sábado, 1 de abril de 2023

VIVA NATAL Adoramos Natal

Roberto Guedes da Fonseca

Achei que o grupo gostaria disso

Pode ser uma imagem de 4 pessoas e pessoas em pé
O serviço de bondes puxados a burro da Companhia Ferro Carrilho que circularam em Natal teve início em 7 de setembro 1908, inaugurando o primeiro trecho da Rua Doutor Barata (Ribeira) à Praça Padre João Maria, na Cidade Alta. Em 1910 foram iniciados os estudos para a instalação dos bondes elétricos, que ficou sob a administração da Empresa de Melhoramentos de Natal, Vale Miranda & Domingos Barros, tendo sido inaugurado no dia 2 de outubro de 1911. O progresso foi notável e as linhas começaram a se estender: em novembro de 1911, inaugura-se a linha para o Alecrim ; em agosto de 1912 os bondes chegam a Petrópolis . Em agosto de 1913 inaugura-se nova linha que, partindo da Avenida Rio Branco chegava ao Tirol onde está o Aeroclube e em 1⁰ de fevereiro de 1915 à Praia de Areia Preta. Posteriormente o serviço de viação urbana passou para a Empresa de Tração Força e Luz que, desinteressando- se pelo empreendimento, relegou o serviço de bondes a segundo plano, tornando-se deplorável, encerrando a prestação de serviço em maio de 1955. Na foto do ano de 1905, bonde puxado a burro.

GLOSA

Não sabemos dar valor
Aquilo que a gente tem
Não se avalia um bem
Por mais caro que ele for
Quando se vê, já passou
Se foi com a hipoteca
E de cabeça careca
Só o que resta é a mágoa
SÓ SE DÁ VALOR A ÁGUA
DEPOIS QUE O POÇO SECA
Fábio Gomes
Todas as reaçõe

GLOSA

Quando lembro meu passado
As vezes fico feliz
Vendo coisas que já fiz
E quase tudo é lembrado
Trago no peito guardado
A infância, a mocidade
Com minha simplicidade
Construí a minha história
NA CACIMBA DA MEMÓRIA
NASCE UM VEIO DE SAUDADE.
Fábio Gomes
M.Helio Crisanto

sexta-feira, 31 de março de 2023

 Aluizio Dias Lacerda

O RESGATE DE UM TEMPO

Hoje tive a feliz oportunidade de encontrar este único exemplar entre os guardados da minha esposa Consuelo, desta esgotada edição. Tamanha foi minha alegria em reler todo seu conteúdo e verificar que o tempo de sonhos e objetivos do que idealizamos e publicamos no passado precisa de resgate ou de uma continuidade.

Estou pensando seriamente em aproveitar o que me resta de energia e memória para reescrever novos fatos das Histórias Daqui Mesmo, dado a importância do que se transcorreu em nossa civilização depois da sua publicação.

Quem sabe, talvez, ainda me sobre disposição para a editar um segundo volume!

Observamos que apesar do avanço do tempo com sua modernidade, principalmente na área de comunicação, muita coisa ainda existe atrasado.

Antes de fragmentar alguns pontos negativos que ainda persistem e não aconteceu nenhuma substancial transformação, como bem disse um dos personagens citados, temos algo que permanece na estaca zero: assim falou o saudoso José Inácio de Moura (Tutila).

Porém, como dever de reconhecimento e gratidão, quero destacar como algo precioso e fundamental, o magistral prefaciamento do colega professor Carlos Augusto Pereira da Silva que ao longo dos anos enriqueceu nosso trabalho.

Seus personagens foram figurantes reais da nossa pacata convivência, grande parte sendo hoje morador do reino celestial, alguns poucos sobrevivendo.

O seu segundo tomo deve exibir outros protagonistas, uma coisa que flui com naturalidade e com outros cenários que com certeza ilustrarão a realidade do presente e mais próximo do futuro que ainda lutamos para alcançar!

Todo trabalho deve ser planejado e acima de tudo pesquisado seu roteiro... Aguardem!!!


Pode ser uma imagem de texto que diz "HISTÓRIAS DAQUI ALUIZIO LACERDA MESMO REDMI NOTE 8 ALUIZIO LACERDA"
Todas as reaçõ

"- Pai, o que é a Páscoa...?!?

- Ora, Páscoa é ...... bem... é uma festa religiosa!
- Igual ao Natal ?
- É parecido. Só que no Natal comemora-se o nascimento de Jesus, e na Páscoa, se não me engano, comemora-se a sua ressurreição.
- Ressurreição?
- É, ressurreição. Maria, vem cá!
- Sim?
- Explica lá ao puto o que é ressurreição para eu poder ler o meu jornal descansado.
- Bom, meu filho, ressurreição é tornar a viver após ter morrido. Foi o que aconteceu
com Jesus, três dias depois de ter sido crucificado. Ele ressuscitou e subiu aos céus.
Entendido?
- Mais ou menos ... Mãe, Jesus era um coelho?
- Que parvoíce é essa? Estás-te a passar!
Coelho? Jesus Cristo é o Pai do Céu! Nem parece que foste baptizado! Jorge, este menino não pode crescer assim, sem ir à missa pelo menos aos domingos. Até parece que não lhe demos uma educação cristã! Já pensaste se ele diz uma asneira destas na escola? Deus me perdoe! Amanhã vou matricular esta criança na catequese!
- Mãe, mas o Pai do Céu não é Deus?
- É filho! Jesus e Deus são a mesma coisa. Vais estudar isso na catequese. É a Trindade. Deus é Pai, Filho e Espírito Santo.
- O Espírito Santo também é Deus?
- É sim.
- E Fátima?
- Sacrilégio!!!
- É por isso que na Trindade fica o Espírito Santo?
- Não é o Banco Espírito Santo que fica na Trindade, meu filho. É o Espírito Santo de Deus. É uma coisa muito complicada, nem a mãe entende muito bem, para falar a verdade nem ninguém, nem quem inventou esta asneira a compreende.
Mas se perguntares à catequista ela explica muito bem!
- Bom, se Jesus não é um coelho, quem é o coelho da Páscoa?
- (Aos gritos no meio da casa) Eu sei lá! É uma tradição. É igual ao Pai Natal, só que em vez de presentes, ele traz ovinhos.
- O coelho põe ovos?
- Chega! Deixa-me ir fazer o almoço que eu não aguento mais!
- Pai, não era melhor que fosse galinha da Páscoa?
- Era, era melhor, ou então peru .
- Pai, Jesus nasceu no dia 25 de Dezembro, não é? Em que dia é que ele morreu?
- Isso eu sei: na sexta-feira santa.
- Que dia e que mês?
- Gaita!!!! Sabes que eu nunca pensei nisso? Eu só aprendi que ele morreu na sexta-feira santa e ressuscitou três dias depois, no sábado de aleluia.
- Um dia depois portanto!
- (Aos berros) Não, filho - três dias!
- Então morreu na quarta-feira.
- Não! Morreu na sexta-feira santa... ou terá sido na quarta-feira de cinzas? Ouve, já
me baralhaste todo! Morreu na sexta-feira e ressuscitou no sábado, três dias depois!
- Como !?!? Como !?!?
- Pergunta à tua professora da catequese!
- Pai, então por que amarraram um monte de bonecos de pano na rua?
- É que hoje é sábado de aleluia, e a aldeia vai fingir que vai bater em Judas. Judas foi o apóstolo que traiu Jesus.
- O Judas traiu Jesus no sábado?
- Claro que não! Se ele morreu na sexta!!!
- Então por que eles não lhe batem no dia certo?
- É, boa pergunta.
- Pai, qual era o sobrenome de Jesus?
- Cristo. Jesus Cristo.
- Só?
- Que eu saiba sim, por quê?
- Não sei não, mas tenho um palpite que o nome dele tinha no apelido Coelho. Só assim esta coisa do coelho da Páscoa faz sentido, não achas?
- Coitada...!
- Coitada de quem...?!?
- Da tua professora da catequese !!!"

Natal não há tal

João Gothardo Dantas Emerenciano


Grupo de boêmios na "Peixada da Comadre", bairro das Rocas, nos anos 60. Da esquerda para a direita: Luís Carlos Guimarães, Dorian Gray, Berilo Wanderley, Walflan de Queiroz, Felinto Rodrigues Neto, Tales Andrade, Fausto, Celso da Silveira e outros. Fonte: Berilo Wanderley - Memória. Natal:UFRN, 1980.


Grupo de boêmios na "Peixada da Comadre", bairro das Rocas, nos anos 60. Da esquerda para a direita: Luís Carlos Guimarães, Dorian Gray, Berilo Wanderley, Walflan de Queiroz, Felinto Rodrigues Neto, Tales Andrade, Fausto, Celso da Silveira e outros. Fonte: Berilo Wanderley - Memória. Natal:UFRN, 1980.

 João Gothardo Dantas EmerencianoNatal não há tal

Avenida Junqueira Aires.



quinta-feira, 30 de março de 2023

De: Aluizio Dias Lacerda

Faleceu aos 81 anos o ex deputado Raimundo Fernandes. Sem resistir a gravidade do coágulo no cérebro faleceu às 15:30 minutos de hoje no hospital São Lucas, onde se encontrava em tratamento o ex deputado Raimundo Fernandes.

O líder da região oestana foi prefeito de São Miguel deputado estadual, ex presidente da assembleia legislativa e atualmente era suplente. Raimundo Fernandes, disputou um mandato de senador sem obter êxito e fez de sua mulher Nira Fernandes deputada estadual. Foi na última eleição disputada em 2022 o décimo nono mais votado, ficando de fora do rol dos eleitos. Isto lhe rendeu um quadro depressivo e mediante o estado de tristeza que vivia levou um tombo da escada do seu apartamento que culminou finalmente com seu óbito, nesta quinta feira.



É hoje, o lançcamento do livro de Álvaro Dias. Clique na imagem abaixo.



domingo, 26 de março de 2023

 


Este livro, de autoria da escritora assuense (de Lavras) Maria Eugênia, enriquece a minha biblioteca. Com Maria Eugênia tive eu, o prazer de com ela ter convivido no Assu. Morávamos a poucos metros de distância. Gena como era mais chamada, era uma figura admirável. Membro da Academia Norte-Rio-Grandense de Letras. O citado volume, é delicioso lê-lo. Conta estórias de cantadores de viola/repentistas, de cavalos e vaquejadas, das feiras livres. Afinal, do folclore da terra assuense, "onde a poesia eterna, mora".

(Este livro, que eu já conhecia, editado em 1978 pela Fundação José Augusto, me fora doado pelo amigo e conterrâneo professor Hélio Gurgel). Tenho dito.

Fernando Caldas







sábado, 25 de março de 2023

"ANTIGOS MEMBROS DA ACADEMIA NORTE-RIO-GRANDENSE DE LETRAS"

                 

Antigos membros da Academia Norte-rio-grandense de Letras na escadaria do prédio do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte - IHGRN. Da esquerda para direita, em primeiro plano: Mathias Maciel, Eloy de Souza, Juvenal Lamartine e Antônio Soares; em segundo plano:Floriano Cavalcanti, Bruno Pereira, Palmira Wanderley e Carolina Wanderley; em terceiro plano: Hélio Galvão, Antônio Fagundes, Manoel Rodrigues de Melo, Aderbal de França e Bezerra Júnior; em quarto plano: Onofre Lopes, Edgar Barbosa, Nestor Lima, Francisco Ivo, Raimundo Nonato da Silva; em quinto plano: Virgílio Trindade, Otto Guerra, Paulo Viveiros e Américo de Oliveira Costa. Foto: Jorge Mário.

João Gothardo Dantas EmerencianoNatal não há tal


(Do Blog: Em primeiro plano, o quarto da esquerda para direita, Antonio Soares, em segundo plano, a quarta da esquerda para direita, Carolina Wanderley, em quarto plano, o terceiro da esquerda para direita, Nestor Lima. Très grandes nomes das letras potiguares. 

Antonio Soares (1879-1973: Poeta assuense, ganhou já no fim da sua vida, um prêmio em concurso internacional de trovas. Exerceu várias funções no Poder Judiciário do Rio Grande do Norte: Promotor Público, Juiz de Direito e desembargador. É autor do soneto intitulado 'Noite', dedicado a um amigo nos tempos de estudante na antiga Faculdade de Direto do Recife por onde bacharelou-se, que transcrevo adiante: 

"Ser Noivo é ser ditoso" - tu me dizes,

Convicto, porém, sem te lembrares

De que há noivos, assim juntos, felizes,

E há noivos separados pelos mares.


Se tens, para que as mãgoas amenizes,

De tua noiva lúcidos olhares,

Quantos existem, noivos infelizes,

Abrigados a sombra dos pensares!


Vives, sempre, de olhares e de risos;

Eu, sofrendo da ausência as crueldades,

Tenho, âs vezes, momentos indecisos...


Que diferença, agora, entre deidades:

A tua noiva vive de sorrisos,

A minha noiva morre de saudades!


http://www.antoniomiranda.com.br/

 

Carolina Wanderley (1891-1975): Poetisa assuense, ainda jovem regressou a Natal, onde formou-se pela Escola Normal. Retornando ao Assu para dirigir o Grupo Escolar Ten. Cel. José Correia. Um ano depois volta a residir em Natal, para dirigir a Escola Frei Miguelinho. É de sua autoria, o soneto que segue: 

Dizem que existem mundos encantados,

Risos, quimeras, cantos de alegria;

Sonhos de amor que vemos realizados

Nas rútilas regiões da fantasia.


Nessa ilusão feliz sempre embalados, enganados

À luz de uma esperança fugidia,

A ventura buscamos enganados

E a dor é o que somente nos crucia


Quando, porém, este sonhar fenece

E vemos que em nossa alma apenas cresce

A tristeza que fere e não se cansa.


Esse engano da mente se desterra

E o coração abandonando a terra

No céu procura um raio de esperança.


(https://literaturapotiguar.blogspot.com/)


Nestor Lima (1887-1959): Educador, da sua extensa obra publicada em livros, revistas, jornais, desta-se Um Século de Ensino Primário, puiblicado em 1927. Naquela época, era Diretor Geral do Departamento de Educação do Rio Grande do Norte. Nestor Lima foi professor e diretor da Escola Normal de Natal, entre 1911-23, além de ter sido um dos fomentadores para criação da Associação do Professor do Rio Grande do Norte, no ano de 1920. Era um lutador intransigente pela valorização do magistério na terra Norte-rio-grandense. Afinal, o seu trabalho em prol da educação engrandece o Assu, sua terra Natal. Pena, que é pouco lembrado na terra em que nascera. 

https://repositorio.ufrn.br/

ernando Caldas

       

PELO DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA Se Guilherme de Almeida escreveu 'Raça', em 1925, uma obra literária “que tem como tema a gênese da na...