Com a ajuda por parte do Governo Federal, através do BNDES para a consolidação do Pólo Gás-Sal, conclusão da fábrica de Barrilha (carbonato de sódio) ALCANORTE em Macau, usina Termoelétrica no Vale do Açu, já concluída, em 2009, pequena hidroelétrica e estação de piscicultura na barragem do Açu, construção de apenas um açude nas partes médias do Rio Açu. Rio Potengi, Trairi e Ceará-Mirim, erradicação da praga de bicudo e a reativação da cultura algodoeira, maior incentivo ao turismo, a fruticultura irrigada, ovinocaprinocultura, apicultura, carnicicultura, cultura do caju precoce, mineração e artesanato são obras de maior importância para o desenvolvimento do RN e que gerariam muito mais emprego e aumentaria a renda e qualidade de vida de um número muito maior de cidadãos no RN que a transposição em questão. Temos a matéria-prima em abundância para que essa fábrica de barrilha (sal, sílica e calcário) e usina termoelétrica (gás natural) funcionem de forma plena por dezenas a centenas de anos respectivamente. A fábrica de barrilha existente em Cabo Frio no Estado do Rio de Janeiro não atende a demanda do consumo interno em nosso país. O Brasil importa uma expressiva quantidade de barrilha. Poderemos reverter esse quadro e sermos auto-suficiente ou até mesmo exportador deste produto, tão valioso na época atual, utilizado principalmente na fabricação de produtos químicos, vidro, sabões e detergentes.
A barrilha, nos dias atuais é o produto básico para o desenvolvimento industrial de qualquer país civilizado. Segundo alguns especialistas o consumo de carbonato de sódio ou carbonato de potássio, isto é, o consumo per capita de barrilha, indica o grau de desenvolvimento de uma determinada nação. O consumo percapita do Brasil é da ordem de 2 a 3 Kg. Nos Estados Unidos esse consumo alcança 12 Kg e no Japão atinge 13 Kg. Para se produzir uma tonelada de barrilha utiliza-se 1.700 Kg de NaCl (halita ou sal marinho) e 1.300 Kg de CaCO3 (calcário), água e outros insumos além da energia calorífica do Gás Natural produzido no RN. Deste modo a implantação dessa industria no RN é de fundamental importância para o desenvolvimento do nosso parque industrial salineiro e para a exploração efetiva de uma das riquezas adormecidas no RN que são as imensas jazidas de calcários, existentes em sua porção norte. Essa futura obra poderá produzir 300 mil toneladas de barrilha ao ano e gerar 4.000 empregos diretos e indiretos. Para sua implantação serão necessários investimentos preliminares de cerca de 150 milhões de dólares já que existe toda uma infraestrutura instalada no município de Macau-RN, inclusive com parte dos equipamentos necessários para o seu fornecimento em estoque.
Já as chamadas “águas mães” também constitui uma outra fonte de riqueza que o RN possui e que poderá promover o desenvolvimento regional desse imenso e rico país chamado Brasil. As salmouras, águas residuais das salinas da região de Macau-RN e adjacência, poderão produzir em um primeiro estagio, através de um pólo industrial, 24 mil toneladas/ano de magnésio metálico, além de bromo, brometo, cloreto de amônia, cloreto de cálcio, gesso, sulfato de sódio, magnésio metálico, óxido de magnésio e outros produtos derivados.
Diante de tanta riqueza latente, urge, pois, a necessidade da implantação o mais breve possível deste Pólo de Desenvolvimento Regional, o chamado Pólo Gás-Sal de fundamental importância no que tange a geração de trabalho e renda para a população do RN e o que é mais importante que independe da presença ou não da regularidade das chuvas na região.
Investimento na educação, ciência e tecnologia, fortalecimento de cooperativas regionais, evitando a figura nefasta do atravessador que muitas vezes lucra muito mais que o próprio produtor rural e, a participação das Universidades Regionais, voltadas para a aptidão e vocação natural da região, bem como direcionada para os problemas, anseios e expectativa local da população são uns entre outros caminhos os de maior importância para o desenvolvimento do RN, rico em água e solos férteis, petróleo, gás natural, água mineral, scheelita, gipsita, feldspato, quartzo, mica, tantalita-columbita (nióbio), sal marinho, calcário, argila, caulim, diatomita, ouro, berilo, água marinha, turmalina, mármore e granito de rara beleza.
Somos o primeiro produtor de petróleo em terra do Brasil cuja produção é ¼ mais econômica do que a produção em alto mar. No geral produzimos cerca de 105 mil barris diários de petróleo, sendo o segundo produtor do Brasil, perdendo apenas para o Rio de Janeiro. Produzimos cerca de 7 milhões de m3 diários de gás natural. Esta cifra se usado para produzir energia elétrica poderá mudar a condição do RN de importador de energia para exportador. Para se produzir mil megawatt de energia elétrica, via de regra, serão necessário 4 milhões de m3 de gás natural.
É interessante e oportuno esclarecer que um famoso geólogo americano, conhecido por Mister Link; em sua analise simplista e equivocada, diagnosticou e assegurou de modo enfático: “O Brasil não tem petróleo”. Naquele tempo se fossemos basearmos na observação desta tendenciosa afirmação de um experiente técnico americano não estaríamos tão perto da auto-suficiência desse bem natural. No território do RN a principio, também não se acreditava na produção de petróleo em quantidade comercial, haja vista a suposta ausência de rochas geradoras e modo de ocorrência do petróleo em trapas estruturais formadas a partir de falhas geológica. No oriente médio a ocorrência de petróleo estar relacionada a estrutura diferente da nossa e se acumula em estrutura de dobramento, anticlinal e não raro com a presença de domos de sal. Foi preciso a presença de indício de petróleo na perfuração de um poço profundo para obtenção d’água para o abastecimento de um hotel o Hotel Termas na cidade de Mossoró (RN) para convencer os geólogos brasileiros de que o RN poderia produzir petróleo em escala comercial. Hoje com a perseverança de tecnicos brasileiros a Petrobrás produz cerca de 105 mil barris/dia.
Somos auto suficiente e exportador de álcool, cujas destilarias se concentram nos municípios de Baia Formosa, Goianinha e Ceará-mirim. Somos o Primeiro produtor de scheelita e diatomita do Brasil, Produzimos cerca de 90% do sal consumido do Brasil. Exportamos para o exterior e geramos divisa para o país, sal, açúcar, caramelos, produtos têxteis, frutas tropicais, banana, melão, manga, castanha do caju, cera de carnaúba, lagosta, camarão, atum entre outros produtos.
Considerando esta incontestável riqueza, temos que partir da premissa de que apesar de ser um Estado pequeno e população pobre, temos contribuído para o desenvolvimento do Brasil, mais do que o Brasil tem contribuído para o desenvolvimento da nossa região. Vamos lutar e torcer para que em um futuro bem próximo, com a volta do Proálcool e a utilização de gás natural nos motores de automóveis a Petrobrás com meta de auto-suficiência em petróleo e seus derivados, instale uma refinaria em nossa região, ou expanda o parque industrial petrolífero de Guamaré, pois afinal de contas o petróleo é nosso, da região de Mossoró e do Vale do Açu. Com consciência crítica construtiva acho uma grande incongruência e miopia geopolítica, o RN doar gás natural aos parques industriais da Paraíba, Pernambuco e Ceará, deixando de lado e em atraso o nosso parque industrial cerâmico situado a poucos quilômetros das jazidas de gás natural e queimando em seus fornos cerca de 132 mil metros cúbicos de lenha por mês. Tal fato é inaceitável. Tal consumo contribui ainda mais para desertificação de considerável área em nosso sertão. Se esta demanda persistir, as produções dos famosos produtos cerâmicos do RN em apenas 20 anos deixarão de existir em decorrência da falta de lenha como matéria prima para produção de energia calorífica em seus fornos. Faço este alerta para as autoridades competentes deste Brasil continental. As industrias cerâmicas, mesmo sem os generosos incentivos fiscais doados pelo governo a outras empresas de fora, são responsáveis pela geração de cerca de 8 mil empregos diretos, muito mais que as empresas multinacionais que atuam na região. Neste termo fica registrada a urgência a construção de infra-estrutura na região para substituir a lenha pelo gás natural, que além de evitar a degradação ambiental o gás natural apresenta vantagens econômicas tais como: redução do tempo de queima por fornalha, baixo custo de manutenção do sistema, nova linha de produtos de valor agregado e garantia de fornecimento de combustível o ano todo. Todavia de todas essas vantagens a mais importante é o custo ambiental.que por si só, já justificaria a construção do pequeno gasoduto e substituição da matriz energética nas cerâmicas, olarias, padarias, usinas de produção de cera de carnaúba e curtumes na região. Vale salientar que atualmente as cerâmicas no Vale do Açu e outras regiões do RN, são obrigadas a reduzir, ou até mesmo a paralisar suas atividades, durante os meses de inverno devido a dificuldade de se operar com a lenha em período chuvoso. Volto a “bater na tecla” que o nordeste brasileiro precisa de atividades econômicas tal como a industria de produtos cerâmicos que gerem grande quantidade de emprego e renda na região e independam das condições climáticas no que diz respeito a presença ou não das regularidade das chuvas. Que também volto a esclarecer que o que é escasso no RN não é água, mas sim os poços e equipamento de captação. A Petrobrás bem que poderia auxiliar as prefeituras como, por exemplo, a doação de uma perfuratriz moderna para que possamos dotar toda propriedade rural do RN com um poço artesiano. Na atualidade já não são muitas as propriedades rurais sem essa infra-estrutura hídrica que com a presença de cisterna de placas construídas pelos próprios proprietários rurais e educação ambiental podia-se melhorar consideravelmente a qualidade de vida das famílias residente no campo evitando a migração para as cidades.
Finalizando, como se não bastasse a extraordinária vocação mineira e o expressivo potencial em recursos energéticos renováveis e não renováveis, como o petróleo, gás natural e o álcool, o Rio Grande do Norte, por ser esquina oriental do Brasil e da America, próximo a linha do equador com baixa incidência de chuvas, temperatura média diária elevada, em torno de 29 a 33 graus centígrados, com relevo litorâneo baixo e plano, clima quente e seco, com dias ensolarados em praticamente todos os dias do ano, na qual sopra ventos constantes e fortes, principalmente no período vespertino, de direção Nordeste/Sudoeste, o litoral Norte e até 40 quilômetro interior adentro potiguar, constitui o local mais apropriado do Brasil para estações de produção de energia alternativa tanto eólica como solar, que poderão ser somadas a energia produzida com implantação de uma pequena hidroelétrica aproveitando a energia hidráulica potencial da Barragens do Açu, Santa Cruz e Umarí somando ainda a energia que será gerada pela Termoelétrica do Açu utilizando o gás natural da região. A produção atual de gás na Bacia Potiguar segundo o Relatório de Impacto Ambiental da TERMOAÇU S.A,.elaborado pela empresa Biodinâmica, da qual eu tive o privilegio de analisa-lo entre os primeiros cidadãos da região, é da ordem de 7 milhões de m3/dia. O RN consome algo em torno de 400 MW de energia elétrica. Vale lembrar que para cada mil MW a ser gerado são necessários 4 milhões de metros cúbicos de gás. Assim sendo, o rico por natureza estado do RN deixará em um futuro bem próximo de ser importador de energia para ser exportador desse importante bem, e se desenvolver ainda mais. Vale lembrar que para se instalar uma Termoelétrica é necessário a presença abundante de água doce por perto. Neste momento, outra grande empresa multinacional no setor petrolífero, a americana do Texas El Paso Energy International, considerada uma das maiores del mundo, diante da informação de que o RN tem grande potencial e infra-estrutura de água de boa qualidade e linhas de transmissão a poucos quilômetros de distancia da fonte, entra no rol de empresas que desejam se instalar aqui nesse pequeno pedaço de chão.
Por outro lado, é importante divulgar que nessa porção do território brasileiro nas proximidades da localidade Ponta do Mel, o Sertão vira mar, em que podemos observar a brusca mudança na paisagem, onde a vegetação típica da caatinga praticamente contorna a orla marítima pipocada de coqueirais. Não existe o Agreste separando o litoral do do Sertão. As praias banhadas por águas limpas, mornas e medicinais desta região, devido a presença da grande quantidade de sais minerais, que espumam na superfície em escumas brancas ao sabor do vento forte, que sopra com intenso rigor no período da tarde. Essa região é desconhecida por turista brasileiro. Urge, pois explorarmos e divulgarmos esta particularidade.
Por fim, defendo que não basta apenas conviver com os efeitos negativos das inevitáveis secas que ocorrem periodicamente em nossa região. Poderemos até mesmo tirar proveito delas. Pode-se por exemplo, se tirar mais de duas safras anuais quando a irrigação pode ser aplicada. “Conviver”, ao meu ver, está mais para a acomodação desse povo em grande parte já acomodado dessa atrasada região do Brasil que para o crescimento, desenvolvimento e bem estar desta rica região. Ao meu juízo, obviamente não se deve combater aos fenômenos naturais das secas que são inevitáveis, mas sim se deve combater de forma sistemática e consistente os seus efeitos danosos.
Nenhuma região atrasada de qualquer país do mundo é capaz de crescer e manter o seu crescimento e desenvolvimento auto-sustentável sem o investimento na educação, ciência e tecnologia. Como pode um agricultor prosperar se não sabe ao menos ler uma bula de um remédio veterinário nem tão pouco a instrução de um equipamento agropecuário. Como pode prosperar se ainda usa métodos empíricos e obsoletos do tempo de seus avós. Para inovar é preciso conhecer e para conhecer é preciso estudar. E estudando por processo sistemática o cidadão poderá conhecer a realidade local para poder participar do desenvolvimento sustentável de toda sociedade local. As universidades regionais em convênio com empresas através de intercambio e aprimoramento no trabalho do desenvolvimento tecnológico, econômico e social de nosso país, (não estar acontecendo na minha região), pode gerar emprego, cultura, renda e bem estar para nossa região. Por exemplo, a várzea do Góis ao norte do distrito de Entroncamento ao norte da cidade de Carnaubais (RN) citada como região estéril para agricultura irrigada, tendo em vista a expressiva salinidade e presença da vegetação rasteira chamada de pirixiu, pode se tornar com o emprego do conhecimento científico e da tecnologia um verdadeiro eldorado no que diz respeito a criação de camarão. Empresas multinacionais, já exploram bem próximo a esta região, do outro lado do rio Açu, no município de Pendências (RN) através da construção de tanques de água em solo salinos, uma variedade de camarão de cativeiro bem aceito pela população rica dos paises ricos da Europa e América do Norte. Esta empresa esta se expandindo e adquirindo terras nessa micro-região. Empresas e cientistas de outros paises através de informações via Internet e imagens de satélites, estão redescobrindo o potencial do Norte/Nordeste do Brasil e ademais comprando ou induzindo a compra por empresas nacionais o que é de mais produtivo e economicamente viável nesse pedaço de chão. Por exemplo, atualmente eles estão com grande interesse por nossas jazidas de tantalita-columbita, de onde se extraem o metal Nióbio, mais leve e resistente que o aço, hoje em dia, muito usado nas industrias contemporâneas de material aeronáutico, bélico e de informação. O Brasil detém mais de 90% do total das jazida mundial de Nióbio. Os pegmatitos da região do Seridó (RN e PB), explorados intensamente na segunda Guerra Mundial, hoje estão voltando a ter de novo o seu devido valor. Na região Amazônica, mais intensamente na chamada cabeça do cachorro, há expressiva ocorrência deste importante mineral.
A produção de camarão em cativeiro defendida há varias décadas pelo ex-governador Cortes Pereira, “Projeto Camarão” como empreendimento importante e gerador de emprego e renda para o RN, está voltando a ter o seu merecido valor. Segundo dados da revista Conexão, SEBRAE-RN, maio de 2001, sobre o título Carnicicultura do RN se destaca na produção nacional:
A produção de camarão marinho ainda não é umas das maiores, quando comparadas com alguns paises asiáticos e o Equador. Porém, temos motivos para festejar, pois nunca em nossa história, vimos tantos camarões produzidos, despescados e exportados, afirma a zootecnista Maria do Carmo Carneiro, coordenadora de piscicultura e carnicicultura do Programa de Estudos e Ações para o Semi-árido. (PEASA).
Com uma produção de 7 mil toneladas de camarão marinho no ano passado, o RN vem investindo na carnicicultura, ampliando a cada ano sua área cultivada, que é atualmente de 1.752 hectares. O camarão tem reflexos no mercado de trabalho, devido a sua ampla capacidade de gerar empregos diretos e indiretos.
Como pesquisadora do Programa de Implantação e Fomento de Micro e Pequena Empresa, Maria do Carmo vem desenvolvendo um projeto de piscicultura com a utilização de poços tubulares e rejeito de salinizadores na comunidade de Poleiros, município de Santa Rosa na Paraíba.
“Essa prática representa uma alternativa ao uso dos recursos hídricos em regiões sujeitas a processos de salinização da água e do solo”, explica.
Outra experiência bem sucedida é a criação de camarão marinho desenvolvido em 2 (dois) tanques com áreas médias de 400 m2. O interessante projeto beneficia 12 famílias da Comunidade de Poleiros (PB) e é uma referência para outras localidades com característica comum àquela comunidade.
A coordenadora do PEASA destaca que os principais benefícios do projeto do projeto geração de emprego e renda, melhoria da nutrição, diversificação com valores agregados, conhecimento de produção em escala comercial, expansão da piscicultura tipo “poço peixe e carnicicultura” e consciência ecológica, através do gerenciamento integrado e compartilhado da água.
Como se pode observar quando se tem posse de conhecimento, com ajuda de Deus tudo fica mais fácil, até mesmo, tirar proveito da adversidade do clima e natureza salina do solo da nossa região. Quando se tem conhecimento se pode melhorar a realidade econômica de uma determinada região. Conhecendo a região, técnicos brasileiros que convivem no dia a dia com os seus problemas, podem criar e inovar em vários segmentos da ciência e da tecnologia. Somos capazes de tirar proveito deste clima quente, seco e salutar do nordeste brasileiro. Nesses solos salinos, antigamente considerado estéreis, até mesmo por pesquisadores de renome nacional, também se pode plantar coqueirais, se produzir alimento e diminuir a subnutrição e doenças tais como diarréias e desidratação, comum no meio rural onde moram milhares de crianças nordestinas desnutridas. A água de coco, como sabemos, é um excelente remédio para desidratação. A casca do coco ainda é excelente como fonte de geração de energia calorífica. Seu poder calorífico é muito superior que o bagaço da cana e casca de arroz. Essa energia calorífica com o emprego da ciência e da tecnologia pode gerar energia elétrica. Ao meu juízo no dia em que a tecnologia for capaz de baratear a produção de energia alternativa solar, eólica e da biomassa, o nordeste brasileiro será prospero, terá poder e não haverá tanta pobreza como ainda existe hoje em dia nesta rica e agradável região. A SUDENE, que não devia ser extinta e sim reorganizada, pecou muito. Historicamente esta importante entidade, direcionou seus recursos beneficiando o abastado proprietário de terras e industria em detrimento da massa de miseráveis que a cada seca sofre com as agruras da não produção de alimentos para sua subsistência digna.
O Nordeste com o rótulo de região problema passará a ser a solução deste imenso país de uma só língua e de variada etnia, cultura e religião. O nordeste é viável e o Rio Grande do Norte ainda mais. Todavia, observo ainda que há em nosso meio natural a mais gigantesca de todas as riquezas existentes na face da terra, que parece estar se esgotando nos paises ricos e decadentes do primeiro mundo. Esta gigantesca riqueza se chama esperança que sobra em demasia em nossa região. Na minha simples e otimista visão acho que o maior patrimônio que o nordeste do Brasil possui é a esperança e a fé de seu povo.
Neste contexto é preciso fazer empreendimento ou infraestrutura na região que possam gerar cultura, emprego e renda para a população. Principalmente os empregos ou condições de auto geração de empregos que independam das condições climáticas. Não existe herança maior que se possa deixar por uma família ou uma nação aos seus filhos do que o saber e o conhecimento. De posse desse bem se pode criar, inovar, mudar, criticar e contornar uma situação desfavorável ou até mesmo discordar de pesquisas efetuadas muitas vezes por pessoas de regiões distantes, que não correspondem a nossa realidade. O RN apesar das secas está mudando. E irá mudar ainda mais. Urge, pois, que de forma realista consertar os erros do passado e evitar o desperdício. É tempo de compreender o passado, assumir o presente e planejar o futuro e de uma maneira simples como é o nosso povo, promover uma melhoria de vida para estas pobres e resistentes criaturas. É tempo de reunir conhecimento na busca de metas, caminhos e soluções para esta rica e salutar região.
Na minha visão, a posse de conhecimento, o acesso a informação e a facilidade de contato e transmissão de fatos, consistem em um excelente e poderoso meio para se combater de forma efetiva, o analfabetismo, a fome, a miséria, a corrupção, a violência, a impunidade, a injustiça e exclusão social, a degradação ambiental e a baixa qualidade de vida das criaturas de Deus, residentes em uma determinada região. Constituem ainda um enorme potencial de socialização e desenvolvimento. Urge pois um programa para interiorização de conhecimento no Brasil. Não é coerente o estabelecimento de núcleo temático da seca onde não existe seca. Onde chove muito como é o caso de Natal, litoral nordestino. Seria interessante a sua transferência para o próprio sertão. A sede do Departamento de Obras Contra a Secas devia está estabelecida também onde existe seca e não no litoral cearense em Fortaleza.
Os governantes dos EUA interiorizaram o conhecimento e o acesso a ciência e a tecnologia em seu pais e se deram bem. A região do Colorado, mais precisamente o Vale do silício é um exemplo. O PIB do estado do Colorado, norte americano é superior a todo PIB do nosso imenso Brasil. Há excelentes universidades de projeção internacional situado no interior daquele rico país.
Por fim acho que no momento, levando-se em conta os custos X benefícios, a transposição é uma obra de elevado custo financeiro para um irrisório beneficio a população pobre do RN e termino com consciência critica construtiva afirmando que:
Se Deus deu tudo ao país, queremos ver este povo ainda mais feliz.
Eugênio Fonseca Pimentel
Geólogo pesquisador da Agenda 21 Local
Gestor Ambiental e Agente Ambiental Voluntário do RN – AAV
http://www.ecodebate.co/