terça-feira, 9 de abril de 2013

TSE MUDA NÚMERO DE DEPUTADOS FEDERAIS DE 13 ESTADOS

Do UOL, em São Paulo 

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu mudar a quantidade de deputados federais de 13 Estados do país. A alteração foi aprovada por cinco votos a dois, em sessão nesta terça-feira (9), em Brasília.


UNIDADE DEPUTADOS HOJE A PARTIR DE 2014 São Paulo 70 70 Minas Gerais 53 55   (+2) Rio de Janeiro 46 45   (-1) Bahia 39 39 Rio Grande do Sul 31 30   (-1) Paraná 30 29   (-1) Pernambuco 25 24   (-1) Ceará 22 24   (+2) Pará 17 21   (+4) Maranhão 18 18 Goiás 17 17 Santa Catarina 16 17   (+1) Paraíba 12 10   (-2) Piauí 10 8    (-2) Espírito Santo 10 9    (-1) Alagoas 9 8    (-1) Amazonas 8 9    (+1) Acre 8 8 Amapá 8 8 Distrito Federal 8 8 Mato Grosso do Sul 8 8 Mato Grosso 8 8 Rio Grande do Norte 8 8 Rondônia 8 8 Roraima 8 8 Sergipe 8 8 Tocantins 8 8 TOTAL 513 513

A nova representação de cada Estado na Câmara dos Deputados baseia-se na população de cada unidade da federação medida pelo Censo de 2010, feito pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatástica). A composição tinha como referência a população de 1988. Os Estados de Alagoas, Espírito Santo, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul perderão uma cadeira nas próximas eleições legislativas, que acontecem em 2014 (veja o representação de cada Estado na tabela ao lado). Paraíba e Piauí perdem dois parlamentares cada. Amazonas e Santa Catarina vão ganhar uma cadeira a mais. Já o Ceará e Minas Gerais vão poder eleger mais dois deputados em 2014. O Estado mais beneficiado foi o Pará, que terá representação aumentada de 17 para 21 deputados. As demais unidades permanecem com o mesmo número de parlamentares. A decisão foi tomada no julgamento de uma petição que foi proposta pela Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas. A Assembleia pediu a redefinição das cadeiras de acordo com critérios atualizados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Atualmente, as cadeiras estão divididas de acordo com dados do IBGE do fim da década de 1980. As ministras Nancy Andrighi, Laurita Vaz e Luciana Lóssio e os ministros José Antonio Dias Tofolli e Henrique Neves votaram a favor da alteração. Segundo esses votos, é necessário atualizar a representação na Câmara de acordo com os dados populacionais do censo de 2010. Já a presidente do TSE, ministra Cármen Lùcia Antunes Rocha, e o ministro Marco Aurélio Mello foram contrários. "Aqui não está o Congresso Nacional", protestou Marco Aurélio. "A República está assentada em três Poderes. São harmônicos e independentes. A Constituição delimita o campo de atuação e cada Poder e o faz em bom vernáculo", completou, criticando a decisão da maioria. Os Estados insatisfeitos com a mudança podem recorrer ao STF (Supremo Tribunal Federal). (Com Valor)


ATIVIDADE PARLAMENTAR

AUDIÊNCIA NA SAPE TRATARÁ DO PROJETO BAIXO-AÇU

Um dos compromissos desta terça-feira (09) do deputado estadual George Soares (PR) na capital do Estado é uma audiência, às 11h, com o secretário estadual de Agricultura, Pecuária e Pesca (Sape), Júnior Teixeira.
O parlamentar procurará colher novas informações do auxiliar do Governo sobre o desdobramento dos trabalhos que objetivam efetivar a 2ª etapa do projeto irrigado Oswaldo Amorim (Baixo-Açu).
Foi graças a esforço pessoal do político que o Governo Rosalba voltou os olhos para o empreendimento, após uma audiência em que George Soares e dirigentes do Distrito Irrigado do Baixo-Açu (Diba), à frente o presidente da organização, Guilherme Saldanha, foram recebidos na Governadoria.
A partir daí o Governo iniciou os trabalhos visando regulamentar toda a 1ª etapa do perímetro irrigado para, posteriormente, deflagrar as ações relativas à etapa complementar, totalizando a ocupação e exploração de seis mil hectares irrigados.
O encontro de hoje será o primeiro do representante do Vale do Açu na Assembleia Legislativa com o novo titular da Sape, depois da posse do secretário.
“O projeto Baixo-Açu é de uma importância vital não apenas para o Vale do Açu, mas para todo o RN, visto que possui potencial para ser de fato o celeiro agrícola do Estado, além de gerar oportunidade e renda em grande escala”, observou George.
Fonte: Pauta Aberta

SECA NO RIO GRANDE DO NORTE – QUE ESTAS FOTOS LOGO SE REPITAM


Publicado em 05/04/2013

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O mundo anda meio nervoso!
É um filho e neto de ditador, que busca cantar de galo para mostrar quem manda na sua nação empobrecida, faminta e super armada.
E por falar em galo, de novo vem da velha China um novo vírus aviário, que possui a sigla H7N9 e ninguém sabe ao certo o que ele pode, ou não, fazer contra os seres humanos.
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Por mais antenados que nós estejamos, o que realmente nós importa são os problemas mais próximos.
Enfim a Península Coreana e a China estão do outro lado do mundo e se o pau cantar entre as duas Coreias (com os Estados Unidos no meio), ou esta nova gripe se propagar, a grande distância que temos destas nações nós faz ter certa tranquilidade. Embora isso possa ser um paliativo muito fraco.
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Por mais que tenhamos em nossas grandes cidades os já costumeiros problemas com a violência excessiva, com a falência do nosso sistema de saúde, a decadência da nossa educação, com a nossa caótica mobilidade urbana, não podemos esquecer que o interior do Nordeste está vivendo a pior seca registrada nós últimos cinquenta anos. Às vezes penso que muitas pessoas aqui em Natal não se deram conta disso.
Estive esta semana no interior do Rio Grande do Norte e vi muita coisa triste.
Tradicionalmente em nosso estado as chuvas mais significativas iniciam-se em janeiro de cada ano e podem estender-se até maio, dependendo das condições oceânicas e atmosféricas. As chuvas que caíram no Rio Grande do Norte neste ano de 2013 foram de baixíssimos volumes, com precipitações pluviométricas irregulares. As condições climatológicas até então apresentadas não oferecem condições para o plantio da safra de grãos de 2013 em terras potiguares.
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Após enfrentarem um 2012 seco, com chuvas irregulares e com a confirmação de que a tendência de precipitações no próximo trimestre ficará abaixo do normal, os agricultores do Rio Grande do Norte tentam encontrar mecanismos que garantam a sobrevivência durante este período de estiagem. Mas está difícil.
Só nas últimas semanas os governos a nível federal e estadual parecem ter despertado para uma maior preocupação com a problemática. Já muitas das prefeituras do interior do nosso estado não têm recursos para apoiar quase nada e a ajuda a quem necessita parece ser trabalhada de uma forma muito lenta.
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Só restam as populações rurais do nosso estado duas coisas; ou esperar resignados que os desígnios de Deus repitam as imagens que trago nesta mensagem, ou invadir as cidades para mostrar que a situação está muito difícil e chamar a atenção das pessoas e dos governantes. 

segunda-feira, 8 de abril de 2013

















Poeta? Não sei se sou poeta;
Sou só mais um dos que limpam o pó às palavras,
Embelezam os sentimentos
E acreditam que cada vida é um «pedaço» do sol de cada dia…

(Simples-mente)
[Emílio Miranda]

RELIGIÃO

20 ANOS DO MARTÍRIO DE
IRMÃ LINDALVA JUSTO DE OLIVEIRA
 
Primeiros Passos.

A criança Lindalva nasceu na comunidade de Malhada de Areias à margem da Lagoa do Piató. Bem próximo à casinha de seus pais, João Justo da Fé e Maria Lúcia da Fé estavam os exuberantes e seculares Baobás.

Malhada de Areias é sem dúvidas um lugar especial, ímpar, bonito por natureza... Tinha que ser verdadeiramente abençoado por Deus. Por isso, no dia 20 de outubro de 1953, uma sexta-feira, dona Maria Lúcia deu a luz a uma criança de parto natural realizado por uma parteira, sem nenhuma assistência médica, na simplicidade do seu lar. Um dos familiares deu o nome de Lindalva. Talvez porque tenha avistado naquele improvisado berço uma menina diferente, linda e alva... Teria que se chamar LINDALVA.

Lindalva deu os primeiros passos... Cresceu desfrutando da comunhão e da irmandade de seus familiares tendo contato diário com a exuberante natureza. Malhada de Areias foi, sem dúvidas, a base para que a jovem Lindalva enfrentasse o mundo com boa índole, se doando em prol do bem comum, obediente aos ensinamentos cristãos, respeitando a natureza e seus semelhantes.

Votos

Certamente a sua maneira de ser a diferenciava de muitas outras jovens. Lindalva estudou, trabalhou e ao descobrir sua vocação religiosa ingressou no noviciado e no dia 26 de janeiro de 1991 vestiu, orgulhosamente, o hábito azul de Filha da Caridade.

Tudo era maravilhoso, mágico... Sua felicidade em servir a congregação era esplêndida. Estava realizada com seus votos de obediência, pobreza e castidade.

O Martírio

Na sexta feira da paixão, do ano de 1993, Irmã Lindalva foi barbaramente assassinada com dezenas de facadas desferidas por Augusto – um interno do abrigo Dom Pedro II (Salvador/BA) quando ela servia o café da manhã aos internos.

A Beatificação

A comunidade católica comparou a morte de Irmã Lindalva a de Cristo – Os médicos legistas contaram 44 facadas no corpo de Lindalva. Na Sexta-Feira Santa, Cristo morreu na cruz, Lindalva morreu na sua enfermaria. Cristo levou 39 açoites, e com as 5 chagas, dos pés, mãos, ao todo 44, unia simbolicamente a morte de Lindalva à sua paixão, que um pouco antes ela acabara de celebrar na Via-Sacra.

Irma Lindalva Justo de Oliveira – A Mártir da Fé - foi beatificada em 02 de dezembro de 2007. Este ato representa um marco religioso para o Assu, para o Rio Grande do Norte, para o Brasil e para o mundo Cristão.

Santuário

A comunidade religiosa precisa unir forças, encampar uma jornada para construir no município do Assu, em Malhada de Areias, local onde a nossa mártir nasceu, uma basílica e/ou santuário onde os devotos possam depositar sua fé na Bem Aventurada Lindalva que na vida terrena demonstrou permanente alegria e devotamento afirmando sempre: “O coração é meu e pode sofrer, mas o semblante é do outro, deve ser sorridente”.

Assuenses, não foi à toa que Irmã Lindalva nasceu em Assu – Terra privilegiada, de solo fértil, berço de inúmeros imortais, considerado pelos poetas românticos como: “Um pedaço de céu dentro do mundo”.

sábado, 6 de abril de 2013


VOLÚPIA 

No divino impudor da mocidade,
Nesse êxtase pagão que vence a sorte,
Num frêmito vibrante de ansiedade,
Dou-te meu corpo prometido à morte!

A sombra entre a mentira e a verdade...
A nuvem que arrastou o vento norte...
-- Meu corpo! Trago nele um vinho forte:
Meus beijos de volúpia e de maldade!

Trago dálias vermelhas no regaço...
São os dedos do sol quando te abraço,
Cravados no teu peito como lanças!

E do meu corpo os leves arabescos
Vão-te envolvendo em círculos dantescos
Felinamente, em voluptuosas danças...

Florbela Espanca

Imagem de: Recorda Florbela Espanca
VOLÚPIA 

No divino impudor da mocidade, 
Nesse êxtase pagão que vence a sorte, 
Num frêmito vibrante de ansiedade, 
Dou-te meu corpo prometido à morte! 

A sombra entre a mentira e a verdade... 
A nuvem que arrastou o vento norte... 
-- Meu corpo! Trago nele um vinho forte: 
Meus beijos de volúpia e de maldade! 

Trago dálias vermelhas no regaço... 
São os dedos do sol quando te abraço, 
Cravados no teu peito como lanças! 

E do meu corpo os leves arabescos 
Vão-te envolvendo em círculos dantescos 
Felinamente, em voluptuosas danças... 

Florbela Espanca

quinta-feira, 4 de abril de 2013


Ataque à liberdade: jornalista cubana é impedida de ir aos EUA

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Alexandre Haubrich
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A tarde desta quarta-feira foi momento de mais um ataque à liberdade nas relações entre Estados Unidos e Cuba. Elaine Díaz Rodrígues, blogueira, jornalista e professora da Universidade de Havana, foi impedida de ir aos EUA para um dos maiores eventos de Ciências Sociais do mundo, o XXXI Congresso Internacional de Estudos Latino-Americanos.
Elaine teve seu trabalho aprovado pela Associação de Estudos Latino-Americanos, organizadora do evento, que também deu a ela uma bolsa para a viagem. Mesmo assim, o governo dos EUA não concedeu o visto a Elaine.
Agora, a jornalista e professora se pergunta quem cerceia a liberdade, Cuba ou os EUA? Por que Yoani Sanchez pode ir aos EUA, mas Elaine não? “Não tive nenhum problema com Cuba para sair, nunca”, disse ela ao Jornalismo B. E completou: “É humilhante que neguem vistos a acadêmicos enquanto recebem de braços abertos a Yoani (Sanchez)”.
Em seu Twitter, Elaine agradeceu aos governos do Brasil e do Quênia por a terem recebido para congressos em 2012, e disse torcer “para que o Congresso mais importante de Ciências Sociais do mundo saia novamente do território estadunidense, só assim se garantirá a presença de todos os cubanos e cubanas aceitos pela Lasa (sigla da organizadora)”.


E sem nenhuma lembrança
Das outras vezes perdidas,
Atiro a rosa do sonho
Nas tuas mãos distraídas ...


Mario Quintana
Dul 
De: Doce Mistério
╰♡╮E  sem nenhuma lembrança
Das outras vezes perdidas,
Atiro a rosa do sonho
Nas tuas mãos distraídas ...


 Mario Quintana
Dul ╰♡╮


DESTAQUE NACIONAL

TRATORISTA BOM DE BRIGA

João Fábio Cabral, ator e autor de peças teatrais de Ipanguaçu, chama atenção por uma ponta no novo filme estrelado por Wagner Moura, A Busca, mas já tem muita bagagem nos palcos paulistas.


Larissa Moura - DO NOVO JORNAL

Pouca gente sabe, mas o tratorista que troca sopapos com Wagner Moura em seu mais novo filme é potiguar. João Fábio Cabral tanto bate quanto apanha em A Busca, dirigido por Luciano Moura, que estreou nos cinemas de todo o país no último dia 15 de março. Somente em Natal, mais de 4.500 pessoas haviam assistido ao filme em um dos cinemas da cidade até o último domingo. A conta inclui os familiares de Fábio, que se deslocaram de Ipanguaçu para ver o parente na telona. Faltou o fã número 1, Seu Beruca, o pai do ator, que só viu algumas cenas da produção na TV, e quer combinar outra caravana a Natal para ver o filho em alta definição.

Foto: Arquivo Pessoal.
Arquivo Pessoal
João Fábio Cabral acumula experiências fora do RN

Devoto de umbanda, solteiro e sem filhos, João Fábio Cabral, 39, nasceu no dia 17 de novembro de 1973, sob o signo do Escorpião com ascendente em Escorpião. Filho de pai soldador e mãe auxiliar de serviços, aos 16 anos, após concluir o ensino fundamental, mudou-se de Ipanguaçu para Fortaleza, no Ceará, onde foi perseguir o sonho de ser ator. Morou durante três anos com Ester, sua irmã mais velha. Mais tarde seguiu para São Paulo, onde viveu com a tia, e se formou em teatro pela Escola de Teatro Ewerton de Castro, em 1999.

João conta que o interesse pela dramaturgia surgiu ainda no interior potiguar, por meio da literatura, cinema, circos, e até novelas que via quando adolescente. Como sempre gostou de dançar, seu avô o levava para ver as apresentações dos pastoris no fim do ano. Ele lembra com saudades das novenas típicas do mês de maio, da festa da padroeira da cidade e até da chegada dos circos. Na escola, participava do grupo de teatro e de todas as gincanas, onde se destacava por ser desinibido. “Minha mãe falava que eu ficava imitando os outros”, conta.

Com tantas referências, começou a escrever desde cedo e hoje já contabiliza mais de 50 textos – pelo menos 20 deles encenados em São Paulo e outras praças. Há 20 anos morando na capital paulista, possui um apartamento próprio, com 120 metros quadrados, no Bairro Bela Vista, próximo à conhecida Avenida Paulista. Durante o período na metrópole, chegou a morar com amigos, depois sozinho, e hoje divide o espaço com o irmão Judson Cabral, uma prima de Ipanguaçu e a afilhada Mariana, de três anos.

Mas, apesar de trabalhar na capital, sua residência fixa fica no litoral, em Ubatuba, pois conta que hoje prefere a calmaria à loucura da cidade, aonde vai apenas para compromissos de trabalho. “Hoje prefiro essa tranquilidade da praia, do litoral norte de São Paulo, e encontrei em Ubatuba o lugar perfeito”, explica.

Pai diz que ator puxou ao lado “desenvolvido” dos Cabral 

João Batista Cabral, 65, conhecido como seu Beruca, trabalha como soldador em Ipanguaçu desde 1971. O pai de João Fábio conta que o filho puxou ao lado “desenvolvido” dos Cabral. Intelectual desde criança, Fábio teve boas notas nas três escolas que estudou na cidade e, segundo o pai, sempre quis estudar fora. “Filho só puxa ao pai se ele for cego, porque a minha vida é mexer com ferro e meus dois meninos rumaram para a cultura”, brinca.

Apesar da distância, Beruca afirma que o filho sempre foi presente na família, ajudando sempre que preciso. Em sua última visita a Ipanguaçu, no natal de 2012, todos os filhos se reuniram para a ceia na casa do pai, que hoje mora sozinho com a esposa, dona Maria das Graças. “A gente começa sozinho e termina sozinho. Mas para mim meus filhos são a melhor coisa do mundo”.
A cabeleireira Fabia Cabral, de 41 anos, é uma das irmãs de Fábio. Ela conta que o irmão mais novo foi sempre cheio de astúcia, fazendo teatro, dança e futebol, tudo ao mesmo tempo. E quando Fábio resolveu sair de casa, a irmã lembra que toda a família – principalmente a mãe – não queria permitir, pelo apego familiar. Mas cederam por ser o sonho do jovem que, à época, já queria estudar teatro.

Ela conta que hoje sente muito orgulho de Fábio, no que é acompanhada pelos conterrâneos, que sempre perguntam as novidades sobre o ipanguaçuense famoso. “Na cidade da gente todo mundo é deslumbrado com ele. Todo mundo sempre gostou dele, agora muito mais”, garante.

Como autor, sucesso em montagens em São Paulo
Dentre as peças que o potiguar escreveu, destaca-se “Um verão Familiar” (2012), que rendeu o título de melhor atriz para Lavínia Pannunzio, dado no 25º Prêmio Shell de Teatro, um dos mais tradicionais da cena teatral brasileira. A solenidade foi apresentada pelas atrizes Nicette Bruno e Beth Goulart, mãe e filha. 

Foto: Arquivo Pessoal.
Arquivo Pessoal
Fábio Cabral com o pai Beruca em Ipanguaçu

Antes disso, em 2010, escreveu e dirigiu a peça “Da Marginal para a Rua Augusta”, que tinha como um dos atores o irreverente Luiz Fernando Duarte, mais conhecido como Luiz Thunderbird, VJ da MTV Brasil, que teve com a peça sua estreia no teatro. Segundo João Fábio, a peça surgiu do projeto Satyrianas, que acontece em SP anualmente. “Luiz é uma pessoa fenomenal, um cara muito bacana, nunca tinha feito teatro e quando eu fiz o convite, ele topou de cara”, afirma João Fábio.

Apesar de se identificar mais com o teatro, o cinema vem marcando presença na nova fase da carreira do ator. Antes da participação em A Busca, Fábio atuou no longa Getsêmani (2009), de Mario Bortolotto, filme de baixo orçamento produzido em São Paulo. E ainda neste ano se prepara para estrear Jonas e a Baleia, da LO Politi, sócia da Maria Bonita Filmes, que venceu o Edital de Criação e Desenvolvimento de Roteiro da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo.

O filme vai contar uma história de amor não convencional, que se passa no estacionamento de carros alegóricos, no Sambódromo, durante o desfile das Escolas de Samba Campeãs de SP. “Faço o pai do protagonista, uma história linda, um personagem fantástico”, afirma Fábio.
E ainda no filme A Busca, Fábio explica que o convite veio através de um teste que fez com o produtor Chico Accioly. Com o resultado positivo, veio muito exercício físico para entrar no jogo que a cena pedia, resultado que conta ter sido do seu agrado. A parceria com o ator Wagner Moura também rendeu bastante experiência para o ator, que o conheceu durante as gravações, em Paulínia (SP). Apesar da pancadaria, ninguém saiu machucado. O ator explica que a luta foi preparada por Ariela Goldman, que é especialista no assunto.

“Meu personagem se chama Tratorista e faz aumentar o desespero do pai em encontrar o filho. Os dois confundem tudo e acabam naquela pancadaria, que pelo que tenho ouvido, é uma das cenas mais comentadas do filme”, relata com satisfação.

PROJETOS 

Hiperativo, Fábio participou de vários projetos independentes durante a sua carreira, dentre os quais, por brincadeiras entre amigos, surgiu o Fuá Cultural, em parceria com Fabiana Carlucci e Rogério Harmitt, que promovia leituras de textos, shows, apresentações de peças, filmes, e exibição de artes plásticas e fotografia. “Sempre gostei de inventar, hoje até sou mais tranquilo com isso, mas gosto de juntar pessoas, fazer coisas, buscar novos universos”.

Além disso, João Fábio realizou um trabalho durante oito anos em escolas do estado de São Paulo, encenando oito peças com jovens de diversas idades, em parceria com Fabiana Carlucci e Fausto Brunini. As apresentações eram feitas no pátio ou até na própria sala de aula, de maneira improvisada. E o projeto era custeado pelos próprios organizadores, sem ajuda governamental. “Foi a coisa mais genial e mais importante que fiz até hoje”, define.

São projetos assim que Fábio revela ter interesse de realizar para o interior potiguar. Segundo ele, nunca houve um convite concreto para que ele participasse de alguma intervenção no estado, mas seu maior sonho é ter apoio para concretizar algum projeto junto ao poder público, que desse a oportunidade aos jovens de ter um contato maior com a cultura. “É um estado cheio de criatividade, um povo feliz, com brilho nos olhos. Alguma hora acontece algum convite e eu irei com felicidade!”

Além do seu novo filme, João Fábio Cabral deve estrear neste ano também como escritor. Até o segundo semestre desse ano, serão editados e lançados dois livros seus com 18 peças em dois volumes pela NVersos Editora, de São Paulo, em comemoração aos seus 13 anos de carreira.

Mas enquanto isso, após dois anos sem descanso, o artista potiguar resolveu se dar férias prolongadas na Europa. Desde o fim de março já conheceu Madrid e Málaga, na Espanha. Ele ainda pretende ir para a Holanda, França e “para onde mais o vento soprar”.

Do aeroporto em São Paulo, antes de partir, ligou para Ipanguaçu onde seu Beruca atendeu: “No final desse ano, se você não vier, eu é que vou viajar”, garantiu o soldador.

terça-feira, 2 de abril de 2013


Botafogo de Nascimento.
Em Pé: Lula de Walter, Rusivan, Chiquinho, Dedinho, Gugu, Santos, Toinho de Oliveira, Inácio e Nazareno. Agachados: Reinaldo, Vitório, Batista de Marieta, Cicero, Chapinha, Arimatéia e Diá.










Botafogo de Nascimento.
Em Pé: Lula de Walter, Rusivan, Chiquinho, Dedinho, Gugu, Santos, Toinho de Oliveira, Inácio e Nazareno. Agachados: Reinaldo, Vitório, Batista de Marieta, Cicero, Chapinha, Arimatéia e Diá.

Foto de: Rádio Princesa do Vale e Lucílio Filho

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Natal é pioneira em avançado exame neurológico


Issac Ribeiro - repórter


Depressão, esquizofrenia, transtorno bipolar, alzheimer e outros distúrbios psíquicos possuem, cada qual, padrões próprios e específicos. Mas não só isso. Cada patologia dessas tem uma imagem própria, uma espécie de fotografia que a diferencia uma das outras. Quer dizer então ser possível fazer um retrato da mente? Pelo menos é o que a Cintilografia de Perfusão Cerebral proporciona. O exame foi desenvolvido pelo médico chileno, naturalizado norte-americano,  Ismael Mena, na Universidade da Califórnia (EUA) e introduzido no Brasil pelo médico potiguar Roberto Jales, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
Arquivo TNNatal é pioneira no Brasil na realização da Cintilografia de Perfusão Cerebral, procedimento criado na Califórnia, que distingue doenças psíquicasNatal é pioneira no Brasil na realização da Cintilografia de Perfusão Cerebral, procedimento criado na Califórnia, que distingue doenças psíquicas

O procedimento vem atraindo a Natal pacientes de várias cidades brasileiras, como Curitiba, São Paulo, Fortaleza, de acordo com Roberto Jales, que atende uma média de seis pacientes por semana em sua clínica.

A cintilografia cerebral auxilia psiquiatras e psicólogos a obterem um diagnóstico mais preciso, bem como tomar decisões mais acertadas sobre tratamento e sua eficácia. A opinião sobre a aparente patologia pode variar de um profissional para outro. O que pode ser esquizofrenia para um, pode-se tratar de um transtorno bipolar para outro, ou ainda uma depressão. É aí que entra a Medicina Nuclear e seus exames.

Roberto Jales explica que todo exame de Medicina Nuclear revela, antes de tudo, a função, a fisiologia, a vida. No caso da cintilografia cerebral, é injetada uma substância radioativa no paciente, associada a um fármaco, que aponta a patologia através de cores específicas em determinadas áreas do cérebro — amarelo para normalidade, vermelho para transtorno bipolar, azul para esquizofrenia.

O médico Ismael Mena iniciou os estudos para a criação da cintilografia cerebral em 1980. Foram selecionados 300 pacientes sabidamente esquizofrênicos, 300 bipolares e 300 com outros tipos de distúrbios. Os resultados apontaram padrões de imagens para cada doença, sendo catalogados em um grande banco de dados.

“Neste estudo pioneiro, nós temos o privilégio de ter esse banco de dados. Eu injeto aqui em Natal uma substância absolutamente igual a que Ismael Mena injeta lá. O exame é idêntico, sem nenhuma diferença. Aí, a gente manda as imagens para ele, que vê em qual é o grupo que se enquadra, trabalhamos, discutimos e formalizamos um laudo”, comenta Roberto Jales.

Cintilografia cerebral


o que é

Cintilografia cerebral é um exame realizado a partir da administração de uma substância radioativa no sangue que reage com os neurônios e cria padrões de imagens coloridas, analisadas na tela, especificando patologias específicas da mente.

o que gera
Maior precisão no diagnóstico de doenças psiquiátricas, além de ajudar a tomar decisões mais acertadas sobre tratamento.

Fonte: Tribuna do Norte

SECA

PURGATÓRO




Venha vê seu môço, ói,
O qui é fome no sertão.
Mecê, é lá da cidade,
Nunca tem a infelicidade,
De cunhecê isso não.

Mais é bom sempre qui vêja,
Pru móde me acreditá.
E, pru raiva, ou compaixão.
Dizê aos nossos irmão,
Qui viu o nosso pená.

Mais sertão não é Brasí.
O Brasí, é lá pru sú.
Isso aqui é um purgatóro...
Quem mata a fome, é o sodóro
E a sede é o mandacarú.

Renato Caldas - Poeta assuense. 

O mestre da Terra dos Poetas.

Em tempo:

A escassez de chuvas no Assu e região é preocupante. Os reservatórios estão secando numa rapidez impressionante. Por exemplo, a Lagoa do Piató... Até quando haveremos de admirar este belo por do sol sobre sua lâmina d'água?


Lagoa do Piató - Furna


Lagoa do Piató


Lagoa do Piató


Lagoa do Piató

Fotos: Samuel Fonseca em 31/03/2013.

ANDRÉ, O RABEQUEIRO

ANDRÉ, O RABEQUEIRO 


André de Sapato Novo é um belo samba-choro.
André o Rabequeiro tocava o violino dos pobres e não imagino – ele, usando um pisante novo, muito embora tivesse a sua ribalta em frente a uma sapataria no centro da cidade alta na estreita rua medieval Câmara Cascudo e, André, o seu menestrel. Ha tres anos ele faleceu. Ninguém mais ouve o seu rabecar rouco. Seu olhar vesgo era triste como sua música de repertório composto de clássicos da canção regional nordestina. Toca aí o “Forró do Pé Rapado”, André. Ele que é um dos poucos remanescentes daqueles grandes artistas populares que fazem parte da alma inconsútil das cidades.
Quando alguém importante visita a cidade, André é apresentado como parte do folclore da cidade. Foi assim quando de uma visita do Paulo Moura a Natal e apresentado a André ficou emocionado com a sua música. Retirou todo o dinheiro que tinha no bolso e entregou ao pobre músico André. André cospe. André olha de esguelha, sempre desconfiado deles que não pagam.
Nascido em Santo Antonio do Salto da Onça – no Rio Grande do Norte, André morava numa casinha humilde de Mãe Luíza. Comia quando dava. Tocava sempre para alegrar os transeuntes apressados que compravam mais um sapato. Tudo nele era roto. A caixa embalagem da rabeca. A roupa. O sapato.
André se despediu de décadas tocando para Natal. Eu o conhecia desde muito em feiras, ruas e festas. A cidade alta ficou mais triste. Ainda ouço André tocar mas não sei se quero ir na cidade comprar sapato.
Adeus meu querido André, você que bordou e pespontou as bordas de uma cidade vestida do som de sua bela e triste Rabeca.

damata

"André de Sapato Novo é um belo samba-choro. André o Rabequeiro tocava o violino dos pobres e não imagino – ele, usando um pisante novo, muito embora tivesse a sua ribalta em frente a uma sapataria no centro da cidade alta na estreita rua medieval Câmara Cascudo e, André, o seu menestrel. Ha tres anos ele faleceu. Ninguém mais ouve o seu rabecar rouco. Seu olhar vesgo era triste como sua música de repertório composto de clássicos da canção regional nordestina. Toca aí o “Forró do Pé Rapado”, André. Ele que é um dos poucos remanescentes daqueles grandes artistas populares que fazem parte da alma inconsútil das cidades.
Quando alguém importante visita a cidade, André é apresentado como parte do folclore da cidade. Foi assim quando de uma visita do Paulo Moura a Natal e apresentado a André ficou emocionado com a sua música. Retirou todo o dinheiro que tinha no bolso e entregou ao pobre músico André. André cospe. André olha de esguelha, sempre desconfiado deles que não pagam.
Nascido em Santo Antonio do Salto da Onça – no Rio Grande do Norte, André morava numa casinha humilde de Mãe Luíza. Comia quando dava. Tocava sempre para alegrar os transeuntes apressados que compravam mais um sapato. Tudo nele era roto. A caixa embalagem da rabeca. A roupa. O sapato.
André se despediu de décadas tocando para Natal. Eu o conhecia desde muito em feiras, ruas e festas. A cidade alta ficou mais triste. Ainda ouço André tocar mas não sei se quero ir na cidade comprar sapato.
Adeus meu querido André, você que bordou e pespontou as bordas de uma cidade vestida do som de sua bela e triste Rabeca."

damata


Em tempo: Conheci André ainda nos meus tempos de estudante em Natal, 1974, quando eu frequentava a Confeitaria Atheneu, no bairro de Petrópoles, Natal. E ele sempre com sua Rebeca, o seu Violino, seu intrumento de sobrevivência de vida pobre como sempre viveu.

fernando Caldas
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  • V

Por que 1º de abril é o dia da mentira?

A brincadeira surgiu na França, no reinado de Carlos IX (1560-1574). Desde o começo do século XVI, o ano- novo era comemorado em 25 de março, com a chegada da primavera. As festas, que incluíam troca de presentes e animados bailes noite adentro, duravam uma semana, terminando em 1º de abril. Em 1562, porém, o papa Gregório XIII (1502-1585) instituiu um novo calendário para todo o mundo cristão - o chamado calendário gregoriano - em que o ano-novo caía em 1º de janeiro. O rei francês só seguiu o decreto papal dois anos depois, em 1564, e, mesmo assim, os franceses que resistiram à mudança, ou a ignoraram ou a esqueceram, mantiveram a comemoração na antiga data. Alguns gozadores começaram a ridicularizar esse apego enviando aos conservadores adeptos do calendário anterior - apelidados de "bobos de abril" - presentes estranhos e convites para festas inexistentes. Com o tempo, a galhofa firmou-se em todo o país, de onde, cerca de 200 anos depois, migrou para a Inglaterra e daí para o mundo.
No Brasil, o primeiro de abril começou a ser difundido em Minas Gerais, onde circulou A Mentira, um periódico de vida efêmera, lançado em 1º de abril de 1828, com a notícia do falecimento de Dom Pedro, desmentida no dia seguinte. A Mentira saiu pela última vez em 14 de setembro de 1849, convocando todos os credores para um acerto de contas no dia 1º de abril do ano seguinte, dando como referência um local inexistente.

De: Eu Vivi Tudo Isso.
Por que 1º de abril é o dia da mentira?

A brincadeira surgiu na França, no reinado de Carlos IX (1560-1574). Desde o começo do século XVI, o ano- novo era comemorado em 25 de março, com a chegada da primavera. As festas, que incluíam troca de presentes e animados bailes noite adentro, duravam uma semana, terminando em 1º de abril. Em 1562, porém, o papa Gregório XIII (1502-1585) instituiu um novo calendário para todo o mundo cristão - o chamado calendário gregoriano - em que o ano-novo caía em 1º de janeiro. O rei francês só seguiu o decreto papal dois anos depois, em 1564, e, mesmo assim, os franceses que resistiram à mudança, ou a ignoraram ou a esqueceram, mantiveram a comemoração na antiga data. Alguns gozadores começaram a ridicularizar esse apego enviando aos conservadores adeptos do calendário anterior - apelidados de "bobos de abril" - presentes estranhos e convites para festas inexistentes. Com o tempo, a galhofa firmou-se em todo o país, de onde, cerca de 200 anos depois, migrou para a Inglaterra e daí para o mundo.
No Brasil, o primeiro de abril começou a ser difundido em Minas Gerais, onde circulou A Mentira, um periódico de vida efêmera, lançado em 1º de abril de 1828, com a notícia do falecimento de Dom Pedro, desmentida no dia seguinte. A Mentira saiu pela última vez em 14 de setembro de 1849, convocando todos os credores para um acerto de contas no dia 1º de abril do ano seguinte, dando como referência um local inexistente.

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