domingo, 4 de dezembro de 2022

RENATO CALDAS CHEIO DE GRAÇA

Certo dia, Renato Caldas, de manhã cedinho se encontrava na praça Getúlio Vargas, da cidade de Assu quando é surpreendido por certo cidadão embriagado: "Seu" Renato, eu sou macho de família de gente braba do Piató (distrito do município assuense), que não abre pra homem nenhum! Diga aí uma pessoa da minha família ‘arrochada’ que o senhor conhece?" Renato sem nem pestanejar, respondeu: "Sua mãe!”

Renato ao chegar à cidade de Rio de Janeiro, logo procurou um hotel. O proprietário daquela hospedaria logo advertiu: Moço, fique logo sabendo que aqui só tem um banheiro.” Renato pegou a chave e, logo que deixou sua bagagem no quarto saiu para comprar um pinico (aparelho usado em substituição ao vaso sanitário). No primeiro comércio que chegou encontrou a mercadoria que desejava comprar. Chamou o balconista e com o dedo indicador apontou para o aparelho, dizendo pro vendedor de tal modo: "Eu quero comprar aquele 'pinico' que está alí pendurado." “O nome daquilo ali não é pinico, não. É Nordestino! Disse o balconista" “Pois eu quero. Disse Renato que, ao pagar e receber aquele objeto, soltou essa:  "Amigo. Hoje à noite eu vou encher este ‘nordestino’ de carioca!”.
 
Renato nos idos de trinta, numa certa viagem de trem que fizera, salvo engano, de Angicos, interior potiguar, com destino à cidade do Natal, fumava compulsivamente. Naquele transporte, sentado de frente para ele, certa jovem que se encontrava grávida, com as pernas abertas e em dia de parir. Se dirigiu a Renato com a seguinte advertência: "O senhor tá fumando muito. Dá pra apagar o cigarro! Não é por mim, não! É por conta desse inocente!" Disse aquela mulher alisando a barriga. Renato afagou a genitália e respondeu da mesma forma: "A senhora dá pra fechar as pernas. Não é por mim, não. É por conta desse inocente."
 
Renato, na época da construção da Ponte Felipe Guerra, sobre o rio Piranhas/Açu . (Renato trabalhava DNOCS, órgão responsável por aquela construção. Pois bem, certa pessoa que morava a margem daquele rio convidou Renato para o seu casamento. Lá pras tantas, um dos convivas pediu a Renato que fizesse uma saudação aos noivos. Dito e feito. Renato ao terminar a sua saudação  aos noivos, saiu-se com essa: “Tomara que o noivo não encontre um solo explorado!” 
 
Fernando Caldas
 
 

 

 Pode ser uma imagem de texto que diz "ส์ sinto a mas sinto иaл do a tuc falta folta An era ceTu eautifo que levast te de dewim mim PAULO GONKCALVES RiBGinO Pan"

 Pode ser uma imagem de texto que diz ""Pediu-me um nude. Enviei um poema e ela ignorou. Acho que queria um nude de corpo. Eu, tolo, enviei da alma.""

Como nascem as doenças...
- Engole o choro!
- Engole sapo!
- Cala a boca!
- Cala o peito...
Mas o corpo fala, e como fala!
Fala a ponta dos dedos batendo na mesa...
Falam os pés inquietos na cama...
Fala a dor de cabeça.
Fala a gastrite, o refluxo, a ansiedade.
Fala o nó na garganta atravessado.
Fala a angústia, fala a ruga na testa.
Fala a insônia, o sono demasiado..
Você se cala, mas o falatório interno começa.
As pessoas adoecem porque cultivam e guardam as coisas não digeridas dentro de seus corações...
Expressar-se tranquiliza a dor!
Dor não é pra sentir pra sempre...
Dor é vírgula! Então faz uma carta, um poema, um livro.
Canta uma música.
Pega as sapatilhas, sapateia.
Faz piada, faz texto, faz quadro, faz encontro com amigos, nem que seja virtual...
Faz corrida no parque.
Fala pro seu analista, fala para Deus... Se pinta de artista!
Conversa sozinho, papeia com seu cachorro, solta um grito pro céu, mas não se cale!!! Pois “se você engolir tudo que sente, no final, você se afoga!”
Medite ,leia ,estude ,ore mais não interiorize!
CORAÇÃO NÃO É GAVETA!
O corpo fala!
 
Ruth Borges
 
Da Linha do Tempo/Facebook de CC.

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quinta-feira, 1 de dezembro de 2022

Manuscrito de Renato Caldas

Sobre Câmara Cascudo ("o escrito potiguar mais conhecido no mundo"), disse o poeta assuense Renato Caldas:

Mestre Cascudo é uma cerca de arame garantindo a propriedade do Rio Grande do Norte.
Renato Caldas, em "O Poti", 18 de junho 1961
 
 

 

ARREBOLO

 

Zé-Gamela
 
Parodiando Renato Caldas

Ao jovem Nilton Navarro, com um abraço do autor.

Mulata me arresponda,
Me arresponda num arranco
Porqui é qui tu te arrebola
quando vê um home branco?

Fica toda arrebolando,
Arebolando...
Pensa tarvez qui os branco
Vão ficá te desejano?

Se eu fosse oturidade,
Oturidade de tamanco
Eu botava na cadeia
Teu arrebolo...te sou franco.

Adispois dele tá preso
Numa cadeia sem jinela
Eu dizia: agora Mulata
Arrebola por Zé-Gamela.

(Este poema é da autoria de Zé-Gamela, cordelista, artista circense e de rádio que fez sucesso no Brasil nas décadas de 40 a 60. A paródia acima faz parte do livro: Caçoadas - versos e disparates de Zé Gamela, editado pela Tipografia Galhardo, em Natal, agosto de 1954.)





A PRESENÇA DE POTIGUARES NA REVISTA DE ANTROPOFAGIA

Quem é do mundo da Literatura Brasileira já ouviu ou ouvirá alguém falar sobre “A Revista de Antropofagia”, um periódico de curta duração, que circulou no Brasil nos anos de 1928 e 1929. Os Idealizadores foram Oswald de Andrade e Raul Bopp. É um marco na história literária brasileira e deve ser conhecida, afinal, o Rio Grande do Norte também está lá. Isso mesmo! Demos nossa contribuição.

Noventa e quatro anos passados, o estado do Rio Grande do Norte ainda se firmando na sua construção literária,  audaciosamente exportava textos para a cidade de São Paulo, onde chegavam ao escritório da “Revista de Antropofagia”, localizado à Rua Benjamin Constant.

Em Maio de 1928, quando é lançada a revista, já somos agraciados na página 4, com um comentário generoso sobre o “Livro de Poemas” de Jorge Fernandes, que havia sido editado no ano anterior.

Na edição nº 2, Junho de 1928, eis que Jorge Fernandes tem poesia publicada logo na primeira página: “O Estrangeiro”.  E se por aqui Jorge Fernandes continuava batalhando por um lugar ao sol, lá em São Paulo, a Revista de Antropofagia continuava dando espaço ao poeta, desta vez na edição  de nº 7, Novembro - 1928, página 5,  publicando a prosa poética:  “A Tardinha em viagem  no Seridó” 


Na edição nº 9,  Janeiro de 1929, página 5, é publicada “Canção do Retirante”.   Era o Brasil tomando conhecimento da porteira de Jorge Fernandes que se abria para deixar entrar o Modernismo no Rio Grande do Norte. Alguns desses trabalhos acima citados não estão presentes no livro: "Jorge Fernandes - o viajante do tempo modernista - obra completa", organizada por Maria Lúcia de Amorim Garcia.

Câmara Cascudo também deu sua contribuição ao periódico. A primeira é em Agosto de 1928, revista nº 4, página 3,  onde ele escreve: “Cidade do Natal do Rio Grande do Norte”. Na página seguinte, o Diretor da Revista, Antonio de Alcântara Machado ( A. De A.M) comenta um livro de Cascudo sobre  López do Paraguay (1927). Na revista nº 10 -  Fevereiro de 1929 – Câmara Cascudo se apresenta como poeta, em “Banzo”, na primeira página.
Depois de Jorge Fernandes e Câmara Cascudo, a Revista de Antropofagia também registra a participação de dois outros potiguares: Jayme Adour e Otacílio Alecrim. O primeiro  escreveu um artigo com o título "História do Brasil em dez tomos", na edição nº 4,  de 7 de abril de 1929 e no mês seguinte, maio,  foi o Diretor do Mês da revista. Jayme Adour nasceu em Ceará-Mirim e muito jovem se transferiu para a região Sudeste. 

Otacílio Alecrim, escreve na edição nº 12, que circulou no dia 26 de junho de 1929. O seu artigo tem como título: "Miss Macunaima". Otacílio Alecrim nasceu em Macaíba e assim, como Jayme Adour também se transferiu para o Sudeste. Com esta pequena pesquisa, deixo aqui a minha contribuição, neste ano em que comemoramos 100 anos do Modernismo. Para ter acesso a todos os números da Revista de Antropofagia é só clicar aqui: Biblioteca Brasiliana

30 de Novembro de 2022
Francisco Martins
Pesquisador
 
Do Blog: https://franciscomartinsescritor.blogspot.com
 

PARELHAS/RN

 
 
Pode ser uma imagem de crepúsculo, natureza e céu
 
 

A 30 de Novembro de 1935 morre em Lisboa, com 47 anos de idade, Fernando Pessoa (1888-1935), poeta, filósofo e escritor português. Enquanto poeta, escreveu sob múltiplos heterónimos, como Ricardo Reis, Álvaro de Campos e Alberto Caeiro. É considerado um dos maiores poetas da língua portuguesa e da literatura universal. 
 

 

*Aprovado projeto de lei de George Soares que torna a Festa de Nossa Senhora da Conceição, em São Rafael, patrimônio imaterial do RN*
A Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, aprovou na sessão ordinária, realizada nesta quinta-feira (01), o projeto de lei que declara patrimônio cultural, imaterial, histórico e religioso do RN, a Festa de Nossa Senhora da Conceição, de São Rafael. O projeto é de autoria do deputado estadual George Soares (PV).
“Nossa Senhora da Conceição é a padroeira da cidade, e todos os anos, centenas de devotos participam das celebrações da santa. A paróquia já deu início as comemorações deste ano, e no próximo dia 8, será um grande dia, vamos festejar Nossa Senhora da Conceição e o título de patrimônio cultural, imaterial, histórico e religioso do RN, tão aguardado pelos devotos. Esse reconhecimento é uma forma de proteger a cultura religiosa e dar ainda mais visibilidade à festa”, afirmou o deputado.
O projeto de lei aprovado por unanimidade segue para ser sancionado pela governadora do RN Fátima Bezerra (PT).
 

Da Linha do Tempo/Facebook de Luzinete Cabral está em Assu Terra Dos Poetas.

 Pode ser uma imagem de 1 pessoa e sentada


Quando eu era criança, na época de natal perguntava para minha mãe:
"O que você quer de presente?"
Ela me dizia:
Saúde e que ninguém falte no próximo ano!
Então lhe dizia:
"Não mãe um presente de verdade..."
Hoje eu percebo que ela tinha razão, os presentes não são nada, se as cadeiras estiverem vazias...
EM MEMÓRIA DOS QUE JÁ NÃO ESTÃO CONOSCO.
 
 Pode ser uma imagem de móveis e área interna

quarta-feira, 30 de novembro de 2022

Rodrigo Maroni 

Hoje adotei um humano...
"Partiu meu coração vê-lo tão sozinho e confuso.
De repente, vi seus olhos lacrimejantes quando ele olhou nos meus.
Então lati com todas as minhas forças e fui atrás dele, seguindo de casa em casa.
Finalmente, cheguei perto o suficiente para tocar sua mão com meu nariz.
O homem sorriu e senti seu coração frio começar a esquentar.
Aproximei-me de seu rosto e senti suas lágrimas começarem a fluir.
Olhei para ele e ele respondeu com um lindo sorriso.
Eu pulei em seu colo animadamente, prometendo que ficaria bem, que o amaria para sempre e que nunca o deixaria.
Que sorte ele ter passado por onde eu estava e podermos nos encontrar assim. Eu também me senti com sorte.
Tantas pessoas estiveram lá, mas só ele, só ele, olhou para mim.
Fico feliz que ele tenha feito uma escolha e que eu tenha conseguido salvar sua vida.
Adotei uma pessoa."
 
 
 Pode ser uma imagem de 1 pessoa, cão e ao ar livre

 

 

 


Na porta do amor não cabe dois.

João Lins Caldas

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terça-feira, 29 de novembro de 2022

 De: Cleiton Oliveira Silva

Richardson Rodrigo Cortez

Feira Livre da Antiga São Rafael-RN


Essa feira era um evento na antiga São Rafael, pois a mesma atraia feirantes de todas as regiões do estado, e nela de tudo tinha, então era uma oportunidade de integração entre todos que dela participavam, e tbm uma forma dos produtores de nossa cidade vender o que produziam em sua vazantes.


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Prefeitura do Assú

É a cultura assuense em lugar de destaque no Festival Internacional de Baia Formosa (FINC). A Terra da Poesia teve seu curta-metragem “A Terra, o Homem, a Poesia”, de Paulo Sérgio de Sá Leitão, selecionado para apresentação no Festival que reúne grandes nomes da cenário cinematográfico de todo o RN. 
 
Uma história descrita pelo Poeta Boinho, e que tem como a poesia como ponto central do curta.
Parabéns a todos os envolvidos pelo empenho, talento e, acima de tudo, reconhecimento.
 
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domingo, 27 de novembro de 2022

Gibson Machado está com Gideon Jackson Machado Alves

Ao meu Pai que Partiu...
A última vez que nos vimos foi no leito do hospital. Já bem debilitado, com dificuldade de falar, de ver, de compreender as coisas, mesmo assim, ainda conseguimos relembrar momentos de seu passado, de companhias boêmias, dos gostos, de suas composições e dos poemas. Dos poemas de sua autoria, naquele instante, lembrei de dois deles, O caminhar do poeta e Oração Final. O Caminhar do poeta foi uma homenagem que fez ao primo poeta Walflan Queiroz, penso que esse poema é uma descrição da própria passagem final:
O CAMINHAR DO POETA - A WALFLAN DE QUEIROZ
Um olhar vago...distante...perdido
Eis o poeta a caminhar sem destino.
O mundo não é mais o seu mundo
As pessoas não são mais as mesmas.
No seu caminhar trôpego, na sua postura caída,
Já não existe mais esperanças,
De gritar bem forte a sua imensa dor,
Transformada em palavras e gestos!
De seus lábios balbuciando algo,
Que agora não mais se entendem.
Os seus gestos que eram fortes e vibrantes,
Agora são gestos incompreendidos.
O poeta apesar de sua falta de lucidez,
Sente tudo aquilo com amargura...
Mergulha talvez no seu passado distante
De marinheiro, “viajando por mares nunca dantes navegado”...
Penetra nas profundezas do inferno com Dante;
Luta contra os moinhos de vento;
Viaja com Ulisses para ouvir o canto
Das sereias e voltar para o seu grande amor.
Em cada porto da vida,
Desembarcava a procura de sua Tânia,
Musa inspiradora dos seus sonhos
E de seus versos...
Viajar pelo mundo não era mistério para o poeta.
Foi tudo e fez de tudo...
Como monge, encontrou Deus!
Mergulhou como fez São Paulo,
Em profunda meditação e sentiu dentro de si,
A potencialidade que o homem tem para amar,
Sofrer e reconhecer o quanto é fraco e pequeno diante de Deus!
Voltou a sua terra e para sua gente.
Aqui, a doença que sempre o perseguiu, agravou-se...
Já não conversava mais com os seus poetas favoritos...
Já não ouvia mais o marulhar das águas batendo no casco
Do navio, que tantas vezes o transportou pelo mundo!
Ainda és poeta! Poeta das palavras e gestos que não
Se entendem mais!
Palavras, gestos e olhares, que se perdem no espaço e no tempo!
Mas o poeta nasce, vive e morre como poeta!
Segue, poeta triste, poeta do mundo...
Poeta inesquecível de todos nós!
Caminha por estas ruas que são tuas, declama em cada canto
Os teus versos, que não querem ouvir...
Caminha carregando a tua cruz...
E quando partires no navio da incerteza,
Estaremos escutando os teus versos, declamado por ti,
Acompanhado de um coro de anjos,
Com um fundo musical de Mozart,
Ao longe, cantando suavemente uma Ave-Maria!
O outro poema, Oração Final, meu pai se despede, antecipadamente e poeticamente, de sua passagem entre nós. Como deve ser um verdadeiro menestrel.
ORAÇÃO FINAL
Daí-me senhor,
O dom de sentir que é chegada a hora
Da minha última partida.
Daí-me senhor,
A coragem suficiente para aceitá-la.
Daí-me senhor,
A lucidez necessária para fazer
Com que os outros compreendam
A grandeza deste momento.
Para que eles entendam que é preciso morrer,
Para viver eternamente.
Daí-me senhor,
Força bastante para poder na hora deste transe,
Refletir todos os meus atos,
Passados e presente da minha vida.
Daí-me senhor,
A humildade para pedir perdão
A todos aqueles a quem fiz mal,
Direta ou indiretamente.
Daí-me senhor,
Neste momento a consciência dos justos;
A coragem dos mártires cristãos
Que morreram no coliseu por ti;
Daí-me senhor,
A fé que remove montanhas;
Daí-me senhor,
A pureza de todas as criancinhas;
Daí-me senhor,
A sabedoria para reconhecer
O quanto sou fraco e imperfeito;
Daí-me Senhor
A alegria de sentir que neste momento,
Liberto-me de tudo que é material.
Daí-me senhor,
Como último pedido: a liberdade dos pássaros,
Para poder voar em espírito
E pousar em tuas mãos,
E nelas poder descansar a minha alma,
E purificar-me, nascendo para a vida eterna.
Que Deus tenha piedade de sua alma e o conduza, perdoado, livre e purificado, à eternidade!!
 

 

Crônicas de Luís da Câmara Cascudo | Casa na Arte


Era década de trinta. Renato Caldas, poeta do Assu/RN, namorava uma jovem chamada Maria da Conceição que, certo dia regressou à São Paulo para passear e rever familiares. Conceição comprometeu-se com Renato que breve retornaria. Na hora da despedida, Renato entregou a sua amada, o seguinte bilhete rimado:
 
Maria da Conceição
Faça uma boa viagem
E leve meu coração
Dentro da sua bagagem.
 
Passaram-se dias, meses, anos, e nada de notícia de Conceição. Ao tomar conhecimento que ela, sua amada, teria se casado naquela capital paulistana, bem como do seu endereço, Renato vingou-se num, enviando um telegrama rimado endereçado a Conceição, dizendo:
 
Maria da Conceição
Você fez boa viagem?
Devolva meu coração
Que foi na sua bagagem.
 
(Postado por Fernando Caldas)
 

 


VEREADOR X VIOLEIRO

 


Noite de festa na casa de certo candidato a vereador do Assu, lançamento de sua candidatura com muita bebida e comida para os eleitores. A festa teria sido programada para ser encerrada pelo cantador de viola daquele lugar chamado "Chico Traíra" (Francisco Agripino de Alcaniz era o seu nome de batismo). Traira começou a cantar seus versos improvisados enaltecendo o candidato e os convivas, sendo interrompido por diversas vezes pelo futuro edil que dizia, embriagado:"Eu não quero mais porra de cantador aqui, não! E a festa tá encerrada e pronto!" Traira não aguentando mais ser interrompido, mandou chumbo grasso:

Já saí mais de uma vez,
Se sair não volto mais,
Eu não sou couro de p...
Pra ir pra frente e pra trás.



PELO DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA Se Guilherme de Almeida escreveu 'Raça', em 1925, uma obra literária “que tem como tema a gênese da na...