quinta-feira, 12 de setembro de 2013

LEI DE RETORNO

“E os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal, para a ressurreição da condenação.” — Jesus. (JOÃO,5;29)

Em raras passagens do Evangelho, a lei reencarnacionista permanece tão 
clara quanto aqui, em que o ensino do Mestre se reporta à ressurreição da
condenação.

Como entenderiam estas palavras os teólogos interessados na existência
de um inferno ardente e imperecível?

As criaturas dedicadas ao bem encontrarão a fonte da vida em se
banhando nas águas da morte corporal.

Suas realizações do porvir seguem na ascensão justa, em correspondência direta com o esforço perseverante que desenvolveram no rumo da espiritualidade santificadora,

todavia, os que se comprazem no mal cancelam as próprias possibilidades de ressurreição na luz.

Cumpre-lhes a repetição do curso expiatório.
É a volta à lição ou ao remédio.
Não lhes surge diferente alternativa.

A lei de retorno, pois, está contida amplamente nessa síntese de Jesus.
Ressurreição é ressurgimento. E o sentido de renovação não se compadece com a teoria das penas eternas.

Nas sentenças sumárias e definitivas não há recurso salvador. Através da referência do Mestre, contudo, observamos que a Providência Divina é muito mais rica e magnânima que parece.

Haverá ressurreição para todos, apenas com a diferença de que os bons tê-la-ão em vida nova e os maus em nova condenação, decorrente da criação reprovável deles mesmos.

Do mural/face de Rita de Cassia Querreira

Lagoa de Genipabu Natal, Rio Grande do Norte

Foto: Serlunar

#TurismoNordestino #VemProNordeste

De: Nação Nordestina


Eu gosto de olhos que sorriem, de gestos que se desculpam, de toques que sabem conversar e de silêncios que se declaram.

Machado de Assis


quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Ave Maria - (em alemão)

BRINCADEIRAS DE OUTRORA

Lembro-me que até finais dos anos setenta, antes da aparição maciça da televisão, existiam diversos tipos de brincadeiras executadas por crianças nas tranquilas ruas da cidade do Assu. 

Muitas destas brincadeiras despertavam para a violência, já que dependia de demonstrações de habilidade e força física.

Um exemplo era a Queda de Corpo. Duas crianças ou adolescentes se atracavam com “unhas e dentes”, um tentando dominar o outro. Ao rolarem ao chão, só depois de pronunciada a palavra chave: “to rendido” ou quando não tivesse condições de falar tocasse uma das mãos no chão, é que era liberado o perdedor. Muita gente saia machucado desta brincadeira.
Uma não menos violenta, era a Queda de Braço – Havia de diversas modalidades. 'Mão com mão', 'cana com cana', 'mão com cana', 'rabo de tatu', 'dois dedos', 'mão aberta', 'queda enrolada'.

Consistia num "esporte" demonstrativo de força, praticado por duplas. Os participantes apoiavam uma das mãos na mão correspondente do outro e as enlaçavam com os dedos, apoiando os respectivos cotovelos em lugar determinado de uma mesa. Daí cada qual procurava levar a mão do adversário ate o plano da mesa sem remover o cotovelo da marca inicial. 

As outras modalidades acompanhavam o mesmo ritual, do seguinte modo: 
Cana com Cana era praticada com os pulsos dos contendores dobrados na articulação com as mãos; 
Mão com Cana - era a vantagem dada pelo mais forte que pegava o pulso do outro com a mão;
Rabo de Tatu - era a permissão do uso do dedo indicador da outra mão de um dos combatentes, que assim, lutavam com esse reforço; 
Dois Dedos - era quando, como reforços, se usavam dois dedos;
Mão Aberta – era o enlace das duas mãos sem recorrer a qualquer contração muscular do antebraço;
E, a Queda Enrolada - era o enlace das mãos com o emprego máximo de rigidez muscular do braço e antebraço.

Para garantir o cumprimento das regras sempre tinha uma turma que controlava a brincadeira. Era escolhida uma pessoa mais adulta para determinar o vencedor, uma espécie de juiz de cada disputa. 

A coisa pegava mesmo era quando o sujeito ganhava e ficava chateando o perdedor. Geralmente saiam daquele recinto onde estava ocorrendo à disputa e terminavam jogando tapa no meio da rua. Ai sim, era tirado a prova dos nove: quem era mais forte. 

Estas, apesar de violentas, são algumas brincadeiras que já não se tem notícias de seu uso nos dias atuais, pelo menos, na região do Assu.

Transporte antigo do Assu


Guardo na memória e em meus braços, todos os abraços que vieram quando os meus braços vazios estavam.
by Crisbalbueno
Organização recolhe assinaturas para pedir que revoguem o Nobel da Paz a Obama e o deem ao Papa Francisco

Vamos compartilhar para o povo de Deus enxergar nosso querido Papa Francisco sendo reconhecido como pacificador com prêmio Nobel da Paz!   

http://www.acidigital.com/noticia.php?id=26022












Organização recolhe assinaturas para pedir que revoguem o Nobel da Paz a Obama e o deem ao Papa Francisco

Vamos compartilhar para o povo de Deus enxergar nosso querido Papa Francisco sendo reconhecido como pacificador com prêmio Nobel da Paz!

http://www.acidigital.com/noticia.php?id=26022

Ex-presidente FHC toma posse na Academia Brasileira de Letras, no Rio

10/09/2013 21h08 - Atualizado em 11/09/2013 01h30

'A ABL funciona como uma tocha olímpica', disse FHC, em discurso.
Ele ocupa a cadeira número 36 da ABL, substituindo João de Scantimburgo.

Lívia TorresDo G1 Rio
220 comentários
Fernando Henrique e a presidente da ABL, Ana Maria Machado (Foto: Marcos de Paula/Estadão Conteúdo)Fernando Henrique e a presidente da ABL, Ana Maria Machado (Foto: Marcos de Paula/Estadão Conteúdo)
Começou pontualmente, às 21h desta terça-feira (10), a cerimônia de posse do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (FHC) na cadeira 36 da Academia Brasileira de Letras (ABL), no Centro do Rio. Com 82 anos, o sociólogo e escritor foi eleito na sucessão do acadêmico e jornalista João de Scantimburgo (1915-2013), no dia 27 de junho deste ano, com 34 dos 39 votos.
"A ABL funciona como uma tocha olímpica. Ao passar uma cadeira para outro, os membros mostram continuidade. Agradeço o convite e a honra de me sentar nessa cadeira. Não foram poucas as vezes que participei de momentos cheios de significados", disse Fernando Henrique, em discurso.

Ainda em seu discurso, o ex-presidente mencionou as manifestações que começaram no Brasil em junho deste ano. "Cabe a todos nós, políticos, artistas, escritores, cientistas ou, simplesmente, cidadãos que prezam a liberdade, passarmos da escuta à ação. Eu fui presidente da república e eu não queria que confundissem minha posição política e meu status de presidente com a minha qualidade de intelectual", afirmou.
Segurança reforçada
Entre os presentes na ABL estiveram o senador Aécio Neves; o ministro-chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos, Moreira Franco; ministro do STF, Marco Aurelio de Mello; o presidente do Senado, Renan Calheiros; o ex-governador de São Paulo, José Serra; o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin; o jornalista e membro da ABL Merval Pereira; o ex-senador Marco Maciel; ex-ministro e músico Gilberto Gil; e o jornalista Arnaldo Jabor.
Por segurança, foi feito um cordão de isolamento no entorno do prédio e o policiamento foi reforçado na Avenida Presidente Wilson.
FHC foi presidente em dois mandatos sucessivos (1995-1998 e 1999-2002). Doutor em Sociologia e professor emérito da Universidade de São Paulo (USP), ele também foi senador pelo estado de São Paulo na década de 70 e, entre 1992 e 1994, ministro das Relações Exteriores e da Fazenda.
O ex-presidente é autor e co-autor de 23 livros e mais de cem artigos acadêmicos. Sua obra mais recente é "Pensadores que inventaram o Brasil", lançada em 2013.


“O PSC lutará para que os direitos dos aposentados sejam resguardados”, garantiu o líder do partido, deputado André Moura, em ato que reuniu aposentados e pensionistas do serviço público no auditório Nereu Ramos da Câmara. Eles pediram a votação da PEC 555/06, que acaba com a contribuição previdenciária dos servidores públicos inativos no prazo de cinco anos. Saiba mais:http://bit.ly/1e2hS62


"Amigos, a Semana do Peixe está aí e é hora de aproveitar toda a riqueza das carnes brancas e frutos do mar.
Que tal esta sugestão para o almoço da família?"

Tilápia Assada ao Forno
INGREDIENTES
- 1 tilápia
- Suco de um limão
- 1 tomate maduro cortado em rodelas
- 1 cebola picada em rodelas
- tempero a gosto
- azeite
- 2 batatas médias
- salsa desidratada

MODO DE PREPARO
Coloque o peixe em um tabuleiro forrado com papel alumínio. Lave bem o peixe com o suco do limão e tempere-o por dentro e por fora com seu tempero preferido. Banhe-o com bastante azeite, coloque as rodelas de batata, a cebola e o tomate ao redor do peixe
Salpique a salsa nas batatas e cubra o peixe com as duas abas do papel alumínio. Asse o peixe em forno preaquecido em 200°c durante 30 minutos.
Descubra-o e asse por mais 20 minutos, aproximadamente, ou até secar um pouco a água. Regue com o líquido para ficar tenro e apetitoso.

Experimentou? Conte suas impressões nos comentários!

Créditos: Tudo Gostoso


O mais difícil é arrumar tanto dinheiro assim!

VELHAS COISAS

Vários tamboretes de madeira
Uma vassoura de palha
Um jerico e uma cangalha
Um pote de barro
Na sala um jarro
No quintal um pé de umbu
No fogão uma panela de angu
Uma foice e uma peixeira
Um pé de mandacaru e uma touceira
Um chicote de couro cru.

Maria, Maricota e Mariquinha
Um galo e dez galinhas
Cesto e balaio
Canário, golinha e papagaio
Um bode atrevido
Uma anágua e um vestido
Uma pedra de amolar
Uma tarrafa para pescar
Uma espingarda para atirar
Uma panela de milho cozido.

Uma carroça que não atola
Um quintal feito de talo
Um chocalho sem badalo
Todos filhos têm apelido
Ferro de engomar esquecido
O velho pilão lá num canto
Um oratório com muito santo
Todos feitos de madeira
Uma pá e uma peneira
Fogos fátuos e espanto.

Um moinho de milho
Uma piraca com pavio
Feita de lata de óleo
Um velho rádio ABC
No esgoto um sapo cururu
No tonel um peba e um tatu
Tem coalhada e nata
Um cachorro e uma gata
A matuta não é ingrata
A seca é braba e tem urubu.
 
Marcos Calaça, jornalista/UFRN

terça-feira, 10 de setembro de 2013

B A N A N A

Nunca esqueça a banana na geladeira!
Isto é interessante.
Depois de ler isto, você nunca vai olhar para uma banana da mesma maneira novamente.

A banana contém três açúcares naturais - sacarose, frutose e glicose, combinados com fibra. A banana dá uma instantânea e substancial elevação da energia.

Pesquisas provam que apenas duas bananas fornecem energia suficiente para um treino de 90 minutos extenuantes. Não é à toa que a banana é a fruta número um dos maiores atletas do mundo.

Mas energia não é a única forma de uma banana poder nos ajudar a manter a forma. Pode também nos ajudar a curar ou prevenir um grande número de doenças. Tornando-se uma obrigação adicionar a banana à nossa dieta diária.

Depressão: De acordo com recente pesquisa realizada pela MIND, entre pessoas que sofrem de depressão, as pessoas se sentiam melhores após ter comido uma banana. Isto porque a banana contém triptofano, um tipo de proteína que o corpo converte em seratonina, reconhecida por relaxar, melhorar o seu humor e, geralmente, fazem você se sentir mais feliz.

TPM: Esqueça as pílulas - coma uma banana. A vitamina B6 regula os níveis de glicose no sangue, que podem afetar seu humor.

Anemia: contendo muito ferro, bananas estimulam a produção de hemoglobina no sangue e ajudam nos casos de anemia.

Pressão Arterial: Este fruto tropical é muito rico em potássio, mas reduzido em sódio, tornando-a perfeita para combater a pressão alta. Tanto é assim, que a Food and Drug Administration nos Estados Unidos, permitiu que a indústria da banana oficialmente informasse ao publico, que ao comer essa fruta, ela poderá reduzir o risco de pressão alta e infarto.

Cérebro: 200 estudantes da escola Twickenham na Inglaterra tiveram ajuda nos exames este ano, comendo

Bananas no café da manhã, lanche e almoço em uma tentativa de elevar sua capacidade mental. A pesquisa mostrou que o elevado teor de potássio na banana, pode ajudar a aprendizagem, tornando os alunos mais alertas.


Constipação: com elevado teor de fibra, incluir bananas na dieta pode ajudar a normalizar as funções intestinais, ajudando a superar o problema sem recorrer a laxantes.

Ressaca: uma das formas mais rápidas de curar uma ressaca é fazer uma vitamina de banana, adoçado com mel. A banana acalma o estômago e, com a ajuda do mel aumenta os níveis de açúcar no sangue, enquanto o leite suaviza e reidrata o sistema.

Azia: têm efeito antiácido natural no organismo, por iss[/color]o, se você sofre de azia, experimente comer uma banana para aliviar.

Enjôo matinal: comer uma banana entre as refeições ajuda a manter os níveis de açúcar no sangue elevado e evita as náuseas.

Picadas de mosquito:antes do creme para picada de inseto, experimente esfregar a zona afetada com a parte interna da casca da banana. Muitas pessoas acham excelentes para reduzir o inchaço e a irritação.

Nervos: Bananas são ricas em vitaminas do complexo B que ajuda a acalmar o sistema nervoso.

Excesso de pressão no trabalho: Estudos do Instituto de Psicologia na Áustria mostram que a pressão no trabalho leva à excessiva ingestão de alimentos como chocolate e biscoitos. Estudando 5000 pacientes em hospitais, pesquisadores concluíram que os mais obesos eram os que mais sofriam de pressão alta e ataques de ansiedade. O relatório desse estudo, concluiu que: para evitar que comamos biscoitos e doces quando estamos ansiosos, então é necessário que se coma alimentos ricos em carboidratos a cada duas horas para manter níveis estáveis de açúcar no sangue, e é aí que entra a nossa querida banana.

Úlcera: A banana é usada na dieta diária contra desordens intestinais pela sua textura macia e suavidade. É a única fruta crua que pode ser comida sem desgaste em casos de úlcera crônica. Também neutraliza a acidez e reduz a irritação, protegendo as paredes do estômago.

Controle de temperatura: Muitas culturas vêem a banana como fruta 'refrescante', que pode reduzir tanto a temperatura física como emocional de mulheres grávidas. Na Tailândia, por exemplo, as grávidas comem bananas para os bebês nascerem com temperatura baixa.

Seasonal Affective Disorder (SAD): a banana auxilia os que sofrem SAD, porque contêm a vitamina B6 e Triptofano, que nos acalma e nos faz ficar bem humorados.

Fumar e Uso do Tabaco: As bananas podem ajudar as pessoas que tentam deixar de fumar. Vitaminas - A, B6 e B12, assim como o potássio e magnésio, ajudam o corpo a recuperar dos efeitos da retirada da nicotina.

Stress: O potássio é um mineral vital, que ajuda a normalizar os batimentos cardíacos, levando oxigênio ao cérebro e regula o equilíbrio de água no corpo. Quando estamos estressados, nossa taxa metabólica se eleva, reduzindo os níveis de potássio que podem ser reequilibrado com a ajuda da banana, que é rica em potássio.

Infarto: de acordo com pesquisa publicado no New England Journal of Medicine, comer bananas como parte de uma dieta regular, pode reduzir o risco de morte por enfarto em até 40%.

Verrugas: os interessados em alternativas naturais juram que se quiser eliminar verrugas, pegar um pedaço de casca de banana e colocá-lo sobre a verruga, com o lado amarelo para fora. Segure cuidadosamente a casca no local com esparadrapo!

Assim, a banana é um remédio natural para muitos males. Quando você compará-lo com uma maçã, tem quatro vezes mais proteínas, duas vezes mais carboidratos, três vezes mais fósforo, cinco vezes mais vitamina A e ferro e o dobro das outras vitaminas e minerais. Também é rica em potássio e é um dos alimentos mais valiosos para nossa saúde. Então talvez seja hora de mudar essa frase em inglês, tão conhecida: 1 apple a day, keep the doctor away, e que nós traduzindo deveríamos usar: "Uma banana por dia mantém o doutor sem freguesia!"

PASSE PARA OS AMIGOS
 
PS: Bananas devem ser a razão pela qual os macacos são tão felizes o tempo todo! Vou acrescentar uma dica aqui; quer um brilho rápido nos sapatos? Pegue a parte de DENTRO da casca da banana e esfregue diretamente sobre o sapato... Passe após, um pano seco. Fruto incrível!
 
Da Web
 

Clóvis de Didi, fala mansa, respeito e dedicação ao Assu.

Clóvis de Didi, dedicação ao futebol Assuense.
Dentre as muitas coisas que lembro do tempo de criança, uma era a dificuldade de possuir uma bola de couro, e depois quando tínhamos uma já usada e surrada, a mesma quando secava ou furava só encontrávamos um local que conseguíamos consertar, que era a casa simples de Clóvis de Didi (Chamado assim pois era o nome de sua esposa), e também no futebol Assuense já tinha um famoso ponta esquerda de nome Clóvis Boi (Tio de Marcelo Assuense), aí para não confundir os "Clóvis" veio o apelido.

O Clóvis que consertava bola (nunca ouvi dizer se ele jogou) e que por muitos anos promoveu um jogo entre o seu Palmeiras e o América que era da sua esposa Didi, na semana que antecedia o jogo, era uma verdadeira resenha na casa do casal e que funcionava também a oficina onde Clóvis consertava tudo que era de couro. Os dois faziam apostas e isso mexia com a cidade, e o time vencedor normalmente fazia a festa depois do jogo no Bar o Canecão que ficava próximo ao campo de Aveloz, por muito tempo o palco dos grandes jogos da Seleção do Assu e do Palmeiras. São velhos tempos que não voltam nunca mais (Já diz uma frase da música do Bartô Galeno). 
 
Feito este preâmbulo. queria mesmo era falar de mais uma figura humana que tive oportunidade de conhecer e o quanto essa pessoa contribuiu para o futebol da terra da poetas. Fosse no Campo de Aveloz ou no Campo do JK, quantas e quantas vezes Clóvis de Didi não marcou o campo sozinho com cal e no sol a pino para que os jogos acontecessem; Não consigo esquecer da fala mansa e carinhosa deste grande desportista que deixou muitas saudades aos seus familiares, e ao nosso futebol chamado Clóvis de Didi. Clóvis tem seu nome gravado em um dos vestiários do estádio Edgarzão com muita justiça.
Texto: L. Filho - Foto: Arquivo de Junior, neto de Clóvis.
Somente a cidadania plena conduz à democracia. Não há outra forma de ser cidadão que não seja através da educação ideológica e política. 
 
http://www.pragmatismopolitico.com.br

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Ao crescimento benigno da próstata, um copo de vinho

 
Miguel Srougi

Miguel Srougi, 52, é professor titular de urologia da Escola Paulista de Medicina – UNIFESP e pós-graduado em urologia pela Universidade de Harvard (EUA).

Marcel Aymé dizia que a história da vida invariavelmente termina mal. Além da decadência física e do espectro da morte, os homens ainda enfrentam o tormento das doenças da próstata, pequena glândula situada na saída da bexiga e que produz o esperma, líquido que transporta os espermatozóides no momento da ejaculação.

Por que esta estrutura tão diminuta, que pesa 15 g (o equivalente a apenas 0,0002% do nosso peso!) causa tanta comoção nos homens e na ciência médica? Erroneamente, porque desde tempos primordiais atribui-se a próstata os dons de controlar a função e o prazer sexual, atributos que ela definitivamente não tem. Corretamente, porque esta glândula pode ser envolvida por dois problemas freqüentes e distintos, ambos de conseqüências negativas para a quantidade e qualidade de vida de seus portadores.

Em primeiro lugar, a próstata pode originar o câncer mais comum do homem, que atingirá um em cada 6 indivíduos que viverem até os 75 anos e não poupará nenhum que sobreviver até 100 anos.
Além do câncer, outra doença pode acometer a próstata. Quase todos os homens apresentam, após os 40 anos de idade, um crescimento benigno da glândula, chamado de hiperplasia ou hipertrofia prostática. Este crescimento, sem nenhuma relação com o câncer local, estrangula a luz do canal uretral e cria graus variados de dificuldade para se expelir a urina. Nos casos extremos torna-se necessária uma cirurgia para aliviar o padecimento urinário.

A freqüência do crescimento benigno da próstata aumenta com a idade, assim como os riscos de uma intervenção cirúrgica local (gráfico). As chances de um homem com idade entre 60 e 70 anos apresentar hiperplasia benigna e necessitar de cirurgia para contornar o problema, são, respectivamente, da ordem de 80% e 10%, números incômodos até para o menos convicto dos hipocondríacos.

Além do sofrimento físico que impõe aos seus portadores, o crescimento da próstata tem implicações econômicas que não podem ser menosprezadas. Estatísticas publicadas pela Organização Mundial da Saúde indicam que em 1996 gastou-se no mundo 280 milhões de dólares com medicações para tratar o problema. Nos Estados Unidos, onde existem cerca de 30 milhões de homens com mais de 50 anos de idade, são dispendidos 2 bilhões de dólares a cada ano para o diagnóstico e tratamento do crescimento benigno da próstata, quase 20% do total de dinheiro destinado à Saúde anualmente em nosso país. Se levarmos em conta que o Brasil tinha em 1996 mais de 12 milhões de homens nesta faixa etária e que este número dobrará em 20 anos, fica fácil entender o impacto econômico negativo que uma única doença exercerá sobre a nossa sociedade.

As causas do crescimento benigno da próstata não são completamente conhecidas mas sabe-se que alguns fatores aumentam os riscos de aparecimento do problema. As evidencias sobre a transmissão hereditária da doença são contraditórias mas levantamento realizado recentemente na cidade de Baltimore, nos Estados Unidos, demonstrou que a hiperplasia prostática é três vezes mais comum em homens cujos pais foram submetidos à cirurgia da próstata. Por outro lado, observou-se que a necessidade de uma intervenção cirúrgica local é 50% menor em fumantes e em indivíduos obesos. Duas explicações são dadas para esta observação. A otimista e inédita, o fumo e a obesidade impedem o crescimento da próstata. Inédita porque pela primeira vez em medicina estaria sendo provado que o hábito de fumar e o excesso de peso fazem bem à saúde. A segunda explicação, menos grandiosa e mais plausível, é que tanto fumantes como obesos tem a mesma propensão que os demais homens ao crescimento prostático, apenas sofrem menos cirurgias por não viverem o suficiente para tanto ou por receio dos médicos de enfrentar casos de maior risco cirúrgico.

Embora quase todos os homens estejam destinados a apresentar sintomas relacionados com o crescimento da próstata, apenas em 30% ou 40% deles as manifestações tornam-se mais significativas e inconvenientes. Incluem-se aqui o enfraquecimento do jato de urina, o aumento do número de micções durante o dia e, principalmente, à noite, graus variados de urgência para urinar e desconforto no baixo ventre quando a bexiga está cheia. Vale notar que estas manifestações são oscilantes, com períodos de melhora espontânea que se intercalam com outros de exacerbação dos sintomas. Neste sentido, vários estudos realizados com pacientes portadores de crescimento prostático demonstraram, de forma coerente, que cerca de 30% deles apresentam melhora dos sintomas urinários quando reavaliados após 4 ou 5 anos. Infelizmente, neste mesmo período um terço dos casos sofre deterioração do quadro exigindo tratamento medicamentoso ou cirúrgico.
Manifestações clínicas semelhantes podem surgir nos pacientes com câncer da próstata. A distinção entre os casos de crescimento benigno ou maligno pode ser feita com precisão pelo especialista, através do toque da próstata e das dosagens no sangue do antígeno prostático específico (PSA). Felizmente, a grande maioria dos homens com dificuldade urinária apresenta quadros de hiperplasia benigna, o que, de qualquer forma, não deve servir de escusa para tais indivíduos fugirem de uma avaliação médica periódica.

Outras doenças podem produzir sintomas urinários e simular doenças da próstata, como, por exemplo, enfermidades neurológicas que afetam a bexiga e alguns casos de câncer da bexiga. Não só os pacientes mas também os médicos devem reconhecer estas situações, de modo a evitar que tais casos sejam tratados indevidamente.

Como conseqüência do crescimento prostático, alguns pacientes podem apresentar bloqueio completo da uretra, quadro bastante desconfortável conhecido como retenção urinária. Felizmente esta complicação surge em apenas 7 de cada 1000 homens maduros e, na maioria das vezes, reverte-se espontaneamente após alguns dias. Vale lembrar que a retenção urinária pode ser precipitada por algumas medicações, principalmente descongestionantes nasais, agentes anestésicos e drogas anti-drepressivas, que , por isto, devem ser empregadas parcimoniosamente em portadores de crescimento prostático.

Com o objetivo de definir a magnitude da obstrução prostática e a necessidade de tratamento, a Associação Americana de Urologia estabeleceu em 1993 um questionário, cujas respostas são traduzidas por uma escala numérica (quadro). Quando a soma de pontos situa-se entre 0 e 7, o processo obstrutivo é considerado de pouco significado, não exigindo qualquer ação médica. Homens com pontuação entre 8 e 19 vivem, em geral, de forma mais desconfortável e alguns requerem tratamento, que neste grupo costuma ser feito com medicações. Já nos pacientes com a soma de pontos maior que 19, quase sempre a qualidade de vida está comprometida e o padecimento só pode ser aliviado definitivamente através de cirurgia.

Gostaria de reafirmar que o tratamento da hiperplasia benigna da próstata somente deve ser instituído quando os sintomas urinários são proeminentes. A existência de manifestações discretas e toleráveis não justifica a realização de qualquer tratamento, mesmo quando a próstata apresenta aumento mais significativo de tamanho. Certos especialistas, muitas vezes por excesso de zelo, algumas vezes por outro tipo de excesso, costumam indicar a remoção cirúrgica da glândula sempre que ela está aumentada, com o argumento de que estariam sendo prevenidos problemas futuros. Esta posição é inconsistente, já que atualmente as intervenções prostáticas podem ser realizadas com segurança em homens de qualquer idade. Além do mais, não existiriam filas, hospitais e dinheiro suficientes, se todos os homens com crescimento assintomático da próstata passarem a ser tratados com medicações ou cirurgia.

Quando se opta pelo tratamento medicamentoso, os especialistas tem à disposição três grupos de agentes: os bloqueadores adrenérgicos (doxazocina, tansulozina e outros), os inibidores hormonais (finasterida) e os fitoterápicos (Saw palmetto, Pygeum africanum e outros). Estes produtos tem eficiência moderada, promovendo melhora dos sintomas urinários em 30 a 60% dos casos. Como 10 a 15% dos pacientes tratados desenvolvem distúrbios na esfera sexual e na regulação da pressão sangüínea, não se justifica a utilização indiscriminada destes medicamentos. Mesmo levando em conta que os efeitos colaterais são reversíveis, o tratamento com estes agentes só deve ser instituído quando o quadro urinário tem certa relevância clínica.

A terapêutica cirúrgica da hiperplasia benigna é recomendada quando o desconforto urinário está comprometendo a qualidade de vida do homem. A intervenção pode ser realizada através de incisão abdominal (cirurgia aberta) ou pelo canal uretral (cirurgia endoscópica), esta última mais cômoda por dispensar uma incisão cutânea, mas exeqüível apenas em glândulas com crescimento moderado, menores de 80g.

Quando realizadas apropriadamente, estas intervenções acompanham-se de sucesso em cerca de 90% dos pacientes. Infelizmente, em 10% dos casos os sintomas que levaram à cirurgia mantém-se inalterados ou podem reaparecer, em decorrência de estreitamentos do canal uretral causados pela intervenção ou em conseqüência de mal funcionamento da bexiga, comprometida pela sua luta prolongada contra a obstrução prostática. Ademais, as cirurgias da próstata podem se acompanhar de seqüelas, algumas de fácil adaptação, como o orgasmo seco, que se manifesta em 70 a 95% dos pacientes, e outras mais indesejáveis, como incontinência ou a perda involuntária de urina, que ocorre em 0,5 a 3% dos casos.

Uma palavra sobre a possibilidade de impotência sexual, implicada com as cirurgias prostáticas. Esta complicação, caracterizada pela incapacidade de se obter a erecção peniana apesar do orgasmo preservado, costuma surgir nos pacientes operados de câncer local, atingindo 25% dos homens com menos de 55 anos de idade e 60% daqueles com mais de 65 anos. Por outro lado, a literatura médica revela que impotência ocorre em 0,5 a 5% dos pacientes submetidos à cirurgia por crescimento benigno da glândula. Com toda a suspeita que pode ter a opinião de um cirurgião, atrevo-me a dizer que inexistem riscos de impotência nas cirurgias de hiperplasia benigna. A meu ver, os eventuais relatos de disfunção sexual notados em tais casos, são gerados por outras causas que não a intervenção. Neste sentido, gostaria de citar um estudo realizado na Universidade de Queens, no Canada, com o objetivo de avaliar a eficiência do tratamento medicamentoso da hiperplasia prostática. Um dos grupos de pacientes recebeu cápsulas que simulavam a medicação mas que continham apenas farinha, ao final 6,3% deles queixaram-se de impotência. É óbvio que fatores psicológicos e, talvez, uma certa propensão, desencadearam a disfunção sexual nestes casos e isto pode também ocorrer quando se institui qualquer tratamento para o crescimento benigno da próstata, incluindo a cirurgia.

Para terminar, uma notícia auspiciosa. Talvez já seja possível evitar o crescimento benigno da próstata. Alguns alimentos provavelmente interferem com o crescimento desta glândula, o que explicaria a menor freqüência do problema em homens asiáticos. A soja, certos vegetais (tomate, brócolis, feijão, ervilha, legumes) e algumas frutas (abóbora, melancia) consumidos em larga escala nos países do extremo oriente, promovem no organismo um acúmulo de enterolactonas, daidzeina e genisteina, produtos que tem um efeito inibidor sobre o crescimento prostático. A ingestão destes alimentos talvez seja pouco útil para quem já tem sua próstata crescida, mas poderia atenuar o desenvolvimento da glândula quando praticada desde à adolescência.

Duas outras observações de interesse prático foram feitas recentemente. Pesquisas realizadas em Honolulu, no Havaí e em Rhode Island, nos Estados Unidos, demonstraram que os riscos de uma cirurgia de próstata são 50% menores nos homens que ingerem diariamente um copo de vinho ou três copos de cerveja, quando comparados aos indivíduos sem estes hábitos. Um outro estudo do Dr. Edward Giovannucci, da Universidade de Harvard, demonstrou que homens que realizam 3 horas de exercícios físicos semanais tem menos sintomas atribuíveis ao crescimento da próstata. Mesmo que o valor real destas observações não tenha sido perfeitamente esclarecido, acho que nada custa aos homens incorporarem estes hábitos à sua vida. Na pior das hipóteses, o incômodo prostático persistirá, todos continuarão indo repetidamente ao banheiro, porém bem humorados e de forma mais ágil.


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