quarta-feira, 19 de setembro de 2012
terça-feira, 18 de setembro de 2012
Saúde
BRÓCOLIS
`Brócolis deixa a Mente Esperta.É comum você demorar alguns segundos para lembrar o número do seu telefone? Este alimento é rico em ácido fólico, acelera o processamento de informação nas células do cérebro, conseqüentemente, melhorando a memória. Porções extras desta verdura vão fazer você lembrar-se de tudo rapidinho.Quanto consumir: 1 pires / dia.`
De. Merci
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De. Merci
Jornalista passa bem após sofrer atentado
Roberto Guedes abastecia o carro, em Caiçara do Rio dos Ventos, quando foi cercado por um bando
Paulo de Sousa
jpaulosousa.rn@dabr.com.br
Paulo de Sousa
jpaulosousa.rn@dabr.com.br
A caminho de uma missa pela "pacificação", o jornalista Roberto Guedes da Fonseca foi agredido e quase linchado em um posto de combustíveis da cidade de Caiçara do Rio dos Ventos, no último sábado. Segundo ele, o motivo do atentado contra a sua vida seriam as duras críticas que vem fazendo à violência presente na campanha política da cidade, promovida pelo grupo do candidato a prefeito Felipe Muller Filho (PP). O jornalista teve de fugir dos agressores até Macaíba, região metropolitana de Natal. Ele está internado no hospital da Unimed, onde passou por cirurgia.
Roberto Guedes conta que na noite do último sábado, por volta das 20h, saía de sua casa, em Caiçara do Rio dos Ventos, para ir a uma missa que ele pedira ao pároco local para ser celebrada em prol da pacificação da campanha eleitoral da cidade. "A igreja fica a pouco mais de 300 metros de casa, mas decidi sair no meu veículo (Ford Ranger). Percebi, no entanto, que precisava abastecer e como o posto de combustível fecha às 22h, fui logo para lá".
Segundo o jornalista, enquanto estava abastecendo, algumas pessoas ligadas ao grupo político de Felipe Muller Filho o chamaram para uma conversa "amigável". No entanto, do diálogo se passou logo para um bate boca e essas pessoas passaram a xingá-lo e bater contra o seu veículo, chegando a utilizar até paus e barras de ferro. "Tentei sair dali, pois sentia que iria ser linchado. Mas não podia avançar, pois sempre que saía, alguém ficava à frente do carro. De repente, jogaram um líquido amarelo no para-brisa e eu perdi a visibilidade. Então buzinei e avancei. Na hora pensei: era a minha vida ou a deles".
Roberto diz ter seguido em direção à delegacia local, mas essa estava fechada. Então, ele decidiu pegar a BR- 304 para encontrar uma unidade policial mais próxima. Contudo, no caminho, teriam montado um piquete para tentar pará-lo. "Eu cheguei a reduzir a velocidade, mas voltei a avançar. Jogaram então uma pedra contra o meu carro". O objeto, de cerca de 25 cm de espessura, atingiu o veículo pela janela do motorista, quebrando o vidro e atingindo o jornalista no braço esquerdo. Mesmo ferido, Roberto afirma ter conseguido sair do local e seguiu até Macaíba.
Já na Grande Natal, Roberto Guedes procurou abrigo no Posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Macaíba. "Eles me seguiram pela estrada e tive que correr a 170 km/h. Quando cheguei ao posto, parei deliberadamente para pedir socorro". Sob proteção da polícia, o jornalista seguiu para a delegacia de plantão zona sul, em Natal, onde prestou depoimento sobre o ocorrido ao delegado Custódio Arraes.
Ainda conforme o jornalista, o grupo que tentou agredi-lo fez de tudo para que ele fosse acusado de ter atropelado pessoas no posto de combustível de Caiçara do Rio dos Ventos. Inclusive, foi feito um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) contra ele por lesão corporal no trânsito. "E o delegado não quis que eu prestasse queixa de tentativa de homicídio". Custódio Arraes, no entanto, garante que "ele prestou depoimento da formaque quis. Inclusive, antes de liberá-lo, expedi guia para que o carro dele fosse periciado". O caso deverá seguir para a delegacia de Lajes, onde serão marcadas audiências para apurar o fato.
Roberto Guedes está internado no hospital da Unimed, em Morro Branco, zona Leste de Natal. Com o braço esquerdo fraturado, ele aguarda liberação médica para uma cirurgia de reparação. O jornalista ainda teme novas represálias. "Por isso eu tinha pedido proteção ao Ministério Público desde a sexta-feira. Falei com a promotora Juliana Alcoforado e mostrei ameaças contra mim no Facebook". Para ele, a pedra foi arremessada contra si com interesse de matá-lo. "Os médicos disseram que se tivesse atingido minha cabeça eu teria morrido".
No Facebook
Segundo o jornalista, ele foi "jurado de morte pelo grupo político do ex-prefeito Felipe Elói Muller", que ele afirma estar causando uma série de tumultos na campanha eleitoral do filho, Felipe Muller de Caiçara. O grupo tem sido criticado por Roberto Guedes na imprensa potiguar. Ele cita cinco nomes de pessoas que supostamente teriam idealizado o atentado contra si: Felipe Elói Muller, Felipe Muller Filho, Priscila Muller (filha do primeiro) e os vereadores Alfeu D'ágata e Robenildo Robério, todos alvos das críticas do jornalista. Ontem, durante todo o dia, o jornal tentou entrevistar os suspeitos da agressão, via partido político ao qual são filiados, mas não conseguiu.
A promotora Juliana Alcoforado afirma não ter conseguido acessar o conteúdo do Facebook no Fórum de Lajes porque o site é bloqueado pela rede do MPE. Ela acrescenta, no entanto, que devido ao atentado, deverá pedir proteção policial para o jornalista, assim como reforço policial na segurança da cidade. "Há muitos tumultos dos grupos políticos locais, com uso até de spray de pimenta. Temos receio das coisas piorarem, por isso é necessário um maior contingente policial para conter o ânimos", comenta a promotora.
A Delegacia Geral de Polícia Civil emitiu ontem à tarde uma nota informando que o delegado Geral da Polícia Civil, Fábio Rogério Silva, designou o delegado Otacílio Medeiros, da 1ª Delegacia Regional de São Paulo do Potengi para apurar o atentado.
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Norte (Sindjorn) também emitiu uma nota, repudiando o atentado contra Roberto Guedes. "É inadmissível que nos dias atuais pessoas não aceitem opiniões diferentes e achem que com violência poderão cercear a liberdade de expressão. É preciso que o fato seja apurado e que todas as medidas cabíveis sejam tomadas, seja por parte da polícia como também da Justiça. Não podemos admitir que coisas desse tipo tornem nosso estado um dos mais perigosos para o exercício da profissão de jornalista, profissão essencial para o exercício pleno da democracia e cidadania", diz Neli Carlos, diretora do sindicato.
Roberto Guedes conta que na noite do último sábado, por volta das 20h, saía de sua casa, em Caiçara do Rio dos Ventos, para ir a uma missa que ele pedira ao pároco local para ser celebrada em prol da pacificação da campanha eleitoral da cidade. "A igreja fica a pouco mais de 300 metros de casa, mas decidi sair no meu veículo (Ford Ranger). Percebi, no entanto, que precisava abastecer e como o posto de combustível fecha às 22h, fui logo para lá".
Segundo o jornalista, enquanto estava abastecendo, algumas pessoas ligadas ao grupo político de Felipe Muller Filho o chamaram para uma conversa "amigável". No entanto, do diálogo se passou logo para um bate boca e essas pessoas passaram a xingá-lo e bater contra o seu veículo, chegando a utilizar até paus e barras de ferro. "Tentei sair dali, pois sentia que iria ser linchado. Mas não podia avançar, pois sempre que saía, alguém ficava à frente do carro. De repente, jogaram um líquido amarelo no para-brisa e eu perdi a visibilidade. Então buzinei e avancei. Na hora pensei: era a minha vida ou a deles".
Vítima de agressões físicas por parte de grupo político de Caiça do Rio dos Ventos, Roberto se recupera em hospital. Foto: Paulo de Sousa/DN/D.A Press |
Roberto diz ter seguido em direção à delegacia local, mas essa estava fechada. Então, ele decidiu pegar a BR- 304 para encontrar uma unidade policial mais próxima. Contudo, no caminho, teriam montado um piquete para tentar pará-lo. "Eu cheguei a reduzir a velocidade, mas voltei a avançar. Jogaram então uma pedra contra o meu carro". O objeto, de cerca de 25 cm de espessura, atingiu o veículo pela janela do motorista, quebrando o vidro e atingindo o jornalista no braço esquerdo. Mesmo ferido, Roberto afirma ter conseguido sair do local e seguiu até Macaíba.
Já na Grande Natal, Roberto Guedes procurou abrigo no Posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Macaíba. "Eles me seguiram pela estrada e tive que correr a 170 km/h. Quando cheguei ao posto, parei deliberadamente para pedir socorro". Sob proteção da polícia, o jornalista seguiu para a delegacia de plantão zona sul, em Natal, onde prestou depoimento sobre o ocorrido ao delegado Custódio Arraes.
Ainda conforme o jornalista, o grupo que tentou agredi-lo fez de tudo para que ele fosse acusado de ter atropelado pessoas no posto de combustível de Caiçara do Rio dos Ventos. Inclusive, foi feito um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) contra ele por lesão corporal no trânsito. "E o delegado não quis que eu prestasse queixa de tentativa de homicídio". Custódio Arraes, no entanto, garante que "ele prestou depoimento da formaque quis. Inclusive, antes de liberá-lo, expedi guia para que o carro dele fosse periciado". O caso deverá seguir para a delegacia de Lajes, onde serão marcadas audiências para apurar o fato.
Roberto Guedes está internado no hospital da Unimed, em Morro Branco, zona Leste de Natal. Com o braço esquerdo fraturado, ele aguarda liberação médica para uma cirurgia de reparação. O jornalista ainda teme novas represálias. "Por isso eu tinha pedido proteção ao Ministério Público desde a sexta-feira. Falei com a promotora Juliana Alcoforado e mostrei ameaças contra mim no Facebook". Para ele, a pedra foi arremessada contra si com interesse de matá-lo. "Os médicos disseram que se tivesse atingido minha cabeça eu teria morrido".
No Facebook
Segundo o jornalista, ele foi "jurado de morte pelo grupo político do ex-prefeito Felipe Elói Muller", que ele afirma estar causando uma série de tumultos na campanha eleitoral do filho, Felipe Muller de Caiçara. O grupo tem sido criticado por Roberto Guedes na imprensa potiguar. Ele cita cinco nomes de pessoas que supostamente teriam idealizado o atentado contra si: Felipe Elói Muller, Felipe Muller Filho, Priscila Muller (filha do primeiro) e os vereadores Alfeu D'ágata e Robenildo Robério, todos alvos das críticas do jornalista. Ontem, durante todo o dia, o jornal tentou entrevistar os suspeitos da agressão, via partido político ao qual são filiados, mas não conseguiu.
A promotora Juliana Alcoforado afirma não ter conseguido acessar o conteúdo do Facebook no Fórum de Lajes porque o site é bloqueado pela rede do MPE. Ela acrescenta, no entanto, que devido ao atentado, deverá pedir proteção policial para o jornalista, assim como reforço policial na segurança da cidade. "Há muitos tumultos dos grupos políticos locais, com uso até de spray de pimenta. Temos receio das coisas piorarem, por isso é necessário um maior contingente policial para conter o ânimos", comenta a promotora.
A Delegacia Geral de Polícia Civil emitiu ontem à tarde uma nota informando que o delegado Geral da Polícia Civil, Fábio Rogério Silva, designou o delegado Otacílio Medeiros, da 1ª Delegacia Regional de São Paulo do Potengi para apurar o atentado.
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Norte (Sindjorn) também emitiu uma nota, repudiando o atentado contra Roberto Guedes. "É inadmissível que nos dias atuais pessoas não aceitem opiniões diferentes e achem que com violência poderão cercear a liberdade de expressão. É preciso que o fato seja apurado e que todas as medidas cabíveis sejam tomadas, seja por parte da polícia como também da Justiça. Não podemos admitir que coisas desse tipo tornem nosso estado um dos mais perigosos para o exercício da profissão de jornalista, profissão essencial para o exercício pleno da democracia e cidadania", diz Neli Carlos, diretora do sindicato.
FONTE: Diàrio de Natal
segunda-feira, 17 de setembro de 2012
O reduto dos bons boêmios
No Beco da Lama, sem atenção do poder público e cheio de restrições aos bares, uma Nazaré é quem dita o tom
Sérgio Vilar
sergiovilar.rn@dabr.com.br
Sérgio Vilar
sergiovilar.rn@dabr.com.br
Se um tsunami devastasse Natal, o comércio no centro da cidade dava seu jeito de abrir as portas nas primeiras horas claras do dia. É a vocação que o tempo lhe emprestou. E na estreita rua Coronel Cascudo, uma senhora de 56 anos de idade cumpre a rotina de 31 anos de comércio: sobe o portão de ferro e inicia a limpeza do bar, muitas vezes já na companhia de clientes. "Mais uma bem gelada, Nazaré!". Por ali passam pedintes, políticos, artistas e profissionais liberais. Pelo Bar de Nazaré passa também a história da boemia natalense. Passam figuras folclóricas: desfila Gardênia, rasteja Helmut... E passa também um filme na memória da "dama do Beco da Lama" ainda sem final alegre.
Maria Nazaré Melo dos Santos permanece nas adjacências do Beco por falta de opção. Largaria a tradição, a clientela amiga conquistada com labuta e a referência do comércio por uma vida mais tranquila. O Bar de Nazaré vive mais da fama. Dinheiro mesmo tem ali quase ao lado, na Assembleia dos deputados que nunca inscreveram um projeto para aquele corredor histórico; ou mais à frente, na prefeitura da gestora que diminuiu metade do lucro do Bar. "No início do governo de Micarla eu fui notificada a tirar as mesas da calçada. Só eu em toda a redondeza. Perdi uns 70% dos clientes. Mas é ela saindo e eu colocando as mesas de volta. Não vejo a hora", diz, exaltada.
O lugar já é tombado pelo patrimônio histórico. Promessas de urbanização abundam. Na Ribeira "velha de guerra", a prefeitura aproveitou a moda e a aglomeração de cidadãos-eleitores no Buraco da Catita para construir um calçadão de uns 20 metros. O Centro, cansado da guerra e do esquecimento, suplica atenção. O comércio sobrevive do pouco ou do jogo. Na mesma rua Coronel Cascudo do Bar de Nazaré, muitos estabelecimentos teriam fechado não fossem as máquinas caça-níqueis. Nazaré segue com sua cerveja gelada, a meladinha e o cardápio de tira-gostos. Não é muito, mas é o possível. E agrada. No vasto mundo particular do Centro, é a referência boêmia ehistórica.
"O Bar de Nazaré, a despeito de ter perdido as mesas de rua, continua a ser para a boêmia do centro histórico um dos seus principais atrativos. É dos mais antigos em funcionamento. Atrai artistas, jornalistas, gente de variadas profissões que ali diariamente se confraternizam. Nas festas realizadas no centro, tem importância fundamental. Espero que possamos degustar, ali, da brisa que vem dos morros na nova administração da cidade. Ao ar livre, mesas e cadeiras no meio da rua, é melhor para o espírito e para a cidade, que ganha um atrativo a mais para o seu turismo histórico", sugere Eduardo Alexandre, o Dunga, agitador cultural e freguês antigo do bar.
Bar de Nazaré, no centro histórico, é ponto de encontro de expoentes da cultura potiguar há 31 anos. Foto: Ana Amaral/DN/D.A Press |
Maria Nazaré Melo dos Santos permanece nas adjacências do Beco por falta de opção. Largaria a tradição, a clientela amiga conquistada com labuta e a referência do comércio por uma vida mais tranquila. O Bar de Nazaré vive mais da fama. Dinheiro mesmo tem ali quase ao lado, na Assembleia dos deputados que nunca inscreveram um projeto para aquele corredor histórico; ou mais à frente, na prefeitura da gestora que diminuiu metade do lucro do Bar. "No início do governo de Micarla eu fui notificada a tirar as mesas da calçada. Só eu em toda a redondeza. Perdi uns 70% dos clientes. Mas é ela saindo e eu colocando as mesas de volta. Não vejo a hora", diz, exaltada.
O lugar já é tombado pelo patrimônio histórico. Promessas de urbanização abundam. Na Ribeira "velha de guerra", a prefeitura aproveitou a moda e a aglomeração de cidadãos-eleitores no Buraco da Catita para construir um calçadão de uns 20 metros. O Centro, cansado da guerra e do esquecimento, suplica atenção. O comércio sobrevive do pouco ou do jogo. Na mesma rua Coronel Cascudo do Bar de Nazaré, muitos estabelecimentos teriam fechado não fossem as máquinas caça-níqueis. Nazaré segue com sua cerveja gelada, a meladinha e o cardápio de tira-gostos. Não é muito, mas é o possível. E agrada. No vasto mundo particular do Centro, é a referência boêmia ehistórica.
"O Bar de Nazaré, a despeito de ter perdido as mesas de rua, continua a ser para a boêmia do centro histórico um dos seus principais atrativos. É dos mais antigos em funcionamento. Atrai artistas, jornalistas, gente de variadas profissões que ali diariamente se confraternizam. Nas festas realizadas no centro, tem importância fundamental. Espero que possamos degustar, ali, da brisa que vem dos morros na nova administração da cidade. Ao ar livre, mesas e cadeiras no meio da rua, é melhor para o espírito e para a cidade, que ganha um atrativo a mais para o seu turismo histórico", sugere Eduardo Alexandre, o Dunga, agitador cultural e freguês antigo do bar.
(Diário de Natal)
Edição de domingo, 16 de setembro de 2012
Edição de domingo, 16 de setembro de 2012
sábado, 15 de setembro de 2012
BAOBÁS DA MINHA TERRA - ASSU-RN
No município do Assu, baixo sertão potiguar, distante 210km de Natal [é uma terra pluralista, onde de tudo tem e acontece], existe onze árvores (Baobás) raras no Brasil! Os Baobás do Brasil, "foram trazidas pelos sacerdotes africanos e foram plantados em locais específicos para o culto das religiões africanas". Afinal, é esse o meu Assu, que além de ser cognominada de Terra dos Poetas, Atenas Norte-Riograndense, Dos Verdes Carnaubais, Da Fruticultura, está sendo cognominada também de Terra dos Baobás.
A Poesia está em todo lugar
Na folha que cai
No sol a brilhar
No sorriso da criança
No semblante triste de um idoso
No ritmo da batera.
A Poesia é como você olha as coisas
Ao amanhecer, o sopro nas narinas
O rosto no espelho
A vida que nos chama às tarefas
O jovem indo à escola
Os pássaros voando sobre os matagais.
A Poesia é a rotina diária
Costumamos não enxergá-la
Ficamos tão dormentes
Às coisas ao nosso redor; como forjá-la?
Vemos, mas não a enxergamos
Não há tempo pra senti-la.
A Poesia é apreciar tudo com carinho
Seja uma rosa, ou um jardim em flor
Seja o mar, ou o infinito oceano
De tudo ser um eterno namorado
Amar em um dia muito atarefado
A Poesia é um circo encantado.
A Poesia está nas coisas mais simples
Está no encontro e no desencontro
No ir e vir dos transeuntes
No murmurinho das ruas
No silenciar dentro do peito
No querer bem.
É preciso olhar a Poesia, aí próximo, em cada canto
Está atento nos mínimos detalhes
Na padaria, o pão fresco
No restaurante, a sofreguidão da fome
Na academia, o afã da estética pessoal
Na morte, o suspiro final.
A Poesia pede esforço individual
Imaginação
Impossível passar pela vida
E não viver com inspiração
Assim, não há amadurecimento
Ver-se apenas o lado escuro da lida.
A Poesia não muda ninguém
Até porque ela não é feita pra isso
Ela, no máximo, remodela alguém
Deve reconstruir uma parte de mim e de ti
Não consigo imaginar um ser antipoético
Então, quer viver nisso? Viva.
A Poesia são as estrelas no firmamento
Depois de uma tempestade, o sol brilhar outra vez
O canto da rolinha na janela
Um hino de louvor a Deus
Aquilo que a gente imaginar
A Poesia é isso e muito mais.
A Poesia é preciosa na vida de nós todos
É superar a preguiça
Num dia de chuva, pular da cama
Deixando os cobertores pra trás
Continuar aquilo que havia iniciado
Fazer tudo o de sempre, de repente.
A Poesia é um salto de qualidade
É amar-se
É querer-se bem
Sem muito alarde
Nem muita afobação
É o amanhã.
A Poesia é viver a vida como ela é
Engatar a segunda na ladeira
Subir bem devagarinho
Encarando a depressão
Não cochilar pra não ratear
Seguir enfrente na pressão.
A Poesia é o mais lindo cantar
Música popular
Samba do bom
Paulinho da Viola, a nos contagiar
A brincadeira e vadiagem
No refrão, embalar os corações.
(Lourdes Limeira, poeta paraibana)
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