terça-feira, 12 de abril de 2011

Flores tropicais na páscoa; Para ir além do chocolate



As flores tropicais têm como principal característica sua beleza e durabilidade. Muitas espécies não são nativas do Brasil, mas nossa condição climática contribuiu para o desenvolvimento de novas espécies e produção em larga escala de flores de excelente qualidade. A diversidade de formas, cores e a durabilidade que elas apresentam são características importantes para a arte floral, o que tem proporcionado um significativo aumento no consumo destas espécies no Brasil e fora dele.
A região Nordeste do Brasil é a maior produtora de flores tropicais do país, sendo que no Rio Grande do Norte são encontrados importantes produtores de flores tropicais, que se destacam pela variedade e abundância de produção. Tanto, que sentiram a necessidade de se reorganizar no sistema de cooperativismo e criaram a Potyflores (Cooperativa dos produtores de plantas e flores tropicais do Rio Grande do Norte) que funciona na Ceasa de Natal. Ao todo, somando todos os proprietários, são de 15 hectares de plantações, que geram mais de 100 empregos diretos nos 13 municípios em que a cooperativa atua.
Estas plantas são muito apreciadas em arranjos florais e nos jardins devido à rusticidade e ao valor ornamental que apresentam. Além disso, têm a vantagem de serem mais duradouras do que as flores mais tradicionais. “Ao contrário das temperadas, que duram de cinco a sete dias, as flores tropicais podem durar até 20 dias”, informou João Maria Medeiros, produtor e um dos diretores da Potyflores.
Páscoa
Com a aproximação da páscoa a cooperativa oferece ótimas propostas de presentes, para ir além do chocolate. “Estamos oferecendo arranjos em vários tamanhos, buquês, cestas com arranjos e flores e folhagens tropicais em hastes. Os arranjos poderão ser confeccionados na hora com a adequação que o cliente desejar” explica Adriana Duarte, gerente da loja. O pagamento, por ocasião da páscoa, pode ser feito com cartões Visa ou Master dividindo em até três vezes. À vista, há um desconto de até 5% para compras acima de R$ 100,00.
Com reportagem de Larissa Moura
ECOAR AGÊNCIA DE NOTÍCIAS


Leonardo Sodré João Maria Medeiros
Editor Geral Diretor de Redação
9986-2453 9144-6632
Nosso blog
www.ecoimprensanatal.blogspot.com
Nosso e-mail

Postado por Fernando Caldas

segunda-feira, 11 de abril de 2011

PRA RECORDAR - VELHOS CARNAVAIS DO AÇU-RN

Foto de Jaci Dantas. Da direita: Carminha Magalhães, Fátima Dantas, Ana Maria Caldas, Rita Lacerda, Lúcia Dantas, Mayre, Ana Lúcia galizza e Angela Santos. (Começo da década de setenta). 

DO FUNDO DO BAÚ - ANTIGOS FUNCIONÁRIOS DO BB DE AÇU-RN


Foto de Jaci Dantas

OBOTEQUEIRO

Após uma breve parada, o jornal Obotequeiro volta às ruas com uma edição em homenagem ao roqueiro Reinaldo Azevedo. O lançamento será feito neste sábado (16) a partir das 16h na AABB. Este será o sexto número do jornal, que tem por finalidade resgatar figuras importantes da boemia natalense e fortalecer a cultura de boteco no nosso Estado.


Além da nova edição o jornal inaugura o Obotequeiro Clube, que será um bar sazonal que rec...eberá uma vez por mês os leitores, colaboradores e parceiros do nosso periódico. O boteco abrirá suas portas nesse sábado (16) e terá como atrações o rock'roll do For Sale e da Banda dos Anos 60 e o som do Dj Berto.

O evento terá 200 LITROS DE CHOPP FREE. Degustação de Jagermaister, Mexicana Ice, Syn Lemon Ice e energético BadBoy.

Ingressos promocionais até o dia 15/04 – R$ 15,00 para mulheres; R$ 20,00 para homens.

Vendas:

Gringos Bar – Av. Praia de Ponta Negra, 9012 loja 2 - Ponta Negra
88236289

Emy Som – Av. Princesa Isabel com a Rua General Osório – Centro
3211.2419

Hiper Banca – Av. Nascimento de Castro com a Av. Jaguarari – Lagoa Nova
3213.1697

Fonte: Obotequeiro



Imagem do Facebook de uma amiga

JORGE FERNANDES, UM DOS PIONEIROS DA POESIA MODERNA NO BRASIL

O poeta natalense Jorge Fernandes [1887-1953] é considerado um dos precursores da poesia moderna brasileira. O seu livro de estréia intitulado Livro de Poemas fora editado em 1927, constituido de quarenta poemas [versos  brancos, emancipados de métricas]. Do referenciado livro, vamos encontrar o poema sob o título Manhença, que diz assim para o nosso deleite:

O dia nasce grunindo pelos bicos
Dos urumarais...
Dos azulões... da asa branca...
Mama o leite quente que chia nas cuias espumando...
Os chocalhos repicam na alegria do chouto das vacas...
As janels das serras estão todas enfeitadas
De cipó florado...
E o coên! coên! do dia novo —
Vai subindo nas asas peneirantes dos caracarás...
Correndo os campos no mugido do gado...
No — mên — fanhoso dos bezerros...
Nas carreiras da cutias... no zunzum de asas dos besouros,
das abelhas... nos pinotes dos cabritos...
Nos trotes fortes e luzidos dos poltros...
E todo ensangüentado do vermelhão das barras
Leva o primeiro banho nos açudes
E é embrulhado na toalha quente do sol
E vai mudando a primeira passada pelos
Campos todo forrado de capim panasco..

Postado por Fernando Caldas





CELESTE (a uma criança)


Por Auta de Souza, poeta sonetista potiguar de Macaíba

Eu fiz do Céu azul minha esperança
E dos astros dourados meu tesouro...
Imagina por que, doce criança,
Nas noites de luar meus sonhos douro!

Adivinha, se podes, quanto é mansa
A luz que bóia sob um cílio de ouro.
E como é lindo um laço azul na trança
Embalsamada de um cabelo louro!

Imagina por que peço, na morte,
— Um esquife todo azul que me transporte,
Longe da terra, longe dos escolhos...

Imagina por que... mas, lírio santo!
Não digas a ninguém que eu amo tanto
A cor de teu cabelo e dos teus olhos!

Postado por Fernando Caldas



Omissão não é crime, é pecado

O ser humano como semelhança divina não é exemplo, deve servir de modelo, algo que possamos nos espelhar, copiar virtudes, imitar bondades sem omitir defeitos, fazer isso não é crime algum, preservar erros, repeti-los será um grande pecado.

Com este perfil me sinto um ser capaz de agir sem medo de errar, busco nas minhas atitudes o acerto que desejo praticar, sou as vezes extremamente excessivo, principalmente nos fatos da verdade e da razão, gosto de escrever o que penso, publiicar o que vejo, sem que isso venha me dar lucros ou prejuizos. Sou um amante da sinceridade, do respeito mútuo, da gratidão, do reconhecimento solidário, sem troca de benesses, tudo por um gesto afetivo de honestidade, valor intrínseco do meu habitual comportamento doméstico, nascido na convivência familiar, legado que se traduz em orgulho e que será sempre por mim cultuado.

Sou um ser áspero quando o momento exige, dócil quando preciso, valente e mofino em ocasiões, sem usar o perverso e a abominável praticidade da covardia.

Quem me conhece, sabe dos meus valores, nem por isso, quero dizer a ninguém que sou superior, mais forte ou mais decente, sou simples, amigo, fraterno, sem que abusem da minha tolerância.

A nossa vida é movida por inquietudes, indignação, repúdio, revoltas e insatisfações que devcemos associar aos nossos sonhos, a nossa forma de ver as coisas, de escrever e dá transparência aos fatos que devemos priorizar.

Portanto, vamos juntos escrever, propor, argumentar e sonhar!

Escrito por aluiziolacerda

domingo, 10 de abril de 2011


Esta noite
senti o mar incendiar-se
nas tuas mãos

Esta noite no teu peito
...inventei estrelas
que não conhecia...

Cristina Costa
(Portimão, Portugal)
VOCÊ AINDA SABE CHORAR?

Públio José – jornalista
(publiojose@gmail.com)

Quase diariamente eu vejo pessoas chorarem. Manifestando, através das lágrimas, os sentimentos dilacerados que carregam dentro de si. Na maioria das vezes são pessoas hipersensíveis, de um lastro de princípios extremamente rigoroso, convictas de suas posições e detentoras de muitos sonhos. Também são cheias de boa vontade, de um desejo imenso de contribuir, de influenciar, de fazer parte do dia a dia dos outros, do próximo, de sua cidade, de sua região, de seu país. Destas, muitas têm os nervos sempre à flor da pele, a sensibilidade exacerbada, o ponto de equilíbrio normalmente estourado, semelhante a um correntista de banco que tem feito, de forma exagerada, o uso do cheque especial. Estão sempre no vermelho, expostas demais às intempéries da vida, às agressões naturais que grassam do meio ambiente social. E choram, e sentem – e declaram sua dor abertamente através das lágrimas.

Outras não sabem chorar. Estão esterilizadas por dentro, trancadas em si. De uma forma ou de outra, foram induzidas a não se manifestar nunca, a não declarar, diante dos outros, o que se passa em seu íntimo. A vida atual, pela sua extrema competitividade, tem muito a ver com essa postura. Para essas pessoas o chorar é uma demonstração de fraqueza, de vacilo, de pequenez de atitudes diante do enorme desafio que a vida requer de todos nós. Chorar, então, passa a ser um gesto menor, de gente desqualificada, despreparada para os embates do cada vez mais exigente mundo globalizado de hoje. Indiferentes ao que se passa à sua volta, essas pessoas seguem em frente, muitas vezes sem levar em conta o rastro de dor que estão deixando atrás de si. Não sabem chorar. E isso lhes acarreta uma postura de vida carregada de insensibilidade, dureza de coração e a relativização de conceitos e valores.

Para que chorar, imaginam, se o choro nada resolve? Na sua insensibilidade não vislumbram que, junto com o choro – ou na ausência dele – desabrocha todo um estilo de vida, um direcionamento em relação ao meio em que vivem, à sociedade como um todo, e ao próximo em particular. E que, ao vir, o choro traz em sua manifestação uma tomada de consciência, um “cair em si” que muitas vezes altera radicalmente o curso de uma vida. Um terrorista, por exemplo, não sabe chorar. Um corrupto que rouba o leite de crianças, o remédio dos idosos, que desvia recursos públicos para seus projetos pessoais e que, com isso, alastra dentro de si, mais ainda, o fogo da insensibilidade, uma pessoa assim, com certeza, não sabe chorar. E, com seu “modus operandi” agride, maltrata, adultera, fere – e muitas vezes, por conseqüência, mata. Insensível, egoísta, árido, seco – sem nem sentir.

Grandes personagens da história choraram. Fraqueza ou demonstração de grandeza? Pedro negou Jesus. Depois chorou – amargamente. E o choro reacendeu nele “a palavra que o Mestre lhe ensinara”. A partir daí nunca mais foi o mesmo. Jesus também chorou em inúmeras ocasiões, principalmente por sentir, momentos antes da sua prisão, a que ponto chega a avareza de homens voltados tão somente para seus próprios interesses. Mas, para os que não choram, ou desaprenderam a chorar, há sempre a oportunidade do reaprendizado. Acompanhado sempre, lamentavelmente, de um grande sofrimento, de uma grande dor. É o preço, por exemplo, que corruptos arrependidos têm que pagar para se reencontrar com o lado benéfico do choro. Limpando-se por dentro e redescobrindo a prática do sentimento de respeito para com os outros. Alegre-se se você ainda sabe chorar. Por sinal, você ainda sabe?










RECORDANDO - VEREADOR DE NATAL

Fanfa é meu apelido desde menino. É como eu sou chamado e mais conhecido pelos meus conterrâneos do Açu, importante município da terra potiguar. Pois bem, nas eleições de 2008 fui candidato a vereador de Natal. Antes, porém, teria sido candidato a vereador por aquela importante capital nas eleições de 1991 pelo velho PDS - Partido Democrático Social, cuja agremiassão partidária me elegi vereador na memorável eleições de 1982 por um mandato de seis anos, chegando a presidir com muita honra, aquela casa legislativa açuense. Pois bem, os poetas populares, principalmente os do Açu não perdem as oportunidades para fazer um versinho elogiando ou satirizando alguns candidatos. Nas eleições de 2008 o poeta açuense radicado em Natal chamado Canindé, escreveu a seguinte décima que muito me agrada:

Fanfa é um bom candidato
Ele é honesto e pacato
Não tem nada de ladrão
Dos outros é diferente
Quando pode ajuda a gente
Não deixa ninguém na mão
Ele só tem um defeito
É ser feio daquele jeito
Mas só vive de bom humor
Muita fé nele eu boto
Se depender do meu voto
Vai ser nosso vereador.

Fernando Caldas










Pero Mendes de Gouveia não é um nome tão conhecido entre os natalenses. Mas o bravo lutador que resistiu à invasão holandesa no Rio Grande do Norte no século XVII foi homenageado em três ruas de intenso fluxo da capital potiguar, que têm o nome de Capitão-mor Gouveia. A mais conhecida está localizada entre a comunidade do Km 6, na Zona Oeste, e o bairro Lagoa Nova, na Zona Sul. As outras duas ficam na Praia do Meio, Zona Leste, e no conjunto Potilândia (via de acesso para a Universidade Federal do RN), na Zona Sul.



Assim como o capitão-mor citado nos livros de história do RN, outros personagens importantes dão nome a ruas tradicionais e movimentadas da capital potiguar. Bernardo Vieira de Melo, João Medeiros Filho, Prudente de Morais e Deodoro da Fonseca são outros exemplos de gente importante que é citada a cada minuto no cotidiano da cidade, mas ainda pouco conhecida quando a pergunta é "quem foi?".

A reportagem do Diário de Natal percorreu algumas dessas vias e abordou natalenses que costumam passar por elas. De 10 pessoas abordadas, apenas uma soube responder a quem o nome da rua fazia alusão: o analista de credenciamento Raphael Cortez, 27 anos, que, na Campos Sales (bairro Tirol, Zona Leste), disse à equipe que tratava-se de um ex-presidente brasileiro - o paulista foi o quarto a ocupar a cadeira, entre os anos de 1898 e 1902.

Na Avenida Bernardo Vieira, nas imediações das Quintas (Zona Oeste), a reportagem encontrou um grupo de três aposentados que moram em uma rua transversal à principal, mas costumam sentar à sombra feita por uma passarela quase todas as tardes. Nenhum deles soube dizer quem era o homem que recebera a homenagem. "Tenho curiosidade em conhecer a história, mas não sei de quem se trata", disse Francisco do Nascimento, 65 anos.

Maria de Lourdes Clementino, 68 anos, acredita que a maioria das pessoas desconhece a origem dos nomes das vias, mesmo a lei ou decreto sendo antigos. "Moro numa rua chamada Gentil Ferreira e confesso que também nãosei quem é", afirmou, rindo. Na João Medeiros Filho, Zona Norte, a reportagem abordou o auxiliar de serviços gerais Roberto dos Santos, 39 anos, que esperava a condução para ir ao trabalho. "Não sei quem foi ele".

Questionado se recordava de outros nomes de personagens históricos importantes em ruas da cidade, ele citou as avenidas Prudente de Morais e Bernardo Vieira, mas admitiu só saber dos nomes. "Sei que marcaram o país, mas não sei dizer exatamente quem foram". Roberto passou a saber que João Medeiros Filho foi um importante advogado, que, embora paraibano, chegou a ser Chefe de Polícia do RN e participou também da Intentona Comunista, movimento realizado nos anos 30.

Quem foram eles

Deodoro da Fonseca (acima)

Manuel Deodoro da Fonseca nasceu em Alagoas, em 5 de agosto de 1827, e morreu no Rio de Janeiro, em 23 de agosto de 1892. Foi um militar e político brasileiro, proclamador da República e primeiro presidente do Brasil. Sua gestão foi marcada pelo esforço da implantação de um regime republicano e por grande instabilidade política e econômica, que acabou fechando o Congresso Nacional e levando à sua renúncia.

Hermes da Fonseca

Sobrinho do marechal Deodoro da Fonseca, Hermes Rodrigues da Fonseca também ocupou o cargo de presidente do Brasil, entre 1910 e 1914. Nasceu no Rio Grande do Sul em 12 de maio de 1855 e morreu em 9 de setembro de 1923. À frente do país, enfrentou a Revolta da Chibata, e, durante seu governo, foi editado um decreto instituindo o uso da faixa presidencial, sendo ele mesmo o primeiro a usá-la e passá-la a seu sucessor.

Prudente de Morais

Prudente José de Morais e Barros nasceu em 4 de outubro de 1841 em São Paulo e morreu em 13 de dezembro de 1902. Foi advogado,primeiro governador do estado onde nasceu, senador, presidente da Assembleia Nacional Constituinte de 1891 e terceiro presidente do Brasil, tendo sido o primeiro político civil a assumir este cargo e o primeiro a fazê-lo por força de eleição direta.

Bernardo Vieira

Bernardo Vieira de Melo, nascido em Pernambuco, em 1658, foi um sertanista brasileiro. Foi militar desde 1675 e recebeu patente de capitão-mor de Iguaçu em 17 de novembro de 1691. Participou da guerra do Quilombo dos Palmares e foi nomeado capitão-mor do Rio Grande do Norte, em 25 de setembro de 1709. Foi morto na cadeia, em 1718.

Campos Sales

Paulista nascido em Campinas em 1844, Campos Sales era bacharel em direito pela Faculdade de Direito de São Paulo e ingressou, logo após se formar, no Partido Liberal. A seguir, participou da criação do Partido Republicano Paulista (PRP), em 1873. Em 1º de março de 1898, foi eleito Presidente da República. Campos Sales sucedeu, em 15 de novembro de 1898, o presidente Prudente de Morais, em uma época quea economia brasileira, baseada na exportação de café e borracha, não ia bem.

Fonte: Wikipédia

quinta-feira, 7 de abril de 2011

POESIA

E essa carta esperada
que dizia somente,
simplesmente:
- "Consola-te. Afinal não há mais nada"
- Não há mais nada? E o coração da gente?

João Lins Caldas, poeta do Açu-RN

POESIA

Minha !!!!

Eu vi tua boca provocando a libido- quis beijar, eu quis você!

Querer em doses exageradas de desejo.
...O meu querer escorre- corre e lava quando atendido.

A minha vontade é a tua- você é minha estrada de espinhos e flores.
Eu te amo sem razão nem lei.

Não vamos esquecer esse momento que voa- um efémero instante.

Que seja tu- a minha vida!
Minha migalha de amor- de prazer.

Gosto quando me adivinhas- quando aos poucos vasculhas os meus cantos.
Gosto quando te reencontro- depois de um aceno da alma.

Quanto devaneio- delírios, e muito mais eu quero!

Eu quero descrever a felicidade- acordar os sentidos.
Eu quero me entender com a tua boca- com teu corpo, e que a mente não complique.

Ofereço o tempo para gastar na sua frente, é tudo o que tenho, dentro do que é seu.

Eu- sou teu!

.Vinicius.C

(Poema para Jaqueline.P.B)

Petrópolis- 05/04/2011

quarta-feira, 6 de abril de 2011

CHICO TRAIRA, POETA POPULAR

"Chico Traira" era poeta popular, cordelista, repentista, cantador de viola dos melhores do Nordeste. Eu tive o prazer de ter convivido com ele na cidade de Açu-RN, na década de oitenta. Pois bem, certa vez, viajando na carroceria de um caminhão com destino a cidade de Macau, interior potiguar, em companhia do seu colega "Patativa", escutou aquele amigo reclamar da viagem em razão da trepidante estrada esburacada, dizer a frase adiante: "Chico: eu acho que a nossa viagem não está muito sublime!" Traira pegou na deixa, dizendo no melhor de sua criatividade poética:

Se o amigo não está
Achando a viagem boa
Você é pássaro, eu sou peixe
Eu mergulho e você voa
Você volta para o ninho
E eu volto à minha lagoa.

[Traira: Peixe de água doce muito comum nos rios, açudes e lagoas do Nordeste]
[Patativa: Pássaro de canto melódico e suave]

De outra feita, na cidade de Areia Branca (RN) cantando com outro afamado poeta violeiro chamado Manoel Calixto, cantoria realizada na casa de um amigo, Traira fora desafiado por Calixto com a seguinte estrofe:

Aviso ao dono da casa
Que não vá fazer asneira
Tenha cuidado em Traira
Que ele tem uma coceira
Se não quiser que ela pegue
De manhã queime a cadeira.

Chico retrucou:

Você é que tem coceira
Dessas que rebenta a calça
Está tomando por dia
Dezoito banhos de salsa
Quando a coceia se dana
Num dia acaba uma calça.

Certa vez, Câmara Cascudo recebendo homenagens na UFRN, Chico Traira, "o mestre do repente e da viola" presente, homenageou aquela figura [que se tornou por merecimento, o escritor potiguar mais conhecido no mundo] com os versos seguintes:

Eis o doutor Cascudinho.
Que valoroso tesouro!
Lá no sertão também tem,
Cascudo, aranha e besouro.
Os de lá não valem nada.
Mas este aqui vale ouro.

Fernando Caldas

Cicatriz - Mariano Tavares


" No Cordel "

Foi nesse fio encantado
o começo desse amor
Era um poema cantado
...só na voz do cantador
Nos cordões pendurados
balançados pelo vento
Ficavam ali desassuntados
à espera do momento
Que botão desabrochado
pudesse virar em flor
E que fossem recontados
por outras vozes...
do amor!!!Ver mais


(Reinalto Correia)
Imagem do Facebook de um amigo.

POEMA

Na boca de uma mãe anda uma prece
Que as horas da noite andam murmurando...
- Meu filho, ninguém te esquece...
Esquece, mãe, também se vai cantando.


...Mas para salvar teu coração criança,
Teu doce coração de ingenuidade...
Mãe, que saudade!...


Acalenta e vai dizendo essa esperança.


[Fca no mundo ainda maudade
Para matar essa esperança}.


Mas, é verda, isso tudo é verdade


(João Lins Caldas, poeta potiguar de Açu)
random image

Um crime contra a natureza

O vale do Açu, já foi detentor da maior área de carnaubeira nativa do mundo, atualmente por ação irresponsável do homem, priorizando a ganância e o irrequecimento, vem paulatinamente devastando a planta que é considerada a árvore da vida, da carnaúba tudo é aproveitavel, tem serventia na choupana do pobre e no sobrado do rico, sua matéria prima utilizado na indústria de transformação, acelera o desenvolvimento, o progresso industrial das grandes potências do mercado consumidor.

As nossas áreas devastadas, vem causando um tremendo impacto ambiental, provocando grandes erosões e diminuido o teor de oxigênio tão saudável a vida humana.

O vale tem hoje apenas 30% da sua área de carnaubeira viva, fixada ao solo, resistindo a fúria criminosa da ação do homem, tentando substituir do ecossistema natural a sua presença para produzir outras culturas comerciais em seu lugar...

Basta de agessão a natureza, arrancar uma carnaúba do solo, será igualmente atacar uma vida indefesa... Vamos preservar nossas reservas, antes que seja tarde demais!

Postado por AluízioLacerda



CHARGE DO DIA



Carnaubais vista com outra dimensão

A administração Fazendo o Futuro, liderada por Luizinho Cavalcante, enseja aos seus municipes uma ampla imagem do municipio, inserida nas páginas de uma revista editada, mostrando todas as metas e objetivos da administração atual no exercicio dos dois últimos anos (2.009/2.010).

Uma solenidade de apresentação e distribuição gratuita do material editado, será efetivado hoje no plenário da Câmara Municipal, a partir das 19.30 horas... Compareça, participe e receba seu exemplar.

Postado por AluízioLacerda







segunda-feira, 4 de abril de 2011

Poeta Plínio Sanderson baleado durante assalto


Plínio Sanderson retratato numa caricatura de Túlio Rato

O escritor, poeta, artista plástico e produtor cultural Plínio Sanderson foi baleado às 10h30 de hoje na praia de Santa Rita. Ele estava acompanhado da namorada e foi atingido depois de pedir aos assaltantes que não levassem o seu notebook.

Atingido no tórax ele foi cirurgiado na Unidade de Pronto Atendimento do bairro de Pajussara, na Zona Norte de Natal e segundo informações dos médicos, não corre risco de morte.

Os bandidos foram presos numa casa próxima a dele, em Santa Rita.

Muito conhecido em Natal, Plínio Sanderson é mais uma vítima da insegurança do nosso estado, que não consegue manter em paz a população, assustada com muitos assaltos e muita violência.

A terra que pretende ser uma das sedes da Copa do Mundo de 2014 não consegue ter uma polícia eficiente, presente e que use da inteligência para manter nas grades os nas covas esses bandidos que zombam dela e andam armados até os dentes, enquanto para o cidadão comum ter um arco e flecha é crime.

O resultado desse descaso histórico é esse: um poeta calado numa cama de UTI. E os bandidos... Ah! Os bandidos! Hospedes até daqui a pouco de um sistema carcerário frágil que os alimenta.

C’es la vie?

Não! Algo precisa ser feito. E já! (LS).

Leonardo Sodré
random image

domingo, 3 de abril de 2011

EM QUEM FOI MESMO QUE EU VOTEI?

"O cidadão tem o direito de escolher, para a formação dos quadros estatais, candidatos de vida pregressa retilínea". Palavras atribuídas ao Ministro Ayres de Britto, do Supremo Tribunal Federal, ao votar na questão da aplicação retroativa da chamada Lei da Ficha Limpa. Por essa razão, apoia a aplicação retroativa da Lei.
Confesso que não entendi, porque não sei o que é que hoje impede o cidadão de exercer esse seu direito de escolher e votar em candidatos de vida retilínea. Ou será que precisamos de uma lei para nos proibir de votar nos corruptos? nos assassinos? nos estelionatários?
Isso é mesmo que dizer: "proibam a candidatura dos bandidos senão eu voto em um deles">
Ora, o fato de não haver uma lei proibindo patifes e salafrários de serem candidatos NÃO OBRIGA ninguém a votar neles. Basta escolher entre os candidatos aqueles que tenham vida pregressa retilínea. E votar nestes.
Mas também uma coisa é certa: o fato de que um candidato não tenha sido condenado pela Justiça também NÃO GARANTE que ele ou ela tenha uma vida pura como a de um santo, ou uma santa. Pode ser um bandidão que soube fazer as malandragens e conseguiu não ser pilhado.
Portanto, não é uma lei que impede o cidadão de votar em um corrupto. E não é a ausência da Lei que obriga ninguém a votar em um traquinas.
Seria muito interessante descobrir -- diante de tantas pessoas exaltadas querendo a aplicação da lei até em eleições que já passaram -- em quem foi que essas pessoas votaram no último pleito.
Ajudaria muito ao país se cada um levasse as mãos à cabeça e perguntasse a si próprio: "Em quem foi mesmo que EU VOTEI na eleição passada?"
 
Fonte: Catavento, artigo de Geraldo Melo

Um Navarro lembrado, outro esquecido

Yuno Silva - repórter

Incompreendido ou avançado demais para sua época, Newton Navarro continua vagando pela desmemoriada Natal na forma de painéis e poemas. Considerado o “poeta da cidade”, alcunha pela qual ficou conhecido entre os intelectuais que circularam pela capital potiguar nos idos dos anos 1950 e 60, o artista plástico, poeta e escritor será lembrado no evento “Navarro na Veia”, promovido pelo Departamento de Letras da UFRN nesta quinta-feira, às 9h, no Auditório B do Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes – CCHLA.

yuno silvaMural de Newton Navarro escondido numa eletrônica na Ribeira, onde no passado funcionou a confeitaria Nova Delícia. O dono da loja, José Moreira, sabe da importância da pintura e tenta preservá-laMural de Newton Navarro escondido numa eletrônica na Ribeira, onde no passado funcionou a confeitaria Nova Delícia. O dono da loja, José Moreira, sabe da importância da pintura e tenta preservá-la
Na ocasião, haverá mesa redonda com presenças do artista plástico Dorian Gray Caldas, contemporâneo de Navarro (1928-1991), do editor e sebista Abimael Silva, e do professor do Departamento de Artes da UFRN Vicente Vitoriano, que publicou tese de doutorado sobre o homenageado; mais lançamento de três títulos reeditados pela Sebo Vermelho Edições – “Beira-Rio” (1970), “Do outro lado do rio, entre os morros” (1974) e “ABC do cantador Clarimundo”. A programação também inclui recital de fragmentos poéticos de Navarro interpretados pelo professor e ator Val Dias, a presentação musical com Carlos Bem, que canta Natal em seu recente disco “Anjo do Sol”.

Falecido há exatos vinte anos, precisamente no dia 18 de março de 1991, Navarro deixou um legado artístico pouco conhecido pelos natalenses: “As pessoas conhecem a ponte Newton Navarro, a galeria de arte (na Funcarte), mas não o artista. Há um certo descaso das instituições com nossa memória”, disse a professora Cellina Rodrigues Muniz, do Departamento de Letras da UFRN, que coordena o evento “Navarro na Veia”. “É impossível prever os desdobramentos a partir desse evento (‘Navarro na Veia’), mas esperamos que, a partir do relançamentos de seus livros, ele possa ser mais lido”, disse Muniz.

Casado com a professora de artes Salésia Navarro, também falecida, Newton deixou um único herdeiro, Edson Moura, sobrinho do casal que está viajando, segundo informou o editor Abimael Silva: “Edson me autorizou a reeditar os livros, que estavam todos esgotados. Ninguém contou a cidade como Navarro, e era um sonho antigo meu relançar estes livros”, disse Abimael – cada título ganhou apenas 200 exemplares.

Artista cosmopolita e boêmio, Newton Navarro ainda pode surpreender incautos que desconhecem o valor de sua obra, e seus traços inigualáveis podem ser encontrados onde menos se espera. Na face mais esquecida da cidade, a TRIBUNA DO NORTE encontrou um desses tesouros: por trás do Museu de Cultura Popular Djalma Maranhão, na Ribeira, na antiga confeitaria Nova Delícia, onde hoje funciona a Eletrônica Nacional, em meio a uma pilha de televisores quebrados, mais um painel com o traço inconfundível do artista. “Sei da importância desse trabalho, já pintei toda a loja mas deixei o painel intacto”, disse José Moreira, 59 anos, proprietário da eletrônica. “Veja só que bonito: bacalhau, vinho do porto, o violeiro... estou querendo cortar estas estantes para mostrar melhor a pintura”, disse Moreira, espécie de guardião da obra. Ele alugou o prédio há cerca de sete anos, e contou que Navarro tomou muitos porres quando a confeitaria funcionava no local, há mais de 20 anos. Na parede em frente, outro tesouro: um painel em baixo relevo do artista Jordão, contemporâneo de Navarro e autor do painel que enfeita a fachada do Centro de Convenções. A confeitaria pertencia ao português Olívio Domingues, fechada após seu falecimento.

Dorian Gray, o amigo e o restaurador

“Fui companheiro de Newton Navarro nos anos 1950, realizamos, junto com Ivon Rodrigues, a primeira exposição modernista de Natal em uma galeria que funcionava na sede da Cruz Vermelha no Grande Ponto”, lembra o artista plástico Dorian Gray Caldas, 81. “Vinha de uma escola clássica, influenciado pelo meu tio Moura Rabelo, mas já começava a fazer experiências deformando a realidade. Foi o início do flerte com o modernismo. Não queria ficar só nisso, então comecei a investir no abstracionismo. Levei para a exposição quadros com paisagens lunares e Navarro obras impressionistas”, lembra.

Segundo Dorian , esse foi o primeiro salão de arte moderna de Natal. Mas ele e Navarro repetiram a dose em 1952, quando realizaram a exposição “Divina Providência”, também no Grande Ponto: “A partir desta exposição, que gerou grande repercussão na época, as pessoas começaram a prestar atenção na arte moderna produzida na capital potiguar”, contou. Caldas ainda lembrou da presença marcante dos cartunistas Erasmo Xavier e Adriel Lopes, dois nomes que alavancaram o modernismo em Natal. Dorian Gray comemora a recente recuperação de quatro painéis instalados no Campus Central do IFRN: “A restauração foi feita em cerca de 80 metros quadrados de painel. Navarro foi o artista mais penalizado daquela época, pois boa parte de seus trabalhos eram feitos sobre papel (material considerado frágil, perto das telas própria de pintura) e painéis em paredes, então muita coisa se perdeu”, lamenta. Dorian Gray tem vasto acervo de Navarro, entre fotografias, aquarelas, desenhos e bico de pena.

Em 1994 foi realizada a mais significativa exposição sobre o artista, a mostra Navarro Navarrear, na Funcarte. No ano passado, o Sesc promoveu uma exposição com telas e gravuras do pintor.

Fonte: Caderno Viver - Tribuna do Norte

A FORÇA DA POESIA FESCENINA



Existe uma literatura que não pode aparecer em lugares que exijam certa contenção ou recato, pois o comportamento e a etiqueta de algumas pessoas não aceitam conhecê-la, fazer sua leitura e muito menos ouvi-la. Decerto por isso, o norte-rio-grandense Oswaldo Lamartine de Faria, quando da primeira edição de Uns Fesceninos (Rio de Janeiro, Artenova, 1970), na coleção “Erotika lexicon”, avisava que seu livro era “publicado especialmente para bibliófilos e colecionadores em edição fora de mercado”. As manifestações dessa literatura tanto se veiculam em poesia quanto em prosa, sabendo-se embora que a poesia fescenina tem maior ocorrência do que a segunda, porque a rima é de mais fácil memorização e divulgação.

Um mote bem-sucedido que leva a determinada estrofe fica martelando na cabeça de espectadores ouvintes e poetas que apreciam as diferentes modalidades da poesia popular, estando a poesia fescenina aí incluída. Para que alguém verseje sobre atos cotidianos que desafiem o pudor, que desvelem o escondido da genitália e que exponham situações do ridículo humano, basta que esteja em ambientes coletivos principalmente, na rua ou no bar, na cidade ou no mato, onde quer que ocorram flagrantes que desenredem o novelo popularmente satírico e criativo dessa poesia.

A segunda edição de Uns Fesceninos saiu em 2008 no Recife, pela Bagaço, organizada pelo poeta e professor pernambucano Carlos Newton Júnior. Reproduzida em fac-símile diretamente da primeira, a partir de um exemplar que continha anotações feitas minuciosamente à mão por Oswaldo Lamartine. Envolvendo parte da produção norte-rio-grandense do gênero, deste livro participam 17 poetas com breves contribuições, pequenos poemas quase todos acompanhados de um relato em forma de causo, para ilustrar o acontecimento que deu origem aos versos. O tom é invariavelmente jocoso, gozador, sem papas na língua ou sem peias no lápis de quem os criou.

Os poetas que praticam a poesia fescenina glosam sobre situações as mais inusitadas. Há o caso de um delegado que queria empastelar um jornal interiorano, quando alguém da redação escreveu circunstancialmente num papel qualquer em forma de paródia “Liberdade! Liberdade!/ Onde estás, fela da puta?” O autor do desabafo foi preso pelo delegado da cidade, um sujeito que atendia por Aguiar, e logo após o poeta Damasceno Bezerra cometeu estes versos em cima daquele mote: “Não sei, ao certo, a verdade,/ Do fato como se deu./ Sei que Mesquita escreveu:/ Liberdade! Liberdade!/ E, por infelicidade,/ Um guarda-civil recruta/ Vai entrando, à força bruta,/ Sem nada o interceptar,/ Chamando por Aguiar:/ Onde estás, fela da puta?” A encomenda de um bodegueiro para conter e prevenir os seus devedores resultou na quadrinha de Jayme Wanderley: “Para não haver transtorno/ Aqui neste barracão,/ Só vendo fiado a corno,/ Filho da puta e ladrão.” Os versos anônimos de um ex-detento permitem que ele se vingue impiedosamente do juiz que um dia o condenou. A autoridade funcionava como barbeiro nas horas vagas, mas um barbeiro especial: “Eu afirmo e dou-lhe fé/ com toda convicção:/ Já tem outra profissão/ o juiz de São José./ Tosou Maria José,/ raspou-lhe as beiras da greta,/ por causa dessa faceta,/ é que todo mundo diz,/ que ele, além de juiz,/ é barbeiro de boceta.”

A morte não é levada a sério por alguns poetas. No cotidiano, de resto, pode-se comumente observar pessoas rindo em velórios, bebendo cachaça, fumando e arriscando um namoro. O poeta José Areias, numa roda de cachaça, ouviu de um dos boêmios presentes uma quadra de outro poeta, Américo Falcão: “Não há tristeza no mundo,/ Que se compare à tristeza/ Dos olhos de um moribundo,/ Fitando uma vela acesa”. Areias arrematou com esta quadrinha infame: “Não há tristeza no mundo,/ Que se compare à tristeza/ Do sujeito olhar um fundo,/ Sem ficar de vela acesa”. A última estrofe do soneto “Enterro do pecado”, de Abner de Brito, sugere um rito profano ao comparar o corpo da mulher a um cemitério no qual, numa metafórica sexualizada, será enterrado o pecado: “Abre os teus braços, mata-me desperto,/ Se tens no corpo um cemitério aberto,/ Vamos fazer o enterro do pecado…”.

A condição do pobre, jamais esquecida em poesia, inspirou os versos de Renato Caldas a partir do mote Se merda fosse dinheiro/ Pobre nascia sem cu!: “Talvez não tivesse cheiro,/ Servia de brilhantina./ Ninguém cagava em latrina/ Se merda fosse dinheiro./ Todo mundo era banqueiro!/ Sanitário - era baú,/ Porém aqui no Assu,/ A terra do interesse,/ Se tal coisa acontecesse/ Pobre nascia sem cu…”. O mesmo Renato Caldas, desejando publicar um livro, soube da presença do jornalista Carlos Lacerda em visita ao Rio Grande do Norte, no início da década de 1950. Lacerda estava a promover a campanha contra a seca nordestina “Ajuda teu irmão”, e o poeta aproveitou para sapecar a estrofe: “Seu doutor Carlos Lacerda/ Já que inventou essa merda/ De Ajuda a teu irmão,/ Publique Fulô do Mato,/ Ajude ao velho Renato,/ Poeta lá do sertão…”.

Ainda que seja feita de palavrões, irreverência, sátira e ataque ao duvidoso bom gosto pequeno-burguês, essa poesia continua a transitar de boca em boca, atravessando gerações, cidades e países. Seria difícil alguém imaginar que, por trás da seriedade de um Manuel Bandeira ou de um Carlos Drummond de Andrade, havia os cultores de versos altamente eróticos, sem excluir cargas do obsceno e do pornográfico. Mais recentemente, na obra de um Glauco Mattoso, encontra-se toda uma literatura vinculada ao calão fescenino. Mesmo os que hipocritamente se voltam contra e olham de viés construções desbocadas e chulas, motes lascivos e às vezes impróprios, se tiverem oportunidade, certamente vão conferir e se deleitar sozinhos com o proibido estampado em versos que a musa popular facilitou e ditou aos seus poetas.

Fonte: Jornal da Besta Fubana

sábado, 2 de abril de 2011

Assembléia

As Assembléias Legislativas do Brasil foram criadas em 1834, por força do Ato Adicional à Constituição do Império. Nessa época, o País vivia sua primeira experiência federativa, em função do caráter descentralizador que marcou a fase inicial das Regências.

Com o advento da República, as Assembléias Legislativas das Províncias foram rebatizadas com o nome de Assembléias Legislativas Estaduais.

A Assembléia Legislativa representa as aspirações, as necessidades e a vontade da sociedade. Conhecida como a casa do povo, a Assembléia Legislativa é o Poder responsável pela elaboração das Leis Estaduais, competindo-lhe fiscalizar os atos do Poder Executivo e zelar pela preservação de sua competência legislativa em face da atribuição normativa dos outros Poderes.

A Assembléia da Província do Rio Grande do Norte foi instalada a 02 de fevereiro de 1835, e sua sede teve vários nomes:

• Em 1835 – Assembléia Legislativa Provincial
• Em 1891 – O Poder Legislativo
• Em 1892 – Congresso Legislativo
• Em 1898 – Manteve-se Congresso Legislativo Estadual ou Congresso Estadual
• Em 1948 - Palácio Amaro Cavalcanti
• Em 1971 – Palácio José Augusto


Passos da Assembléia Legislativa
• Em 02/02/1835 – Instalou-se na Câmara Municipal
• Em 18/09/1947 – Avenida Getúlio Vargas
• Em 15/08/1963 – Mudou-se provisoriamente para um prédio situado à praça André de Albuquerque, propriedade do Sindicato dos Contabilistas. • Em 28/03/1967 – Transferiu-se para a rua Jundiaí, ocupando amplo e moderno edifício do Instituto de Previdência do Estado (IPE).

No dia 31 de Janeiro de 1983, o Deputado Carlos Augusto Rosado, Presidente da Assembléia Legislativa do Estado do Rio Grande do Norte, com os demais deputados da 9ª Legislatura, inauguraram as instalações da nova sede do Palácio José Augusto. Governava o Estado nesse período, o Sr. Lavoisier Maia Sobrinho.
O Poder Legislativo Estadual era composto pelos seguintes Senhores Deputados:

• Alcimar Torquato de Almeida
• Antônio Severiano da Câmara
• Antônio Willy Vale Saldanha
• Carlos Augusto de Souza Rosado
• Dary de Assis Dantas
• Eustáquio José de Lucena
• Garibaldi Alves Filho
• Gilberto de Barros Lins
• Jeová Carneiro Alves
• José Dantas Cortez
• José Marcílio de Medeiros Furtado
• José Patrício de Figueiredo Junior
• Luiz Antônio Vidal
• Manoel Montenegro Neto
• Marcio Djalma Cavalcanti Marinho
• Nelson Queiroz dos Santos
• Onésimo Fernandes Maia
• Otávio Osvaldo Garcia
• Paulo Gonçalves de Medeiros
• Paulo de Tarso Pereira Fernandes
• Roberto Brandão Furtado
• Ruy Pereira Júnior
• Theodorico Bezerra
• Vivaldo Silvino da Costa

Após vinte anos de uso, inaugurou-se a ampliação da sede do Poder Legislativo no dia 11 de Dezembro de 2002, na 57ª Legislatura o Deputado Álvaro Dias – Presidente da Assembléia. Ampliou as antigas instalações de 2.800 para 9.600 metros quadrados de área construída.

Atualmente o novo prédio conta com gabinetes Parlamentares, gabinetes para a Presidência, 1ª Secretaria e 1ª Vice-Presidência, instalações para as Comissões Permanentes, Procuradoria Geral, Secretarias Administrativa e Legislativa, Biblioteca, Auditório, Espaço Cultural, Salão Nobre, Salão de Eventos, sala de Multiuso, Bancos, Restaurante, Lanchonete, rampa de acesso para portadores de deficiência física, dois elevadores, e estacionamento privativo.
A mesa Diretora era composta pelos seguintes Deputados:

Presidente Álvaro Dias
1º Vice-Presidente Ricardo Motta
2º Vice-Presidente Tarcísio Ribeiro
1º Secretário Robinson Faria
2º Secretário Marciano Júnio
3º Secretário Wober Júnior
4º Secretário AlixandreCavalcanti

Em homenagem a Deputada Maria do Céu Fernandes foi criado um Espaço cultural com o seu nome.
Em 03 de outubro de 1989, foi promulgada a Constituição Estadual trabalho realizado pela Assembléia Estadual Constituinte, cuja Mesa tinha os seguintes integrantes:

Presidente – Dep. Arnóbio Abreu
Vice-Presidente – Dep. Carlos Augusto
1º Secretário – Dep. Robinson Faria
2º Secretário – Dep. Rui Barbosa
Relator Geral
Dep. Nelson Queiroz
Deputados Constituintes
Dep. Amaro Marinho
Dep. Ana Maria
Dep. Arnóbio Abreu
Dep. Carlos Augusto
Dep. Carlos Eduardo
Dep. Cipriano Correia
Dep. Gastão Mariz
Dep. Getúlio Rego
Dep. Irami Araújo
Dep. José Adécio
Dep. José Dias
Dep. Laíre Rosado
Dep. Leônidas Ferreira
Dep. Kleber Bezerra
Dep. Manoel do Carmo
Dep. Nelson Freire
Dep. Nelson Queiroz
Dep. Patrício Júnior
Dep. Paulo de Tarso
Dep. Paulo Montenegro
Dep. Raimundo Fernandes
Dep. Ricardo Motta
Dep. Robinson Faria
Dep. Rui Barbosa

Fonte: Assembléia Legislativa do RN

SOBRE JOSÉ GONÇALVES DE MEDEIROS

José Gonçalves de Medeiros era potiguar de Acari. Poeta, seminarista, advogado, orador, ensaísta, intelectual. Deu a sua colaboração literária na imprensa de Natal, João Pessoa e Recife, estudou no velho Atheneu, de Natal, e na velha Facudade de Direito do Recife. Político, deputado estadual constituinte [eleito em 1947] junto com Pedro Amorim, Abelardo Calafange, Mário Negócio, Moacir Duarte, Dix-Zuit Rosado, Aristofanes Fernandes, Ezequiel Fonseca Filho, Djalma Marinho, Silvio Pedrosa. No governo de Dix-Sept Rosado exerceu o cargo de Diretor da Imprensa Oficial do Estado. Nasceu em 1919 e morreu no desastre aviatório do rio do Sal, nas proximidades de Aracaju (SE) numa manhã de 12 de julho de 1951 (poucos meses antes teria sofrido um acidente automobilístico que vitimou o mossoroense Mário Negócio, numa viagem com destino a capital pernambucana, nas proximidades de Tacima, na Paraíba) que vitimou também o governador Dix-Sept Rosado, entre outros auxiliares e amigos daquele governante, como Fernando Tavares (Vem-Vem) e Maria Celeste Tavares (meus avós materno), da cidade de Açu. O poeta Gonçalves em 1945 teria produzido o premonitório poema sob o título "Despedida do Pássaro Morto", pois quis o destino pelo qual era perseguido, que ele morresse voando numa aeronave. Sobre ele, o jornalista Ticiano Duarte conta um episódio "espantoso e esquesito" no seu próprio dizer, que certo dia, poucos meses da morte dele, Zé Gonçalves, teria sido convidado por ele para entrar numa certa igreja do Centro do Recife ao que Gonçalves teria lhe mostrado uma inscrição tumular da seguinte forma: "José Gonçalves de Medeiros, 1908. Saudades dos seus familiares".  

Vamos conferir o referenciado poema adiante transcrito:

O vôo também é sensualidade
Estremeço e vibração de pássaro
Que possui e penetra o
espaço.
E era como se possuísse
e penetrasse a alma
do tempo.
Se eu morrer como
um pássaro
Deixo aos que me amaram, aos que
me quiseram e me
gostaram, como eu
era, o meu sempre
displicente adeus.
Estou compreendendo
que se morrer num vôo
antes de tocar a terra
do mundo, serei como
a pena do pássaro
ferido de morte.
Serei um pássaro de
fogo que vem do
céu para repousar
no seu ninho de areia.
Chorem, bebam, dancem,
riam, passeiem, pela
alma do amigo que
não foi pássaro mas
morreu como eles.


Fernando Caldas

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Natal terá apenas quatro partidas

De acordo com matéria do jornal Folha de São Paulo, as cidades de Natal, Cuiabá e Manaus receberam apenas quatro jogos da Copa do Mundo de 2014. As cidades com maior número de partidas são Rio de Janeiro e São Paulo, que deverão sediar sete jogos da competição. A capital paulista foi confirmada, apesar de ainda não ter iniciado a contrução do seu estádio (Itaquerão) como sede da abertura do Mundial. O Rio de Janeiro ficará com a responsabilidade de organizar a grande final. Enquanto isso, as cidades nordestinas que pediram apoio do BNDES, através de empréstimos, não conseguiram a liberação dos recursos. Os estádios da Fonte Nova e Castelão ainda não foram contemplados com os recursos.

Caderno Esporte - TN
NÃO É MENTIRA NÃO!



 
Nesta sexta-feira (1º de abril) a equipe de produção e jornalismo da Inter TV Cabugi desembarca em Carnaubais para filmagem do programa Minha Cidade.
Um vasto roteiro foi agendado pela Secretaria Municipal de Cultura e Turismo pra fazer parte das filmagens do Projeto Monha Cidade executado pela afiliada da Globo.
 Conforme  repasse ao blog pelo jornalista Carlos da Inter TV Cabugí, a equipe estará em nossa cidade nas primeiras horas desta manhã.

Escrito por aluiziolacerda

quinta-feira, 31 de março de 2011

MAIS UM POUCO DO POETA RENATO CALDAS

(Foto do arquivo de Franklin Jorge. Da esquerda: Renato Caldas (na sua modesta casa que não mais existe da Praça Pedro Velho, de Açu, e o escritor Franklin Jorge. 

O poeta assuense Renato Caldas foi um dos fundadores da Loja Maçônica Fraternidade Açuense. Participei ainda menino, do ato do assentamento da pedra fundamental da futura sede daquela maçonaria nos idos de 1968. Naquela ocasião o bardo Renato Caldas declamou o poema bíblico de sua autoria intitulado "Justo e Perfeito Preito a "Maçonaria", que diz assim:

Oh! Quão bom e quão suave
É que os irmãos vivam em união
É como o óleo precioso sobre a
cabeça, que desce sobre a barba,
a barba de Aarão, e que desce a
orla dos seus vestidos.
Como o orvalho de Hermom
que desce sobre os montes
de Sião; porque ali o Senhor
ordena a benção e a vida
para sempre.

Postado Fernando Caldas

POESIA


Uma voz eu ouvi, vinda não sei de onde,
Dizendo-me que, algum dia,
Eu faria uma viagem para muito longe.

Uma voz eu ouvi, vinda das pequenas ondas do mar,
......Dizendo-me que, eu deixaria este mundo por outro,
Esta vida, por uma vida melhor,
Esta estranha voz, agora eu sei, veio da noite,
Veio do rio, ou então, daquele sombrio cipreste, que,
Como a minha solidão, ofereço a Deus.

Walflan de Queiroz, poeta potiguar de São Miguel
(Livro de Tânia, 1963)


quarta-feira, 30 de março de 2011

BAMBAM VEM FIRME E FORTE COM TODA BICHARADA

Esta semana o pré-candidato pelo PTN Bandeirante garante que não abre mão de sua candidatura á vereador pelo município de Assú. Em bate bola ao De 8 á 80 , Bambam disse que ele é realmente o representante da classe Gay em Assú. "Eu sou sim o legítimo representante da classe Gay, lésbicas, GLS e Simpatizantes aqui em Assú. Vou lutar para que seja reconhecida aqui em nossa cidade uma entidade ligada esses que são ainda bastante descriminalizados" . Essa semana mais 2 pré-candidatos serão apresentado ao nossos leitores.

 





LULA "DOUTOR HONORIS CAUSA"

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu pela Universidade de Coimbra, o título de "doutor honoris causa". Conforme havia prometido, aquele título que recebeu "com muita honra", nas suas próprias palavras, dedicou ao seu amigo e ex-vice presidente da República José Alencar, falecido ontem (29). 


Técnicos da Petrobras visitam Cine-teatro para fazer ajustes ao projeto original de recuperação do prédio

Imagem simulada como ficará o cine depois da reforma
Nesta terça-feira, 29, uma equipe de engenheiros da Petrobras esteve no histórico prédio onde funcionou o Cine-teatro Pedro Amorim para fazer alguns ajustes que são necessários ao projeto original, para recuperação do prédio.
Em seguida, após as recomendações dos técnicos da Petrobras, servidores da Prefeitura do Assú iniciaram os ajustes para que o projeto de possa ser finalizado e o contrato de patrocínio da obra possa ter as assinaturas pela Petrobras e prefeitura.
A documentação para a restauração do Cine-teatro Pedro Amorim foi entregue a Petrobras no dia 6 de abril de 2010. Naquela época a previsão era de que as obras seriam iniciadas ainda no primeiro semestre de 2010.
A reforma do histórico espaço cultural partiu de iniciativa do prefeito Ivan Júnior, que esteve - juntamente com a deputada federal Fátima Bezerra (PT) -, na direção da Petrobras, em Brasília, para solicitar o patrocínio da Petrobras.
“Se tudo correr dentro do prazo estipulado, ainda neste semestre a verba deverá ser liberada para o início das obras”, disse o diretor do Centro Escolar de Arte e Cultura (Cenec), Gilvan Lopes, que vem acompanhando o projeto desde o início. O projeto foi orçado em R$ 1,4 milhão.
O projeto contempla a restauração da fachada do prédio, com a manutenção da arquitetura da época, ampliação do espaço interior de 98 cadeiras para 200, construção de dois camarins, sala de concentração, sala de projeção, edificação de três novos banheiros – um deles adaptado para pessoas portadoras de necessidades especiais -, completa climatização, sonorização, reforma do palco e decoração.

terça-feira, 29 de março de 2011

ZÉ ALENCAR VISTO POR PEDRO SIMON


Parte do pronunciamento do senador Pedro Simon (PMDB-RS) proferida no Congresso Nacional sobre José Alencar vice-presidente da república em agosto de 2009. Vamos conferir


“O Zé Alencar é, hoje, uma das melhores referências.  Como ser político e como ser humano.  Ser, enquanto substantivo, positivo.  Mas, que deveria ser, também, enquanto verbo, normativo.  O Zé Alencar é como deveria ser o político e o humano. Como deveríamos ser todos nós, seres políticos e seres humanos. A verdadeira encarnação da ética, do bom profissionalismo, do equilíbrio, da serenidade, da perseverança, da humildade, da modéstia, da esperança e da fé”.

(Do Blog: Registro como seu entusiasta a minha homenagem a este grande brasileiro que foi Zé Alencar. Descanse em paz valente lutador, exemplo de cidadão e homem público).

Fernando Caldas

segunda-feira, 28 de março de 2011

A Noite em Natal, por Luís da Câmara Cascudo


Bric-à-Brac. A Imprensa, 11 de Maio de 1924
In A Cidade de Natal nas Crônicas Cascudianas dos anos 20, Raimundo Arrais
Despensa o commentario. Basta annunciar. Natal a noite. Estamos vendo uma cidade quieta como se aprendesse o movimento com as mumias pharaonicas. Sob a luz (quando ha) das lampadas amarellas arrastam, meia duzias de creaturas magras, uma "pose" melancolica de Byrons papa - gerimúns. 
Depois, um "film" no Royal ou Rio Branco ou poker somnolento do Natal club. 
Estive uns tempos inquerindo de como alguns amigos meus passavam as primeiras horas da noite. As respostas ficam todas catalogadas em trez classes. Indolencia. Ficam em casa e tentam ler. 
Sahem e não havendo (desde que morreu Parrudo) nada de novo entre nós, deixam-se ficar madorrando numa praça silenciosa. Instincto de elegancia. Natal club. Ahi está como vive a noite um rapaz nesta terra de vates e de enchentes. 
Não possuimos o instincto do "saloon', do ambiente, do ajuntamento. Em 1888 Paula Ney affirmava que os brasileiros só se reuniam em caso de briga. Deve ser verdade. Das quinze a vinte sociedades litterarias, dansantes, e operarias que existem por aqui duas abrem o que se convencionou chamar “os seus salões”.
O habito de palestra não é brasileiro. Nós descutimos. Somos discursophilos. Não sendo o nosso forte as leituras dos assumptos em controversia pomos a razão na força do berro. 
Adhemar Vidal registrou a primeira observação, Gilberto Freyre a segunda. Chamou-a Stentormania. É, talvez, esta a maior affastante das nossas conversas. lndole calma e extranhamente irritavel, perdemos o "aplornb" logo as contestações iniciaes. A formula do brasileiro julgar é simples e peremptorio. Sabio ou nullo. Nunca dispomos de um elogio para quem discordamos. 
O brasileiro só está de acordo quando ouve ou narra anedotas. 
É logico não estamos sempre no véso de cantar historias jocosas. D'ahi o afastamento. Quem sahe de casa leve obrigatoriamente uma novidade. Se não, não, como diria o velho fidalgo portuguez. 
Entre os natalenses as novidades raream. Substituiram-nas pelo “ouvi-dizer”, “estão decendo por ahi” e quejando. 
Aquelles, por higiene moral imunes de tal vicios ficam em casa ou jogam o desplicente poker no Natal-club. E penso que só!...

NatalPress - Minervino Wanderley

Cortezia ao velho amigo Gruvião...


cabritodoJoao_1
Arte cedida do blog de Aclecivan Soares

(Do Blog de Aluíziolacerda)

PRA RECORDAR - BALAS E GULOSEIMAS


Imagens do Museu do Ipiranga
(Do blog: Almanaque do Malú)

A sogra, sempre ela

O guarda manda o sujeito parar o carro.
- Seus documentos, por favor. O senhor estava a 130km/h e a velocidade máxima nesta estrada é 100.
- Não, seu guarda, eu estava a 100, com certeza.
A sogra dele sentada no banco de trás corrige:
- Ah, Chico, que é isso! Você estava a 130 ou mais!
O sujeito olha para a sogra com o rosto fervendo.
- E sua lanterna direita não está funcionando...
- Minha lanterna? Nem sabia disso. Deve ter pifado na estrada...
A sogra insiste:
- Ah, Chico, que mentira! Você vem falando há semanas que precisa consertar a lanterna!
O sujeito está fulo e faz sinal à sogra para ficar quieta.
- E o senhor está sem o cinto de segurança.
- Mas eu estava com ele. Eu só tirei para pegar os documentos!
A sogra não fica calada:
- Ah, Chico, deixa disso! Você nunca usa o cinto!

O sujeito não se contém e grita para a sogra:
- CALA ESSA BOCA!
O guarda se inclina e pergunta à senhora:
- Ele sempre grita assim com a senhora?
Ela responde:
- Não, seu guarda. Só quando está bêbado como agora.



ANIVERSARIANTE DO DIA



O blog felicita nesta data o municipio de Alto do Rodrigues, nosso co-irmão, bom vizinho na trato relacional, uma gente boa de tradições e costumes semelhantes, desenvolvida pela capacidade tenaz dos seus bravos filhos, cuja origem bem representa o nivel de progresso desde seu fundador Joaquim Rodrigues Ferreira, passando pela proeza administrativa do primeiro prefeito constitucional João Fernandes de Medeiros (João de Tereza), Francisco de Oliveira Melo (Chico Elizeu) Abelardo Rodrigues Filho (4 mandatos), Pureza Melo, Geraldo Magela ( 2 mandatos), Suzana Melo e atualmente no exercício do poder Eider Medeiros.
Enquanto nosso municipio ( Carnaubais), teve 8 figuras dominando administrativamente nossa gente, o aniversariante deu oportunidades a 7 filhos, concedendo o supremo privilégio de governar seus destinos, nesta trajetória de 48 anos de autonomia politica/administrativa...
Parabéns... Mil felicidades a todos os Altorodriguenses por tão significativa data!

Escrito por aluiziolacerda

sábado, 26 de março de 2011

Imagem do facebook de um amigo.

O pobre me deu uma esmola de Deus te favoreça.
"Deus te favoreça!" favoreça-me Deus com essa esmola do pobre.


João Lins Caldas

sexta-feira, 25 de março de 2011

DO FACEBOOK DE PEDRO SIMÕES

CARLOS PENA FILHO - Retrato Campestre - Uma obra plástica de um lirismo a um só tempo singelo e filosófico.

"Havia na planície um passarinho,
um pé de milho e uma mulher sentada.
E era só. Nenuhm deles tinha nada
...com o homem deitado no caminho.

O vento veio e pôs em desalinho
a cabeleira da mulher sentada
e despertou o homem lá na estrada
e fez canto nascer no passarinho.

O homem levantou-se e veio, olhando
a cabeleira da mulher voando
na calma da planície desolada.

Mas logo regressou ao seu caminho
deixando atrás um quieto passarinho,
um pé de milho e uma mulher sentada."
Ver mais

"ASSU É ASSIM"

 Assú continua brotando à poesia...
Alento dos que a amam de verdade,
Romântica, ébrio na sua nostalgia,
Ao vê coruscante sol dessa cidade.


Wilson Soares

quinta-feira, 24 de março de 2011

A Mulher que Eu Amo - Roberto Carlos

NATAL ANTIGA


Foto de 1950. Atual Av. Hermes da Fonseca, bem próximo da Alexandrino de Alencar. Templo da Igreja Batista Regular, hoje Colégio Bereiano.

(Fonte: Do Facebook de Francisco Martins)

CMN realiza solenidade em comemoração aos 45 anos do PMDB

A Câmara Municipal do Natal realizará nesta sexta-feira (25), às 18h, uma sessão solene em homenagem aos 45 anos de fundação do Partido do Movimento Democrático Brasileiro, o PMDB. A solenidade é de autoria do vereador Luís Carlos, presidente em exercício da legenda em Natal.

Estarão presentes na comemoração o ministro da Previdência Garibaldi Alves Filho, o presidente do diretório estadual do partido, deputado federal Henrique Alves, os deputados estaduais Hermano Morais e Walter Alves, assim como a vereadora de Natal Rejane Ferreira, além de membros do diretório, filiados e simpatizantes.

Fundado em 1980, o PMDB é sucessor do Movimento Democrático Brasileiro, legenda de oposição ao Regime Militar de 1964. Participou ativamente de importantes momentos da história política brasileira, como o “Diretas Já”, em 1984, comandado por Ulysses Guimarães – uma das maiores figuras na História do partido.

Aluízio
 
No Rio Grande do Norte, o partido foi berço de nomes importantes para a história política local, como o do ex-ministro Aluízio Alves, além de ter destaque no cenário nacional através da atuação do ministro Garibaldi e do deputado federal Henrique Alves.

Por Leonardo Sodré

PELO DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA Se Guilherme de Almeida escreveu 'Raça', em 1925, uma obra literária “que tem como tema a gênese da na...