sexta-feira, 1 de novembro de 2013

CAIXA RURAL DO ASSU

Da esquerda: Sandoval Martins, Francisco Veras, Otto Guerra, Doclécio Duarte, José Pinheiro, Manoel Montenegro, Francisco Martins. (Fotografia do livro intitulado Cooperativismo Potiguar - Origens, Memórias, Idéias - Uma História, de M. B. Lucena - OCERN, Natal, 1995)


A Caixa Rural do Assu foi fundada no dia 6 de fevereiro de 1928, depois transformada em Banco Rural Cooperativo, data de 12 de dezembro de 1940. Tempos depois, em 1967, veio a ser novamente alterada, passando a ser Cooperativa Agropecuária do Vale do Açu Ltda (vendas de insumos, equipamentos agrícolas, finaciamentos, compra e venda de pó da carnaúba,  e algodão, benefeciando aqueles produtos, bem como plantio de milho e beneficiamento de sementes selecionadas em usinas próprias. 
 
Em 1967 aquela cooperativa criou a Bacia Leiteira, o que não veio a dá certo. É uma das cooperativas que tem o seu próprio patrimônio, de conceito e crédito, do estado do Rio Grande do Norte. Já foram seus presidentes respectivamente Francisco Augusto Caldas de Amorim, José Dias da Costa, Edgard Borges Montenegro, Helder Cortez Alves e atualmente sobre a presidência de João Gregório. Foi seu gerente geral Edmilson Lins Caldas, por quase 40 anos.
 
A seguir vejamos algumas fotografias tiradas em momentos de assembleias gerais daquela importante cooperativa, no início da década de setenta.

Da esquerda: Agnaldo gurgel, engenheiro agrônomo Gilzenor Sátiro de Souza (discrusando), Fernando Caldas, Miro Cobe, Francisco Amorim, Zélia Tavares, Edmilson Caldas e Eliete Medeiros.
Da esquerda:  Solon Wanderley, Nazareno Tavares (Barão), Sebastião Alves, Raimundo Silva, Edgard Montenegro, Miro Cobe e Francisco Amorin.

Da esquerda: Washington Araújo, Crizanto Tavares e logo atrás Costa Leitão, Gilzenor Sátiro de de Souza, general Evandro de Souza Lima (que no início da década de setenta era superintendente da SUDENE, governador Cortez Pereira, Fernando Caldas, (?) e José Marcolino de Vasconcelos. No instante da inauguração de uma Usina de Beneficiamento de Cera de Carnaúba, da Cooperativa Agropecuária do Vale do Açu Ltda.

Jantar de confraternização dos funcionários e associados da Cooperativa Agropecuária do Vale do Açu Ltda e da EMATER, de Assu, no balneário Adega da Ponte. Na fonte podemos Astério Tinôco, Luiz Fonseca, Clésio Pereira de Melo, Nazareno Tavares/Barão, Fernando Caldas, dentre outros.

Fernando Caldas

O FUSCA FARDADO – O CARRO POPULAR DE ADOLF HITLER


Por Rostand Medeiros
http://tokdehistoria.wordpress.com
 

Festa Nazista e o "Carro do Povo" - Fonte - Tima/Life
Festa Nazista e o “Carro do Povo” – Fonte – Tima/Life
A Kraft durch Freude , que pode ser traduzido como “Força pela Alegria”,  a organização para os tempos livres da DAF - Deutsche Arbeitsfront, a Frente Alemã do Trabalho, a grande organização corporativa do regime nazista, foi quem mandou construir a fábrica de Wolfsburg, onde foi produzido o “carro do povo”.
Tudo começou em 1934 quando o ditador Adolf Hitler encomendou ao engenheiro austríaco Ferdinand Porsche o desenvolvimento de um pequeno automóvel “para o povo”.
Porsche tinha sido diretor técnico da empresa Daimler-Benz, mas no começo dos anos 1930 tinha-se estabelecido por conta própria como designer de automóveis de competição, em Stutgart, no sul da Alemanha. Um dos seus projetos era o de desenvolver um carro pequeno que fosse, ao mesmo tempo, barato e económico; um «carro popular», que em alemão se dizia Volkswagen.
O primeiro estudo foi realizado em 1931 para a fabricante de motocicletas Zundapp, também conhecida como Zünder- und Apparatebaugesellschaft. O protótipo, com o nome de tipo 12, foi produzido no ano seguinte, mas logo foi abandonado. Em 1932, este projeto foi reaproveitado por outra fabricante de motocicletas, a NSU Motorenwerke AG, mas também acabou por ser abandonado.
Porsche apresentando a Hitler seu projeto
Porsche apresentando a Hitler seu projeto
Em 1933, Hitler abordou Porsche, que conhecia desde 1924, sobre a realização de um carro popular e pediu-lhe a apresentação de projetos. Porsche, entre outros, apresentou um trabalho com base numa plataforma com suspensão dianteira e traseira com barras de torção, com um motor de  4 cilindros, refrigerado a ar. A carroçaria baseava-se no carro Tropfenwagen, desenvolvido pelo austríaco Edmund Rumpler, um veículo em forma de gota de água. Foi este projeto que Hitler apoiou em 1934, e que foi formalmente contratado com a Reichverband der Automobilindustrie (RDA), a associação industrial da indústria automotiva.
O carro que foi encomendado tinha que ter como características um motor traseiro de 986 cilindradas, 26 cavalos, uma velocidade máxima de 100 km/hora, não pesar mais de 650 kg, ser refrigerado a ar, e consumir sete litros de gasolina a cada cem quilômetros. Imitando a solução encontrada pela Ford, com o seu modelo T,  o Volkswagen, também só seria fabricado numa única cor – um azul escuro acinzentado, quase preto. Certamente uma cor bem ao estilo da política alemã da época.
Hitler conhecendo os primeiros protótipos - Fonte - Time/Life
Hitler conhecendo os primeiros protótipos – Fonte – Time/Life
Os primeiros protótipos foram terminados em fins de 1935, sendo batizados com o código VW1 e VW2. Os primeiros ensaios em estrada foram realizados de Outubro a Dezembro de 1936, com base em três protótipos, e depois de estes serem analisados por uma comissão de admissão à produção, composta por representantes de todos os construtores de automóveis alemães, o projeto foi aceito.
Em 1937 e 1938 foram fabricados à mão,  pela Mercedes-Benz, por ordem expressa de Hitler, duas séries de protótipos, conhecidos pelo nome de VW38. Uma primeira série de 30 e posteriormente uma nova série de 60 unidades, que realizaram ensaios de avaliação em grande escala.
Foi em 1938 que se decidiu construir uma fábrica para produção dos Volkswagen. O local escolhido foi a propriedade do conde von Schulenburg, o castelo de Wolfsburg, em Fallersleben na Baixa-Saxónia, a 80 km da cidade de Hanover.
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A empresa que iria produzir o novo carro foi registada, em 28 de Maio de 1938, com o nome Gesellschaft zur Vorbereitung des Volkswagens (GEZUVOR) – Companhia para o desenvolvimento do Volkswagen, que foi mudado para Volkswagenwerk GmbH em outubro seguinte.
A fábrica foi lançada por Hitler em 26 de Maio de 1938, sendo aí apresentados os protótipos definitivos. O New York Times de 3 de Julho descrevia-o ironicamente dando-lhe o nome de «Beetle» – Besouro. A sua apresentação ao grande público ocorreu no Salão Automóvel de Berlim de 1939, com o nome de Kdf Wagen – o Carro Força pela Alegria ! Ao mesmo tempo em que se construía a fábrica para a produção do carrinho, criava-se uma cidade que teve o nome provisório de Stadt des KdF-Wagens - Cidade do carro Força pela Alegria.
Anúncio ao KDF-Wagen mostrando a caderneta de poupança para organizar o pagamento do carrinho.
Anúncio ao KDF-Wagen mostrando a caderneta de poupança para organizar o pagamento do carrinho.
O preço estabelecido foi de 990 Reich Mark’s, mais 200 marcos para o pagamento dos seguros, num total de quase 1.200 marcos, fantasticamente divididos em pagamentos semanais de 5 marcos. O contrato previa a possibilidade de rescisão, mas a empresa seria indemnizada com 20% do capital pago, não se obrigando a um prazo de entrega, mesmo que o carro já tivesse sido pago.
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Em finais de 1938 havia 150.000 contratos realizados, que chegaram, em Novembro de 1940, aos 300.000, mas nenhum “Volkswagen” foi entregue a particulares.  Entre Maio de 1938 e Setembro de 1939 foram fabricados, à mão, 215 exemplares, sendo que o primeiro destinado à venda saiu da fábrica em 15 de Agosto de 1939. Estes exemplares foram todos entregues a dignitários nazistas.
Hitler e seu carro popular - Fonte - Getty Images
Hitler e seu carro popular – Fonte – Getty Images
A produção em série só começou em Julho de 1941, sendo produzidos ao todo 41 modelos, basicamente militares. Quando em Agosto de 1944 a fábrica foi integrada na indústria de armamento alemã, sobretudo para produzir os foguetes V1, e a produção dos KdF-Wagen foi terminada, tinham sido produzidos, ao todo, 630 exemplares.
O primeiro modelo militar, construído na fábrica  da Kdf, foi um carro para oficiais, com tração nas quatro rodas e um chassi mais elevado, que teve o nome de Kommandeurwagen e foram construídos 667 exemplares. O modelo tinha boas qualidades em todo-o-terreno, mas o seu desempenho na estrada era ruim pela falta de tração. Foi o carro que voltou a ser fabricado em 1946, quando a fábrica, destruído durante a guerra, voltou a produzir novamente.
Um Kommandeurwagen preservado
Um Kommandeurwagen preservado
O Kübelwagen, o modelo seguinte teve muito mais sucesso, tendo sido produzidos  50.788 exemplares. Foi, de fato, o Jeep alemão. Devido o motor refrigerado a ar, podia ser usado em qualquer região do mundo, tanto no Ártico como no Norte de África.
O Kübelwagen, o "Jeep" alemão
O Kübelwagen, o “Jeep” alemão
Em 1944 o motor de 984 cilindradas foi substituído por um de 1.131, o mesmo motor que será usado nos primeiros Volkswagen produzido no pós-guerra. Este modelo voltou a ser produzido nos anos 60, tanto numa versão militar, como numa civil, sendo conhecido nos Estados Unidos por “The Thing” – A Coisa!
O Kübelwagen
O Kübelwagen
A outra versão militar, e a última, produzida durante a  Segunda Guerra Mundial foi o Schwimmwagen. Veículo anfíbio produzido a partir de 1942, com uma carroçaria completamente estanque, o Schwimmwagen era um bom veículo de reconhecimento e era tracionado para todo terreno.
O Schwimmwagen, usando o motor de 1.131 cilindradas que será utilizado depois no Kubelwagen, foi fabricado até 1944, tendo sido produzidos 14.283 veículos.
Um Schwimmwagen pronto para o combate
Um Schwimmwagen pronto para o combate
No fim da 2.ª Guerra Mundial a Volkswagenwerk estava destruída. Quando os soldados da 102.ª divisão de infantaria do exército americano avistaram a fábrica e a cidade da Volkswagen, em 11 de Abril de 1945, desconheciam a sua existência porque a localidade não vinha representada em nenhum mapa. Entretanto, as máquinas para produção dos automóveis estavam intactas, e havia material armazenado que permitia o recomeço da produção.
Mais tarde, com a divisão da Alemanha em quatro zonas de ocupação, a cidade passou a ser responsabilidade do exército britânico. Foi encarregado de reativar a fábrica o major Ivan Hirst, do Corpo de Engenheiros do exército britânico, pois carros pequenos eram necessários para as forças de ocupação britânicas.
A fábrica destruida
A fábrica destruida
Nos primeiros tempos a fábrica serviu para reparação de Jeeps do exército britânico, e produção de motores. Logo dois KdF-Wagens foram montados à mão, para uso do Quartel General do exército britânico. Os britânicos fizeram uma encomenda de 20.000 automóveis à Volkswagen e até ao fim de 1945 foram produzidos 1.785 automóveis, e no ano seguinte chegou-se aos 10.000 veículos. O preço unitário era de 5.000 marcos, sendo entregues à Comissão aliada de Controle da Alemanha, e distribuídos aos Correios, à Cruz Vermelha e a outras instituições nascentes no país em reconstrução. Não foram vendidos exemplares a particulares.
No dia 2 de Janeiro de 1948 o exército britânico entregou a Heinz Heinrich Nordhoff, um antigo engenheiro da empresa Opel, a direção da fábrica. Em 1949 os Aliados entregaram o controle dos bens públicos do estado alemão ao governo federal, entre estes a fábrica da Volkswagen.
Heinz Heinrich Nordhoff e os novos "Carros do Povo"
Heinz Heinrich Nordhoff e os novos “Carros do Povo”
Apesar de tudo que havia ocorrido, a empresa entregue à Alemanha era uma empresa de sucesso. Empregava quase 10.000 pessoas, produziria até ao fim de 1949 46.154 veículos, dos quais 23% seriam exportados para nove países. Uma produção que aumentava rapidamente. O Volkswagen era o carro mais vendido na Alemanha, tendo 50% do mercado. A empresa estava a criar uma rede de vendas e de serviço na Alemanha e no estrangeiro, e tinha inovado ao criar um seguro especificamente para os compradores de Volkswagens.
Fonte - vwboxerpatos.blogspot.com
Fonte – vwboxerpatos.blogspot.com
Logo estes veículos cruzariam a linha do equador e desembarcariam em um grande país tropical, onde seriam eternamente conhecidos como “Fusca”.
Baseado em texto encontrado no site – http://www.arqnet.pt

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

RUAS DO ASSU

ALDEMAR DE SÁ LEITÃO

Rua Aldemar de Sá Leitão está localizada no Bairro São João, última rua da divisa com o Bairro Vertentes na cidade do Assu. A Rua tem posição Norte / Sul. Ao Norte se limita com a Rua Luiz Correia de Sá Leitão, ao Sul com a Rua Tavares Júnior (em frente ao antigo Projeto Sertanejo). As artérias paralelas são: a Oeste Rua Professor Hélio e Leste Rua João Batista de Oliveira. 

Por muitos anos foi conhecida como “Rua de Dasdores Flor”. No passado era uma via muito problemática, de muitos buracos e lamaçal. Este problema foi abolido com a pavimentada a paralelepípedo na gestão do então prefeito Ronaldo da Fonseca Soares. 

Quem foi o patrono ALDEMAR DE SÁ LEITÃO? No dia 21 de outubro, nascia em Assu, ALDEMAR DE SÁ LEITÃO, filho de Joaquim de Sá Leitão e Maria Caldas de Sã Leitão.
  Viveu seus primeiros anos no aconchego de um modesto lar, agraciado pela natureza com o sopro da brisa das manhãs de inverno, quando o verde das carnaubeiras se confundia com o verde da esperança de um menino. Não lhe faltavam sorrisos nos lábios, carinho da família e brilho em seus olhos. Corria despreocupadamente, atrás da bola de meia, apanhava do chão carnaubinhas maduras para saborear, após o banho gostoso, na lagoinha, onde banhava seus sonhos: outras vezes, no córrego que passava pelo carnaubal, formando a paisagem de sua infância.
  Logo cedo, tornou-se estudioso do Esperanto passando a manifestar suas tendências para a comunicação.
  A profissão de Telegrafista que abraçara, sinalizava um luminoso caminho de Comunicador. Trabalhou como Telegrafista dos Correios e Telégrafos em várias cidades: Recife, Natal, Mossoró, Macau, Ceará-Mirim, Santana do Matos e Assu.
  Vislumbrando o progresso de sua cidade, corajosamente desenvolveu o mais arrojado empreendimento da época – a criação do serviço de alto-falante Divulgadora Assuense, fruto de sua ousadia e persistência, que contou com a colaboração de vários filhos da terra. Sua visão aberta para o mundo lhe dirigia os sentidos: promovia programas infantis, Hora da Saudade, Mensagens musicais, Leitura de Crônicas, “sketches”, teatro, página social, além de um renovado repertório musical que agradava a todos. Havia o momento informativo do que se passava na cidade, no país, no exterior.
  Na data de 26 de setembro de 1945, o jornal “A Voz de Londres”, nº 390, Boletim para o Brasil que fazia retransmissões diárias para o Brasil, através da estação Nacional, faz referência à Voz da Divulgadora Assuense, Estado do Rio grande do Norte, entrando então esse documento para a história de um comunicador assuense.
  Junto com outros assuenses, criou o Grêmio Literário Coronel Sã Leitão, cujo nome foi reconhecida homenagem à memória de seu pai, também amante do teatro. Participou Aldemar de Sá Leitão de várias pelas teatrais.
  O radialista, jornalista, foi presidente da Associação Recreativa e Cultural de Assú – ARCA, promovendo encontros sócio-culturais à família assuense.
  Como autodidata, aprofundou-se no estudo dos fenômenos da parapsicologia, notadamente a hipnose, ampliando tais conhecimentos através da leitura, da experiência e também do apoio de seu estimado sobrinho Padre Alfredo Simonetti. Costumou, ainda, aplicar o fruto de seus estudos, em favor da comunidade, levando a quem o procurava a ajuda, o apoio, à luz de seus conhecimentos. Isto o fazia feliz e vitorioso, poder sempre ajudar alguém.
  Casado com Ninita de Sã Leitão. São seus filhos: Aldenita, Janet, Isis, Sônia e Marcus Antônio. Ainda em Natal, onde morava como jornalista, trabalhou no Jornal do Comércio. Era membro da Associação Norte-rio-grandense de Imprensa – ANI.  
  Em Recife, a 02 de março de 1968, faleceu Aldemar, na Rádio Jornal do Comércio, espaço de comunicação.
  Ecoa, em meio ao farfalhar das carnaubeiras, em Assu, a voz vibrante de um homem simples que amou sua terra, sua gente – um comunicador a serviço do bem.
Fonte: Parte deste texto foi extraído de uma crônica de sua filha Aldenita de Sá Leitão em 21 de outubro de 2007- centenário do nascimento de Aldemar de Sá Leitão.

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

PSC Nacional

Anote na agenda! Depois do programa, queremos saber sua opinião 

REVISTA O BONECO

O Assuense Wagner de Oliveira lançou no sábado dia 26 de outubro, nas dependências do Cine Teatro Dr. Pedro Amorim, a Revista em quadrinhos O BONECO. A revista contou com o apoio da Livraria Câmara Cascudo, Fundação José Augusto e Gráfica Manimbu. 

Adquiri a Revista O Boneco. Li e me impressionei com a criatividade e a qualidade dos desenhos. Wagner realmente é um desenhista de primeira grandeza. Na arte de desenhar é eclético - não fica preso a um estilo. Recomendo adquirir O Boneco. Parabéns e muito sucesso.

Wagner de Oliveira nasceu em Assu no dia 09 de maio de 1976, filho do pintor e desenhista Walderson Inácio de Oliveira - popular Barrinha e Raimunda Oliveira (in-memorian). Wagner é desenhista desde os 6 anos de idade, cresceu lendo os mestres Mozart Couto, Eugênio Colonesse, Flávio Colin, Emir Ribeiro e outros. Seu sonho sempre foi trabalhar com quadrinhos. Sob convite de Luiz Elson, fez seu primeiro trabalho em quadrinhos, que na verdade, servirá como storyboard, de um roteiro desenvolvido por ele, de um filme homônimo que está sendo desenvolvido pela equipe de cinema de Assu, na qual faz parte. 

Wagner de Oliveira é artista plástico, desenhista, poeta, escultor, chargista e escreve nas horas vagas. Trabalha à 8 anos como oficineiro (instrutor) com crianças e adolescentes na sua cidade natal.     
Páginas 24/25 da O Boneco
Uma criança pronta para nascer perguntou a Deus:

Dizem-me que estarei sendo enviado à Terra amanhã...
Como eu vou viver lá, sendo assim pequeno e indefeso ?

E Deus disse:

Entre muitos anjos, eu escolhi um especial para você.
Estará lhe esperando e tomará conta de você.

Mas diga-me Senhor:
Aqui no Céu eu não faço nada a não ser cantar e sorrir,
o que é suficiente para que eu seja feliz ?
Serei feliz lá embaixo ?

Seu anjo cantará e sorrirá para você... A cada dia, a cada instante,
você sentirá o amor do seu anjo e será feliz.

Como poderei entender quando falarem comigo,
se eu não conheço a língua que as pessoas falam ?

Com muita paciência e carinho,
seu anjo lhe ensinará a falar.

E o que farei quando eu quiser Te falar ?

Seu anjo juntará suas mãos e lhe ensinará a rezar.

Eu ouvi dizer, que na Terra há homens maus.
Quem me protegerá deles ?

Seu anjo lhe defenderá
mesmo que signifique arriscar a própria vida.

Mas eu serei sempre triste
porque eu não Te verei mais... Seu anjo sempre lhe falará sobre Mim,
lhe ensinará a maneira de vir a Mim,
e Eu estarei sempre dentro de você.

Nesse momento havia muita paz no Céu,
mas as vozes da Terra já podiam ser ouvidas.

A criança, apressada, pediu suavemente:

Oh Deus, se eu estiver a ponto de ir agora,
diga-me por favor, o nome do meu anjo ?

E Deus respondeu:
Você chamará seu anjo de ... MÃE!

(Da linha do tempo/facebook de  SS)

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Energia eólica: Jornalista resgata ineditismo do ex-deputado no Estado

 
 
"Manuca"
De acordo com o jornalista natalense Roberto Guedes, coube ao ex-deputado e empresário Manoel Montenegro Neto, “Manuca”, o pioneirismo de ter sido responsável por despertar, junto ao segmento empresarial europeu, o potencial de geração de energia eólica existente no Estado do RN.
A afirmação do jornalista se deu durante uma reportagem especial veiculada pela TV Assembleia, da Assembleia Legislativa do RN, sobre o município de Caiçara do Rio dos Ventos.
Ainda na década de 90, “Manuca” foi protagonista da primeira experiência inovadora de geração de energia elétrica com o aproveitamento da força dos ventos, a partir de um projeto-piloto por ele implantado na antiga Adega da Ponte, entre Assú e Ipanguaçu. 
Atualmente, inúmeros empreendimentos de energia eólica se distribuem por diversos pontos do Estado.


segunda-feira, 28 de outubro de 2013

No teu corpo é que eu me encontro.
Depois do amor o descanso
e essa paz infinita.
No teu corpo minhas mãos deslizam 
e se firmam numa curva mais bonita.

No teu corpo o meu momento é mais perfeito
e eu sinto no teu peito o meu coração bater.
É no meio desse abraço
que eu me enlaço e que me entrego.

E continuo a viagem perdida nessa paisagem
onde tudo me fascina.
Deixo-me ser levada por um caminho encantado
que a natureza me ensina.

E embora eu conheça bem os teus caminhos
deixo-me envolver pelos teus carinhos.
E é ai que me encontro
quando me perco no teu corpo.

Roberto Carlos
Foto de CC

"Amor é cuidado. É suave. Sentido. É esperança que nos é dada. É ternura que inunda o nosso ser."

(Marcely Pieroni Gastaldi)

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"Amor é cuidado. É suave. Sentido. É esperança que nos é dada. É ternura que inunda o nosso ser." 
 
(Marcely Pieroni Gastaldi) 

CULTURA

POSSE DOS ASSUENSES IVAN PINHEIRO E GILVAN LOPES NO ICOP
O Cine Teatro Pedro Amorim foi, na noite de sábado 26, palco da sessão especial de recepção dos novos confrades do Instituto Cultural do Oeste Potiguar (ICOP),Ivan Pinheiro Bezerra e Gilvan Lopes.

O Presidente do ICOP Aécio Cândido presidiu a sessão. Fizeram parte da mesa, além dos empossados, o prefeito Ivan Júnior, diretora da DIRED Livanete Barreto, o pesquisador e o vice-presidente do ICOP Benedito Vasconcelos Mendes.

O pesquisador e sócio efetivo do ICOP Kidelmir Dantas apresentou os novos confrades que receberam broches do Instituto e assinaram o Livro de Sócios.

Na oportunidade foi lançada a 17ª Edição da revista OESTE com homenagens e reportagens especiais sobre o município com artigos dos professors Joací Rufino Raimundo Inácio, Mauricio Miranda e Cássia Matos da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern), além de um ensaio fotográfico realizado por Getúlio Moura com ilustrações de Gilvan Lopes. Também foi lançada a Revista O Boneco do assuense Wagner Oliveira.

O Instituto Cultural do Oeste Potiguar foi fundado em 30 de março de 1957, por um grupo de intelectuais da cidade de Mossoró, entre eles João Batista Cascudo Rodrigues e Moacir Lucena.

O atual presidente do Instituto, Aécio Cândido, falou que a missão do ICOP é “difundir a cultura potiguar, sobretudo da região Oeste” e preservar a memória histórica, artística e cultural de personagens para as gerações futuras.
O confrade do ICOP Ivan Pinheiro Bezerra (foto) dedicou a posse à memória do poeta assuense Renato Caldas que naquela noite estava completando 22 anos de sua partida (26/10/1991) e a sua mãe Terezinha Roberta que estava presente à solenidade. O discurso de Ivan foi em versos. Vejamos:

POSSE ICOP

Hoje, no minguar dos raios do luar,
Cumprimento às doutas autoridades
Responsáveis pelo ato e formalidades
Do Instituto Cultural do Oeste Potiguar.
Meu regozijo é indescritível, singular,
Nunca imaginei que este beradeiro
Pudesse um dia subir num picadeiro
Para tomar assento em um Instituto
Regido por um consensual estatuto,
Austero, porém afável e hospedeiro.
  
O ICOP existe desde cinquenta e sete
Só o tempo já prova sua idoneidade,
Solidez, trabalho e responsabilidade,
Em prol da arte e da cultura do Oeste.
O Vale agora se integra e se reveste
Nas artes plásticas e na literatura
Para contribuir com desenvoltura
Com o sucesso desta instituição,
Que goza de prestígio e admiração
Na terra da abolição da escravatura.

Sou apenas um assuense escondido
Represento hoje dezenas, centenas...
De “pires na mão”, caçando mecenas,
Sem apoio e de dinheiro desprovido.
Tu sabes Presidente, Aécio Cândido,
Na pendura tudo passa a ser sonhos
Deixando nossos artistas tristonhos.
A janela aberta nesta solenidade
Traz alento aos artífices da cidade
Uma nova luz alumia os medonhos.
  
Espera-se que o Assu representado
Neste Instituto de conceito e renome
Possa agora recobrar seu cognome
Pelos poetas de outrora exaltado.
Não podemos viver só de passado
Aquele torrão berço de intelectuais
Está muito distante dos dias atuais
Mas, longe de estarmos enterrados...
Assu tem milhares de abnegados
Com trabalhos belos, excepcionais.
  
Se fosse permitido fazer um arranjo,
Empossaria estas feras no Instituto
Como não posso, agradeço o tributo,
Ao nobre confrade Clauder Arcanjo.
Ele que foi meu protetor, meu anjo,
Indicando o meu nome como sócio,
Quero então lhe propor um negócio:
Para o ano se forem correspondidos
Vamos convocar outros escondidos
A abraçar este nosso sacerdócio?
  
Minha infância foi de brincadeira
Fui criado entre o córrego* e o Piató**
Escuvitiando, cheiroso tal um potó,
Ao pescoço a infalível baladeira...
Na hora da aula dava até caganeira.
A escola era o terror da criançada:
Palmatória, cascudo... Tabuada...
Nossa mãe, passamos esta fase!
Hoje, eu resumo tudo numa frase:
Escapei! E a vida é bela, moçada!
  
A juventude foi um rolo compressor
Trabalho, escola, trabalho, escola...
E a família sempre na minha cola:
- Estude, estude, para ser professor!
Se estudar mais poderá ser doutor,
Ou até, quem sabe, um engenheiro.
Só não pode ser vadio, cachaceiro...
E haja escola pública no trabalhador
Quando acordei era um historiador,
Um poeta, um escritor sem dinheiro.

Hoje, depois de livros publicados***
Permaneço liso, mas me conforta
Saber que estou batendo a porta
Na busca de melhores resultados.
Amadureci, hoje tenho 2 soldados
Que cobro o estudo no dia-a-dia
Aprendi que a vida é uma ventania:
Pode passar sem deixar rastros
Por isso precisamos ser astros,
Sem estrelismos... Com galhardia.
  
Deveras aquebrantado pelo tempo
Não ouço farfalhar carnaubeiras
Não vejo mais no rio ribanceiras
Nenhuma criança em passatempo.
Será que é só meu esse tormento?
Meu Assu esqueceu as tradições?
Estamos em era de divagações
Ou o povo é sábio e entendido
E como está um tanto desiludido
Aguarda a hora das retaliações?
  
Assu - Prometo, neste instante,
Mais vigor, mais garra e atenção
Para fazer desta nobre indicação
Um exemplo patriótico e pulsante.
Não sou, vocês sabem, um pedante
Mas digo sem precisar de arrodeio
Entro de cabeça neste tiroteio
De livros, letras, artes e ciências...
Conviver com tantas sapiências
É ganhar na vida um sorteio.
  
Buscarei representar nosso Vale
Regando afeto tal qual a um filho...
Como no inverno plantamos milho,
Na esperança de brotar bom caule.
Quero mesmo é que meu povo fale
Que tem dois assuenses metidos
No meio dos artistas destemidos
Que expulsaram à bala Lampião...
E foram eles que na escuridão
Gritaram: - Lascaram-se bandidos!
  
Assu/Mossoró terras de Santas****
Irmãs desde as suas criações
E hoje, selando estas adesões
Esta o mestre Kydelmir Dantas.
Nossas pelejas já foram tantas
Neste calor humano sem igual
E agora será na área cultural...
Tá’qui um soldado em guarda
Já estou vestido com a farda
Pode ditar as ordens, general!

Obrigado!

*. Rua Aureliano Lôpo e Praça Vereador Luiz Paulino Cabral (conhecidas como "Ruas do Córrego); **. Comunidade de Porto Piató; ***. Dez Contos & Cem Causos; Assu dos Janduís ao Sesquicentenário; Palavra É Arte (Coletânea). **** Padroeiras: Santa Luzia e Irmã Lindalva (assuense).
Mulher vive de carinho. Dê-lhe em abundância. É coisa de homem sim, e se ela não receber de você vai pegar de outro. Beijos matinais e um 'eu te amo’ no café da manhã as mantém viçosas e perfumadas durante todo o dia. Flores também fazem parte de seu cardápio – mulher que não recebe flores murcha rapidamente e adquire traços masculinos como rispidez e brutalidade. Respeite a natureza. Você não suporta TPM? Case-se com um homem. Mulheres menstruam, choram por nada, gostam de falar do próprio dia. Não faça sombra sobre ela. Se você quiser ser um grande homem tenha uma mulher ao seu lado, nunca atrás. Assim, quando ela brilhar, você vai pegar um bronzeado. Porém, se ela estiver atrás, você vai levar um pé-na-bunda. Aceite: mulheres também têm luz própria e não dependem de nós para brilhar. O homem sábio alimenta os potenciais da parceira e os utiliza para motivar os próprios. Ele sabe que, preservando e cultivando a mulher, ele estará salvando a si mesmo. É, meu amigo, se você acha que mulher é caro demais, vire gay. Só tem mulher quem pode!

Luiz Fernando Veríssimo
 
De: Permita-se

domingo, 27 de outubro de 2013

ASSU É REALIDADE

Na estrada ainda distante
Vejo o vale verdejante,
Vejo a torre da matriz,
Veja a indústria em atividade
Assu é realidade
E faz seu povo feliz.

Seus sobrados seculares
Que antigamente eram os lares
Dos nossos bons ancestrais,
Vêm mais perto a luz da lua,
Estão quase em toda rua,
São nossos cartões postais.

banhada pelo Piranhas
Que corre em suas entranhas
Com solene lentidão,
Se agasalhando em seu colo,
Fertilizando seu solo,
Irrigando coração.

Pra nós, Assu e a mais bela
Lá, o poeta se revela
Com os fluídos da poesia,
Nossas alegrias crescem,
Nossos olhos se umedecem
Com tanto encanto e magia.

Andère Abreu, poeta potiguar de Assu
 
Pecado”

As minhas mãos percorrem-te,
Afagam-te, acordam em ti
Todos os secretos desejos,
Que saboreio nessa boca
Quente que me ofereces,
Enquanto os teus seios
Se aninham no meu peito,
As tuas pernas envolvem
A minha cintura,
E os corpos se juntam,
Se abraçam, se aconchegam,
Se tornam apenas um,
Unidos, penetrando-se,
Sentindo-se
Na dança que os ventres
Entoam, ao ritmo alucinante
De um tango gritado
Por nós.

Nenhum deus,
Nenhum credo,
Se atreverá a dizer
Que é “Pecado”,
Mesmo que escrito esteja
No seu livro sagrado,
Porque é amor,
Apenas amor,
Toda esta sofreguidão.

In: "Eu não sou ninguém "
 

PELO DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA Se Guilherme de Almeida escreveu 'Raça', em 1925, uma obra literária “que tem como tema a gênese da na...