sexta-feira, 4 de janeiro de 2013


O grande barato da vida é olhar para trás e sentir orgulho da sua história. O grande lance é viver cada momento como se a receita da felicidade fosse o aqui e o agora.

Carlos Drummond de Andrade

Ivan Pinheiro um contador de histórias


Minha foto
Estava em débito com esse exímio historiador varzeano, beradeiro de boa cepa, índole benfazeja desde que botou a cara no mundo, nasceu privilegiado de bons costumes, sempre afável, solicito e bom companheiro.

 Conheci Ivan Pinheiro nos bancos universitários da UERN, no inicio da década de oitenta, fomos colega de turma, o mestre Ivan já era um nato contador de histórias, sua palavra era fluente e apreciada por todos da turma, o diploma recebido foi apenas questão de mérito, de honra, amor próprio, seria historiador de qualquer forma, independente do canudo.

Ivan Pinheiro sempre teve sapiência elevada, assim me revelaram alguns amigos da sua infância, ocupante de cargos comissionados em gestões passadas no Assu, com especialidade nos governos de Ronaldo Soares, como chefe de gabinete, tive deste colega atenção especial quando resolvi lançar meu primeiro Livro: "Histórias Daqui Mesmo" fato ocorrido durante os festejos juninos na Praça São João Batista em 1991, estava lá na primeira fila, o filho de Ivo de Maria Boca Larga me prestigiando e recebendo o nosso autógrafo pela edição adquirida. 

Quando editei um jornal que marcou época na região ( A FOLHA), Ivan Pinheiro nos enaltecia com a supremacia linguística de suas bem redigidas crônicas. 

Li a pouco seu blog na PONTA DA LÍNGUA, quanta riqueza de causos são expostos ao conhecimento dos seus assíduos leitores, muito obrigado pela oportunidade da boa leitura.

Revelo que devo e gosto de pagar minhas contas, as vezes com um pouco de atraso, mas não deixo meu nome ir pra o SPC do esquecimento, reconhecer seu trabalho, sua obra e seu valor não é favor nenhum que estamos lhe prestando, simplesmente um justo reconhecimento.


.·´✿
Na vida há sempre um parafuso para apertar, uma obra carente de cuidado, um coração em busca de outro peito….·´✿

(Simples-mente)
[Emílio Miranda]
Liduxa..·´✿


















De: Doce Mistério
Na vida há sempre um parafuso para apertar, uma obra carente de cuidado, um coração em busca de outro peito….

(Simples-mente)
[Emílio Miranda]

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Nota Missa de dona Maria Edite Martins


Estaremos no próximo domingo (06/01/2013) rezando pelo reencontro de minha mãe, Maria Edite, com DEUS, BONDOSO E MISERICORDIOSO. Será na Missa da comunidade da Capela Cristo Rei - Hospital da Polícia Militar, Av. Prudente de Morais. A hora é 9:30 h. Ela costumava dizer: "DEUS SEMPRE FOI MUITO BOM PRA MIM! "Me deu um bom marido e bons filhos".
José Marival Martins
Estaremos no próximo domingo (06/01/2013) rezando pelo reencontro de minha mãe, Maria Edite, com DEUS, BONDOSO E MISERICORDIOSO. Será na Missa da comunidade da Capela Cristo Rei - Hospital da Polícia Militar, Av. Prudente de Morais. A hora é 9:30 h. Ela costumava dizer: "DEUS SEMPRE FOI MUITO BOM PRA MIM! "Me deu um bom marido e bons filhos".

Arte


De: Desagn & Art

Esperança – Mário Quintana

Lá bem no alto do décimo segundo andar do Ano
Vive uma louca chamada Esperança
E ela pensa que quando todas as sirenas
Todas as buzinas
Todos os reco-recos tocarem
Atira-se
E
— ó delicioso vôo!
Ela será encontrada miraculosamente incólume na calçada,
Outra vez criança…
E em torno dela indagará o povo:
— Como é teu nome, meninazinha de olhos verdes?
E ela lhes dirá
(É preciso dizer-lhes tudo de novo!)
Ela lhes dirá bem devagarinho, para que não esqueçam:
— O meu nome é ES-PE-RAN-ÇA…


Texto extraído do livro “Nova Antologia Poética“, Editora Globo – São Paulo, 1998, pág. 118.
Esperança – Mário Quintana

Lá bem no alto do décimo segundo andar do Ano
Vive uma louca chamada Esperança
E ela pensa que quando todas as sirenas
Todas as buzinas
Todos os reco-recos tocarem
Atira-se
E
— ó delicioso vôo!
Ela será encontrada miraculosamente incólume na calçada,
Outra vez criança…
E em torno dela indagará o povo:
— Como é teu nome, meninazinha de olhos verdes?
E ela lhes dirá
(É preciso dizer-lhes tudo de novo!)
Ela lhes dirá bem devagarinho, para que não esqueçam:
— O meu nome é ES-PE-RAN-ÇA…


Texto extraído do livro “Nova Antologia Poética“, Editora Globo – São Paulo, 1998, pág. 118.


Um poema devia ter a capacidade de curar uma ferida
Matar a sede e a fome,
Mas acredito mais na capacidade humana
De vencer a adversidade.

(Simples-mente)
[Emílio Miranda]
Um poema devia ter a capacidade de curar uma ferida
Matar a sede e a fome,
Mas acredito mais na capacidade humana
De vencer a adversidade.

(Simples-mente)
[Emílio Miranda]

MOÇORÓ e AÇÚ ou Mossoró e Assu?

Não estranhe tanto, a influência de línguas indígenas sobre a Língua Portuguesa remonta muitos tempos. Escrever “Moçoró” que pode significar [FAZER RUPTURAS] ou [VENTO QUE SOPRA DO NORTE] é tomar como referência a forma primitiva/original; o mesmo procedimento ocorre com o termo AÇÚ, depois AÇU e, por último, ASSU – originalmente – significa GRANDE.

Nós não devemos pensar que existe uma FORMA CERTA OU ERRADA; o que houve foi um aportuguesamento das expressões indígenas.
HOJE, com a emancipação dessas duas grandes cidades do Rio Grande do Norte, nós nos acostumamos a escrever a forma atual: MOSSORÓ e ASSU, mas sem esquecermos sua origem e significado indígenas dos nativos brasileiros.
É isso!
Até amanhã!!!
Artigo do blog Gramaticando, do prof. Sílvio Augusto a quem peço permissão para postar os comentários em seu blog sobre o referenciado artigo, conforme adiante.
Fernando Caldas
José Macie 4 de janeiro de 2012 às 4:24

Professor , com todo respeito, o Sr. não se pode admitir que regras sejam quebradas, elas existem e devem ser cumpridas, Moçoró e Açu são palavras de origem Tupi, e devem ser grafas com Ç, e Açu, não possui acento no U, assim como Pitu (Cachaça),Uruaçu. São Regras Gramaticais e não Houve Mudanças na última reforma ocorrida na Língua Portuguesa  ou seja Estão ERRADAS se forem escritas de incorretamente, conclusão, Regras são Regras, espero que V.Sa, do alto de sua competência, retifique vossa posição.

gramaticando 4 de janeiro de 2012 às 18:10

Caro Maciel: Concordo que regras devam ser seguidas, você tem razão. Mas não se trata de desobediência às regras, nesse caso. Lendo o texto do nosso BLOGue, verá que explico as transições pelas quais esses dois termos passaram, SEM DESCONSIDERAR sua origem indígena. O que estamos levando em conta é que, ASSIM COMO TUDO NA VIDA, as palavras também sofrem mudanças; foi o caso dos termos MOÇORÓ e AÇÚ (que era com acento agudo, depois deixou de ser – a partir de 1971), modificando-se ao longo do tempo. Precisamos estar acostumados com essas alterações, concordar com umas; discordar de outras – FAZ PARTE DA VIDA.
Fico feliz por sua interação, esperando que continue participando de nossas publicações. Muito grato. Até a próxima!

Poeta Cypriano Maribondo  4 de janeiro de 2012 às 6:44

Caro Mestre. Agradeço pela aula, a minha dúvida gerou uma explicação que realmente me esclareceu. Agora já não mais vou achar errado os timbres dos documentos oficiais, das Prefeituras de ASSÚ e MOSSORÓ que recebo aqui na Infra-Estrutura doEstado, diariamente.

Poeta Maribondo.

JOAO PAULO MAIA LIMA 4 de janeiro de 2012 às 6:57

Professor, e quanto a Apody e Apodi (terra firme), nome indígena e de minha querida cidade?

Esquerdinha 4 de janeiro de 2012 às 7:24

ASSU deixou de ser AÇU, obedecendo a um decreto municipal. Agora, que nasce no RN é “COMEDOR DE CAMARÃO!” Ou seja: “POTIGUAR!”

José Maciel 5 de janeiro de 2012 às 8:16

Vejam só, dois leitores, um diz que agora pode usar as palavras com nome de suas cidades erradamente, (Veja o poder que o Sr tem como Professor? Mestre), outro diz que continuará usando pois consta de Decreto Municipal (Regras Gramaticais não podem ser Alteradas por Decreto) conclusão todos Os Documentos Oficiais das cidades em questão, as placas dos automóveis (atenção Sec. de Educação), se grafadas forem ou estiverem com S,SS ou acento no U, estão ferindo, indo de encontro as Regras Gramaticais 
em Vigor, e todos nós sabemos que não podem sem mudadas, a não ser oficialmente. Saudações e Respeito ao Mestre.

Lenira 5 de janeiro de 2012 às 13:56

Sobre a grafia de Assu ou Açu, tenho a dizer o seguinte: como a palavra é de origem indígena, o correto seria Açu. Porém, quando foi constituída cidade foi com a grafia com dois “SS” (ASSU). Depois de algum tempo, obedecendo às regras gramaticas vigentes, a cidade passou a ser grafada com “Ç”. Até que através de uma lei municipal e, levando em consideração o documento de criação do município, foi determinado que o nome da cidade voltaria a ser grafado com dois “SS”. Tanto que, ao nos referirmos ao Vale, devemos escrever “Vale do AÇU” – pois é a palavra correta e, ao nos referirmos a cidade (por decreto municipal, como foi dito acima) devemos escrever com dois SS: ASSU.

Fiart acontece neste mês de janeiro


Fiart vai movimentar janeiro com cultura, artesanato e gastronomia
- Evento acontece em Natal no período de 18 a 27 –

A Fiart – Feira Internacional de Artesanato apresenta sua 18ª edição, no período de 18 a 27 próximo, no Pavilhão das Dunas do Centro de Convenções, tendo em sua programação a venda de produtos artesanais do Rio Grande do Norte e de todas as regiões do Brasil, além de países confirmados como Indonésia, Senegal, Filipinas, Índia, Equador, Paquistão, Palestina, Marrocos, Emirados Árabes, Itália, Peru, Argentina, Bolívia e Turquia.

Gastronomia, seminários, exposições, concursos e uma variada programação cultural também integram o evento, que tem como tema, “Talento e sensibilidade para moldar o futuro”.

O evento é uma realização do Governo do Estado e da Espacial Eventos, com patrocínio do SEBRAE/RN e do Programa do Artesanato Brasileiro, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e apoio da Prefeitura da Cidade do Natal.

Por  Flávio Rezende
Assessoria de Imprensa
(Fonte: Canindé Soares)

    Ama com o mesmo cuidado com que amas a Vida!

    (Simples-mente)
    [Emílio Miranda]

    Ama com o mesmo cuidado com que amas a Vida!

(Simples-mente)
[Emílio Miranda]

    Foto: Bolsa Família

por Jeremias

    O SAL NO RIO GRANDE DO NORTE

    Fonte http://naesquinadobrasil.blogspot.com.br/
    O sal foi um dos primeiros produtos a ser explorado comercialmente no Rio Grande do Norte. A exploração normal e extensiva das salinas de Mossoró, litoral de Areia Branca, Açu e Macau data de 1802. Mas o conhecimento de jazidas espontâneas na região já era conhecida desde o início da colonização.
    A primeira referência que se tem sobre sal no Rio Grande do Norte, encontra-se registrado no documento que Jerônimo d’Albuquerque escreveu a seus filhos Antônio e Matias em 20 de agosto de 1605, onde fala de salinas formadas espontaneamente a aproximadamente 40 léguas ao norte, o que corresponde hoje as salinas de Macau. Desse fato, voltamos a ter notícias quando consultamos o “Alto de repartição das terras” feito em Natal em fevereiro de 1614, onde está escrito que Jerônimo de Albuquerque dera aos filhos Antônio e Matias, em 20 de agosto de 1605, umas salinas que estariam a quarenta léguas para o norte (aproximadamente 240 km), mas que nunca foram cultivadas nem feitas benfeitorias.
    Salinas na década de 1920
    Salinas na década de 1920
    Em 1627, frei Vicente do Salvador registrou a colonização Norte-rio-grandense. Notou que “as salinas onde naturalmente se coalha o sal em tanta quantidade que se podem carregar grandes embarcações”.
    Outro registro que encontramos nos velhos livros de história fala que em janeiro de 1644, alguns Tapuias, de volta do Outeiro da Cruz (Maranhão), onde tinham estado em combate, entraram nas salinas de Mossoró e degolaram alguns trabalhadores que ali se encontravam.
    Em 1808 os salineiros da região foram beneficiados, quando o rei de Portugal, D. João VI, impossibilitado de receber carregamentos de sal de Portugal, assinou a carta régia que liberava de quaisquer imposições a extração do sal favorecendo, sobremaneira, o comércio interno.
    Tradicional catavento para extração de sal na década de 1920
    Tradicional catavento para extração de sal na década de 1920
    Em 1844/45, setenta e oito barcos carregaram em Macau 59.895 alqueires de sal. No entanto, embora o sal extraído no Rio Grande do Norte fosse superior pela sua qualidade intrínseca, perdia essa qualidade pela rudeza como era produzido, de modo que nos anos seguintes perdia mercado para o sal europeu que era mais barato e melhor preparado. Um dos fatores que onerava o preço do sal produzido no Rio Grande do Norte era a dificuldade no transporte por causa do assoreamento das barras dos rios Mossoró e Açu.
    Em 1886 é criado um imposto protecionista para tributar o sal estrangeiro. Dessa forma, o sal produzido no Rio Grande do Norte passa a ser competitivo, e isso impulsiona decisivamente o desenvolvimento da nossa indústria salineira.
    No período de 1941/45, houve uma retração na extração do sal, motivada pela diminuição da navegação de cabotagem durante a Segunda Guerra Mundial. Apesar disso, o sal continuou sendo o principal produto comercializado por Mossoró e região, sofrendo oscilações que não comprometeram o mercado de forma mais acentuada.
    Os municípios do Rio Grande do Norte produtores de sal são os seguintes: Galinhos, Guamaré, Macau, Caraúbas, Areia Branca, Grossos e Mossoró.
    Barco tradicional utilizado no transporte de sal
    Barco tradicional utilizado no transporte de sal
    Depois de toda essa explicação, o leitor poderia perguntar: como Mossoró está entre os municípios produtores de sal se não fica no litoral? Para responder a essa pergunta, temos que dá outras explicações: o clima predominante em Mossoró é semiárido quente, com temperatura oscilando entre 24o e 35o centígrados, temperatura essa que dura a maior parte do ano. O ar apresenta baixo teor de umidade, elevada evaporação, apresentando uma média de 2.850mm. As precipitações ocorrem ao redor de 450 mm anuais e a evaporação líquida é de 2.400, sendo que a intensidade de irradiação solar varia entre 120 e 320 horas/mês, com ventos que apresentam velocidade média entre 3,8 e 4,4 m/s. Junto a isso temos ainda um solo impermeável, o que assegura condições ideais para a cristalização e colheita do sal, com um grau de pureza que atin ge até 98 Baumé (Graus de Baumé é uma escala hidrométrica criada pelo farmacêutico francês Antoine Baumé em 1768 para medição de densidade de líquidos.).
    Local de extração de sal
    Local de extração de sal
    E onde estão localizadas as salinas? Poderia perguntar ainda o atencioso leitor. As salinas de Mossoró estão localizadas na várzea estuarina dos rios Mossoró e do Carmo. Essa várzea é inundada, ora pelas águas do mar, ora pelas águas das enchentes dos rios, que quando cessam as chuvas formam salinas naturais, onde o relevo é plano e baixo, estreitando-se para o litoral, onde a água do mar chega a alcançar até 35 Km do litoral. Essa série de fenômenos naturais é que faz com que Mossoró possa figurar entre os municípios produtores de sal do Rio Grande do Norte.
    Fotos – Coleção do proprietário do Blog Tok de História

    quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

    JERÔNIMO ROSADO – O PARAIBANO QUE MUDOU MOSSORÓ

    Jerônimo Rosado
    Jerônimo Rosado
    Jerônimo Ribeiro Rosado, o dono da farmácia que levava seu nome, nasceu em Pombal-PB, aos 8 de dezembro de 1861, era filho de Jerônimo Ribeiro Rosado e Vicência Maria da Conceição Rosado. Formou-se em Farmácia no Rio de Janeiro, onde atuava como fiscal da iluminação pública. Voltou ao seu Estado natal em 1889, quando abriu a primeira botica em Catolé do Rocha e desposou Maria Rosado Maia, a Sinhazinha.
    Na página de anúncios do periódico natalense A Republica, de, 21 de março de 1901, vemos uma propaganda da farmácia que Jerônimo Rosado possuía em Mossoró
    Na página de anúncios do periódico natalense A Republica, de, 21 de março de 1901, vemos uma propaganda da farmácia que Jerônimo Rosado possuía em Mossoró
    O casal teve três filhos: Jerônimo Rosado Filho, médico, farmacêutico e poeta, morto aos 30 anos; Laurentino Rosado Maia, que morreu 15 dias depois do nascimento, e Tércio Rosado Maia, farmacêutico, odontólogo, advogado, poeta, pioneiro do cooperativismo brasileiro, comerciante de livros usados, professor universitário.
    Sinhazinha partiu em 1892, pouco depois do último parto, vítima de tuberculose. No leito de morte, conforme relata mestre Luís da Câmara Cascudo, pediu “que o marido a fizesse sepultar no Catolé do Rocha, na terra onde nascera”. E casasse com sua irmã Isaura, para que seus filhos não tivessem madrasta.
    Nesta mota do jornal carioca Gazeta de Notícias, de 19 de janeiro de 1887, vemos o jovem Jerônimo como estudante no Rio de Janeiro
    Nesta mota do jornal carioca Gazeta de Notícias, de 19 de janeiro de 1887, vemos o jovem Jerônimo como estudante no Rio de Janeiro
    Reivindicações atendidas: o corpo de Maria Amélia foi sepultado o viúvo, de 32, casou-se com a cunhada, de 17 anos, em 1893. A noiva se mudou para Mossoró, onde o marido residia e para onde transferiu os negócios em 1890, a convite do médico e líder político Francisco Pinheiro de Almeida Castro, patrocinador da drogaria.
    Em Mossoró, a principal cidade do interior potiguar, Jerônimo abriu sua farmácia e, em 40 anos, gerou 21 filhos. Foi uma figura central na construção histórica e política do chamado eufemisticamente como “País de Mossoró”.
    Do segundo enlace advieram 18 rebentos, nem todos chamados “Jerônimo” e nem todos numerados. Diferentemente do que reza a lenda, nem todos receberam nomes franceses. Do terceiro até o décimo, a inspiração para os nomes era o latim. A partir do 11º, e só com a exceção do 12º filho, todos levaram nomes inspirados nos numerais franceses. Foram ao todo 12 homens e nove mulheres. A maioria recebendo Jerônimo ou Isaura como primeiro nome.
    Izaura Rosado (com z)
    Laurentino Rosado Maia (homônimo do segundo)
    Isaura Sexta Rosado de Sá
    Jerônima Rosado, que tem como apelido o nome de “Sétima”
    Maria Rosado Maia, que tem como apelido “Oitava”
    Isauro Rosado Maia, que tem por apelido “Nono”
    Vicência Rosado Maia, que como apelido o nome de “Décima”
    Laurentina Rosado, que tem como apelido o nome de “Onzième”
    Laurentino Rosado Maia, que tem como apelido “Duodécimo”
    Isaura Rosado, que tem como apelido o nome de “Trezième”
    Isaura Rosado, que tem como apelido o nome de “Quatorzième”
    Jerônimo Rosado Maia, que tem como apelido o nome de “Quinzième”
    Isaura Rosado Maia, que tem como apelido o nome de “Seize”
    Jerônimo Rosado Maia, que tem como apelido “Dix-sept”
    Jerônimo Dix-huit Rosado Maia
    Jerônimo Rosado Maia, que tem como apelido o nome “Dix-neuf”
    Jerônimo Vingt Rosado Maia
    Jerônimo Vingt-un Rosado Maia.
    Entre outras notícias publicadas pelo jornal carioca Gazeta de Notícias, de 3 de novembro de 1925, vemos o relato da morte de um dos filhos de Jerônimo Rosado
    Entre outras notícias publicadas pelo jornal carioca Gazeta de Notícias, de 3 de novembro de 1925, vemos o relato da morte de um dos filhos de Jerônimo Rosado
    Numeração
    Ninguém sabe ao certo o que levou o patriarca a numerar os filhos. Talvez influência dos tratados farmacêuticos da época, todos escritos nas duas línguas, ou algum tipo extremo de obsessão pela ordem. O que se sabe é que o velho Jerônimo Rosado era fanático pela educação dos filhos e dos netos. Tão fanático que, certa vez, quando um de seus netos decidiu que não iria mais estudar, ele não pensou duas vezes. Mandou fazer uma engraxateira para o menino, deu-lhe um macacão de engraxate e ordenou que começasse a trabalhar. Sugeriu, até, que ele nem precisava sair de casa, já que a família era grande e ali mesmo ele teria uma boa clientela. Logo, logo o menino voltou para a escola.
    O velho Rosado ensinou os filhos, ainda, a serem solidários. Se houvesse apenas uma fruta para comer, ela era dividida igualmente entre todos. Estimulava as crianças a conversar com estranhos, levando-as consigo, sempre, a encontros ou jantares. Não fazia distinção de sexo: meninos e meninas deviam acompanhar o pai. Tratava todos da mesma maneira. Queria vê-los trabalhando e estudando. Em razão disso, fundou a primeira escola exclusivamente feminina de Mossoró: o Externato Mossoroense.
    Tese
    Em sua tese de doutorado sobre a família Rosado, o professor José Lacerda Alves Felipe defende a ideia de que essa forma de educar adotada por Jerônimo Rosado tinha como objetivo formar o núcleo de uma oligarquia. Nela, cada filho teria uma função econômica. Felipe trata Jerônimo Rosado como o “herói civilizador” de Mossoró. Uma espécie de grande criador, de instituições sociais, elementos culturais, mitos. O objetivo não declarado era sempre, ele diz, conquistar o poder político.
    I0038975-07(02123x03406)
    I0039044-07(02120x03406)
    I0039044-07(02120x03406) - Cópia
    Cada vez que um filho se aproximava da maturidade, o velho Rosado o chamava para uma conversa em particular, em que tentava convencê-lo a entrar para a política. Os Rosado desmentem isso. Alguns mossoroenses afirmam, contudo, que essa foi uma das revelações feitas por Dix-Huit em seu leito de morte. Verdade ou mito? O que se sabe é que, apenas 18 anos depois da morte do patriarca, um Rosado abraçou, de fato, a carreira política. Em 1948, Dix-Sept Rosado Maia, em uma campanha na qual pela primeira vez se usaram trios elétricos, foi eleito prefeito de Mossoró.
     O Mito Rosado
    Dix-Sept governou a cidade durante quatro anos. Tornou-se, depois, governador do estado, mas morreu, em um acidente aéreo, seis meses depois da posse. Virou um mito. No País de Mossoró, há uma estátua de Dix-Sept, em bronze e tamanho real, na principal praça da cidade. Sob ela, podemos ler: “Nele se conjugaram idealismo e ação, espírito público e solidariedade humana, capacidade de resistência e destino de comando [...]”. Logo abaixo, em letras enormes, a assinatura: “Homenagem do povo”. A estátua foi construída pelo irmão Vingt, que, em 1954, o sucedeu na prefeitura de Mossoró.
    O 17º filho foi, de fato, a raiz política dos Rosado. Irmãos, sobrinhos e netos o sucederam como prefeitos da cidade, vereadores, deputados e até senadores. Entre eles, destacam-se Dix-Huit e Vingt Rosado. Depois de algum tempo, os dois irmãos romperam. Diz-se em Mossoró que a briga entre eles não passou de uma jogada política para conservar, em definitivo, os Rosado no poder. Desde então, Rosado é oposição de Rosado. Não importa o vencedor: a família sempre leva. O sobrenome Rosado batiza, hoje, muitas ruas, praças e até estabelecimentos comerciais de Mossoró.
    Nota do jornal carioca Gazeta de Notícias, 1 de julho de 1922, mostrando a atuação política de Jerônimo Rosado
    Nota do jornal carioca Gazeta de Notícias, 1 de julho de 1922, mostrando a atuação política de Jerônimo Rosado
    A cultura, porém, ficou nas mãos do 21º, Vingt-un, a quem coube realizar os sonhos educacionais do pai. Desde cedo, ele se empenhou para contar a história de Mossoró, registrar tudo que levasse o nome de sua terra natal e gerar e publicar a produção intelectual dos mossoroenses. Foi por isso que nos anos 1960 ele idealizou e fundou a Escola Superior de Agronomia de Mossoró (ESAM), onde organizou encontros e seminários e fez amizade com grandes intelectuais. Vingt-un Rosado foi uma espécie benigna de fanático.
    A biografia completa do pombalense Jeronimo Rosado foi escrita pelo historiador Luiz da Câmara Cascudo, no livro “Jerônimo Rosado: uma ação brasileira na província de Mossoró(1861-1930)”.
    Fonte de fotos – Autor do Blog Tok de História
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    Confira o funcionamento do comércio no feriado de Santos Reis


    A Câmara dos Dirigentes Logistas de Natal (CDL) divulgou o horário de funcionamento do comércio no 
    próximo domingo (6), quando será comemorado o Dia de Santos Reis. Por cair em um domingo, quando o comércio já funciona em horário diferenciado, a principal mudança sentida será o fechamento das grandes lojas do Centro.
    Confira como funciona o comércio no dia 6 de janeiro:

    Comércio de Rua
    Alecrim
    Lojas fechadas

    Centro
    Riachuelo - Fechada
    Lojas Americanas - Fechada
    C&A - Fechada

    Zona Norte
    Lojas fechadas

    Supermercados
    As grandes redes funcionam normalmente

    Natal Shopping
    Praça de alimentação e Lazer: 11h às 22h
    Lojas e Quiosques: 14h às 21 h

    Praia Shopping
    Praça de Alimentação e Lazer: a partir das 11h
    Lojas e Quiosques: 15h à 21h

    Shopping Cidade Jardim
    Lojas e Quiosques: 14h às 20h
    Praça de Alimentação: a partir das 10h

    Shopping Midway Mall
    Praça de alimentação e lazer: a partir das 11h às 22h
    Lojas e Quiosques: a partir das 12h às 21h

    Via Direta Shopping Center
    Praça de Alimentação e Lazer: 12h às 22h
    Lojas e Quiosques: Facultativo das 15h à 21h

    Natal Norte Shopping
    Praça de Alimentação: 11h30 às 22h
    Lojas e Quiosques: 15h às 21h

    (Fonte Tribuna do Norte)

    segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

    Morre dona Maria Edite

    Morreu aos 94 anos de idade, dona Maria Edite - fica a saudade e o exemplo - viúva Sandoval Martins, figura querida e estimada pelos seus familiares e por todos do Assu. Em sua homenagem, este blog transcreve um pouco da sua trajetória contada ao blog Serra de Luiz Gomes, escrita  por Cidinha Pascoal, conforme adiante

    Fernando Fanfa Caldas


    "Maria Edite Germano Martins, filha do Coronel Antônio Germano da Silveira e Antônia Fernandes da Silveira - D. Tonheira, nasceu no dia 29 de novembro de 1918, em Luiz Gomes, Rio Grande do Norte, cuja padroeira é Senhora Santana, tornando-se sua devota e participando anualmente das celebrações do dia da Padroeira - 26 de junho.

    Sua mãe - D. Tonheira - teve quatorze filhos dos quais atingiram a vida adulta apenas quatro: Paulo, Maria Edite, Ir. Salvadora (Sinésia) e Auta. Hoje, somente ela está entre nós, alcançando a graça de completar 90 anos de vida, lúcida, saudável e feliz. Maria Edite teve como "mãe de leite" a Sra. Antônia Batalha, por cuja alma reza diariamente e que também foi babá de sua primeira filha - Sanedite.

    Foi alfabetizada na Escolas Reunidas Coronel Fernandes na segunda metade da década de 20.

    Nos anos 30 foi matriculada interna do Colégio Nossa Senhora das Vitórias em Assú, aonde veio a concluir o Curso Normal no ano de 1940. Naquele educandário fortaleceu a sua formação cristã, através dos ensinamentos das "Filhas do Amor Divino" e gozou da convivência das primeiras, amigas internas e externas, das quais guarda boas e felizes recordações.

    Aos 22 anos, em 26 de julho de 1941, casou-se com Sandoval Martins de Paiva, cuja celebração ocorreu na cidade de Luiz Gomes, passando a residir na cidade de Assú, onde lá nasceram todos os seus seis filhos.

    A decisão pelo matrimônio foi expressa e justuficada por Sandoval Martins através de carta endereçada aos seus pais (Celso Martins e Abigail) em 26 de junho de 1940 cujo teor continha:

    "A senhorita com a qual pretendo realizar tão sério compromisso é filha do Sr. Antônio Germano tendo por nome "MARIA EDITE GERMANO" aliás, já conhecida pela prezada mana "Mundica". Fui, sou e serei um admirador incansável, pois a parte que observo em uma senhorita não é exclusivamente a riqueza e beleza; com mais afinco procuro ver seu comportamento, a sua honestidade, e enfim a sua conduta, elementos esses que poderão dar imposição a uma senhorita que se destina tomar a responsabilidade de um lar."

    O seu comportamento eminentemente doméstico cumulou de leldade e caráter a formação dos seus filhos. Na convivência com a comunidade assuense foi madrinha de um número incontável dos filhos e filhas do Vale do Assu. Participou da vida social e religiosa da cidade do Assú, em todas as fases de seu desenvolvimento.

    Mantém dentro de sua vida familiar um hábito de lazer e descontração de jogar gamão em companhia de familiares e quase sempre dominando a prima Corália que torna-se adversária, mas passadas os momentos das disputas, tudo retorna ao convívio amigo e alegre de sempre.

    A primeira filha de Maria Edite chamava-se Sanedite, nasceu no dia 04 de julho de 1942, em Assú, que vindo ao mundo com muito carinho foi chamada à casa do PAI antes de completar 1 ano de idade. Na sequência vieram: José Edival, Maria Valdite, José Marival, José Sande e José Valmar, cujos nomes trazem a fusão dos nomes de Sandoval e Maria Edite, prática bastante aceita nas famílias nordestinas, que se imagina, seja para dar maior firmeza à união matrimonial. Todos nascidos em Assú, com formação inicial do Educandário Nossa Senhora das Vitórias, tendo Maria Edite participado ativamente do encaminhamento de todos os filhos que procriou, apoiado na presença constante, no respeito e na responsabilidade do seu marido - Sandoval.

    Dessa prole (5 filhos) vieram 8 netos, 8 netas, 2 bisnetos e 2 bisnetas. Certamente, Maria Edidte percebia a todos e a cada um deles como expressou sua amiga Cidinha: "Os filhos, os filhos dos filhos e logo depois os filhos dos netos... É um rosário de sentimentos"...

    Um ano após a partida de seu fiel marido para a morada eterna, Maria Edite decidiu vir morar em Natal no ano de 1999, hoje residindo no bairro do Tirol e partipando da vida familiar e religiosa de toda a sua família. Ela é hoje uma referência familiar dos Germano, Martins, Paiva, Vieira e Fernandes, do Alto Oeste Potiguar, que aqui se encontram ou estão representados.

    Por isso tudo, promoveu essa reunião, orgulhosa e infinitamente agradecida à misericórdia de DEUS, que possibilita uma existência simples e honrada, mas totalmente dedicada a seus filhos, seus familiares e amigos."



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