ NO NOME E NO DESTINO.

RESPEITO A TRADIÇÃO E VALORIZO A EXPERIÊNCIA, PELAS VIRTUDES QUE ENSINAM E PELOS ERROS QUE AJUDAM A EVITAR. MAS O TEMPO DE FAZER NÃO ESTÁ NO PASSADO. POR ISSO, AFIRMO: MEU TEMPO É O MESMO DE VOCÊS. O NOSSO TEMPO É O PRESENTE, E É O FUTURO.

NÃO O FUTURO ASBTRATO DOS HORIZONTES FANTASIOSOS, O FUTURO INALCANÇÁVEL DOS TEÓRICOS. O NOSSO TEMPO É O FUTURO QUE SE FAZ PRESENTE A CADA DIA – HOJE, AMANHÃ, DEPOIS DE AMANHÃ.

ESTA É A NOSSA TAREFA A PARTIR DE HOJE: COLOCAR O RIO GRANDE DO NORTE NO CAMINHO DO FUTURO, REALIZANDO POTENCIAIS E VOCAÇÕES, CRIANDO OPORTUNIDADES, TIRANDO PROVEITO DO CENÁRIO POSITIVO QUE O BRASIL VIVE.
É INADMISSÍVEL QUE, ENQUANTO O PAÍS CRESCE, ENQUANTO ESTADOS VIZINHOS – OS MAIORES E ATÉ OS MENORES – AVANÇAM, O NOSSO EMPAQUE OU FIQUE PARA TRÁS.
MAS, PARA AVANÇAR, SERÁ PRECISO SOLIDIFICAR AS BASES SOBRE AS QUAIS VAMOS
ASSENTAR O NOVO TEMPO QUE TODOS ALMEJAMOS.

E ISSO SIGNIFICA RECONSTRUIR O QUE O DESCASO E A OMISSÃO NEGLIGENCIARAM, A PONTO DE TRANSFORMAR O GOVERNO DO ESTADO EM SINÔNIMO DE INOPERÂNCIA E DE OUTROS MALES AINDA PIORES.

VAMOS RECONSTRUIR OS SERVIÇOS PÚBLICOS – A SEGURANÇA, A EDUCAÇÃO, A SAÚDE, A INFRAESTRUTURA – PARA QUE ELES CUMPRAM COM EFICIÊNCIA E DIGNIDADE O PAPEL DE MELHORAR A VIDA DE QUEM PRECISA DELES.

VAMOS RECONSTRUIR AS FINANÇAS DO ESTADO, HOJE EM COMPLETO DESEQUILÍBRIO, POR FALTA DE ESPÍRITO REPUBLICANO DE QUEM DEVERIA ZELAR PELA COISA PÚBLICA.
VAMOS RECONSTRUIR A CREDIBILIDADE DO ESTADO, ABALADA PELO ENDIVIDAMENTO IRRESPONSÁVEL E PELA INCAPACIDADE DE HONRAR ATÉ OS COMPROMISSOS MAIS SAGRADOS, COMO O PAGAMENTO EM DIA, SEM SUFOCO, DOS VENCIMENTOS DO FUNCIONALISMO.

CHEGA DO ESTADO-PREGUIÇA E DO GOVERNO-MENDIGO, QUE FIZERAM O RIO GRANDE DO PERDER OBRAS E INVESTIMENTOS, TIRANDO DOS POTIGUARES OPORTUNIDADES E EMPREGOS. ESSE TIPO DE ESTADO, ESSE PERFIL DE GOVERNO, NÃO TÊM MAIS LUGAR NA HISTÓRIA E NO DESEJO DA POPULAÇÃO, QUE SE CANSOU DE EXPECTATIVAS CUMPRIDAS E DE PROMESSAS QUEBRADAS.

O CANSAÇO FICOU MUITO CLARO NAS ÚLTIMAS ELEIÇÕES, QUANDO A MAIORIA DOS POTIGUARES ESCOLHEU A MUDANÇA QUE NÓS ENCARNAMOS, COM OS NOSSOS PROJETOS, AS NOSSAS IDÉIAS, SINTONIZADAS COM UM ESTADO E UM GOVERNO DIFERENTE DO QUE TEMOS TIDO.

VIVEMOS UM TEMPO DE ESTABILIDADE E DE CRESCIMENTO ECONÔMICO NACIONAL, MAS TAMBÉM DE ALTA COMPETIÇÃO ENTRE ESTADOS E REGIÕES, POR RECURSOS PÚBLICOS E POR INVESTIMENTOS PRIVADOS.

ESSE AMBIENTE ACIRRADO EXIGE DOS GOVERNOS ESTADUAIS UM NOVO PERFIL, COM ENERGIA POLÍTICA E DINAMISMO ADMINISTRATIVO ACIMA DA MÉDIA. QUEM NÃO PERCEBER A NECESSIDADE DESSE NOVO ESTADO, CONTINUARÁ NO ATRASO DO CRESCIMENTO SOCIAL E ECONÔMICO, SEM RESPONDER ÀS DEMANDAS CADA VEZ MAIORES – E SEMPRE JUSTAS – DA POPULAÇÃO.

PORQUE É ELA QUEM SABE ONDE O SAPATO APERTA. É ELA QUEM SABE QUE A HORA É DE URGÊNCIA E DE AÇÃO. A SAÚDE E A SEGURANÇA NÃO PODEM MAIS ESPERAR. O PROFESSOR E O ALUNO; OS JOVENS E OS TRABALHADORES; QUE AS CRIANÇAS, AS MULHERES, OS IDOSOS; A FOME, O EMPREGO, O DESENVOLVIMENTO NÃO PODEM ESPERAR.

O RIO GRANDE DO NORTE NÃO PODE ESPERAR. CHEGAMOS A UM PONTO EM QUE QUASE TUDO ESTÁ POR FAZER OU, NA MELHOR DAS HIPÓTESES, POR REFAZER.
MAS, NÃO FUI ELEITA APENAS PARA RECONSTRUIR O QUE NÃO ESTÁ DIREITO OU PARA DAR UM JEITO NO QUE PARECE NÃO TER JEITO.

EU FUI ELEITA, PRINCIPALMENTE, PARA AVANÇAR. PARA TRANSFORMAR EM CRESCIMENTO SOCIAL, COM BENEFÍCIOS PARA TODOS, AS RIQUEZAS NATURAIS E VOCAÇÕES PRODUTIVAS. PARA FAZER DO RIO GRANDE DO NORTE O ESPELHO DO SEU POVO – FORTE, CORAJOSO, TRABALHADOR.

E PARA FAZER ISSO ACONTECER, É PRECISO TER A NOÇÃO CLARA DE QUE O NOSSO ESTADO É DIFERENTE DO QUE ERA.

JÁ NÃO SOMOS O ESTADO DO SAL, DO ALGODÃO, DO GADO E DA SCHEELITA. TEMOS NOVAS FRONTEIRAS ECONÔMICAS A CONSOLIDAR OU A DESBRAVAR, AGREGANDO-LHES VALOR E GERANDO OPORTUNIDADES PARA AS PESSOAS.

O TURISMO, A FRUTICULTURA, A MINERAÇÃO, A ARTE E A CULTURA, A CIÊNCIA E A TECNOLOGIA, A GERAÇÃO DE ENERGIA, A CARCINICULTURA E A PESCA – SÃO NOVAS FONTES DE TRABALHO E RENDA QUE PODERIAM ESTAR MUITO MAIS DESENVOLVIDAS SE NÃO TIVÉSSEMOS EMPACADO OU ANDADO PARA TRÁS NOS ÚLTIMOS ANOS.

ESSA REALIDADE EM MUTAÇÃO, MUITO MAIS COMPLEXA E DINÂMICA, PEDE NOVAS MENTALIDADES, NOVOS PADRÕES DE GESTÃO.

CHEGAMOS A UM PONTO EM QUE FAZER O NOVO NÃO É SIMPLESMENTE ADERIR AO CULTO DA NOVIDADE NEM DESENHAR UM GOVERNO NOVIDADEIRO. FAZER O NOVO É RESGATAR, COMO JÁ AFIRMEI AQUI, A FUNÇÃO SOCIAL E O PAPEL ECONÔMICO DO GOVERNO. É FAZER AS COISAS FUNCIONAREM. É TRABALHAR DURO PARA INDUZIR O DESENVOLVIMENTO. É RESPEITAR O CIDADÃO EM SUAS VONTADES E NECESSIDADES. É COLOCAR O INTERESSE COLETIVO ACIMA DE PEQUENAS AMBIÇÕES, DE VAIDADES PESSOAIS, DE CONVENIÊNCIAS POLÍTICAS.

NÃO ESPEREM DE MIM NADA ALÉM DO QUE EU SOU: UMA MULHER NASCIDA EM FAMÍLIA DE CLASSE MÉDIA, QUE APRENDEU DESDE CEDO O VALOR DO TRABALHO, DA HONESTIDADE, DA SOLIDARIEDADE COM OS MAIS NECESSITADOS.

UMA MÉDICA QUE APRENDEU NO DIA-A-DIA DOS HOSPITAIS PÚBLICOS A IMPORTÂNCIA DE ACOLHER E CUIDAR DAS PESSOAS.
UMA MÃE QUE SABE O VALOR E A IMPORTÂNCIA DO AMOR, DA UNIÃO, DA FAMÍLIA, EM QUALQUER LUGAR E EM QUALQUER TEMPO.

UMA PREFEITA QUE SOFREU NA PELE AS DIFICULDADES DOS MUNICÍPIOS E SABE COMO É IMPORTANTE PARA ELES TER NO GOVERNO DO ESTADO UM PARCEIRO DE CONFIANÇA.

UMA SENADORA QUE PERCORREU E CONHECE BEM CADA RECANTO DO NOSSO ESTADO, CADA DEMANDA DO NOSSO POVO.

POR TUDO ISSO, POSSO DIZER TRANQUILAMENTE QUE SEREI A GOVERNADORA DE TODAS AS REGIÕES, SEM PRIVILEGIAR E SEM DISCRIMINAR, PORQUE O RIO GRANDE DO NORTE É UM SÓ.

SE OS NOSSOS MUNICÍPIOS TÊM CARACTERÍSTICAS VARIADAS, SE O NOSSO POVO TEM UMA DIVERSIDADE CULTURAL QUE NOS ENRIQUECE, ELES SE PARECEM NA NECESSIDADE DE UM GOVERNO QUE OLHE PARA TODAS COM O MESMO CARINHO, A MESMA DISPOSIÇÃO DE TRABALHAR PARA MELHORAR A VIDA DAS PESSOAS.

E ISSO EU VOU FAZER, PORQUE FIZ A MINHA VIDA PÚBLICA INTEIRA.
AGRADEÇO PUBLICAMENTE AO VICE-GOVERNADOR ROBINSON FARIA, PARTÍCIPE DESTA LUTA E DAS MUITAS QUE VIRÃO.

AOS SENADORES GARIBALDI ALVES E JOSÉ AGRIPINO, AOS DEPUTADOS FEDERAIS E ESTADUAIS, PREFEITOS E VICES, LIDERANÇAS E CANDIDATOS, TODOS IGUALMENTE IMPORTANTES PARA A VITÓRIA DO FUTURO, DO AVANÇO, PARA FAZER O RIO GRANDE DO NORTE ACONTECER.

MAS AGRADEÇO, ACIMA DE TUDO, A VOCÊS QUE TOMARAM AS RUAS E AS PRAÇAS, SEM ÓDIO E SEM MEDO, PARA DEFENDER O NOSSO NOME. A CADA UM DE VOCÊS QUE CONFIOU, QUE LUTOU, QUE TRABALHOU, QUE DEU UM VOTO DE CONFIANÇA AO FUTURO.

AGRADEÇO E CONVOCO A TODOS PARA TRABALHARMOS JUNTOS NESSA DIFÍCIL TAREFA DE COLOCAR O RIO GRANDE DO NORTE NO LUGAR MERECIDO. O LUGAR DA JUSTIÇA SOCIAL, DO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO, DAS OPORTUNIDADES DE TRABALHO E RENDA PARA TODOS.

A HORA É DE RECONSTRUIR UNINDO, DE AVANÇAR SOMANDO. VAMOS JUNTOS, PORQUE O RIO GRANDE DO NORTE DEPENDE DO ESFORÇO DE CADA UM PARA SER A TERRA DOS SONHOS DOS DE TODOS NÓS.

VIVA O RIO GRANDE DO NORTE! VIVA O POVO POTIGUAR!

LOGOMARCA OLIMPIADAS RIO 2016


BORDADOS DE CAICÓ

Queima de fogos foi principal atração do réveillon

Marco Carvalho - repórter

Pela primeira vez a queima de fogos do ano novo ocorreu na Ponte Newton Navarro. E não decepcionou. Durante quinze minutos, a população pôde ver um espetáculo de luzes e cores, que se misturavam e traziam alegria e festa para todos que assistiam. A  chegada de 2011 foi celebrada por muitos nas proximidades da ponte, como nas praias do Forte, dos Artistas e do Meio. Não faltou champagne para estourar e amigos e familiares para confraternizar.

Fogos na ponte Newton Navarro.


A avenida Getúlio Vargas, próximo à Ladeira do Sol, já estava lotada, com carros praticamente estacionados em todas as faixas, quando o show começou à meia-noite em ponto. Muitos procuraram aquela região por ser um local privilegiado de visão da ponte.

Mesmo com o alto número de pessoas presentes, não houve nenhuma confusão. Segundo o coronel Alarico Azevedo, comandante do policiamento metropolitano, o Centro Integrado de Operações de Segurança Pública (Ciosp) não registrou ocorrências de natureza grave. “Foi repassado por todos os capitães dos pontos fixos da Polícia Militar em Natal que não existiu casos graves de ocorrências policiais. Sendo assim, a virada do ano foi bastante tranqüila”, afirmou o coronel Alarico. Ao todo, 200 homens da Polícia Militar foram destacados para trabalhar durante o réveillon

DIX-SEPT ROSADO/ROSALBA CIARLINE

Há exatamente 60 anos, o mossoroense Dix-Sept Rosado era empossado Governandor do Rio Grande do Norte. Quis o destino depois de seis décadas, a sua Nora Rosalba Ciarline( também natural do "País de Mossoró") fosse empossada hoje Governadora da Terra Potiguar. Dix-Sept tombou morto no desastre aviatório do Rio do Sal, em Aracaju, em 12 de julho de 1951, junto com alguns secretários e amigos, inclusive meus avós maternos Fernando Tavares e Maria Celeste Tavares, de Açu-RN) que tinham o privilégio de gosar da amizade daquele governante. Nesta oportuniade desejo sucesso a nossa nova governadora, na sua administração que se inicia hoje.

Fernando Caldas

Queima de fogos em Ponta Negra foi mais curta que o esperado

Apesar da chuva, muitas pessoas continuaram no local para celebrar a chegada de 2011


Fonte: Tribuna do Norte

O espetáculo de queima de fogos na praia de Ponta Negra foi mais curto que o esperado.  O show de luzes durou apenas 6 minutos, menos da metade do que o tempo de 13 minutos estipulado inicialmente pela Prefeitura de Natal, responsável pela programação de ano novo no local. Insatisfeitas com o que viram, algumas pessoas reclamaram e foram embora no meio da apresentação.

CQC - Controle de Qualidade - Onde fica Pernambuco? 29/11/10

A centésima ovelha


Leonardo Sodré*

Quando um animal foge às vezes vai longe. Alguns, entretanto, ficam rondando a casa ou o cativeiro, como se ansiassem por serem encontrados. Uns são tão rápidos que nunca mais são vistos. Outros, com um pouquinho de carinho, atenção e amor vão se chegando e terminam por ficar. Mas, a maioria tende a fugir, mesmo que sejam cercados de carinho, de atenção, como se isso fizesse parte da natureza dos seres. Mesmo conosco, criados à imagem de Deus, acontece o mesmo. Também temos uma natureza fugitiva. Confundimos a real liberdade e caímos nas malhas das tentações, que se apresentam como uma larga estrada de liberdade.

Libertamos a nossa natureza e aprisionamos o nosso espírito.

Jesus Cristo, que alguém disse usar de refinado bom humor no sentido de cativar as nossas boas tendências, disse um dia: “Que vos parece? Se alguém possui cem ovelhas e uma delas se extravia, não deixa às noventa e nove nos montes e vai à procura da extraviada? Se conseguir achá-la, em verdade vos digo, terá maior alegria nela do que nas noventa e nove que não se extraviaram”. (Mateus, 18, 12 a 13).

Ele colocou essa questão logo após ter falado sobre os escândalos. Principalmente os que envolvem crianças, como os que vemos cotidianamente. Crianças sendo exploradas pelos pais para pedir esmolas, abandonadas nas ruas, esquecidas, indesejadas, maltratadas, espancadas e até assassinadas silenciosamente pelos pais.

Quando Jesus falou nos escândalos com crianças foi duro e chegou a dizer:

- Ai do homem pelo qual o escândalo vem!

Depois disso, quem sabe, talvez tenha baixado a voz, sentado, olhado o Céu e colocado novamente a questão da centésima ovelha desgarrada quase como um desabafo, uma última insistência. Tristemente, afinal o mesmo assunto e a mesma lição, o profeta Ezequiel já havia colocado há muito tempo para aqueles corações (Ezequiel 34, 4 a 16).
Jesus já havia feito o segundo anúncio da Paixão e tinha pressa. Queria que os homens entendessem a mensagem, a “Boa Nova”. Por isso abriu, então o diálogo:

- Que vos parece?

Os estudiosos da Bíblia referem-se às passagens contidas no capítulo 18 do Evangelho de Mateus como um “discurso sobre a Igreja”.

Naquele tempo a Igreja estava sendo formada a partir de Jesus. As questões tinham então um enfoque profundo sobre a mesma Igreja. Mas, a que já existia: a Igreja Doméstica.

E a nós, tantos séculos depois, o que nos parece?

Quantas vezes nos perdemos com a esperança de sermos encontrados? Quantas vezes a beleza das paixões nos fez fugir para longe com a esperança de não sermos encontrados? Quantas vezes nos negamos ao reencontro, enquanto “erradas” noventa e nove pessoas querida nos esperavam? E quantas vezes renegamos nosso papel de pastor e deixamos de procurar a centésima ovelha?

É curioso como nestes tempos de tantas informações nos tornamos mestres do julgamento. E, contraditoriamente, temos medo de admoestar, de corrigir, de perdoar. Temos medo de dizer sim e temos medo de dizer não. Falhamos quando nos conformamos com a ovelha desgarrada e não conseguimos abandonar por momentos, sequer, aquelas que nos dão prazer, alegria, orgulho...

Tornamo-nos sectários e não vamos à busca daquela que se extraviou e que muitas vezes, nos desencontros de tortuosos caminhos, sonha e precisa ser encontrada.

Jesus completou no final do diálogo que propôs e que terminou sendo um monólogo:

- Assim também não é da vontade do Pai, que está nos Céus, que um destes pequeninos se perca.

*Jornalista e escritor
(Dezembro de 2001)

sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

POESIA

Nós os homens, Senhor, atropelados erramos na encruzilhada de todos os caminhos.
E assim que nos defrontamos.
Os espinhos
As árvores de amargos ramos.
Assim, Senhor, que nos defrontamos
Nós os homens que erramos na encruzilhada de todos os caminhos.

João Lins Caldas, poeta potiguar do Açu.

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

NO TIMÃO DA CULTURA

Maria Betânia Monteiro - repórter

Durante o primeiro turno da campanha política deste ano, a governadora eleita, Rosalba Ciarlini propôs a criação de um fundo estadual, onde 1% do valor do ICMS seria destinado à cultura. Para surpresa dos potiguares, o projeto parece ir além. Rosalba anunciou a criação da Secretaria Extraordinária de Cultura, uma proposta a princípio apresentada pelo ex-prefeito Carlos Eduardo Alves durante a campanha. Para comandar a nova secretaria, está confirmado o nome da professora Isaura Rosado.  “A secretaria está sendo criada, mas o fundo estadual de cultura também será criado”, disse Isaura Rosado em entrevista ao VIVER.

emanuel amaralSecretaria Extraordinária de Cultura será oficialmente criada em março, assim como a implantação do Fundo de Cultura. Haverá fusão da FJA com o novo órgão, que será comandado pela professora Isaura RosadoSecretaria Extraordinária de Cultura será oficialmente criada em março, assim como a implantação do Fundo de Cultura. Haverá fusão da FJA com o novo órgão, que será comandado pela professora Isaura Rosado
A primeira questão é o que muda com a criação desta nova secretaria? Como fica a Fundação José Augusto, atual gestora dos recursos culturais do estado? Serão criados novos cargos? E os quinhentos funcionários da FJA, para onde vão? Segundo Isaura Rosado, não é possível responder todas essas perguntas, já que o projeto de criação da nova secretaria ainda está sendo redigido e só em março de 2011 deverá ser votado pela Assembleia Legislativa.

Mesmo com a votação prevista para março, Isaura Rosado adianta que a Fundação José Augusto não será extinta. “A Fundação José Augusto é uma instituição muito importante. Não é intenção da governadora acabar com nada, pelo contrário, queremos valorizar o patrono da fundação e também as suas funções”, declarou a nova secretária, ela própria uma ex-presidente da fundação. A proposta é fundir a FJA e a secretaria, garantindo aos funcionários seus direitos e obrigações. Com a fusão, um novo administrador assumiria a presidência da fundação.

Hoje a Fundação José Augusto funciona com 95% de autonomia, ou seja, os recursos repassados pelo Governo do Estado são aplicados conforme as necessidades da fundação, precisando apenas da aprovação da presidência, cargo atualmente ocupado por Crispiniano Neto.

 A verba destinada à fundação percorre o mesmo caminho das secretarias do governo do estado. Anualmente é feito um planejamento, onde são calculados os recursos de cada secretaria e em seguida os valores são repassados, em duas remessas. O valor destinado anualmente para a Fundação José Augusto fica na casa do milhão. Parece muito, mas alguns eventos como o Projeto Seis e Meia e o Festival Agosto de Teatro, para serem realizados, dependem de outro tipo de verba, chamado de crédito suplementar. Isso porque o dinheiro encaminhado pelo governo é utilizado para pagar desde funcionários, até o cafezinho que é servido nas dependências da instituição.

O pouco dinheiro destinado à cultura, anualmente, apontava para a necessidade real da criação do fundo de cultura, proposta que garante no mínimo, três milhões de reais, para o setor anualmente. Além dele, será mantida a Lei Câmara Cascudo, mas não falou-se em ampliação do teto, que está há oito anos congelado em R$ 4 milhões.

 Lembrando que durante o debate entre os candidatos ao Governo do Estado, travado no dia 9 de setembro, na Casa da Ribeira, Rosalba garantiu que os recursos do fundo não deverão ser usados para o pagamento de funcionários.  Elevando o orçamento para cultura, qual seria então, a necessidade de criação de uma secretaria?

Segundo Isaura Rosado, a criação da secretaria de cultura é uma reivindicação antiga da população, em especial da classe artística do Rio Grande do Norte. Além disso, a FJA teria deixado de ser uma instituição privilegiada (como são todas as fundações), no que diz respeito contratação de serviço e execução orçamentaria. “A legislação equalizou a estrutura das fundações às secretarias, de modo que elas obedecem às mesmas leis e têm as mesmas obrigações”, justificou Isaura.

Propostas para 2011

Isaura Rosado disse que as propostas de Rosalba Ciarline, lançadas ao público durante a campanha para o Governo do Estado serão colocadas em prática. Sendo assim, os potiguares devem esperar pelo incremento do turismo, facilitado pela política de eventos culturais, como o Auto de natal e o Natal em Natal. Está prevista a melhoria e criação de museus na capital e no interior, bem como a implantação de uma série de festejos no mês de agosto, quando é comemorado o dia do folclore. “Vamos fazer de Natal, a capital do folclore, reverenciado o mestre Luís da Câmara Cascudo e a cultura popular do Estado”, disse.

Outra proposta de Rosalba Ciarline, que deverá ser colocada em prática é a criação de escolas de todas as formas de arte. “Serão criadas escolas de arte, musica, dança, artes visuais, tendo em vista a interiorização das ações”, garantiu Isaura. E já que a meta e colocar as propostas de Rosalba em prática, a ligação entre arte e educação deverá acontecer também no ambiente escolar.

Política de fomento

Uma das maiores reivindicações dos artistas é em relação à criação de uma política de fomento a cultura, de modo que a realização de grandes eventos (como os autos), não seja a única forma de expressão de músicos, dançarinos, artistas circenses, brincantes, escritores, artistas visuais, plásticos, artesãos, repentistas, ceramistas, tapeceiros, poetas, fotógrafos, escultores. “Com o fundo de cultura estadual, fomentaremos a cultura”, garantiu. Agora é só aguardar o recesso de fim de ano e torcer para que todas as propostas ganhem vida.

Currículo

A Secretária Extraordinária de Cultura, Isaura Amélia de Souza Rosado é graduada em Ciências Sociais (UERN), é Mestre em Educação (UFCE) e Doutora em Sociologia da Educação pela Universidade de Salamanca, Espanha. Professora aposentada da UFERSA; exerceu a Presidência do Conselho  dos Direitos das Mulheres, da  Capitania das Artes, da Fundação José Augusto e Fundação de Pesquisa do  RN.

(Fonte: Tribuna do Norte)

ANO NOVO NORDESTINO ...



Ilustração do blog.

"Um ano novo bem arretado pra vocês tudim!!!
Conselhos de um nodestino para um 2011 bem pai d’égua.
Metas metas para o Ano Novo
1 - Anote os seus querê e pendure num lugar que você enxergue todo dia.
2 - Mesmo que seus objetivos estejam lá prá baixa da égua, vale a pena correr atrás. Não se agonie e nem esmoreça. Peleje.
3 - Se vire num cão chupando manga e mêta o pé na carreira, pois pra gente ter o que quer, tem que virar o satanás.
4 - Lembre que pra ficar estribado é preciso trabalhar. Não fique só frescando.
Sobre o amor
5 - Não fique enrolando e arrudiando prá chegar junto de quem você gosta. Se vexe e se declare.
6 - Dê um desconto prá peste daquela cabrita que só bate fofo com você. Aperreia ela. Vá que dá certo e nasce um bruguelim réi amarelo.
7 - Se você ainda não tem ninguém, não pegue qualquer marmota. Escolha uma corralinda igual a você.

8  -  Não bula no que tá queto. Num seja avexado, pois de tanto coisar com uma, coisar com outra, você acaba mesmo é com um  chapéu de touro.
9  -  As cabritas num devem se agoniar. O certo é pastorar até encontrar alguém arretado. Num se atraque com um cabra peba, malamanhado e fulerage. O segredo é pelejar e não desistir nunca. Num peça pinico e deixe quem quiser mangar. Um dia vai aparecer um macho réi que dá certim na sua bitola.
Sobre o trabalho.
10 - Trabalhe, num se mêta a besta. Quem num dá um prego numa barra de sabão, tá lascado. 
11 - Se você vive fumando numa quenga, puto nas calças e não agüenta mais aquele seu  chefe fulêra, tenha calma, não adianta se ispritar. Se ele não lhe notou até agora é porque num tá nem aí que você se lasque de trabalhar.  Procure algo melhor e cape o gato assim que puder.

12 - Se a lida não está como você quer, num bote boneco, num se aperreie e nem fique de lundu. Saia com aquele magote de amigos pra tomar umas meropéias e conte uma ruma de piadas que tudo melhora.
Sobre a sua vidinha.
13 - Você já é um cagado por estar vivo. Pense nisso e agradeça a Deus. Cuide bem dos bruguelos e da mulher. Dê sempre mais que o sustento, pois eles lhe dão o conchego no fim da lida.
14 - Não fique resmungando e batendo no quengo por besteira. Seje macho e pense positivo.

15 - Num se avexe, num se aperreie e nem se agonie. Num é nas carreira que se  esfola um preá.
Arrumação motivacional.

16 - No forró da entrada do ano, coma aquela gororoba até encher o bucho. É prá dar sorte, mas cuidado, senão dá gastura.

17 - Tome um burrim e tire o gosto com passarinha ou panelada que é prá num perder a mania.
Prá começar o ano dicunforça:
18 - Reflita sobre as besteiras do ano passado e rebole no mato os maus pensamentos.
19 - Murche as orêia, respire fundo e grite bem alto: Sai mundiça!!!
20 - Ah, e não esqueça do grito de guerra, que é prá dar mais sorte ainda: Queima raparigal!!!
Agora é só levantar a cabeça e desimbestar no rumo da venta, que vai dar tudo certo em 2011, afinal de contas você é nordestino.
E para os que não são da terrinha, mas são doidim prá ser, nosso desejo é que sejam tão felizes quanto nós.
Pense num ano que vai ser muito bom. Respeite e viva esse 2011..."


Postado por Fernando Caldas
(email enviado por um amigo).

RESGATE DE UM IMORTAL



O RN tem nomes consagrados na cultura brasileira, desde o provincial periodo de Luiz da Câmara Cascudo, intelectual que dimensionou a terra de Poti em todo os rincões da arte e do saber universal, foi o maior folclorista da América Latina, elevando o nome do estado em fronteiras do além-mar.
Se vivo fosse estaria completando hoje 112 anos.

Conhecido por suas marcas como folclorista e historiador, Luiz da Câmara Cascudo foi também autor de vários livros, trabalhou como professor, advogado, jornalista e um importante símbolo das raízes culturais do Rio Grande do Norte.

Cascudo foi um dos historiadores mais importantes para o Brasil na época em que a cultura não tinha o valor de marco como tem hoje.
 Nascido e criado em Natal, a família mantem sua casa como um museu de cultura, na Ribeira.

De acordo com dados da história do RN, Cascudo era um apaixonado pela sua terra onde foi professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e lutou por incentivos a cultura potiguar.
Como bom folclorista Câmara Cascudo era um apaixonado pelas manifestações artísticas de música, dança e apresentações da "cultura de raiz". 
 
Câmara Cascudo é o autor dos livros Dicionário do Folclore Brasileiro (1952), História da Alimentação no Brasil, Alma Patrícia (1921), Contos tradicionais do Brasil (1946) e muitos outros, como Nomes da Terra, enriquecendo a toponímia potiguar.

Cascudo foi também um pesquisador do período das invasões holandesas e como resultado publicou Geografia do Brasil holandês (1956).

Suas memórias, O tempo e eu (1971) foram editadas postumamente, sendo o legado deixado por Cascudo um dos maiores acervos da Cultura do Estado.


 Escrito por aluiziolacerda às 17h25

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

MARCO VIRADA DO SÉCULO - ASSU, 1900

Aos amigos e leitores deste blog, desejo um Feliz Ano Novo!

O VERÃO DE MARINA ELALI

Maira Bethânia Monteiro - repórter


O ano de 2010 foi um ano generoso para a cantora potiguar Marina Elali. Ela fez turnê pelo Brasil com o cantor e compositor cubano Jon Secada e emplacou mais uma música em novelas da Rede Globo. A música “Happy”, tema de Estela, personagem vivido por Cleo Pires ganhou vida em sua voz. “Em meia década de carreira, tive seis músicas tocando em novelas da Rede Globo, isso é muito bom”, disse Marina do Rio de Janeiro, cidade onde mora atualmente. Alguns desses sucessos serão revividos pela cantora, durante a temporada de shows no Hotel Pirâmide (Via Costeira), todas as terças feiras do mês de janeiro — dias 4, 11, 18 e 25. A primeira apresentação começa no dia quatro, a partir das 22h.

Enquanto cuida do próximo disco, com algumas composições suas, ela resolveu se dar férias: “Quero ficar em casa com a família e provar das comidinhas gostosas do Mangai”, brincou.

No show de Natal, além dos sucessos “Você”, “One Last Cry”, “Eu Vou Seguir”, “All She Wants - O Xote das Meninas”, Marina apresentará em seu espetáculo releituras de músicas de artistas consagrados e a nova música “Happy”. O fato de ter conquistado espaço em novelas globais, feito parcerias com nomes como Agnaldo Rayol, Fábio Jr., Belo, Pery Ribeiro e Jon Secada é o resultado de sua paixão pela música e um forte investimento em cursos, turnês, gravação de CDs dentre outras ações. Marina é formada em música e canto no Berklee College of Music, em Boston, nos Estados Unidos. Do seu avô materno, o compositor Zé Dantas (parceiro de Luiz Gonzaga), Marina herdou a veia de compositora.

Em seis anos de carreira Marina Elali lançou dois CDs e um DVD. Nesse período de tempo, já ganhou dois discos de ouro, emplacou seis músicas em novelas da Rede Globo, seis músicas em trilhas sonoras de filmes, uma música numa minissérie da Rede Globo e participou de mais de 25 coletâneas. Em 2005, a música “Você” (Roberto Carlos/ Erasmo Carlos) foi tema da novela “América” na voz de Marina, que inclusive fez uma participação no último capítulo da novela. Em 2006, lançou o seu primeiro CD, que leva seu nome e começou a trilhar sua história musical. O álbum foi disco de ouro e teve sete músicas incluídas em trilhas sonoras. O destaque foi a música “One Last Cry”, que ganhou versão remix e foi uma das músicas mais executadas nas rádios pop.

Em 2007, lançou o seu segundo CD “Marina Elali, De Corpo e Alma Outra Vez”, também foi disco de ouro. O álbum traz um Repertório romântico, incluindo um dueto com Fábio Jr.

Em 2009, depois de emplacar vários sucessos em novelas, filmes e minisséries, Marina Elali lançou seu primeiro DVD. Nele estão reunidos os grandes hits que conquistaram o Brasil, gravados durante dois shows, no Rio de Janeiro e em Natal. Nessas apresentações, Marina mostra que é uma artista completa, através de sua performance e composições. Foram incluídos também videoclipes, um dueto especial com Jon Secada – na faixa “Lost Inside Your Heart”, que fez parte da trilha sonora de “Viver a Vida”.

Em 2010, foi lançado no Brasil, o novo CD/DVD do cantor Jon Secada, do qual Marina participa cantando ao vivo as músicas “Lost Inside Your Heart” e a inédita “Só te ver sorrindo...”, de autoria de Jon Secada, Jose Gaviria e de Marina. O show foi gravado no Rio de Janeiro e também teve a participação do Grupo Monobloco.

(Fonte: Tribuna do Norte)

PELO DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA Se Guilherme de Almeida escreveu 'Raça', em 1925, uma obra literária “que tem como tema a gênese da na...