O casamento é tudo quando vem do amor... Quando sem esse elemento é, quase sempre um armazém de discórdia. O casamento quando muito fores, são isto: Uma ventura que não brilha.
Torre da igreja matriz de São João Batista, de Assu. Foto de Roberto Meira. Da Linha do Tempo/Facebook de Paulo Sérgio.
ASSU Minha terra natal, revendo o teu passado De glórias, tradições e gestos imortais. Sinto orgulho de ter do teu seio emanado Ouvindo o farfalhar dos verdes carnaubais.
De Ulisses Caldas és berço idolatrado, Ninho de aspirações, gleba dos ideais, Teu solo se assemelha ao sonho do Eldorado Onde brotam chovendo os lírios e algodoais.
Tudo é grande em ti. As várzeas, as lagoas, O rio a se estender em messes aos lavradores, Do poeta a melodia, os violões, as loas.
A noite, quando o luar no céu pede um poema E a terra a adormecer desperta os sonhadores, Grita na serra ao longe a triste Seriema.
O prefeito de Parnamirim Rosano Taveira conseguiu aprovar, em Brasília, junto ao Alto Comando da Força Aérea Brasileira, um dos mais importantes projetos da história do município, o Centro Cultural Trampolim da Vitória, que será instalado no antigo Aeroporto Augusto Severo. Para dar o pontapé inicial ao projeto, o chefe do Poder Executivo municipal reunirá, na próxima terça-feira (24), no Cine Teatro Municipal, imprensa, autoridades e personalidades de diversos segmentos da sociedade.
“Um projeto de grande importância, que além de dar funcionalidade ao antigo terminal, vai impulsionar fortemente o turismo da cidade e da região, gerando mais emprego, renda e oportunidades de negócios. Uma grande vitória do povo de Parnamirim”, disse o prefeito.
O Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Antonio Carlos Moretti Bermudez destacou que o Centro Cultural enaltece a importância do município de Parnamirim e da Força Aérea Brasileira. “Temos uma história em comum para ser preservada e esse projeto atende, plenamente, os objetivos de valorização da nossa cultura”, disse o Tenente-Brigadeiro Bermudez.
O projeto
Além do antigo terminal de passageiros, o projeto utilizará ainda outras edificações situadas na Ala 10, unidade da Força Aérea Brasileira, em Parnamirim.
Na área em que funcionava o antigo terminal de passageiros funcionará um pavilhão de exposições, com mostras temáticas e exposições de aviões utilizados na época da 2ª Guerra Mundial.
Outro espaço utilizado será o Campo da Aeropostale/Air France, que teve suas origens no ano de 1927, quando aqui chegou Paul Vachet, a fim de instalar um aeródromo para a empresa francesa de aviação, dando início assim a história de Parnamirim.
Além deste espaço, será utilizado ainda a Estação da Lati, fundada em 1939 quando a Linee Aeree Transcontinentali Italiani (Linhas Aéreas Transcontinentais Italianas) construiu seu primeiro Hangar para ligação aérea das Américas com a Europa, em substituição aos alemães, envolvidos na 2ª Guerra Mundial.
Serão utilizados ainda três edificações da Base Oeste da Ala 10, construídas originalmente pela aeronáutica, a partir de 1942, com a criação da Base Aérea de Natal.
A Sociedade Amigos da Pinacoteca abriu inscrição para o 4º Salão Dorian Gray de Arte Potiguar. O evento será realizado na Galeria Boulier, em Mossoró, entre 4 e 30 de outubro. O processo consiste na inscrição, seleção e exposição. O prazo para inscrições segue até 20 de setembro. O tema este ano é a Liberdade.
O objetivo do Salão Dorian Gray de Arte Potiguar é fomentar a discussão, promover a divulgação e a valorização do artista e da arte contemporânea no Rio Grande do Norte, selecionando artistas visuais, para participarem dos Salões em Mossoró.
A inscrição será realizada através do e-mail amigosdapinacoteca@gmail.com, enviando a ficha de inscrição (AQUI o link para fanpage do evento), em arquivo digital, devidamente preenchida e assinada, incluindo as fotografias dos trabalhos a serem inscritos. Serão selecionados 40 trabalhos. As obras selecionadas deverão ser entregues no período de 23 a 27 de setembro.
Mais informações: Fanpage do evento | (84) 99921 1493 (Dione Caldas, Curadora) | (84) 99924 3353 (colaboradora Isaura Amélia).
Terra onde se nasce “Como é sublime Saber amar E com alma adorar A terra onde se nasce”.
Por mais se estenda a vida, avance mais a idade E se esteja, afinal, da terra-berço ausente, Na memória contante, é luz e claridade Da lembrança feliz, do afeto permanente.
A Praça da Matriz, a maior da cidade... Assú... Carnaubal majestoso e virente... O São João, o Natal... E me afirma a saudade: “Como foi seu passado é hoje o seu presente”.
Maldito seja quem seu próprio berço esquece. Ninguém pode esquecer, por mais que o tempo passe, Que tão somente foi semente para a messe.
E contempla, tal qual se acordada sonhasse, Em fervorosa unção de comovida prece – O retrato mental da “terra onde se nasce”.
Farol de Olinda
Ele foi inaugurado no dia 7 de setembro de 1941 e possui uma torre de concreto
armado com 42m.
Nele foi instalado um pequeno elevador, sendo este o primeiro instalado em um
farol no Brasil. O elevador possui capacidade para transportar ao topo apenas
uma pessoa por vez.
Foto: @drone_recife_pe
Se fosse uma figura norte-americana seria venerado pela massa. Rolando Boldrin é um mito da música caipira, um contador de histórias genuíno. Ele é uma expressão do Brasil caboclo que representa aqueles que sobrevivem nas zonas rurais, nos arredores das grandes cidades e pequenas comunidades do interior. Boldrin faz parte de uma cultura massacrada pela a indústria comercial e pelos os interesses do mainstream universitário pirotécnico cheio de luzes e glitter. É um dos últimos dos grandes representantes da cultura caipira raíz.
Sempre é bom lembrar que esses gigantes da música ainda existem.
TOC caracteriza-se pela presença de pensamentos obsessivos (pensamentos de conteúdo negativo, intrusivos e recorrentes) e compulsões (comportamentos ritualísticos e repetitivos), popularmente conhecidas como “manias”. “Os comportamentos ritualísticos podem ser tanto manifestos, como no caso de uma pessoa que lava as mãos ou checa as fechaduras, quanto encobertos, na forma de atos mentais, como por exemplo recitar rezas ou pensar em palavras e frases que neutralizem os pensamentos obsessivos.” O TOC sempre traz grandes doses de sofrimento e constrangimento aos seus portadores, determinando, com isso, importantes limitações em sua vida.
quinta-feira, 19 de setembro de 2019
João Lins Caldas
Nós o lembraremos Dorian Gray* (Para João Lins Caldas)
1 Na verdade que pode fazer o justo senão ser palavra e semente neste chão árido?
2 Que os anjos guardem os teus ombros e entre mil o arco de tua lira cante.
3 Pois os que tu conheces já ouviram as tuas palavras e muitos não a entenderam.
4 Mas o teu reino e tua verdade jamais passarão.
5 E caminharás firme com os teus olhos molhados, tua barba hirsuta, repartindo o pão e o mel entre os teus
6 porque a tua enorme humanidade estenderá sempre a mão para tocar á mão de alguém;
7 Para pedir perdão a quem ama e dizer que os seus mortos vivos nunca apodreceram.
8 E abrirá caminhos como os rios sobre a terra;
9 E não nos pedirá nada além do que nos dá e ama.
(O Poti, de Natal, edição de 30 de março de 1958)
*Dorian Gray (Caldas), pintor e poeta potiguar
Ai dos que zombarem daqueles que podem ouvir as próprias estrelas.
Por unanimidade, o nome do deputado estadual George Soares (PL), que é contador profissional, foi aprovado para ser sócio efetivo da Academia Norte-Rio-Grandense de Ciências Contábeis, em votação realizada nesta quarta-feira (18), sob a presidência da contadora Jucileide Ferreira Leitão.
O parlamentar ocupará a cadeira de número 32 que tem como patrono Emanoel Rivadavia Pessoa da Silva, cujo o primeiro ocupante é Pedro Américo do Nascimento. A posse oficial do deputado George na ACADERNCIC ocorrerá em sessão solene realizada no Cine Teatro Pedro Amorim, em Assu, no dia 10 de outubro.
Em 1942 o Pernambucano Gilberto Freyre Recordou Augusto Severo, Trazendo Interessantes Aspectos Sobre Essa Importante Figura da História Potiguar.
Fonte – Diário de Pernambuco, 30 de junho de 1942.
Esteve um desses dias comigo um parente que só conhecia de nome; o Sr. Sérgio Severo de Albuquerque Maranhão. Reside em Natal — de onde raramente sai — mais é filho de um grande nômade Augusto Severo. Um grande nômade que sempre se deliciou em voltar ao seu nativo Rio Grande do Norte, os olhos cheios de saudade da terra querida, as malas cheias de brinquedos para os filhos e de presentes para a mulher e os amigos.
D
Durante longo tempo conversamos sobre aquela figura romântica do mil e novecentos brasileiro, meio esquecida pela gente de hoje; mesmo pela mais sensíveis aos encantos esportivos e os vantagens militares e econômicas da aviação. Quando a verdade é que Augusto Severo deveria estar hoje recolhendo homenagens tão entusiásticas como as que se dirigem a Santos Dumont.
Pois o grande romântico não era nenhum lunático de quem a mania de voar tivesse se apoderado de repente; nem um ricaço para quem o balão fosse apenas um esporte caro e snob. Era um nortista pobre, mas equilibrado e de boa saúde — um fidalgo do Norte pobre como tantos outros do seu tempo e até dos nossos dias — a quem o problema do dirigível sempre interessou: desde seus dias de adolescente. Já então, andando muito com meu tio e seu primo José Antônio Gonçalves de Mello, ele costumava dizer ao seu camarada, apontando para os urubus a voarem sobre os coqueiros pernambucanos, “seu Juca, precisamos achar um jeito de fazer o mesmo”. Parecia-lhe uma vergonha que, neste particular, o homem continuasse inferior ao urubu.
Mas é Sérgio Severo quem agora me dá traços mais característicos da personalidade do inventor do balão Pax, ao mesmo tempo que me enriquece o material fotográfico sobre o mil e novecentos brasileiro destinado ao ensaio Ordem e Progresso, com uma serie interessantíssima de retratos de Augusto. Em todos eles, o inventor sobressai pela estatura de fidalgo eugênico pelo porte quase de oficial de exército europeu pelos olhos romanticamente negros, pelo bigode farto e magnífico de príncipe de ciganos que se tivesse desprendido dos adornos de ouro para passear pelas ruas de Paris, do Rio de Janeiro e do Recife, vestido sobriamente à moda ocidental.
EPORT THIS AD
Essa figura esplendida de aristocrata do Norte que nos surge de um passado ainda recente todo vermelho do próprio o sangue e não do sangue dos outros, está as merecer a atenção de um Gondim da Fonseca ou de um Francisco de Assis Barbosa — escritores a cujo talento, sensibilidade e coragem de pesquisa devemos páginas tão atraentes e lúcidas sobre Santos Dumont. Que aproveitem eles a memória ainda viva, as recordações ainda frescas, as fotografias ainda nítidas, os papeis ainda intactos, as relíquias preciosas, guardadas pelo próprio filho de Augusto Severo na sua casa provinciana da Rua Dr. Barata, em Natal. As recordações também de Gonçalves de Melo, figura ilustre de “bispo do Tesouro”, ultimamente aposentado e que foi tão camarada do primo inventor nos dias de sua mocidade.
Confesso que me deliciei o ouvindo uma tarde inteira Sérgio Severo de Albuquerque Maranhão referir, em conversa despretensiosa, mas cheia de pitoresco humedecido pela melhor das ternuras filiais, traços do quase esquecido pioneiro sul-americano da aviação. Traços que nos revelam não só a profundidade, a densidade e a autenticidade de “brasileiro velho” de Augusto como a sua meticulosidade quase medieval de artesão, sua paciência de artista, a habilidade das suas mãos de quase gigante, para realizar as tarefas mais difíceis e mais finas. Ou simplesmente as mais domésticas.
Era homem de descer a cozinha e ele próprio preparar um molho para o peixe do almoço ou um doce tradicional para a sobremesa do jantar: de pegar de um bordado da mulher e continuá-lo ou concluí-lo com e igual esmero. Essa aptidão para trabalhos delicados de agulha e de doçaria, para artes que, em geral, são de moças caseiras ou de velhas aias pachorrentas, juntava-se nele a uma sólida e aventurosa masculinidade de nortista bem nascido. Nortista de família célebre pelos seus homens agigantados e alourados que os arianistas menos ortodoxos não hesitariam em proclamar nórdicos desgarrados no Brasil tropical, fechando os olhos a mancha magnólia que nos Albuquerque Maranhão menos louros deve recordar o sangue remoto de avôs indígenas.