
segunda-feira, 29 de junho de 2009
VEREADOR PRESEPEIRO

CENTRO SPORTIVO ASSUENSE

Em pé: Maurício Assis, Delito, Zé Pretinho, Baiano, Eloi, Edson Assis e Carmelito. Agachados: Lino, melado, João de Seu Né e Waldick. Aquela agremiação futebolística fora fundada e presidida por Arcelino Costa Leitão, no começo da década de cinquenta. Costa era secretário de João Câmara (dirigia na terra asuense, a firma algodoeira João Câmara & Irmãos) que depois foi prefeito do Assu (1953-58). O Centro Sportivo jogou na década de cinquenta contra o Fortaleza Futebol Clube trazido por Costa para jogar no Estádio Senador João Câmara, onde hoje está assentado a antiga CIBRAZEM, atual CONAB. Era os tempos Áureos do Assu. Aquele time certa vez, ainda nos idos de cinquenta, jogou na cidade de Currais Novos, interior potiguar, contra o selecionado daquele município, perdendo para um time muito inferior. Pois bem, como em Assu de tudo faz-se um mote e haja glosa. o poeta Renato Caldas, permanente vigilante das acantencências do Assu, escreveu a seguinte trovinha:
O grande Centro de Costa
O primeiro sem segundo
Perdeu atolado em bosta
Da pior bosta do mundo.
Daquele jogadores, salvo engano, somente Zé Pretinho sobrevive com seus bons 88 anos de idade. Um goleiro que marcou uma época no futebol da região do Assu. Se fosse hoje, certamente seria chamado para jogar num grande clube deste país. Zé Pretinho é funcionário aposentado da COSERN. Conheci ainda Baiano (que morreu de cirrose hepática), Mundoca e Eloi também tiveram morte provocado pela bebida alcoólica. Este último amargou muitos anos de detenção na Cadeia Pública do Assu, por ter asssinado a tiro de revolver, o tabelião João Belo de Oliveira, nos finais dos anos cinquenta. E Carmelito que foi vereador no Assu entre 1983 a 1988, além de Lino que foi garçon durante muito tempo, do balneário Adega da Ponte e no clube social AABB, da cidade de Assu. Não tenho notícia do seu paradeiro. Eis, portanto, mais um registro da história da terra assuense de tantas glórias passadas.
domingo, 28 de junho de 2009
POESIA
sábado, 27 de junho de 2009
GUIMARÃES, UM AMIGO LEAL

Francisco Guimarães Saraiva, mais conhecido como Guimarães, era uma figura extrovertida, carismática. Ele foi meu amigo e contemporâneo nos velhos tempos do Ginásio Pedro Amorim e do Centro Regional de Escoteiros do Assu (onde jogamos futebol), nos idos de sessenta e setenta. No Assu, sua terra amada, viveu a sua infância, adolescência, juventude e parte da maturidade. Tempos depois, já aposentado, salvo engano, passou a morar em Itajá, vivendo em paz com Deus e com os homens como sempre viveu, admirando a beleza da Barragem Ribeiro Gonçalves, comendo um peixe frito, pescado na hora. Pena que ele partiu para o outro lado. A útima vez que nos encontramos foi em Natal, há poucos anos atrás. Ele falva tanto sobre seus familiares e dos sonhos que deseja tornar realidade!
Guimarães, Jesus Cristo certa vez, disse que "o grão para ser fecundo terá que morrer." E assim vai ser com todos nós.
Você se foi, mas deixou a saudade no coração de todos aqueles que viviam em seu entorno, que lhe admiravam. Você deixou o exemplo da lealdade, da honestidade, da mão estendida para ajudar ao próximo, do companheirismo, afinal, o exemplo também de bom esposo, de bom filho, de bom pai, de bom avô, de bom amigo que o foi.
Guimarães, custa a crer que você partiu tão cedo ainda! "Todas as vezes que alguém for bom, se lembrará de você." A sua morte chorou também a mim, como seu amigo e admirador. Um dia, só Deus sabe quando, nos reencontraremos na eternidade.
Descança em paz valente lutador. Dormes o sono dos justos, dos humanos. Nada melhor terminar estas singelas palavras que escrevo movido pela emoção e pelo sentimento, nas palavras verdadeiras que você escreveu no seu perfil em orkut, conforme transcrevo adiante:
Você olha meus defeitos
Quer até me censurar
Sabendo que não tem direito
Porque vives a errar
Olhaste tanto pra mim
Que esquecestes do que é teu
Talvez nem percebeu
Que não és certo como eu
Porque você não observa
Que a vida é mesmo assim?
Uns não gostam de outros
E... Outros de outros sim!
Tudo que eu quero tenho
Pode chorar e pular
Mas viva a sua vida
Não viva pra me olhar
Na mimha vida de errante
Que por sinal tive sorte
Só quem pode concertar
É DEUS com uma boa morte.
Fernando Caldas (Fanfa).
RELEMBRANDO CELSO DA SILVEIRA

Autor de dezenas de livros publicados, em 1952 publicou o seu primeiro livro de versos sob o titulo "26 Poemas de Um Menino Grande", que teve a aprovação do grande poeta potiguar João Lins Caldas, e tornou-se popular no jornalismo. Ganhou prêmio como ator no II Festival Nortista de Teatro Amador, realizado em 1956, no Recife, além de ser cursado como intérprete pela Fundação Brasileira de Teatro. Na cidade de Natal onde morava desde os anos cinquenta, realizou "o primeiro espetáculo a céu aberto de Natal, o auto natalino O Caminho da Cruz além da peça Hoje tem Poesia, ambos de Newton Navarro."
Ainda na cidade de Assu (como não podia ser diferente para um jovem boêmio) fundou O Clube do Copo, que tinha como objetivo realizar serestas, tertúlias dançantes para movimentar a cidade. Afinal, ele imortalizou-se como "O Bocageano Potiguar", pelos versos ("ele conhecia o caminho da poesia fescenina") que produzira ao longo de sua existência prazenteira e feliz. Faleceu em Natal onde está sepultado. O seu sepultamento naquela capital, ocorreu como teria pedido aos seus familiares e amigos: "sem choro nem vela, sem discurso nem flores."
E os versos daquele poeta humorista, extraído do seu livro intitulado "Peido, o traque - o valor que o peido tem", editado em 2002 pelo Sebo Vermelho, não é uma uma delícia de versos? Vamos conferir:
O peido de um general
não pode ser comparado com
O peido de um soldado
Que em tudo é desigual
Tem gente que peida mal,
Há outros que peidam bem
Eu não conheço ninguém
Que ainda não tenha peidado
Mas o povo não tem dado
o valor que o peido tem.
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sexta-feira, 26 de junho de 2009
POESIA DE RENATO CALDAS

Da esquerda para direita: O poeta Renato Caldas, dona Marinah Fonseca e o ex-deputado Nelson Montenegro (todos já falecidos).
Renato Caldas no seu livro intitulado "Meu Rio Grande do Norte - Outras Poesias, 1980, prefaciado por Expedito Silveira, editado pela Coleção Mossoroense, página 25, 26 e 27, dedica ao prefeito do Assu (1977-82) Sebastião Alves Martins, o poema sob o titulo "Ninguém Conhece Ninguém", que diz assim:
Senhor: eu não acredito
Que ninguém escute o grito
De angústia que a fome tem.
Não quero saber quem foi,
Quem inventou o perdoe...
Se negando fazer bem.
A espécie humana rasteja,
Sem saber o que deseja
Nem mesmo para onde vai...
É marcha hostil da matéria,
Caminha tropeça e cai.
Não sei no mundo o que fui
Fui talvez Edgar Poe...
Um Agostinho... Um plutão...
Nos festins da inteligência,
Mergulhei a consciência
E o vício estendeu-me a mão.
Na estrada dos infelizes
Na confusão dos matizes,
Nascem as flores também!
Sim, nos cérebros dos pobres
Há pensamentos tão nobres...
Ninguém conhece ninguém.
Fui nômade! Aventureiro,
Fui poeta seresteiro,
Um lovelace também!
Amei demais as mulheres
E procurei nos prazeres,
Marchar a face do bem.
Hoje, sinto a claridade,
Tenho, pois, necessidade
De meu passado esquecer.
Pouco importa os infelizes
À marcha das cicatrizes...
Se deixarem de doer.
Já viu lavar a desgraça?
Ou afogar na cachaça
A vergonha... a precisão?
É a fome conveniente
De tornar-se indiferente...
Podendo estender a mão.
Uma esmola por caridade:
É a voz da humilhação,
Morrendo de inanição
Não diga nunca perdoe,
Não queira saber: quem foi!
Esse alguém... é vosso irmão.
ASSU ANTIGO

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quinta-feira, 25 de junho de 2009
quarta-feira, 24 de junho de 2009

"A Mutuca" era um periódico que circulou nos festejos do Padroeiro do Assu São João Batista, na década de sessenta e setenta. Já postei um artigo aqui neste blog, sobre aquele jornalzinho que satirizava a rapazeada e a moçada da época, além dos políticos locais. Naquele jornal era escrito pelos estudantes inteligentes da terra assuense, os poetas e jornalistas daquela cidade então provinciana. Aquela edição é data de 17 de junho de 1969, que guardo com muito amor e carinho, entre meus alfarrábios, que servirá como peça de museu, quando o poder público local, instalar o Museu do Assu. Fica o registro e a lembrança.
ALMOÇO DE SÃO JOÃO BATISTA

Durante o Almoço do Reencontro das famílias assuenses, o jovem prefeito Ivan Lopes Júnior saudou o ex-prefeito e ex-deputado Edgard Montenegro, pela passagem dos seus 89 anos de idade.

AINDA SOBRE O SÃO JOÃO EM ASSU

Esquerda para direita: Fernando Caldas (Fanfa), o blgueiro de fatos políticos Juscelino França, o deputado federal Betinho Rosado, o ex prefeito do Assu Zé Maria Medeiros e o vereador Carlos Alberto Bezerra (carlinhos).
Estive na minha querida cidade de Assu, neste último domingo (dia e noite). Durante o dia realizou-se o tradicional "Almoço de São João", no Largo da praça da Matriz. Milhares de pessoas da sociedade assuense (ricos e pobres) compareceram aquela confraternização. A noite, deu-se início a novena e o grande shoow da dupla sertaneja Zezé di Camargo e Luciano. Pena que não pude ficar para o encerramento daquela festa religiosa que alí se realiza desde 1726. Parbenizo, portanto, o prefeito da terra assuense Ivan Lopes Júnior, pela grande festa, que termina amanhã com apresentação do músico de nome nacional, Leonardo.
terça-feira, 23 de junho de 2009
MAIS UM POUCO DE JOÃO LINS CALDAS
Seu Caldas, o "poeta da solidão e da dor" como define Maria Eugênia, em data de 1909 residia no povoado de Sacramento (fundado pelo meu bisavô paterno Luiz Lucas Lins Caldas) atual município de Ipanguaçu. Naquele ano ao ver um touro passar para o matadouro daquela localidade, levado por certo marchante (negociante de carne) escreveu o soneto intitulado Um Touro, cujos versos fora divulgado no Brasil e no exterior. Vamos conferir o célebre soneto:
Vais morrer, vais morrer... O cepo do marchante
Vais morrer, vais morrer... O cepo do marchante
Breve te pesará sobre a cabeça rude...
E tu, pobre animal, sem crime e sem virtude,
Nunca mais hás de ver o teu curral distante.
Jamais hás de provar, num mourejar constante,
Entre vacas e bois, a revelar saúde
Das águas de cristal do mais sereno açude
Ou do verde capim do campo mais fartante.
A tua pobre carne há de servir de pasto...
E quando fores nada, quando fores gasto,
Te resta esse consolo, o consolo dos mortos:
Morreste por servir, alimentando vidas,
Muito franco pesar, muitas dores compridas,
Muitos cegos que vão pelos caminhos tortos...
E tu, pobre animal, sem crime e sem virtude,
Nunca mais hás de ver o teu curral distante.
Jamais hás de provar, num mourejar constante,
Entre vacas e bois, a revelar saúde
Das águas de cristal do mais sereno açude
Ou do verde capim do campo mais fartante.
A tua pobre carne há de servir de pasto...
E quando fores nada, quando fores gasto,
Te resta esse consolo, o consolo dos mortos:
Morreste por servir, alimentando vidas,
Muito franco pesar, muitas dores compridas,
Muitos cegos que vão pelos caminhos tortos...
TRÊS SERTANEJOS

Dentro da programação dos festejos do padroeiro do Assu São João Batista, Zezé di Camargo e Luciano (ícones da canção brasileira), se apresentaram naquela cidade festeira, neste último domingo. Naquela ocasião, aquela dupla de cantores sertanejos foram visitados no camarim pelo senador Garibaldi Alves Filho, deputado presidente da Assembléia Legislativa Robson Faria, deputado federal Fábio Faria, prefeito Ivan Lopes Júnior, vice-prefeito Alberto Luiz e demais autoridades locais. Das mãos daquele jovem prefeito, Zezé e Luciano receberam a camisa do Assu (time campeão do Estado potiguar, 2009), também denominado de "Camaleão do Vale." Fica o registro.
segunda-feira, 22 de junho de 2009
VEREADOR ÁS DE COPA
O ex-vereador Carlos Barromeu da Silva (Carmelito) de saudosa memória, gostava de jogar cartas (baralho). Numa certa cessão legislativa na Câmara dos Vereadores do Assu, presidida por minha pessoa (1985-86), ele, Carmelito, cochilava. Lembrei-me de fazer com ele uma brincadeira, dizendo assim: "Carmelito, ás de copa!" - O vereador assustado e ainda sonolente, gritou: "Bati, presidente!"
VERDE E VERMELHO
A cor verde no Rio Grande do Norte representava o bloco político do governador Aluísio Alves, e a vermelha o do senador Dinarte Mariz. Pois bem, Antônio Benevides quando fazia política no então distrito de Santa Luzia, atual e próspero município de Carnaubais, em razão do insucesso que tivera numa certa eleição naquela localidade, externou insatisfeito: "Eu não entendo os meus eleitores! Quando eu vou pro verde eles vão pro vermelho! Quando eu vou pro vermelho, eles vão pro verde!" - É que em política acontece de tude.
NOTA

O autor deste blog, que tem a honra de tê-lo como primo e amigo, parabeniza aquela ilustre figura que dignifica o Assu e engrandece a política do Rio Grande do Norte.
Fernando Caldas
sábado, 20 de junho de 2009

Ao comandante Edgard Montenegro (engenheiro agrônomo), que teve o privilégio de ter nascido numa noite dos festejos juninos de São João Batista, o Padroeiro do Assu, sua terra natal (ele é veterano da política potiguar e, se não o é mais antigo é, pelo menos, um dos mais ainda militando na política da terra potiguar, que durante quase quarenta anos liderou a política do Assu, como prefeito -1948-53, deputado estadual por várias legislaturas e chefe político, com vasta folha de serviços prestados ao Rio Grande do Norte, principalmente ao seu decantado Vale do Assu. Ele foi também auxiliar do governo Cortez Pereira, na década de setenta, além de diretor regional do DNOCS - RN), dedico no dia do seu aniversário, ou melhor dizendo, dos seus bons 89 anos de idade, com uma lucidez invejável) ,o poema de produção do consagrado bardo assuense Renato Caldas, intitulado "Meu São João", que diz assim:
Seis horas da tarde...
arde
em mim, a fogueira da ausência...
noltalgia!
A noite se debruça
nos escombros do dia.
- Evocação -
O sol vermelho cor de brasa,
desce, e a porta de sua casa,
acende uma fogueira a São João.
Fernando Caldas
quarta-feira, 17 de junho de 2009
AINDA SOBRE JOÃO MACAÍBA
O assuense Chagas Matias colabora com este blog com mais uma glosa do poeta do Assu, chamado Macaíba. Ele conta que "certa vez numa bebedeira nas barracas do Rio Açu, ao olhar aquelas garotas deitadas só de biquine nas areias, se bronzeando, o grande Barrinho deu este mote a Macaíba: Tanto tabaco no rio e eu com o nariz entupido. Macaíba glosou:
Ninguém aquece o meu frio,
Ninguém mata o meu desejo,
E meio desesperado vejo,
Tanto tabaco no Rio.
Um homem sendo vadio,
Fica logo enfurecido.
Eu mesmo já dei gemido
Que estou me sentindo fraco
De olhar tanto tabaco
Eu eu com o nariz entupido.
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Ninguém aquece o meu frio,
Ninguém mata o meu desejo,
E meio desesperado vejo,
Tanto tabaco no Rio.
Um homem sendo vadio,
Fica logo enfurecido.
Eu mesmo já dei gemido
Que estou me sentindo fraco
De olhar tanto tabaco
Eu eu com o nariz entupido.
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