terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Projeto Pé na Trilha completa a 20ª edição

O projeto Pé na Trilha é uma atividade de Extensão do Departamento de Geografia da UFRN criado em 1991, com o objetivo de possibilitar o conhecimento da realidade sócio-espacial do Rio Grande do Norte, por parte dos seus alunos de graduação. O projeto é feito através de caminhadas em trechos específicos do estado, como o litoral, as serras e os vales de rios, permitindo a aplicação prática de parte dos conteúdos geográficos estudados em sala de aula, junto às comunidades visitadas.
Esta semana, na próxima quarta-feira (19), será concluída a 20ª edição do Pé na Trilha. A chegada do grupo na praia e Pirangi, próximo ao Cajueiro, está prevista para às 12 horas. Esta edição foi diferente das demais, pois foi realizada em quatro etapas, contemplando as quatro áreas visitadas nos primeiros quatro anos de projeto, de 1991 a 1994. O objetivo disto é comemorar os 20 anos de existência do projeto. As etapas ocorreram em setembro (Tibau – Macau); novembro (Galinhos – Touros); dezembro (Touros – Redinha) e janeiro (Baía Formosa – Pirangi), percorrendo mais de 300 km de litoral potiguar.
O 20º Pé na Trilha contou com o total de 72 pessoas e teve como foco uma revisão dos aspectos ambientais, econômicos e sociais das atividades ligadas ao turismo do Rio Grande do Norte.
Este trabalho de extensão acadêmica permite que seja feito um comparativo destes aspectos do turismo, de como ele tem se desenvolvido e o que tem causado nas regiões decorridos 20 anos da primeira edição do projeto. Desde àquela época parte da população já estava vendendo suas casas e mudando-se para terrenos menos valorizados e mais afastados da praia. Em Pirambúzios já despontavam diversas casas de veraneio e uma presença insipiente dos primeiros hotéis e pousadas. Em alguns destes empreendimentos, os geógrafos trilheiros já se deparavam com problemas ambientais visíveis, como a ocupação desordenada das dunas, esgotos a céu aberto, deposição irregular de lixo, e outros.
Era fácil perceber que as perspectivas econômicas dessa nova atividade eram boas, pois em Tabatinga, Barreta e em praias mais ao sul surgiam de forma intensa loteamentos e outros empreendimentos imobiliários. A criação de camarão em cativeiro dava seus primeiros passos nas proximidades da Barra do Cunhaú. Mesmo assim, ainda se via muitos trechos de praias nativas com dunas bem preservadas ou pouco visitadas.
            Este ano, o professor Edilson Alves de Carvalho, coordenador do projeto, convidou uma aluna de jornalismo para fazer um fotodocumentário do projeto. O aluno Alexandro Patrício, do curso de Geografia, ficou responsável pelas filmagens das caminhadas. Juntos, eles irão desenvolver um videodocumentário do 20º na Trilha.

Histórico
 
O projeto Pé na Trilha nasceu em 1990, quando alunos do curso de Geografia participaram do Encontro Regional de Estudantes de Geografia do Nordeste (EREGENE) em Teresina/PI. Eles conversaram com estudantes de Geografia da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) que reportaram a realização de caminhadas feitas na "Mata do Buraquinho" e posteriormente pelo litoral norte paraibano. A conversa motivou os alunos José Américo e Bernardete Queiroga, ao retornarem a Natal, a procurar o professor Edilson Alves de Carvalho para lançar a proposta de realizar uma cainhada pelo litoral do Rio Grande do Norte.
Eles discutiram a proposta, se organizaram e decidiram realizar o primeiro na Trilha. Nos dois meses que se seguiram foi feito o planejamento e posta em prática todas as ações necessárias para a realização do projeto. Como não havia tempo para solicitação de ajuda financeira da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), os responsáveis pelo evento foram em busca de ajuda para obter os recursos necessários para a viagem.
Contando com a solidariedade de todos, conseguiram a casa do professor José Carlos Borges para ficar em Barreta e da aluna, na época, Valdira, em Tibau do Sul. No terceiro dia chegaram a Baía Formosa, ponto de chegada da aventura.
A primeira edição do Projeto Pé na Trilha ocorreu nos dias 17, 18 e 19 de janeiro de 1991. A caminhada foi feita de Pirangi para Baía Formosa. Decorridos os meses de novembro e dezembro, tempo de preparação do projeto, o grupo iniciou esta jornada que completa 20 anos em 2011.

Serviço
Pé na Trilha
Local: Pirangi (próximo ao Cajueiro)
Data: 19 de janeiro
Horário previsto: 12h

Mais informações:
Émille Araújo – 9904-5362
 
AGÊNCIA ECO DE NOTÍCIAS
 
Leonardo Sodré                         João Maria Medeiros
Editor Geral                                  Diretor de Redação
9986-2453                                                       9144-6632
 
Nosso blog
www.ecoimprensanatal.blogspot.com
 
Nosso e-mail

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

EM NOME DO PAI...

           Nélson Patriota (*) como todo mundo e Seu Raimundo aqui na terra de Poti mais bela sabem - é candidato, quase eleito, já, já, à Academia de Letras (na vaga de um parente, como sói, há décadas).
          
Na sua caminhada rumo ao fossilizado sodalício da Rua Mipibu, entrevistado por um blogueiro/fotógrafo conterrâneo (em ritmo de tango e rock, me pareceu!), ao deitar falação sobre o poeta e jornalista Othoniel Menezes, meu Pai - apesar das extensas, universais e variadíssimas leituras, além das  traduções (Skakespeare, Goethe, Tennyson, Auden, Frost, Borges)  que registra e ostenta no currículo - demonstrou, Nélson, absoluta desinformação em relação à obra do Principe Plebeu na nossa  hoje combalida, bem se vê literatura potiguar.
Descobriu, o futuro par do silogeu jerimunlandense, in verbis:

Da mesma forma, o conto potiguar vem ganhando autonomia crescente desde Antônio de Sousa Otoniel Menezes, Myriam Coeli e Eulício Lacerda a Nilson Patriota, Tarcísio Gurgel e Bartolomeu Correia de Melo.; e

Lembremos que faltou à glória da Academia Francesa o nome de Molière; à brasileira, o grande poeta Mario Quintana e à norte-rio-grandense o grande vate Otoniel Menezes.

Isto posto, à guisa de auxílio à campanha do escritor rumo à Imortalidade, na qualidade de herdeiro do Poeta (embora já se tenha dito, por aí, anonimamente, que sou a pior obra do bardo, quá, quá, quá!) , dando muita fé, declaro, para maior tenência, que Othoniel NUNCA escreveu um CONTO sequer na sua atribulada existência.

A pedido de intelectuais pernambucanos, no final de 1929 quando morava na cidade de Pesqueira -, esboçou um romance: Janina, a princesinha caeté. A trama do livro era centrada numa aldeia indígena existente nas proximidades do Município de Cimbres-PE. Numa viagem de trem, retornando a Natal logo depois da revolução de 1930, perdeu o romance, escrito em 150 folhas de papel almaço.

Sobre a participação (ou não!) de Othoniel na Academia de Letras do RN, basta-me transcrever, abaixo, o que registrou o competente  biógrafo Cláudio Galvão, às fls. 223/226 do seu Príncipe Plebeu uma biografia do poeta Othoniel Menezes (FAPERN, 2010):  

As relações de Othoniel Menezes com a Academia Norte-Rio-grandense de Letras nunca foram cordiais. Em nem poderiam sê-lo. Preso por conta da sua participação no movimento de 1935, viu-se alijado do movimento de fundação em 1936 e da formação do primeiro quadro de sócios.
Jamais se candidatou a nenhuma vaga que ocorresse, mantendo-se em comedida distância da instituição que reunia tantos dos seus amigos.
Com o falecimento em 1957 de um desses seus amigos, o poeta Bezerra Júnior[1], que seu nome foi comentado para sucedê-lo. O poeta, entretanto, não mostrava o menor interesse em se candidatar e preencher os requisitos necessários. Então, vários acadêmicos resolveram inscrevê-lo eles próprios, na esperança de ter Othoniel entre seus pares.
Veríssimo de Melo adianta-se em comentar o assunto e publica a crônica Othoniel  candidato único, em A República:           

Esta era a notícia que circulava ontem à tarde nos círculos intelectuais da cidade: Othoniel Menezes é o candidato único!
Não se trata de uma candidatura política, que Titó (Othoniel, na intimidade), nunca teve embocadura para essas violências. Mas, uma candidatura literária.
O príncipe dos nossos poetas, autor de tantos livros encantadores, o poeta da Praieira, a canção que vive na boca de todos os natalenses, candidatou-se afinal à Academia Norte-Riograndense de Letras.
...............
Mas, a verdade deve ser dita se Othoniel Menezes já não é imortal há muitos anos é porque ele próprio não o quis. São coisas do seu temperamento, que sendo poeta, está plenamente justificado. E principalmente quando se é poeta como ele, espontâneo, lírico, universal.
..............
Saudemos, pois, o poeta Othoniel Menezes, não por ser apenas um candidato único à vaga deixada pelo saudoso poeta Bezerra Junior, mas pela sua decisão, há tanto esperada pela cidade, de honrar com sua presença a nossa Academia Norte-Riograndense de Letras.

Em reunião realizada a 27 de abril já tramitava o processo de inscrição de Othoniel Menezes como candidato à cadeira 26, que tem como patrono o poeta Antônio Glicério (1881-1921). O presidente Manoel Rodrigues de Melo passou o processo ao acadêmico Américo de Oliveira Costa, membro da Comissão de Sindicância, para dar parecer.[2]
Cerca de uma semana após, já novamente se reunia a Academia para voltar a tratar do assunto. Em sessão do dia 1º de maio, o acadêmico Rômulo Wanderley leu parecer da comissão de sindicância, indicando que processo estava conforme o regimento. Othoniel era o único inscrito e foi eleito à unanimidade. Estiveram presentes os acadêmicos Manoel Rodrigues de Melo, Francisco Ivo Cavalcanti, Carolina Wanderley, Virgílio Trindade, Antônio Fagundes, Esmeraldo Siqueira, Raimundo Nonato, Américo de Oliveira Costa, Hélio Galvão, Bruno Pereira, Rômulo Wanderley, Veríssimo de Melo, Aderbal de França, Otto de Brito Guerra, Palmira Wanderley e Paulo Pinheiro de Viveiros. Com mais duas cartas com votos de Onofre Lopes e Eloi de Souza, o poeta foi eleito por 18 votos. O plenário aprovava, assim, a sua entrada na Academia, sem seguir os caminhos que todos haviam percorrido, que vinculavam a inscrição pessoal e campanha para a obtenção de votos, feita através de cartas e apelos a acadêmicos e recorrendo a padrinhos influentes.
         Veríssimo de Melo propôs a formação de uma comissão para comunicar ao poeta a sua eleição. O presidente Manoel Rodrigues de Melo nomeou os acadêmicos Veríssimo de Melo, Rômulo Wanderley, Esmeraldo Siqueira e Hélio Galvão.
Não há mais referência ao assunto nas atas seguintes.
Não se sabe como Othoniel recebeu a notícia. Por seu estado depressivo e pelas velhas mágoas acumuladas não deve ter-se entusiasmado com a distinção.
Nunca tomou posse da honraria e nunca esqueceu a sua não inclusão na instituição em tempos anteriores e mais oportunos. Vivendo mais no lado imaterial da vida, gozava dos que se orgulhavam de ser imortais. Sua veia crítica e observação ferina ousaram pintar uma genial caricatura de um vaidoso acadêmico, vendo-o na empáfia de um peru:


OS PERUS

Orgulhoso, rondando no terreiro,
o peru, pedagogo cem por cento,
com o papo inflado, a arrebentar de vento,
arrota redundância, o dia inteiro.

Risquem-lhe em torno um círculo: o portento
não avança; não sai do picadeiro.
Fica ali, a dançar, pobre ponteiro,
na estática animal do Pensamento.

Somente no cacófato, completo
seu tipo, o sapientíssimo sandeu:
fabrica gás do milho do alfabeto...

Não se acuse a justiça, de bufona:
 fuão peru é par do Silogeu,
fazendo rodas... em cima da poltrona!

(*) "Nélson Patriota é jornalista de formação. Publicou, entre outros, A Estrela Conta (Natal: A.S. Livros, 2003), Antologia Poética de Tradutores Norte-rio-grandenses (Natal: Editora da UFRN, 2008) e Colóquio com um leitor Kafkiano (contos  Natal: Jovens Escribas, 2009). Tem inédito o romance Um Homem chamado Silêncio. Traduziu: Como Melhorar a Escravidão, de Henry Koster (Natal: Editora da UFRN, 2003), e A Literatura de Cordel no Nordeste do Brasil, de Julie Cavignac (Natal: Editora da UFRN, 2006). Organizou os seguintes livros: Poemas Reunidos de Luís Patriota (Natal: edição do autor, 2001), Vozes do Nordeste (com o professor Pedro Vicente Costa Sobrinho ­ Natal: Editora da UFRN, 2001), Bosco Lopes: Corpo de Pedra  Dispersos & Breve Fortuna Crítica (Natal: Editora da UFRN, 2007), e Artigos e Crônicas de Edgar Barbosa (Editora da UFRN, Natal: 2010). É co-autor dos seguintes livros: 400 Nomes de Natal (Natal: Prefeitura de Natal, 2000), Dicionário Crítico Câmara Cascudo (Rio de Janeiro; Natal: Perspectiva; EDUFRN, 2003) e Clarões da Tela (Natal: Editora da UFRN, 2005). Como jornalista, dirigiu cadernos de cultura nos jornais A República, Tribuna do Norte, Diário de Natal, Revista RN Econômico, entre outros.  No Período de 1996 a 2001 dirigiu o jornal cultural O Galo, da Fundação José Augusto. Atualmente é responsável pelos programas especiais da Editora da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, é colunista do site www.substantivoplural.com.br. É membro do Conselho Estadual de Cultura do Rio Grande do Norte, e editor da sua Revista. Diretor de Divulgação da União Brasileira de Escritores do Rio Grande do Norte UBERN" (Fonte: http://www.ubern.org.br/?page_id=638)

Laélio Ferreira

sábado, 15 de janeiro de 2011

Dr. Joanilson Rêgo poderá disputar a Câmara Municipal de Natal em 2012

Ex-Presidente da OAB/RN e ex-candidato ao Senado Federal no pleito de 2010 quando obteve mais de sessenta mil votos, Dr. Joanilson de Paula Rêgo (PSDC) poderá disputar a Câmara Municipal de Natal em 2012.

Amigos, familiares e correligionários de Dr. Joanilson Rêgo (PSDC) têm como certo o êxito na empreitada junto a Câmara Municipal da capital. Em 2008 o presidente estadual do PSDC foi candidato a Prefeito de Natal, não logrando êxito, mas obtendo uma substancial margem de votos.

Os amigos mais próximos estão incentivando-o a lançar-se candidato ao legislativo da capital e começar a abrir dialogo com forças políticas na busca de uma coligação independente, porém forte.

Escrito por juscelinofranca


Missa de 7º Dia

Os familiares de Rivadávia Alves Cabral convidam os demais parentes e amigos para participarem da "Missa de 7º Dia" que mandarão celebrar em sufrágio da sua alma. O evento religioso acontecerá amanhã (16), ás 19.30 horas na Igreja Matriz de Carnaubais/RN. A informação foi repassada ao blog pelos os filhos: Rivanaldo e Rivanilson.

Escrito por aluiziolacerda

Delícias do vale e de memórias afetivas

Longe das capitais, mas não  da memória afetiva – e gastronômica. As pequenas guloseimas, os ingredientes que faziam a boa mesa nos tempos em que a indústria ainda não havia padronizado tudo, estão restritos ao interior. Se fica difícil ir pra lá, o jeito é trazer o que há de bom pra cá. Foi o que fez a Delícias do Assu e do Vale, instalada desde outubro no Potengi Flat, em Petrópolis. A pequena loja reúne gostosuras raras, de apuro artesanal, que não se acham mais por aí.

Todos os produtos da loja são fornecidos por comerciantes, produtores, padeiros e doceiras do Assu e redondezas; ou seja, têm o sabor autêntico da produção regional. O proprietário Francisco Pinheiro, assuense da gema, de tanto ter que viajar para comprar as iguarias que tanto gostava, trouxe  tudo para Natal. “Para minha surpresa, a resposta do público superou as expectativas. Nossa clientela tem natalenses, turistas brasileiros e estrangeiros, não só gente com o pé no interior”, explica. Ele comanda a loja ao lado da filha Luciana Pinheiro. 

Entende-se a empatia que os produtos regionais têm sobre o paladar dos iniciados e iniciantes. Guloseimas como o biscoito ‘Flor de Assu’ são peças raras, uma receita criada em 1920, à base de cravo e erva-doce, para agradar a uma mulher grávida; os alfenins, extintos nas feiras natalenses, feitos sob encomenda pela doceira  Regina Sena; a banana passa de Ipanguaçu, a melhor produzida no estado; o feijão verde de Assu, cujos grãos são maiores que os outros; a castanha de caju do assentamento Novo Pingos; a cachaça assuense Imperial do Vale, entre outros.

A lista de iguarias sertanejas segue com tarecos, biscoitos de batata, salgados de queijo, casadinhos, pão Recife (original), bolachas diversas, rapadura e açúcar mascavo da Serra de Luís Gomes, doces de mamão, leite, goiaba e caju, e queijos de manteiga, coalho, e coalho com orégano. Há ainda as delícias naturais, como os ovos de legítima galinha caipira; filés de tucunaré, tilápia e traíra, além da ova de peixe; aves como galinha caipira, guiné e pato, e a autêntica buchada. Tudo guarda o sabor original do interior.

Artesanato é presença

Além dos produtos comestíveis, a Delícias do Assu também traz artesanato da terrinha, como peças de porcelana pintadas a mão, caixas, baús e cestas feitas de palha de carnaúba, bananeira e milho. “O produto artesanal tem detalhes que a indústria não pode reproduzir, parece que é feito com mais carinho”, define Francisco. Que degusta, concorda.

Serviço:

Delícias do Assu e do Vale. Rua Potengi, 521, Potengi Flat, Petrópolis. Tel.: 3086-2726.

[Texto do jornal Tribuna do Norte]

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

FOTO OFICIAL DA PRESIDENTA DILMA ROUSSEFF


A foto oficial da presidente Dilma Rousseff foi apresentada nesta sexta-feira (14) no Palácio Planalto.
A imagem foi feita pelo fotógrafo oficial da Presidência, Roberto Stuckert Filho, que passou cerca de uma semana estudando a luz e o cenário ideais.
A foto será distribuida para afixação nos demais estados da confederação, essencialmente nas repartições oficiais.

Escrito por aluiziolacerda

PRAIA DO FORTE, NATAL

Foto NatalGuia

Um amor de faz-de-conta

 

Leonardo Sodré*

Acho que tenho assistido muitos filmes antigos ultimamente. Os diretores dos anos 1950 eram pródigos em fazer bons filmes românticos e os finais sempre valorizavam o bem; recheados de felicidade, principalmente nas fitas produzidas nos Estados Unidos. Acho que na infância e adolescência aprendi o que era paixão no cinema. E, mesmo agora, continuo a entender as paixões por essa ótica. Pela visão do bem.
          
Não quero acreditar em relações tumultuadas apesar de já tê-las vivido algumas vezes pelo impulso da paixão. Ah! A danada da paixão que se apossa da lógica e de todos os paradigmas que você cria. Que lhe domina e o deixa a mercê do ridículo, como se você não fosse mais você e que o seu pensamento já não lhe pertencesse mais. Acho que Nelson Rodrigues combatia interiormente esse tipo de coisa quando escrevia sob o heterônimo de Susana Flag o folhetim “Nasci para Pecar”, na década de 1940.

O autor da peça “Vestido de Noiva” minimizava as paixões banalizando as agruras das paixões e das traições pelo relato violento, sempre com um final infeliz. Ia de encontro à felicidade escancarada dos filmes românticos que chegavam ao Brasil vindo da Europa e dos Estados Unidos e mesmo assim fazia um grande sucesso. Nelson Rodrigues terminou por profetizar muitas das relações de hoje em dia, marcadas pelo ciúme, traições que, ao invés de utilizarem o mote da confiança, se baseiam na desconfiança.

Antigamente as pessoas flertavam, namoravam, noivavam e depois casavam. Hoje a coisa mudou. Agora existem as ficadas, as amizades coloridas, as relações abertas e até um tal de “namorido” ou “namorida”, nome ridículo que sugere uma relação de namoro onde os casais sentem-se casados tipo “mais ou menos”. Enfim, chegamos ao ápice: O amor de faz-de-conta.

*Jornalista e escritor
Janeiro de 2011

BRASIL


*Por João Lins caldas

O poeta entra a permanência azul dos aromas suaves e dos brilhos recatados.
A imagem emocional dos lírios lúcidos e dos delírios infatigáveis.
Andam luz nos seus olhos e ardentias nos lábios.
Beijado o sol pelo fruto e sossegadas as árvores,
Ladeados rios e a possível lembrança de naus alvoroçadas,
Um Portugal de caravelas e um Cabral a descobrimento de belas terras cobiçadas.
Eia! que aqui se olha o Cruzeiro do sul
E o poeta é chegado.


*Poeta potiguar do Açu

No Guizado da galinha à cabidela!

Galinha caipira à cabidela – ou  molho pardo – é mais um ingrediente da vasta cozinha regional quase desaparecido das grandes mesas. Por ser um produto diferenciado, ligado a uma criação específica do interior e a receitas seculares, acabou por se recolher a determinados lugares. Os restaurantes que ainda trabalham com a iguaria atestam a raridade da matéria-prima e a clientela diferenciada.

fotos: emanuel amaralGalinha à cabidela, em sua receita original, ganha a mesa de restaurantes como a Âncora CaipiraGalinha à cabidela, em sua receita original, ganha a mesa de restaurantes como a Âncora Caipira
Apesar de ser um prato identificado com a cultura sertaneja do Nordeste, a galinha caipira e seu molho à base de sangue são originários da  culinária francesa. A galinha, para começar, chegou ao Brasil com os portugueses, não existia aqui antes disso. O molho pardo chegou a Portugal no século XVIII e de lá alcançou o Brasil. Segundo o historiador Gilberto Freyre, faz parte dos “quitutes com aparência de brasileiros mas que são franceses e refletem o francesismo que desde o século XVIII invadiu a cozinha portuguesa”. Chique, não?

O restaurante regional Âncora Caipira tem  a galinha do interior desde sempre no cardápio. Os proprietários Augusto e Isabel Azevedo têm fornecedores de São José do Seridó, e fazem questão de ter o galináceo legítimo. “Está cada vez mais difícil ter galinha caipira de verdade. Hoje se usa ração, chocadeira...os criadores querem rapidez, e mudam todo o processo”, explicam. A galinha caipira original tem sabor mais acentuado, carne firme e cor mais intensa. Seu porte é de pequeno a médio, cruzamento livre de várias raças.

A galinha caipira no Âncora pode sair com ou sem o molho pardo, é opcional e não é cobrado à parte. Acompanha feijão verde, arroz e pirão de galinha (feitos na graxa da própria), maxixada e farofa. Serve bem até três pessoas. Preço: R$56,70. Segundo Isabel Azevedo, a maior parte da clientela prefere a galinha torrada, sem a cabidela. “O cliente mais jovem prefere assim. É um sinal de que gostos antigos vão se perdendo com o tempo”, atesta.

O Bar e Restaurante da Totóia é  sinônimo de galinha caipira em Natal. Apesar de o cardápio ter de tudo hoje em dia, é a galinha que  impera nos pedidos. Começou como um barzinho, há mais de 30 anos; para incrementar o cardápio, só de tira-gostos simples, foi colocada uma galinha caipira. O sucesso foi tão grande, que virou carro-chefe da casa até hoje. Ozenir Cabral, a Totóia, conta que sua galinha vem de Santa Cruz, Tangará e São Paulo do Potengi.

A galinha de Totóia vai à mesa com a cabidela junto ou à parte do prato, conforme o gosto do cliente. “Eu particularmente adoro o molho pardo já em todo o prato. Entre  minha clientela estrangeira, os portugueses são os que mais gostam”, diz. O prato acompanha feijão verde, farofa (ou pirão), e três tipos de arroz (de galinha, refogado, ou de leite com queijo coalho). Pode servir até cinco pessoas, ao preço de R$70. Há um ano Totóia climatizou o ambiente do restaurante – que é sua casa – para deixar a clientela mais confortável. Só atende por reservas.

A Casa do Tota, restaurante na estrada para São José do Mipibu, é especializado em costela no bafo, mas tem a galinha caipira como o segundo prato mais pedido. O cliente tem a opção de pedir à cabidela ou só torrado com xerém, farofa de cuscuz, arroz e feijão. Preço: R$46, para até quatro pessoas. O proprietário Marcos Tonelli conta que cria suas próprias galinhas. O restaurante abre só às sextas, sábados e feriados.

Galinha caipira também pode ser um apreciado tira-gosto. O bar Lamparina, em Ponta Negra, serve em forma de petisco, a “meia galinha” com macaxeira, ao preço de R$25. O curioso é que as galinhas são criadas numa mini-granja localizada nos fundos do próprio bar. O proprietário José Alves Neto garante a autenticidade. “Eu sei se ela é ‘pé duro’ só de olhar. Meu cardápio é baseado na cozinha sertaneja, e não pode fugir disso”, afirma.

O bar Maria Bonita, em Petrópolis, também serve a galinha caipira em versão tira-gosto, a R$16, acompanhada de macaxeira ou batata-doce. O proprietário Evifran Rocha, o Vivi, conta que a galinha vem de São José do Seridó. O bar é famoso por seus autênticos petiscos sertanejos.

Serviço:

Âncora Caipira. Tel.: 3202-9364/ Bar e restaurante da Totóia. Tel.: 3223-6642/ Lamparina. Tel.: 9980-2605 Casa do Tota. Tel.: 8825-9062/ Maria Bonita. Tel.: 3202-4489

Receita:

Galinha de cabidela

Ingredientes:

1 galinha caipira

2 colheres de sopa de vinagre

4 limões

Sal, pimenta do reino e cheiro verde a gosto

2 dentes de alho socados

1 cebola ralada

2 colheres de sopa de óleo

½ pimentão cortado em tiras finas

4 tomates picados (sem pele e sem sementes)

2 colheres de sobremesa de extrato de tomate

2 folhas de louro

Preparo:

Junte o sangue da galinha em recipiente com vinagre. Bata com um garfo, para não talhar. Reserve. Corte a galinha em pedaços. Passe limão. Lave e tempere com sal, pimenta e alho. Reserve. Leve ao fogo uma panela grande, com óleo. Doure a galinha. Junte cebola, cheiro verde, extrato de tomate, louro, pimentão, tomate. Refogue tudo em fogo brando. Acrescente água. Deixe no fogo até que a galinha esteja bem macia. Na hora de servir, junte o sangue (mexa antes) aos poucos, na panela. Leve novamente ao fogo e misture bem. Deixe até que tudo esteja bem cozido. Sirva com batata cozida e arroz branco.

Tribuna do Norte

Registros da Freguesia do Açu (I)

João Felipe da Trindade, professor da UFRN e membro do IHGRN (hipotenusa@digi.com.br)

Lá de Açu, nosso amigo Alzair nos questiona: amigo Joao Felippe, nunca mais apareceu gente conhecida em seu blog sobre as famílias do Assu. Quando é que vamos ter?

Entretanto, vasculhando os livros de registros da Freguesia do Açu, encontro sobrenomes como Alustau Navarro, Lopes Galvão, Moraes Navarro, Rocha Bezerra e outros tantos que vem de longe. Vejamos, pois, alguns registros feitos no Açu. Lembramos que alguns livros são transcrições de livros mais antigos, e por isso mesmo, trazem algumas falhas como inversão no sexo do batizado, falta de um dos progenitores ou erro nos nomes dos padrinhos. Comecemos com um Lopes Galvão.

"Cipriano filho legitimo de Cipriano Lopes Galvão natural do Seridó e Rosa Maria da Conceição natural de Assú nasceo aos quatro de Março de mil oitocentos e trinta e dous e foi baptizado aos oito de Abril do dito anno pelo padre Vito Antonio de Freitas de minha licença na Capela de Santa Anna de Campo Grande e lhe conferio os Sagrados Óleos: Forão padrinhos o mesmo Reverendo Vito Antonio todos deste Assu e para constar fis este assento em que me assignei. Joaquim José de Santa Anna, Parocho do Assu."

Esse Cipriano não encontrei entre os tantos Ciprianos lá de Currais Novos, mas deve ser descendente de Cipriano Lopes Pimentel e Tereza da Silva.

"Francisca, branca, filha legitima de João Gomes Carneiro e Anna Joaquina Teixeira nasceu a vinte de abril e foi solenemente baptizada a trinta de Maio de mil oitocentos e quarenta e oito pelo Padre Silvério Bezerra de Menezes com os Santos Óleos de minha licença na Capella de Nossa Senhora da Conceição da Villa de Macau: forão Padrinhos Antonio Teixeira de Sousa e Francisca Joaquina Gonçalves: do que para constar fis lançar este termo em que me assino. Manoel Januário Bezerra Cavalcante, Vigário Collado do Assu."

Essa batizada é Francisca Bella Carneiro de Mello que casou, em 20 de Janeiro de 1864, na Fazenda Conceição, com Cosme Teixeira Xavier de Carvalho, irmão de Francisca de Paula Maria de Carvalho, minha bisavó, e de Maria Ignacia Teixeira do Carmo, mãe do Capitão José da Penha. Desconfio que esse João Gomes Carneiro de Melo era filho de João Gomes Carneiro que casou em 1800 com Maria Teresa de Melo.

Vejamos agora registros de filhos do Barão do Açu, Luiz Gonzaga de Brito Guerra, descendente de Tomás de Araújo Pereira.

"Lino filho legitimo do Doutor Luiz Gonzaga de Brito Guerra e de sua mulher dona Maria Mafalda de Oliveira nasceu aos vinte e três de Setembro de mil oitocentos e quarenta e seis, e foi baptizado a hum de Dezembro do dito anno na Matris de São João Baptista de Apudi pelo Reverendo Vigário Faustino Gomes de Oliveira que lhe impôs os Santos Óleos de minha licença. Forão padrinhos Benvenuto Praxedes Benevides d'Oliveira, solteiro e Dona Quitéria Ferreira de S. Lusia, casada, do que para constar fis este assento em que me assigno, Manoel Januário Bezerra Calvalcante Parocho Collado do Assu."

Esse é Lino Constâncio de Brito Guerra que casou com a tia Maria Idalina de Oliveira. No registro a seguir, que já é uma transcrição, como comentado acima, não colocaram o nome da mãe e trocaram o sexo do batizado. É o batismo de Boaventura Seráfico de Brito Guerra e a mãe dele era a segunda esposa do Barão, Josefina Agustina da Nóbrega. Algumas informações complementares foram retiradas do livro de Raimundo Nonato, "Alferes Teófilo Olegário de Brito Guerra, um memorialista esquecido."

"Boaventura filha legitima de Luis Gonzaga de Brito Guerra e nasceu a quatorze de julho de mil oitocentos e secenta e três, e foi solenemente baptizado por seu próprio pai e tomou os santos óleos na Matris desta a trinta e um de Agosto do mesmos anno, sendo padrinhos Luis da Fonseca Silva: e para constar fis este assento em que me assino. Vigário Jose de Matos Silva"

Outro registro interessante é relativo à família Raposo da Câmara. Manuel pai e Manuel padrinho eram irmãos e casaram com duas irmãs Umbelina Maria da Conceição e Francisca Xavier Professora, irmãs de minha bisavó Francisca Rita.

"Maria filha legitima de Manuel de Borja Raposo da Camara e Umbelina Maria do Espírito Santo nasceu a oito de Setembro de mil oitocentos e secenta e sete, e foi solennemente batizada de minha licença na Capela de Nossa Senhora do Rosário pelo Padre Elias Barbalho Bezerra, a cinco de Dezembro do mesmo anno, sendo Padrinhos Manuel Jerônimo Caminha Raposo da Camara e Francisca Xavier. E para constar mandei fazer este assento em que me assino. Vigário José de Matos Silva."

Por fim o batismo de uma filha do brasileiro Jacinto João da Ora, um das pessoas citadas por Cascudo que saiu da Ilha de Manoel Gonçalves para povoar Macau.

"Anna filha legitima de Jacinto João da Ora natural do Assu e Adriana dos Anjos natural de Extremôz nasceo aos sinco de Fevereiro de mil oitocentos e vinte e cinco e foi batizada aos nove de Dezembro do dito anno no Oratório de Nossa Senhora da Conceição de Manoel Gonçalves e lhe conferi os Sagrados Óleos. Forão padrinhos Andre de Sousa Miranda e Francisca das Chagas Miranda solteiros, todos deste Assu. E para consta fis este assento em que me assigno. Joaquim José de Santa Anna. Parocho do Assu.

(Do Jornal de Hoje, de Natal)

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Hospital Regional de Assu Tem Novo Diretor




Sem tirar mérito nenhum das suas qualidades pessoais ou profissional, o administrador de empresa Flávio Cruz, é na verdade um vencedor, estrela e proteção tem sido uma constante em sua trajetória.

Pipa ascendeu hoje através de nomeação oficial do Secretário Estadual de Saúde Domicio Arruda com chancela da governadora Rosalba Ciarlini, o posto de diretor administrativo do Hospital Regional Nelson Inácio dos Santos, unidade sediada em Assu.

A nomeação no Diário Oficial atende uma indicação do prefeito Ivan Júnior, seu protetor desde que assumiu o governo da terra dos poetas, cujo perfil de confiança faz com que o gestor esteja sempre com o nome do auxiliar em evidência e lembrado para ocupar com destaque posições no seu governo.

Pipa está substituindo o agropecuarista, militante politico, Hélio Santiago Lopes que vinha exercendo as funções administrativas do Hospital na gestão anterior.

Pra dar um toque de despreendimento a nomeação do amigo Pipa, me faço recordar a brincadeira íntima de Ovidio Montenegro, quando o jornalista João Ururaí, era assistente de comunicação do governador Geraldo Melo, toda vez que avistava o mensageiro do governo, saía sempre com essa sátira gosativa, sem entretanto discriminar o prestigio do renomado Jornalista: Lá vem o secretário dominó!

Certa vez indaguei Ovidio sobre o que queria dizer aquela afirmação; a resposta foi imediata - È o preto com pinta de branco!

Neste quesito Pipa tem honrado bem a cor de sua pele, o blog envia parabéns pela significativa conquista.

Escrito por Aluízio Lacerda












quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

PAPANGU VOLTA A CIRCULAR

A revista Papangu que noticia a cultura, os fatos políticos, o cotidiano, editada por Túlio Ratto começou a circular em 2004. Após nove meses fora de circulação volta ás livrarias e Bancas. A edição de número 66 terá lançamento na próxima quinta feira, 13, amanhã às19 horas na Livraria Siciliano, no Miduay, Natal. Na capa, a chahge da governadora Rosalba Ciarline.

Postado por Fernando Caldas
Missa de 7º dia

Acabamos de receber a informação de que uma "Missa de 7º dia" será celebrado neste sábado na Igreja de Pirangi em Natal, ato em que familiares e amigos estarão reunidos na fé cristã em sufrágio da alma de Rivadávia Alves Cabral. O ato religioso está previsto para ás 19.30 horas. Quem nos informou foi o odontólogo Osman Alves, irmão do falecido, adiantando ainda que outras missas estão sendo providenciadas pela familia, pra se realizar nas Igrejas de Carnaubais e Assu.

Do BlogdeAluízioLacerda

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Bar doce lar


Leonardo Sodré

Leonardo Sodré*

Alguns bares de Natal ficaram famosos pelo que ofereciam. Outros, talvez a maioria, pelo comportamento e esquisitices dos seus donos. Quem não se lembra de Nazi, da esquina do Beco da Lama com a rua Coronel Cascudo, que preparava uma famosa “meladinha”, que consistia de uma mistura de cachaça com mel de abelha e limão?

Famoso por ser pão-duro, foi surpreendido por uma pedinte que entrou no seu bar intempestivamente gritando:

- Me dê uma esmola ai!

Calmo, ensinou demoradamente como ela deveria se dirigir às pessoas para conseguir esmolas e ressaltou a importância de tentar ser extremamente educada, de falar baixo, etc. Cheia de esperanças, ela refez o caminho de volta e entrando novamente no bar, dizendo baixinho, como havia aprendido:

- Seu Nazi, por favor, faça a gentileza de me dar uma esmolinha.

Aparentemente distraído, concentrado na lavagem de uns copos, ele respondeu:

- Perdoe...

Não sei se o maior cronista das histórias da Confeitaria Atheneu, o engenheiro Augusto Leal sabe desta, mas existe um grupo que não perde um último capítulo de novela das oito naquele bar. Durante todo o decorrer da novela, pedem tudo o que é possível a Odeman, que, novelista convicto, segundo a minha fonte, enfurece-se a cada cerveja ou tira-gosto pedido. Quando termina a novela eles pedem a conta e vão embora. Essa história acontece há anos...

O bar “Beleleu”, do músico Paulo Sarkis e da bela Simone Betoni, começa a colecionar algumas histórias engraçadas e o jeito invocado de Paulo, que no fundo é uma pessoa muito sensível, está começando a formar a “personalidade” do ambiente. Nas quartas e domingos, por exemplo, tem sempre um trio tocando blues. Baixista, ele geralmente compõe o grupo. Mas se alguém se arriscar a pedir uma música, a resposta é sempre um sonoro “não”. Ele termina tocando, mas sempre diz não antes. Na hora que quer fechar o bar, um acordo é quase impossível. E ele sempre anuncia:

- Aqui o cliente nunca tem razão.

Outro dia cheguei por lá e estava tocando o disco teste de uma CD que sua banda, Mad Dogs, irá lançar brevemente. Gostei muito e pedi:

- Paulinho coloque no inicio, pois o CD está muito bom...

Ele respondeu:

- Coloco não! Todo mundo chega aqui pedindo a mesma coisa.

Bruna Simone e Elione Medeiros, que atendem as mesas e o balcão já pegaram o jeito. Os clientes tradicionais, já entendem que o “não” delas quer dizer, na verdade, um sim.

Inventor de sanduíches criou somente para ele, um especial, com pão francês, que tem como ingredientes básicos, mortadela e vinagrete. A iguaria não consta do cardápio, mas um dia, abriu uma concessão para mim. Achei o sanduíche maravilhoso, mas ficou somente neste. Sempre que vou pergunto se não dá para sair “unzinho”. A resposta é sempre não. Perguntado por que não coloca no cardápio, recusa-se a dar muitas explicações e no máximo disse apenas uma vez que “ninguém iria gostar mesmo”. Eu gostei.

Louco por futebol, uma vez estava vendo um jogo sem futuro na televisão, de um campeonato de um país europeu. Alguém pediu para ver o Jornal Nacional. A resposta foi rápida:

- Somente depois do jogo, que ainda vai demorar um bocado. Leia os jornais amanhã...

A cerveja do Beleleu é impecável, os pratos são bons e variados e os banheiros estão sempre limpos. Ele vez por outra sustenta uns “preguinhos”. Talvez por isso ele use a máxima da razão unilateral.

Outro dia um cliente foi pagar uma continha de dezesseis reais. Para não ficar sem nenhum dinheiro na carteira, combinou que iria dar dez e que pagaria o restante no outro dia. Ele não perdeu tempo:

- Eu nunca ouvi falar que se pagasse prego de bar à prestação...

* Jornalista e escritor
Texto publicado no "O Jornal de Hoje" em julho de 2003.

POESIA ERÓTICA

 
Por Ednar Andrade


Meu corpo se aperta, quero teu beijo…
Faísca, lampejo, carne, tesão…
Quero, tua boca, teu cheiro, tudo de ti quero…
Adoro, venero, suplico e espero…
Vem, me diz que és meu,
Que meu corpo é teu…
Que tudo desperta…
Nosso amor, nossa festa… Diz:
Que sou o teu porre,
O teu lúdico e grande amor sublime…
O amor da tua vida… Vem com tua voz mansa, me agita, me alcança…
Me envolve, me encanta, vem…
Me canta…
Me deixa tonta, alerta, elétrica querendo-te em mim…
Ai… Me pega, me arrasta,
Não nega me farta com o teu prazer…
Hum… Que saudade de ti, de nós…
A sós… E de mais ninguém…
Nas noites, nos dias, nas horas vadias…
Quero-te cada vez mais… Bem mais…
Ser tua mulher,
Ser tua amante, de hoje de ontem…
E apenas ser, como quiseres,
Sem pudor, sem vergonha, na cama, no mato, onde puder ser…
Somente tua, Meu Sol, tua Lua…
No paraíso deste querer…
Me aperta, me abraça, com as tuas pernas me enlaça…
Com teu hálito me nina….
Me põe pra dormir…
Me farta, me aninha…
Me leva ao céu do nosso prazer…
Meu doce veneno, meu homem, menino…
Meu doce segredo,
Meu abismo, meu medo…
Meu amanhecer,
Meu Sol tão dourado…
Tem cor de pecado…
Não sou sem você.

(Ednar Andrade).
Fonte: Substantivo Plural

FURO DE REPORTAGEM!


Enviado por

Laélio Ferreira

"BIG BROTHER
O multifacetado Crispiniano Neto poderá ser o primeiro representante do Rio Grande do Norte a participar do programa Big Brother Brasil, da Rede Globo. Durante a passagem da equipe do programa Brava Gente, por Mossoró, o nome do velho Crispa foi sugerido e uma das coordenadoras do BBB conversou demoradamente com Crispiniano, que deverá dar a resposta em breve." (Fonte:http://www2.uol.com.br/omossoroense/240702/politica3.htm)

Postado por Fernando Caldas

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

CASCUDO, ONDE ESTÁ VOCÊ?

                                                          Públio José, jornalista
(publiojose@gmail.com)




Idealizar e por em prática a campanha “Escritor Potiguar: o Presente de Natal” me trouxe muitas alegrias, muitas felicitações, uma boa sensação de dever cumprido, o fortalecimento de várias convicções – e uma dolorosa constatação: por pior que se imagine o processo de desqualificação, de rejeição, de desconhecimento, de desvalorização de que é vítima a literatura local, tanto na esfera pública quanto na iniciativa privada; por mais que se veja a literatura potiguar como a indigente maior do planejamento estatal; por mais que se presuma negativamente sobre o tema, vê-se que a realidade é infinitamente pior. Tirando-se o apoio de algumas instituições ao lançamento de livros, normalmente de pessoas portadoras de acesso ao processo de produção pela fama que alcançaram, a pobreza geral continua a roer nossas entranhas literárias, sendo-lhe a eterna companheira de uma vida rica de tribulações.

Dos lançamentos, fora o momento do autógrafo, pouco fica de palpável, de concreto. O autor reúne a família, seu ciclo de amigos (o que às vezes totaliza pouco mais de uma centena de pessoas), tudo muito bonito, tudo muito bom... Vende alguns exemplares aos presentes, dos quais a grande maioria não lê o que adquire; o assunto sobre o qual pesquisou, sobre o qual se debruçou anos e anos é comentado uns poucos dias em rodas mais intelectualizadas – e tchau. Nesse período ocorrem alguns espasmos envolvendo o assunto, representado por algumas entrevistas, matérias e notas nos veículos de comunicação – e tchau. Sobre o conteúdo do trabalho que o autor transformou em obra literária nada se aproveita (com raras exceções); nenhuma instituição de ensino se permite analisá-lo mais profundamente; as redes oficiais de ensino se mantêm afastadas da questão – e tchau. Falei redes oficiais de ensino?

Nessa seara, o absurdo do pouco caso alcança níveis altamente danosos à produção literária local, culminando por auferir-lhe, por conseqüência, um status de ente incolor, inodoro, insulso, indolor, portanto, sem vida. Uma idéia do absurdo desse processo: Câmara Cascudo – reconhecidamente o maior nome das letras potiguares – é totalmente desconhecido da grade curricular das nossas escolas. Por conseqüência, das mentes dos estudantes dos ensinos fundamental, médio e superior. Essa constatação nos leva ao seguinte raciocínio: ou o conteúdo de tudo que Cascudo escreveu é gritantemente irrelevante ou a qualidade de nossa educação é tão elevada que prescinde de estudá-lo com profundidade. Tal raciocínio, todos sabem, é tosco, uma vez não ser nosso ensino nenhuma Brastemp, enquanto o folclorista é tema constante de centros de ensino superior da Bélgica, da França, da Itália, de Portugal...

Enfim, de searas acadêmicas de excelsa qualidade espalhadas por várias partes do mundo. E não só isso. Cascudo é incluído, analisado, estudado, em publicações as mais diversas, em todos os continentes, desde que a seriedade da obra exija a presença marcante e o raciocínio original de um estudioso persistente e devotado a assuntos que envolvem desde a Etnografia, a Etimologia, o Folclore, a Gastronomia, a Sociologia, o Direito, a Arqueologia, a Antropologia, até usos, hábitos e costumes de povos africanos. Como se observa, é de uma ignorância mastodôntica a esfera educacional que não inclui em sua grade de ensino um autor do porte de Luiz da Câmara Cascudo, potiguar que deu inúmeras demonstrações de amor à sua terra, publicou mais de 150 obras e foi premiado – entre inúmeras láureas que conquistou – pela Academia Brasileira de Letras com o prêmio João Ribeiro.


Na Europa, um estudante pesquisando um tema de um dos livros de Cascudo, ao se dirigir ao diretor da biblioteca, dele ouvirá, com certeza: “Procure na estante tal que Cascudo está lá”. Já por aqui, se um aluno tentar um negócio desses, ganhará, como resposta, um olhar estranho de um bibliotecário qualquer, para o qual o nome Cascudo está mais para o cocorote que se dá em menino teimoso, desobediente, do que para o homem que legou ao mundo o “Dicionário do Folclore Brasileiro”. Assim, enquanto, pelo mundo afora, a obra de Cascudo reverbera e repercute a essência de um saber único, original, por aqui o descaso para com o conteúdo do seu gigantesco trabalho é agressão ao bom senso, afronta à inteligência e insulto à ciência do ensino. “Cascudo, onde você está? Cascudo? Cascudo, onde lhe encontro? Cascudooo? Caaaascuuuuuudooooooooo???” Silêncio. Só o silêncio por resposta.      


Postado por Fernando Caldas
Urgentes do blog

Nota Oficial

O prefeito Luizinho Cavalcante em virtude do falecimento do senhor Rivadávia Alves Cabral, ocorrido na capital do estado, sendo o falecido o 1º prefeito da história regimental do municipio, resolve, decretar luto oficial por tres (3) dias no âmbito do municipio de Carnaubais, sem alteração da normalidade administrativa. O prefeito aproveita o ensejo para elevar a familia enlutada, cumprimentos de profundo pesar, externando aos demais familiares suas condolências  constitucionais e pessoal em nome da sua familia. 
Velório

Rivadávia Alves Cabral está sendo velado no Centro de Velório São José em Natal, cujo  sepultamento será as 16:00 horas de hoje no cemitério de Ponta Negra. A informação foi repassada pelo empresário Helder Cortês Alves,  primo do falecido. Enviamos aos demais familiares Rivadávia nossa palavra de confortamento nesta hora de aflição, tristeza e dor.
Registro Histórico

Em 18 de setembro de 1963 a Vila de Carnaubais conquistou sua independência política através da Lei nº 2927, de autoria do deputado Olavo Lacerda Montenegro, sancionada pelo então governador Aluízio Alves. O município foi instalado em 16 de maio de 1963, que teve como primeiro prefeito o senhor Rivadávia Alves Cabral, nomeado pelo então governador Aluízio Alves, Rivadávia governou o municpio até 31 de Janeiro de 1965, data que transmitiu o poder ao senhor Valdemar Campielo Maresco, eleito 1º prefeito constitucional.

(Do Blog de AluízioLacerda)

sábado, 8 de janeiro de 2011

"PARALELO ENTRE O HOMEM E A MULHER"

Segundo Wanderley (1860-1909), poeta, dramaturgo natalense.

(Do arquivo de Renato de Melo Medeiros).

Alfenim em Natal via Assu

Ilustração do blog: Esquerda para direita: Escritor açuense Ivan Pinheiro e o pesquisador Fernando Caldas no ato de inauguração da loja "Delícias do Assu e do Vale,  em finais de 2010.

Ausente das principais feiras da cidade, o alfenim só pode ser visto  recentemente em Natal através da  loja Delícias do Assu e do Vale, aberta ano passado no Potengi Flat. O proprietário Francisco das Chagas trouxe itens que até então precisava viajar ao interior para comprar. Além do doce de açúcar, a casa também oferece o biscoito ‘flor do Assu’ (com erva doce e pimenta), bolachas casquinha, queijo coalho, castanhas de caju, filés de curimatã e traíra, mel, pão Recife, entre outras iguarias do interior. Tel.: 3086-2726.

Texto: Tribuna do Norte, 7.1.011

Postado por Fernando Caldas

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011


 
Charge de Nilton Magalhães
NatalPress

CANTIGAS DE ESCÁRNIO E MALDIZER

Laélio Ferreira

Enviado pelo autor

"As cantigas de escárnio e maldizer são um gênero de poesia da Idade Média. Fazem parte do período literário chamado Trovadorismo, que em Portugal encontrou expressão entre os anos de 1189 (ou 1198?) e 1350. Foram escritas, assim como todos os textos populares da época, em galego-português. A principal característica dessas cantigas é a crítica ou sátira dirigida a uma pessoa real, que era alguém próximo ou do mesmo círculo social do trovador. Apresentam grande interesse histórico, pois são verdadeiros relatos dos costumes e vícios, principalmente da corte, mas também dos próprios jograis e menestréis. " ( Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Cantigas_de_esc%C3%A1rnio_e_maldizer)

MOTES E GLOSAS:

Bob Motta (*) dando o mote
garanto a glosa ser boa

Pra me livrar do chicote
dos pruridos das “donzelas”,
só farei estrofes belas,
Bob Mota dando o mote !
Espero ninguém mais bote
patrulha na minha loa…
Muito mais longe ela ecoa
chula, clara, fescenina,
alegre, justa, supina
- garanto a glosa ser boa !

* *

Vou lamber sabão em pó
para limpar minha língua

Vão me metendo o cipó
por conta da putaria…
Mas, não ligo, qualquer dia
vou lamber sabão em pó !
Nas censuras dou um nó,
nessa estória de má-língua:
maneiro na cunilíngua,
vou ser fresco em João Pessoa
- lá consigo coisa boa
para limpar minha língua !

* *

Renato Caldas, Limeira,
vão censurar nossas glosas !

Meu gordo Celso Silveira
por aí faça um conclave
- cá por baixo a coisa é grave,
Renato Caldas, Limeira!
Sesiom, é brincadeira ?!
As novas são horrorosas,
por aqui quedam nervosas
as queixas, o preconceito
- já vi tudo, não tem jeito,
vão censurar nossas glosas !
(*) A exceção de Bob Mota, poeta potiguar, vivinho da silva, todos os outros nominados - noves fora o finado bardo do Teixeira-PB, Zé Limeira - são menestréis potiguares, do Assu, falecidos.

Postado por Fernando Caldas

Governo Rosalba vai opinar pela suspensão da inspeção veicular

O Procurador Geral do Estado, Miguel Josino, vai sugerir em seu parecer que a licitação e o contrato para a inspeção veicular sejam suspensos, revistos e que a nova situação receba total e absoluta transparência para a sociedade.

A fonte que me passou essa informação pediu off, mas garantiu que essa é a tendência e percebeu um fortíssimo indício de que a Procuradoria Geral do Estado agirá assim.

Caso ocorra, será uma percepção correta que o Governo Rosalba Ciarlini e o Procurador Miguel Josino tem do clamor popular, uma grande vitória da sociedade potiguar e um exemplo para as atuais e futuras relações entre empresas, governos, contribuintes e sociedade.

Uma vitória da mídia, das redes sociais e da opinião pública.

O povo vencerá!

Escrito por aluiziolacerda às 16h20


Memória prodígio, Bibia ainda lembra deste poema mais de 60 anos depois. Foi distribuindo esse bilhete-poema, que a professora Sinhazinha Wanderley [Maria Carolina Caldas Wanderley - Nasceu em 30 de janeiro de 1876, em Assu (RN), e faleceu em 20 de setembro de 1954 nesta mesma cidade.] pedia um empréstimo aos amigos;


I
Pelo Cristo, pela Virgem,
Senhora da Conceição,
Me acuda nesta agonia,
Me valha nesta aflição,
Em que na bolsa não tenho
O valor de um só tostão.

II
Falta-me em casa farinha,
açúcar, pão e café,
Nesta cruenta agonia
Me valho de São José,
Santo por todos bendito
No qual tenho muita fé.

III
Você é pobre e bondosa
lhe peço de coração,
pelas mercês que recebes
na mesa da comunhão,
que clemente e compassiva
para mim estenda a mão.

IV
Tenho pena de quem sofre
Medonhas crises cruéis,
É minha alma sofredora
Que vem cair aos teus pés,
Maria por caridade
Me empreste 10mil réis.

V
São poucos dias que marco
Para vir aqui pagar
Porque os meus vencimentos
Estão prestes à chegar,
E eu irei com presteza
À você reembolsar.

VI
Rogo à Santa Terezinha,
Santa das mais milagrosas,
Que sobre você desfolhe
A minha chuva de rosas,
E lhe dê por toda a vida
Sorte das mais venturosas.



®http://asmeninas-assu.blogspot.com

EM DELÍRIO Por que é que nós vivemos tão distantes, Si estamos neste sonho todo incerto: - Eu ao teu lado em pulsações vibrantes, E tu, long...