terça-feira, 9 de julho de 2013

HISTÓRIA

CURIOSIDADES SOBRE ARCELINO COSTA LEITÃO 
EX-PREFEITO DO ASSU
 
1957 / BASTIDORES DA POLÍTICA - O cidadão Arcelino Costa Leitão que chegou ao Assu gerenciando a 'Lojas Paulistas', nos idos anos quarenta, depois, foi ser gerente da firma “Algodoeira João Câmara & Irmãos”, foi convidado pelo ex-prefeito Edgard Borges Montenegro para compor a sua chapa como vice-prefeito pelo partido da União Democrática Nacional – UDN.
         Certo dia, se aproximando o pleito, Edgard convida “Costa” para irem à Natal comunicar ao ex-chefe político Pedro Amorim, a quem gostava de consultar antes de decidir-se politicamente, a indicação de Costacomo seu companheiro de chapa. Na capital, Costa sabendo que Dr. Pedro Amorim não lhe tinha simpatia, precavido, ficou aguardando Edgard e consequentemente um resultado que lhe fosse satisfatório, na calçada da casa do então ex-político, mas ainda com muita influência que, foi decidido e taxativo:
         - “Edgar, você sim! Costa, não!”
         Recusou em solidariedade a um amigo e correligionário que tinha perdido sua mulher que fugiu com Costa para viverem um caso de amor.
         Costa escutou as palavras desagradáveis de 'Doutor Amorim', voltou para o Assu, aliou-se à liderança de Olavo Montenegro, candidatou-se a prefeito pelo Partido Social Democrático – PSD, ganhando a eleição para o líder carismático, novo na vida pública, bom de microfone, engenheiro agrônomo, Comandante Edgard Montenegro, sucedendo Francisco Amorim. (Fernando Caldas, 1998, 24/25).   

1957 – novembro – A Câmara Municipal do Assu, rejeitou a concessão do título de cidadão assuense proposto pelo vereador Celso da Silveira para Pedro Viana Neto, João Germano Sobrinho e Arcelino Costa Leitão. Viana era o Juiz de Direito da Comarca; João Germano, Tabelião do 1º Cartório e Costa Leitão, o gerente da poderosa algodoeira João Câmara Indústria e Comércio. Motivo da rejeição: política e preconceito. (Celso da Silveira, 1995: 123).
       
1959/63 – Assume como o oitavo Prefeito do Município do Assu o Sr. Arcelino Costa Leitão. O Sr. Pedro Borges de Andrade era o Vice-Prefeito e, como tal, Presidente da Câmara Municipal. A Câmara Municipal foi composta por 14 Vereadores: Maria Olímpia Neves de Oliveira, Walter de Sá Leitão, José Bezerra de Sá, Sebastião Pinheiro de Oliveira, Manoel Batista de Souza Filho, Ernesto Carlos de Souza e Vicente Severo de Moura, pelo Partido Democrático – Waldemar Campielo Maresco, Agnaldo Gurgel de Freitas, João Marcolino de Vasconcelos, João Batista da Costa, Astério Barbosa Tinôco e Alfredo Soares de Macêdo Neto, pela União Democrática Nacional e Antonio Benevides Filho, pelo Partido Trabalhista Nacional. (Celso da Silveira, 1995: 123/4).

Dinarte Mariz


Dinarte de Medeiros Mariz [n. Serra Negra-RN, 1903, m. Brasília-DF, 1984]. Hoje é o aniversário da sua morte – 29 anos. Foi um político potiguar. Deputado estadual, governador, senador pelo Rio Grande do Norte.

Quando Agenor Maria senador pela terra potiguar disse que “o senado é melhor que o céu”, Dinarte proferiu as seguintes palavras: “Mas, para chegar ao céu teria que morrer!"

Fernando Caldas





De: Djalma Marinho

O melhor da democracia não é a eleição dos melhores, mas a derrota dos demagogos, mentirosos e subservientes.


Djalma Marinho, ex-deputado federal pelo RN



 
Se chovesse felicidade, eu lhe desejaria uma tempestade...

Yara Cerqueira Lima


"Saudade,é silêncio da alma,e nem sempre é colorido de alegria."

Rafaela Bueno
Liduxa ____✿

Citação

“VIVER não é esperar a tempestade passar... é aprender como passear na chuva..." 

(Desconhecido)
Permita-se


segunda-feira, 8 de julho de 2013

A lei e os reajustes abusivos por faixa etária

http://www.meuadvogado.com.br

Os reajustes das mensalidades de plano e seguro-saúde após os 60 (sessenta) anos revela-se abusiva e ilegal, de acordo com o Estatuto do Idoso. Abusos anteriores aos 60 anos também devem ser analisados para verificar se há ou não abusividade.

A criação da Lei nº. 9.656/98 que regulamenta os planos e seguro-saúde foi de suma importância, uma vez que estabelece regras específicas aos contratos firmados entre os consumidores e operadoras de assistência à saúde.
Assim, a partir de 1º janeiro de 1.999, data do início da vigência da lei, passou-se a observar a data de assinatura dos contratos, sendo certo que os pactos assinados após a vigência da Lei estão submetidos a fiscalização da Agência Nacional de Saúde Suplementar. E os consolidados anteriormente são sujeitos às cláusulas convencionadas entre as partes.
Todavia, como a relação existente entre as operadoras de saúde e consumidores revela-se de consumo, tem se admitido a aplicabilidade do Código de Defesa do Consumidor (Lei nº. 8.078/90), como forma de beneficiar os contratantes, hipossuficientes, das abusividades cometidas pelas empresas de saúde.
Considerando que o Código de Defesa do Consumidor tem aplicação imediata por ser norma de ordem pública, tem se adotado seus dispositivos de maneira a beneficiários consumidores e reprimir as práticas das operadoras de saúde.
Vale dizer que mesmo com a aplicação da Lei nº. 8.078/90 e a Lei de Planos de Saúde, as operadoras e saúde se utilizavam de meios, cláusulas e práticas de modo a colocarem os consumidores em notável desvantagem.
Desse modo, observa-se que grande parte dos prejudicados pela empresas de saúde são os idosos, principalmente, no que diz respeito ao aumento da mensalidade por faixa etária.
Em 2003 foi criada a Lei nº. 10.741 (Estatuto do Idoso) que entrou em vigência em janeiro de 2004, visando coibir condutas abusivas adotadas contra os idosos, ou seja, buscando a proteção dos direitos das pessoas com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos.
O artigo 15 do Estatuto do Idoso dispõe o seguinte:
“Art. 15. É assegurada a atenção integral à saúde do idoso, por intermédio do Sistema Único de Saúde – SUS, garantindo-lhe o acesso universal e igualitário, em conjunto articulado e contínuo das ações e serviços, para a prevenção, promoção, proteção e recuperação da saúde, incluindo a atenção especial às doenças que afetam preferencialmente os idosos.
...
§3º. É vedada a discriminação do idoso nos planos de saúde pela cobrança de valores diferenciados em razão da idade”.
O dispositivo supramencionado veda a cobrança diferenciada de valores em razão da idade do segurado/associado.
Vale ressaltar que surgem conflitos originários da aplicação da Lei nº. 9.656/98 e 10.741/03, de modo que parte da doutrina entende que tais normas somente devem ser aplicadas após sua vigência. Todavia, se não é o entendimento majoritário, pois o caso concreto é que deve ser levado em consideração, ou seja, quando o contratante alcança a idade de 60 (sessenta) anos.
A cláusula de reajuste é condicionada a evento futuro e incerto, pois depende do consumidor atingir 60 (sessenta) anos para que tenha aplicabilidade. Pois, no ato da contratação não há como se prever se o consumidor alcançará a idade estipulada, motivo pelo qual a lei deve ter efeito imediato. Portanto, não há o que se falar em efeito retroativo da lei.
 Recentemente, o Superior Tribunal de Justiça decidiu no REsp 809.329-RJ (Acórdão ADV 125334), de relatoria da Ministra Nancy Andrighi, pela aplicabilidade imediata da Lei nº. 10.741, como forma de assegurar o direito da contratante.
Naqueles autos a aposentada ao completar 60 (sessenta) anos de idade teve um reajuste na mensalidade de seu plano de saúde de 185% (cento e oitenta e cinco por cento).
A Suprema Corte julgou procedente o pedido formulado pela aposentada condenando a operadora de saúde a cancelar o aumento abusivo e a devolver em dobro os valores pagos em excesso pela consumidora.
Importante destacar alguns julgados no mesmo sentido:
“PLANO DE SAÚDE – REAJUSTES DA MENSALIDADES. Consumidor com mais de sessenta anos. Contrato firmado antes da vigência do Estatuto do Idoso. Contrato de trato sucessivo, aplicação do § 3º do artigo 15 do Estatuto do Idoso, para impedir os reajustes por faixa etária”.[1]
PLANO DE SAÚDE – REAJUSTE DAS CONTRAPRESTAÇÕESEMRAZÃODAMUDANÇA DE FAIXA ETÁRIA – INEXISTÊNCIA DE IRRETROATIVIDADE DA LEI AO ATO JURÍDICO PERFEITO. É nula, de pleno direito, por abusiva e por não redigida de forma clara e destacada, a cláusula que, em contrato de Plano de Saúde, estabelece o reajuste das contraprestações pecuniárias em função da idade do segurado, levando contribuição para excessivamente oneroso. Violação ao Código de Defesa do Consumidor e ao Estatuto do Idoso (Lei nº. 10.741/03). Aplicação imediata do artigo 15, § 3º, da Lei 10.741/03. Situação que não caracteriza violação à regra da irretroatividade das leis e ao ato jurídico perfeito. Precedente da 3ª Turma Recursal Cível”.[2]
Não restam dúvidas da aplicabilidade do Estatuto do Idoso de modo a beneficiar o contratante hipossuficiente, pois as operadoras de saúde impõem cláusulas abusivas lesando o consumidor que necessita buscar o Poder Judiciário para garantir o seu direito.
O reajuste por faixa etária a partir dos 60 (sessenta) anos revela-se ilegal e abusivo, conforme entendimento de nossos tribunais.

Por Juliana Maria Costa Lima Araújo


[1]TJSP – Rec. Inom. 29411 – 3ª Turma – Rel. João Batista Silvério da Silva – Julg. em 12.12.2007
[2] TJRS – Recurso Cível 71001516244 – 1ª Turma Recursal Cível – Rel. Ricardo Torres Hermann – julg. em 27.3.2008 
Fonte: Do mural/facebook Mruadvogado


RUA DO ASSU

RUA MOYSÉS SOARES


Da série “Ruas do Assu” apresentamos um pouco da Rua Moysés Soares - outrora denominada de Rua das Hortas. Esta Rua tem como principal edificação o sobrado pertencente ao patrimônio de São João Batista onde, nas últimas décadas funcionou: o Grupo de Escoteiros Olavo Bilac, Seminário Vocacional do Assu, Pastoral da Criança e Sobrado das Artes. Atualmente sedia a Secretaria Administrativa da Paróquia de São João Batista.
Sobrado da Paróquia de São João

Pessoas de famílias tradicionais residem nesta rua que foi uma das primeiras da cidade. Borges, Sá Leitão, Simonetti, Caldas, Tavares, Soares, Macedo, Oliveira, entre outras, são algumas das genealogias ali encontradas. Esta, interligada com a Rua Aureliano Lôpo, é a única via de acesso do Centro a comunidade de Entre-Rios e Rio Açu - para quem se destina a Ipanguaçu pela velha estiva.
Uma das últimas enchentes que atingiu
a Rua Moysés Soares  

Mas, quem foi Moysés Soares para ser homenageado como patrono desta artéria da cidade? Moysés Soares de Araújo – nasceu no dia 02 de maio de 1885. Seus pais: Pedro Soares de Araújo e dona Ana Senhorinha de Araújo, os quais, indo residir em natal, ali Moysés recebeu as primeiras letras, por algum tempo, pois aos 12 anos, já era auxiliar da casa comercial de dona Maria Leocádia de Araújo Medeiros, estabelecida em Assu. No ano de 1901, juntamente com Palmério filho, publicado o “Almanach Literário e Histórico do Município do Assu”. Cursou o segundo grau no Atheneu Norte-Riograndense, fazendo em seguida, o seu ingresso na faculdade Livre de Direito do Ceará até o terceiro ano, concluindo na faculdade de direito da Capital Federal, à época, Rio de Janeiro, no dia 24 de dezembro de 1904. 

Fez sua aprendizagem no campo jornalístico, escrevendo em sua terra berço, Assu, nos jornais da época, sob o pseudônimo de “Rosa Beatriz”. Em Natal, ocupou os cargos de Amanuense, Secretário da Junta Comercial, lente Catedrático de Direito do Ateneu Norte-Rio-Grandense, Fiscal Federal junto ao referido Ateneu, Fiscal do Governo Estadual junto ao Colégio da Imaculada Conceição e secretário do Governo do Estado. Entrando na vida pública pelo seu merecimento, foi eleito Deputado Estadual em várias legislaturas, sendo em algumas, líder do Governo, fazendo, também, parte do Congresso Constituinte de 1915. 

Foi redator e Diretor da “A República” órgão oficial do Estado. Fundou e dirigiu o “Jornal da Manhã” (1913), diário exclusivamente político. Presidiu o Natal Club, o Centro Náutico Esportivo e o Tiro de Guerra 18. Foi diretor da Escola de Comércio de Natal. Membro honorário do Centro Acadêmico e primeiro presidente de honra do Centro “Frei Miguelinho”. 

Em 1917 foi membro da Liga de Defesa Nacional do Rio Grande do Norte e delegado da Confederação Brasileira de Desportos, neste Estado e professor de Direito Usual, Civismo e Noções de economia no Ateneu Norte-Rio-Grandense. Publicou duas Monografias: “Natal Club e a sua primeira Década”- (1916) e a “O que foi a dissolução do Tiro de Guerra 18” - (1919). 

Na advocacia, o seu nome recebeu notável destaque nos meios forenses, como defensor dos humildes. Jornalista de vários recursos, orador de mão cheia, foi Moysés um a das mais expressivas e uma das mais atuantes inteligências do seu tempo. O seu desaparecimento verificou-se, em Natal, no dia 06 de agosto de 1922. Poeta. Deixou várias produções poéticas. 

Em Natal também existe no bairro das Quintas, sob o CEP. 59.037-145, uma rua cujo patrono é o assuense Moysés Soares de Araújo.

domingo, 7 de julho de 2013

Coração ferido

Por João Lins Caldas [1888-1967]

Coração malsinado das torturas,
Coração de mulher sem amor ter,
Goza um pouco a ventura de querer
Que este gozo é maior que outras venturas.

Tens, como as dores que hoje tens seguras,
Do amor a porta sem poder se erguer.
Ah! Que ventura se ilusões, das puras.
Hoje pudesse coração, conter!

Mas não! Que o gelo que dá vida à morte
É o mesmo gelo que campeia forte
Nesse teu seio onde batalha a dor...

És para o tédio e para o mal nascido...
Muda essa sorte, coração ferido,
Abre essa porta para o meu amor!...




Charge


Eu vi o ataque de Lampião

O EX-BANCÁRIO MANOEL PEREIRA COMPLETOU 100 ANOS NA ÚLTIMA QUARTA-FEIRA; AO NOVO JORNAL, ELE CONTA TUDO O QUE TESTEMUNHOU SOBRE A INVASÃO DO REI DO CANGAÇO A MOSSORÓ

DO NOVO JORNAL
O azulejo padronizado com figuras de flores, presente nas paredes da antiga residência no bairro de Petrópolis, em Natal, é a moldura singela para o manso discurso de Manoel Pereira. No auge dos 100 anos de idade, comemorados na última quarta-feira, o senhor de cabelos ralos, bigode e barbicha grisalhos, lembra de datas, nomes e números de cabeça. Fala sem pressa ao narrar sua história que, em muitos pontos, se cruza com a própria história do Rio Grande do Norte: ele é uma das últimas testemunhas vivas do ataque de Lampião a Mossoró em 1927.

Foto: Argemiro Lima/NJ.
Argemiro Lima/NJ
Manoel relata os tiroteios à esmo
O aposentado Manoel Pereira Sobrinho, ex-funcionário do Banco do Brasil, nasceu no dia 3 de julho de 1913, em Santo Antônio do Salto da Onça, cidade onde seus pais criavam gado e viviam da agricultura. “Nunca fui bom pra agricultura, era o que o meu pai dizia”, conta ele, acrescentando que desde criança sempre foi franzino, o que de certa forma o incompatibilizou com a pesada labuta na roça.

Ao completar dois anos, sua família comprou um sítio próximo a Ceará Mirim, conhecido como Jacoca de Baixo, onde viveram por volta de uma década. Dessa fazenda, ele lembra das fruteiras, da cana de açúcar e de um moinho movido a burro. Fez o ABC ainda naquela comunidade. Na década de 20, a família migrou para Lajes do Cabugi e, quando tinha 14 anos, chegou a Mossoró, onde viveu na região suburbana até que mudou-se para uma casa na atual avenida Alberto Maranhão.

Nesta fase de sua vida, o garoto tornou-se uma testemunha privilegiada da saga do cangaço que aterrorizava o sertão nordestino, já tendo sido, por este motivo, entrevistado pelos pesquisadore que se interessam pelo tema. Mossoró, claro, era muito diferente da cidade que é hoje. Havia só três igrejas: a da Conceição, a de São Vicente e a Matriz. “A gente morava no alto, próximo a uma caieira (de fazer cal). Até hoje ela existe, só que com algumas modificações. Era a última casa da Alberto Maranhão”.

A invasão do bando de Lampião à cidade, lembra como se fosse hoje: “Foi no dia de Santo Antônio (13 de junho), eles achavam que iam pegar a cidade de surpresa”, informa. No entanto, depois que os cangaceiros atacaram Apodi, pouco antes, os mossoroenses ficaram alertas. Inclusive, segundo disse, as autoridades souberam do plano dos bandoleiros através de uma pessoa que vinha de uma das cidades da região que já havia sido saqueada pelo bando.

Conta que, enquanto o bando descia a cavalo para São Sebastião, atual Dix-sept Rosado, a população de Mossoró já se armava para receber os visitantes indesejáveis. “Naquela época, o exército era muito reduzido e por isso os coronéis cederam os fuzis para os cidadãos e a cidade toda ficou em estado de alerta”, ressalta.

Revela ainda que, pouco antes do ataque, um grupo de cangaceiros tentou tomar, sem sucesso, um trem que se destinava a Mossoró. A locomotiva, a salvo dos bandoleiros, entrou na cidade apitando ininterruptamente, logo sendo acompanhada pelas badaladas do sino da igreja, sinalizando para toda a população que o perigo era iminente.

Pereira parece não ter dificuldades para resgatar da memória fatos que ocorreram há mais de 80 anos, quase 90. Com a voz sempre pausada, fala que a ameaça do rei do cangaço gerou um alvoroço na população civil, notadamente mulheres e crianças, culminando com o êxodo de muita gente. Quem tinha condições deixou a cidade em carroça ou a cavalo em direção aos sítios e cidades vizinhas.

Quem não tinha condições partiu a pé, como a família de Manoel Pereira. Depois de duas horas de caminhada, chegaram ao sítio Bom Jesus. “Como minha mãe estava com medo de os cangaceiros roubarem as coisas lá de casa, trancou tudo na caieira que havia na vizinhança”, recorda. Às 13h do dia do ataque, a família estava reunida numa cabana de folha de carnaúba, empestada de muriçocas, quando começou a escutar a chuva de balas.

“Eles atiravam a esmo: os cangaceiros a partir da entrada da cidade e o povo da trincheira do prefeito Rodolfo (Fernandes), onde estavam reunidos”, conta, explicando que ouviu o relato dos acontecimentos dos próprios atores deste drama real. Segundo ele, o bravo prefeito que liderou a resistência havia montado uma trincheira de sacos de algodão prensado. “Aquilo era mais forte do que ferro”, avalia. “Lampião ficou no entorno da cidade, onde hoje fica a Estação das Artes, e mandou dois homens de seu bando para avaliar a situação: Colchete e Jararaca”, diz.
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Citação

Base Física, Ipanguaçu-RN

Foto do mural/face de Luiz Antônio Siqueira

Um poema de Pablo Neruda

Saudade é solidão acompanhada,
é quando o amor ainda não foi embora,
mas o amado já...
Saudade é amar um passado que ainda não passou,
é recusar um presente que nos machuca,
é não ver o futuro que nos convida...
Saudade é sentir que existe o que não existe mais...
Saudade é o inferno dos que perderam,
é a dor dos que ficaram para trás,
é o gosto de morte na boca dos que continuam...
Só uma pessoa no mundo deseja sentir saudade:
aquela que nunca amou.
E esse é o maior dos sofrimentos:
não ter por quem sentir saudades,
passar pela vida e não viver.
O maior dos sofrimentos é nunca ter sofrido.

Pablo Neruda


Citação

Partido Novo


Mais um exemplo de que o problema no Brasil é a má gestão pública e a escolha errada de prioridades.

Não precisamos de mais gastos e aumento de impostos.

http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2013/06/1303780-aprendendo-a-gastar.shtml

Poesia


Pode ser que um dia tudo acabe... 
Mas, com a amizade construiremos tudo novamente, 
Cada vez de forma diferente. 
Sendo único e inesquecível cada momento 
Que juntos viveremos e nos lembraremos para sempre. 

Há duas formas para viver a sua vida: 
Uma é acreditar que não existe milagre. 
A outra é acreditar que todas as coisas são um milagre
Albert Einstein
*Crystal*













Pode ser que um dia tudo acabe...
Mas, com a amizade construiremos tudo novamente,
Cada vez de forma diferente.
Sendo único e inesquecível cada momento
Que juntos viveremos e nos lembraremos para sempre.

Há duas formas para viver a sua vida:
Uma é acreditar que não existe milagre.
A outra é acreditar que todas as coisas são um milagre
Albert Einstein
*Crystal*
De: Rosas em Poesias

"Satirinhas!

O MUNDO VARZEANO


Estivemos ontem (quinta-feira, 05/07), na Pinacoteca / Palácio do Governo, representando o Deputado Estadual George Soares - o qual se encontrava ausente de Natal, no lançamento do livro O Mundo Varzeano de Manoel Rodrigues de Melo",de autoria de Maria da Salete com fotografias de João Vital Evangelista Souto. 

Com apoio da Lei Câmara Cascudo e patrocínio da Petrobras, o livro retrata paisagens, tipos e costumes do Vale do Açu registrados na obra do escritor varzeano e que foram objeto de estudo da professora em sua dissertação de mestrado, aprovada pelo Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Norte em 2001.

“O texto desse livro é simplesmente o primeiro capítulo da minha dissertação de mestrado, todo ele está ali, onde destaco a visão poética e a riqueza de detalhes que o grande escritor Manoel Rodrigues de Melo (1907-1996) descreveu sobre a região que fica a nordeste da bacia hidrográfica do rio Açu e que engloba os municípios de Assu, Ipanguaçu, Carnaubais, Alto do Rodrigues, Pendencias, Porto do Mangue e Macau”, conta a professora.

Familiares de Manoel Rodrigues de Melo, autoridades e muitos pendencienses e assuenses se fizeram presentes. O lançamento foi um sucesso de público. 
Fotos: Maria da Conceição Barbosa Bezerra

sexta-feira, 5 de julho de 2013

O Sobrado de Belém do Brejo da Cruz

Poesia

É tão fundo o silêncio entre as estrelas. 
Nem o som da palavra se propaga 
nem o canto das aves milagrosas. 
Mas lá, entre as estrelas,
onde somos um astro recriado,
é que se ouve o íntimo rumor
que abre as rosas.

José Saramago

Poema

A chuva já tinha parado, mas o riacho ainda corria na rua escura. Um vento frio teimava em entrar pela porta entreaberta e castigar os três amigos. Chico Batista já ameaçara fechar a bodega. A garrafa estava quase vazia. Augusto Preto virou o copo de uma vez e pegou um cajá-umbu.

- Dó, Adolfinho, para esse preto velho!

♪ ♫ ♫ ♫ ♪ ♫
Por que você me olha
Com esses olhos de loucura?
Por que você diz meu nome?
Por que você me procura?
♪ ♫ ♫ ♫ ♪ ♫

- Velho, nós devíamos fazer serenata agora.
- Eu topo, cigano.
- Primeiro na casa de Clarinha.
- Depois, Barranqueira e Espedita.
- Tudo bem, a gente encerra na casa de Alzira.
- Índio velho, anote aí mais uma garrafa!
- Amanhã a gente devolve os copos...

E os três amigos saíram cantando pelas ruas molhadas da cidade.

♪ ♫ ♫ ♫ ♪ ♫
De que serve sonhar um minuto?
Se a verdade da vida é ruim
Se existe um preconceito muito forte
Separando você de mim
♪ ♫ ♫ ♫ ♪ ♫

Sérgio Simonette

Poemeto

Título do blog

Se nesta cama te ensino a morrer
é porque a morte é febre que tece
— tempestade que anuncia mundos de seda.

Marize Castro, poeta potiguar

Glosa

Foto: MOTE
- Sou Poeta e Glosador
- Sou da cidade do Assú
*****************

Uma bela paisagem e imagem

De: APHOTO Associação Potiguar de Fotografia.

Ufersa Assú será implantada com 60 vagas de Medicina

02/07/2013

O Ministério da Educação autorizou a criação de mais 60 vagas para o curso de Medicina na Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa), que serão implantadas no futuro Campus da cidade de Assú. As novas vagas serão escalonadas em dois anos seguintes, sendo a primeira turma com 30 alunos já em 2016, e mais 30 vagas no ano seguinte, 2017.
Com a boa notícia, a Universidade passará a contar com 120 vagas para Medicina até 2017. Isso porque o Governo Federal já havia liberado em meados de maio deste ano as primeiras 60 vagas para atender o Campus Central, em Mossoró, sendo 30 entradas também em 2016 e outras 30 vagas no ano seguinte.
O professor José de Arimatea de Matos repassou a informação de Brasília, complementando que o novo campus de Assú estará em funcionamento concomitante com as novas vagas de Medicina na cidade. “A região do Vale do Assú realiza um antigo sonho com a chegada da Universidade. A nova Unidade da Ufersa irá funcionar como um Centro de Saúde, assim como em Mossoró”, ressalta o professor.
O próximo passo da Universidade será a elaboração do orçamento necessário para implantação do curso pela Pró-Reitoria de Planejamento. A planilha de investimentos será incorporada ao orçamento do Ministério da Educação para contemplar uma estrutura dotada de biotérios, sala de aula, sala para professores, laboratórios, auditórios, acervo bibliotecário e recursos humanos – docentes e técnicos. “Todos os esforços serão feitos pela Universidade para acelerarmos as solicitações do MEC”, garantiu o magnífico.
Os graduandos irão ingressar no Curso através do Sistema de Seleção Unificada (SiSU) para entrada em 2016, de modo que os candidatos deverão obrigatoriamente prestar o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), em 2015.
Medicina em Assu será o 33º curso presencial da UFERSA, que já conta hoje com 20 graduações no Campus Central, 5 em Angicos, 4 em Caraúbas e 2 em Pau dos Ferros. A UFERSA também já recebeu a autorização para a implantação do curso de Educação do Campo, que deverá ser implantado em Mossoró.
“A conquista da Ufersa reflete a política de interiorização das ofertas de vagas do Ensino Superior por parte do Governo Federal, sobretudo na área da Saúde, que é um setor prioritário nas reivindicações da sociedade. Ganha o Rio Grande do Norte e principalmente o interior”, defende o reitor José de Arimatea de Matos.

Assu Antigo

Rua Moisés Soares, antes denominada Rua de Ortas. Foto do mural/facebook Rádio Princesa do Vale.

Citação

 Doce Misterio.
















"Não há palavra amiga, nem gesto que possam ajudar.
É preciso esperar a ação do tempo - que não é apenas um devorador de dias e de horas, mas um enfermeiro eficiente."

Lya Luft
Liduxa

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Assu antigo


Casa de Francisco Evarista de Oliveira Sales (dr. Sales), um dos primeiros médicos a chegar na cidade de Assu., onde ele conquistou grandes amizades e simpatias! Guardo dele boas recordações e lembranças!

PELO DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA Se Guilherme de Almeida escreveu 'Raça', em 1925, uma obra literária “que tem como tema a gênese da na...