domingo, 15 de novembro de 2015

Praticando conduta afável, postura elegante, comportamento tranquilo no recinto dos lares, certamente esse proceder será repetido na sociedade, em quaisquer contatos estabelecidos.

Se difícil parecer agir dessa forma, aconselhamos recorrer à ajuda divina, por meio da presença constante e terna do Senhor Jesus Cristo que se mostra disposto a nos socorrer em condições sejam elas quais forem. Não hesite, solicite o Seu auxílio e tenha o coração abrandado para agir com equilíbrio ante a situação apresentada.

Recomendamos que no final de semana que vem se aproximando, resolutamente procure se esforçar para realizar algo que lhe traga alegria ao coração e que lhe seja gratificante. Sua família tão querida, que está ao seu lado no lar, deve ser a primeira contemplada com suas ações.

E que estas horas de repouso e descanso lhe proporcionem, além disso, o coração leve e a alma serena na certeza de que o seu intento foi válido.

É o que lhe deseja este seu amigo de hoje e de sempre

Clênio Falcão Lins Caldas


Muitas vezes, no nosso dia-a-dia, costumamos reclamar de algumas pessoas que nos atendem em lojas, supermercados, ao telefone, enfim, as pessoas que nos atendem de alguma forma.

O que não nos damos conta é que também estamos entre essas pessoas. E que, como elas, também estamos nos relacionando com várias outras pessoas.

Devemos pensar duas vezes antes de nos irritarmos.

A irritação, a intolerância, fazem com que provoquemos males ainda maiores na sociedade que vivemos.

São os pequenos desentendimentos que geram os grandes conflitos da humanidade.
Por isso, não negue consideração e carinho diante de balconistas fatigados ou irritadiços. Pense nas provações que, sem dúvida, os atormentam nas retaguardas da família ou do lar.
A pessoa que se revela mal-humorada, em seus contatos públicos, provavelmente carrega um fardo pesado de inquietação e doença.

Aprender a pedir por favor aos que trabalham em repartições, armazéns, lojas ou bares é obrigação.

Embora estejam sendo pagos para cumprir suas tarefas ou sejam subordinados a nós são seres humanos como nós mesmos.
Lembre-se que todas as criaturas trazem consigo as imperfeições e fraquezas que lhes são peculiares, tanto quanto, ainda desajustados, trazemos também as nossas.
Muitas vezes, nós mesmos, atormentados por algum problema a resolver, tratamos mal alguém que nos venha pedir um favor com delicadeza.

O que aconteceria se essa pessoa também nos tratasse mal; ficaríamos ainda mais irritados. No entanto, se essa pessoa, apesar da nossa má-vontade, nos tratasse bem, com cortesia e gentileza, pensaríamos melhor no que estamos fazendo, podendo até mudar de atitude.
Em muitos casos, o que nos falta é um pouco de tolerância.

Ter tolerância é ter paciência e saber entender os problemas alheios.
A tolerância deve ser aplicada indistintamente entre todos e em qualquer lugar. É lição viva de fé e elevação e não pode ser esquecida.

Tolerar, no entanto, não significa conivir.

Desculpar o erro não é concordar com ele. Entender e perdoar a ofensa, não representa ratifica-la, mas sim ser caridoso e compreensivo.

É indispensável não entrar em área de atrito, quando puder contornar o mal aparente a favor do bem real.

Perdoe as ofensas e tente entender os problemas alheios sem julgá-los preconceituosamente.
Faça aos outros o que gostaria que fizessem para você.

Seja uma pessoa amistosa para com todos.

Contribua sempre com um pouco de amor para vencer o mal do mundo.

Tolerância é amor em começo. Exercitando-a, em regime de continuidade, você defrontará com os excelentes resultados do bem onde esteja, com quem conviva.

Como quereis que os homens vos façam, assim fazei-o vós também a eles. (Lucas 6:31  )
Ora, o Deus da paciência e da consolação vos conceda o mesmo sentir de uns para com os outros, segundo Cristo Jesus (Romanos 15:5  )
Oswaldo Junior to Memória Paulista - Fotos antigas e vídeos de São Paulo

Em 1945, um grupo de empresários brasileiros fundava a Distribuidora de Automóveis Studebaker Ltda. – nome inicial da DKW no Brasil. A empresa especializou-se em montar e distribuir carros, caminhões e máquinas agrícolas. Dez anos depois a empresa mudou o nome para Vemag S.A, abreviação de Veículos e Máquinas Agrícolas. Aproveitando incentivos econômicos do governo de Juscelino Kubistchek, em 1956, a companhia lança a perua DKW-Vemag Universal, primeiro automóvel brasileiro produzido pelos critérios do GEIA, grupo criado para desenvolver a indústria automoblística no país. O veículo, conhecido como “risadinha” por apresentar grande frontal com cinco frisos, era semelhante ao modelo F91 alemão. A diferença estava apenas no para-choque dianteiro, que tinha reforço. Em 1958, saia uma nova linha de DKW com maior espaço interno e melhor desempenho: o Jipe, o Grande DKW-Vemag e a perua DKW, baseada na séria F94.
Em 1961, a perua DKW-Vemag passa por algumas reformas estéticas, nas calotas e para-choques, por exemplo, e passa a se chamar Vemaguet. O modelo, em 1964, começava a ser produzido com portas convencionais, e não mais com as “portas suicidas”, que abriam do lado oposto. Nesse mesmo ano, a Vemag contava com 4.013 funcionários, e praticamente 100% de nacionalização. Em comemoração aos 400 anos do Rio de Janeiro, a empresa lança a série Rio em 1965, ano em que começam os rumores do fechamento da fábrica. Dois anos depois, em setembro de 1967, a Volkswagen compra a Vemag com a promessa de continuar a produzir os DKW. Apresenta também a linha Vemaguet S, com o mesmo motor do Fissore . Em dezembro do mesmo ano, no entanto, a Volks encerra a linha de produção do motor.

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

"RELEMBRANDO MOSSORÓ"

Mossoró seria bem mais charmosa se tivesse preservado alguns dos principais prédios antigos da época. Alguém sabe onde fica esse local hoje? hoje é o atual Mercadão das Malhas. O que mais me impressiona nessas fotos é a tranquilidade das pessoas, cidade... era até mais arborizada, bem diferente de hoje
Por Cristina Costa

Confesso-me rendida,
adormeço sobre o livro em branco da vida.
Entrego-me como um corpo que se despe se si mesmo,
na esperança que o amanhecer me traga
as palavras novas com que devo me reescrever.

FLORESTA NACIONAL DO ASSU




Retirei alguns fragmentos do artigo 'Floresta Nacional de Assu - Um patrimônio ecológico protegido e preservado numa das mais ricas e degradadas regiões do Estado' de autoria do analista ambiental, filósofo e chefe da FLONA Assu, Sr. Damião Dantas de Souza, publicado na primeira edição do jornal Folha do Vale. 

"A Floresta Nacional – FLONA – de Assu é um verdadeiro santuário ecológico, localizado numa região rica, próspera, e, ao mesmo tempo, ameaçada por profundos impactos ambientais.

Situada ao sudoeste do sítio urbano da cidade de Assu, na área em que antes havia a reserva ambiental denominada Estação Floresta de Experimentação de ASSU (EFLEX), a Floresta é caracterizada por um ecossistema típico do bioma caatinga e tem aspecto fisionômico marcado por uma formação vegetal do tipo arbórea-arbustiva densa.

O fato de esta área apresentar-se preservada há mais de 50 anos é notado pela exuberância de sua vegetação, sendo possível encontrar plantas de grande porte e uma ampla variedade de espécies vegetais, tendo como principais: pereiro, catingueira, jurema preta, cumaru, imburana, além de variedades de gramíneas, cactáceas e bromeliáceas.

A fauna apresenta-se tão rica quanto à flora. Embora não existam dados científicos, é perceptível a diversidade de invertebrados e vertebrados, com a evidência de espécies listadas no principal levantamento faunístico potiguar. Merece destaque a avifauna, com a presença de nambu, asa branca, rolinha, galo de campinas, canção e sabiás. Relatos informais indicam ainda a presença de ampla variedade de répteis, tais como cobras de espécies variadas e Tejo, assim como mamíferos, a exemplo de peba, preá, veado campeiro e sagui do nordeste.

No ano de 2002, através de uma ação compensatória ambiental, a Floresta Nacional do Assu teve sua área ampliada.

Por outro lado, o ecossistema da região do Vale do Assu, é um dos mais degradados do estado do Rio Grande do Norte. Na várzea ou na Caatinga, o capital selvagem devasta a natureza com o objetivo do lucro a qualquer custo, gerando destruição e pobreza na região. A elaboração de um projeto alternativo de desenvolvimento sustentável para esta região é urgente e necessário". 

HISTÓRICO:


A FLONA foi fruto de uma grande mobilização social. A primeira iniciativa de proteção da FLONA deu-se através da Lei nº 1.175, de 10 de agosto de 1950, com a criação do Horto Florestal de Assu. Porém só foi de fato implantada após a criação das leis municipais de nºs 04/52 e 07/52 e do Decreto que regulamentou o funcionamento na forma de Estação Florestal de Experimentação de Assu, com uma área de 215,25 hectares. Por esta razão aquela área é conhecida como “Florestal”.

Devido ao Decreto nº 2.923 de 01 de janeiro de 1999, que dispõe sobre a reorganização de órgãos e entidades do poder executivo federal, a área em referência foi extinta pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA. 

Esse fato repercutiu em grande comoção e mobilização por parte de toda a comunidade local e de instituições governamentais e não-governamentais, conhecedoras da importância da conservação desta área para a região do semi-árido do Estado do Rio Grande do Norte. A legitimação desta organização social culminou com a criação, em 13 de abril de 2000, do Comitê de Defesa da Floresta Nacional do Vale do Assu, que desenvolveu amplas articulações, eventos e manifestações, objetivando envolver os diversos seguimentos sociais, no sentido de reivindicar a criação de uma Unidade de Conservação Federal na categoria de Floresta Nacional – FLONA. 

A amplitude dessas mobilizações resultou na edição da Portaria nº 245 de 18 de julho de 2001 do Ministério do Meio Ambiente, cujos termos definiu que esta Unidade de Conservação passasse a ser uma FLONA, denominando-se Floresta Nacional de Assu.

Como já foi citado, no final do ano de 2002, através de uma ação compensatória ambiental, a Floresta Nacional de Assu teve sua área ampliada em mais 217,268 hectares. Com a anexação da nova área, a FLONA foi ampliada em mais de 100%, totalizando 432,518 hectares.

Encravada no bioma caatinga, esta FLONA representa um importante remanescente de vegetação nativa em meio a uma região de grandes impactos ambientais.

Situada no sudoeste do sítio urbano da cidade de Assu nas coordenadas 05º35’02,1” de latitude sul e a 36º56’41,9” de longitude oeste, sua área de entorno abrange outros dois municípios Ipanguaçu e Itajá.

Pelos impactos sócio-ambientais sofridos por esta região após a construção da Barragem Armando Ribeiro, haveria necessidade de realização detalhada de um diagnóstico dos recursos florestais e de sua relação com a sobrevivência de setores mais pobres da população e com a conservação da fauna, dos solos e das águas. 

Com base no diagnóstico florestal do PNUD/FAO/IBAMA e governo do Estado haveria necessidade de um zoneamento que, entre outras dimensões, identificasse as áreas mais degradadas passíveis de reposição florestal; áreas em processo de devastação e passíveis de uma intervenção em níveis de manejo sustentável e áreas de preservação permanente. 

Com tais insumos básicos de caráter técnico científico, haveria a possibilidade de elaboração de um plano de manejo, reposição e adensamento florestal e, de preservação permanente de determinadas áreas.

A Lagoa do Piató pode ser um reflexo dessa falta de zoneamento e do plano de manejo. 

Tivemos como fonte: Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade Floresta Nacional de Assu.
Fotos: www.portaldaabelhinha.com.br / Samuel Fonseca de Assis.

Nunca mais jogue fora os rolos de papel higiênico! Eles têm utilidades que nunca imaginou!

rolos_papel_higienico_utilidades_incriveis_1 rolos_papel_higienico_utilidades_incriveis_2 rolos_papel_higienico_utilidades_incriveis_3 rolos_papel_higienico_utilidades_incriveis_4rolos_papel_higienico_utilidades_incriveis_5 rolos_papel_higienico_utilidades_incriveis_6 rolos_papel_higienico_utilidades_incriveis_7 rolos_papel_higienico_utilidades_incriveis_8 rolos_papel_higienico_utilidades_incriveis_9rolos_papel_higienico_utilidades_incriveis_10 rolos_papel_higienico_utilidades_incriveis_11 rolos_papel_higienico_utilidades_incriveis_12 rolos_papel_higienico_utilidades_incriveis_13rolos_papel_higienico_utilidades_incriveis_14rolos_papel_higienico_utilidades_incriveis_15rolos_papel_higienico_utilidades_incriveis_16rolos_papel_higienico_utilidades_incriveis_17 rolos_papel_higienico_utilidades_incriveis_18 rolos_papel_higienico_utilidades_incriveis_19rolos_papel_higienico_utilidades_incriveis_20 rolos_papel_higienico_utilidades_incriveis_21 rolos_papel_higienico_utilidades_incriveis_22 rolos_papel_higienico_utilidades_incriveis_23 rolos_papel_higienico_utilidades_incriveis_capa


Fonte: http://dicass.org/

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

MARIA EUGÊNIA, UMA ASSUENSE DE LAVRAS


Maria Eugênia Maceira Montenegro teve uma existência longeva, recheada de momentos felizes. Era filha de pai português e mãe mineira. Aos 90 anos de idade - quando partiu para o outro lado - estava em plena lucidez de invejar qualquer pessoa. Deixou a cidade de Assu - terra que ela tanto amou - literariamente "mais pobre e deserdada de seu talento".

Aparentemente modesta, amiga dos seus amigos. Tratava as pessoas com carinho e zelo. Aparentemente ingênua. Como ela gostava das palestras e das reuniões sociais na calçada de sua casa do largo da igreja matriz, que hoje leva o seu nome.

E como eu gostava de conversar com ela, Maria Eugênia, na calçada da sua residência que eu passei a frequentar desde os meus tempos de menino de calças curtas no Assu. E ela sempre a me falar da grande poesia, dos pensamentos amargurados de João Lins Caldas, seu amigo, crítico e maior incentivador para o seu ingresso nas letras da terra potiguar.

Poeta, historiadora, palestradora, artista plástica. Aquela escritora pertencia a Academia Norte-Rio-Grandense de Letras, cadeira número 16, desde 1972 (sucedendo Rômulo Wanderley), e tinha cadeira também, na Academia Lavrense de Letras, desde 1970.

Maria Eugênia chegou em terra assuense procedente de Lavras, sua terra natal, interior ao sul de Minas Gerais (cognominada de Atenas Mineira), nos idos de trinta, com apenas 23 anos de idade, acompanhando o seu marido, o jovem recém formado pela Escola Superior de Agricultura de Lavras, chamado Nelson Borges Montenegro, para morar na fazenda "Picada", na localidade de Sacramento, atual e importante município de Ipanguaçu, por onde se elegeu prefeita nas eleições de 1972, como candidata única, pelo partido da Aliança Renovadora Nacional - ARENA. Um fato, penso eu, inédito na política brasileira.

Maria Eugênia, incentivou e apoiou a cultura da terra ipanguaçuense, pois não podia ser diferente para uma intelectual e amante da cultura, da literatura.

No final da década de 50, dona Gena deixou de conviver com as matas verdes e carnaubeiras da Picada ou Itu (importante fazenda da região do Vale do Açu), para fixar residência na aristocrática e poética cidade de Assu, que já vivia naquele tempo em plena atividade literária, com jornais e mais jornais sendo editados, a sociedade praticando as artes cênicas, realizando tertúlias literárias, e seus célebres poetas produzindo versos e mais versos da melhor qualidade.

Dona Gena, passou então a morar num rico casarão da praça da Proclamação, atual Getúlio Vargas, parede-e-meia com Tarcísio Amorim, filho do poeta e memorialista, escritor Francisco Algusto Caldas de Amorim, com quem, talvez, adquiriu muitos conhecimentos sobre o Assu e sua gente evidente.

Não foi difícil para ela, Gena, que já carregava no seu interior, a arte da prosa e do verso, conviver na cidade de Assu, além dos membros da família Montenegro, com os Caldas, de Renato Caldas (poeta de "Fulô do Mato" que o Brasil consagrou), os Amorim, de Pedro Amorim, os Wanderley, de Sinhazinha Wanderley, os Soares de Macedo, de João Natanael de Macedo, os Soutos, de Elias souto (fundador da imprensa diária no Estado potiguar), os Silveira, de Celso da Silveira (que fundou em Assu o 1º museu de arte popular do Brasil), e tantas outras famílias daquela terra de povo inteligente.

Aquela mulher de letras, assuense por escolha e lei, norte-rio-grandense por outorga, colaborou em vários jornais do Assu, de Natal e de sua terra natal (Lavras), como "A Gazeta" e "Tribuna de Lavras". Publicou onze livros, intitulados "Saudade, Teu Nome é Menina" (1962), além de "Alfar a Que Está Só", "Azul Solitário" (poemas), "Perfil de João Lins Caldas" (plaquete), 1974, "Por Que o Américo Ficou Lelé da Cuca", "Lembranças e Tradições do Açu" (história e costumes), "A Piabinha Encantada e Outras Histórias", "Lourenço, O Sertanejo" (romance), "A Andorinha Sagrada de Vila Flor", "Lavras, Terras de Lembranças" e "Todas as Marias" (contos). Tinha ainda os inéditos intitulados "Redomas de Luz" (Epitáfios) e "Poemas do Entardecer".

Sobre a morte, esse "velho tema sempre novo", no dizer do poeta João Lins Caldas, Gena, certo dia, já esperando a morte chegar, me disse: "Não tenho medo de morrer! A morte é o princípio de uma vida. A gente nasce para morrer e morre para viver"!

E ficou o Assu, sem o seu poetar. Os jovens estudiosos da terra assuense perderam (não me recordo a data da sua partida para no outro lado) 
o seu maior patrimônio cultural. Era ela o maior referencial da terra assuense.

Ficamos nos versos de tanta pureza e ternura que ela escreveu:

Minhas mãos são asas.
Taças,
Preces:
Quando anseio a liberdade,
Quando tenho sede de amor, quando minha alma se transforma em dor.

Fernando Caldas

terça-feira, 10 de novembro de 2015



Por Cristina Costa
O tempo parou neste instante
e à nossa volta a vida suspendeu-se.
Somos apenas energia que flui entre corpos, 
viajantes à deriva por textos sem sentido.
Amor sob a forma de sentires,
palavras sobre forma de mil textos por descobrir.
Bebo de ti, gotas de inspiração,
inalo o amor que me ofereces
no vento que me afaga o corpo,
inspiração profunda, expiração ausente.
Colho-te do peito a própria invenção,
metáfora, sentido, até ilusão.
Quero dizer-te o que sinto
mas os teus dedos seguram-me os sentidos
e não me permitem soltar as palavras.
És letra nua, palavra crua,
frase doce e terna que me afaga em cada texto.
Canção ritmada, rima incandescente de amor,
saudade de um tempo por inventar.
Vagueio pelos textos que crio para ti,
e nasço, a cada frase tua,
como se me lesses em cada olhar.

O JUMENTO


"Não se eleve esse jumento
Que isso é coisa muito à-toa
No caminho ele se deita
No terreiro ele se 'acoa'
Apertado na espora
Solta um peido e a merda avoa".

Postado por Fernando Caldas

O Rebuliço de Renato Caldas na Terra dos Poetas




Quem avisa, amiga é: Mulher de 109 anos diz que o segredo da longevidade é nunca se casar



Por 

Jessie
Se a voz da experiência é sabia como dizem, é bom escutar o que dona Jessie Gallan tem a dizer. Aos 109 anos, ela simplesmente é a mulher mais velha da Escócia, revelou o seu segredo para ter uma vida longa e saudável: se alimentar com mingau e manter distância (tipo, corra!) dos homens. Ela, que nunca se casou, atualmente mora num lar para idosos.
“O meu segredo para uma vida longa foi ficar longe dos homens. Eles causam muito mais problemas do que realmente valem. Também tenho a certeza de que fazer muito exercício, comer uma tigela de mingau quente e agradável a cada manhã. E ah, nunca se casar! “, frisou ela.
Ela diz que adora o fato de ter sido autossuficiente a vida inteira. “Sempre tive bons empregos com pessoas muito agradáveis. É incrível ver como o mundo está completamente diferente agora do que aquele mundo que onde cresci.” Quando jovem, Jessie trabalhou com gado leiteiro, foi ajudante de cozinha em uma fazenda e trabalhou num hotel que recebeu as ilustres visitas darainha Elizabeth enquanto ela era funcionária, tsá?

segunda-feira, 9 de novembro de 2015




Aceite-me, querido Deus, aceite-me por um momento.
Deixe os dias órfãos gastos sem Você serem esquecidos.
Alongue este breve instante por Seu amplo colo, mantendo-o sob Sua luz.
Vaguei atrás de vozes que me atraíram…deu em nada.
Permita-me, agora, sentar em paz e escutar Suas palavras no espírito de meu silêncio.
Não mostre Suas costas aos segredos obscuros do meu coração:
queime-os até que Seu fogo os ilumine.
*/Rabindranath Tagore
[Poema do livro “O Coração de Deus: Poemas Místicos de Tagore Rabindranath]

Yara Darin

Presente de Natal

Não, meus amigos, não vou falar de Papai Noel ou do pinheiro com bolinhas. E, sim, da cidade de Natal, no Rio Grande do Norte, de onde acabo de chegar. Fui participar da terceira edição do Festival Literário da cidade. Uma festa em torno dos livros de ficção e não ficção. A capital do estado possui 900 mil habitantes e se estira preguiçosa e ensolarada, entre o estuário do rio Potengi e o mar cor de turquesa. Paisagem, aliás, que esse patrimônio nacional que foi Luiz da Câmara Cascudo apreciava da janela de sua biblioteca, na Ribeira, onde dormem gostosamente milhares de documentos sobre sua vida e obra.
O FLIN é obra de um prefeito, Carlos Eduardo Alves, ligado nas coisas da cultura e da história, um secretário de cultura, Dácio Galvão, afinado com os movimentos literários mais recentes e uma gente calorosa e simpática. Gostar de livros é tradição antiga entre os políticos natalenses. Aluysio Alves, que levou eletricidade ao estado nos anos 60, foi grande editor nos anos 70 e 80! Assim, é impossível não ser feliz em Natal!
O festival reuniu Gilberto Gil, os poetas Antonio Cícero e Eucanaã Ferraz, Affonso Romano de Santana, entre outros. “Profissional do entusiasmo” que sou, fui falar de nossa disciplina. De como reinventá-la, de como mantê-la viva, de como animar os jovens professores.  Fui contar das dificuldades que temos no nosso dia a dia como docentes ou pesquisadores, mas, também, dos bons resultados quando não desistimos de bater tambores e lembrar, a todos os brasileiros, que temos passado. E, que esse passado, faz parte do nosso hoje, do nosso “aqui e agora”! Que ele se cola a nossa pele. Mais: que é importante conhecer o ontem, para transformar o amanhã. Sobretudo se nossa voz se mistura aquela dos poetas, dos músicos, dos ficcionistas.
No palco, tive a feliz companhia de um jovem professor da UFRGN, Francisco Santiago, e de um jornalista de renome, Cassiano Arruda Câmara. Que bom momento para falar de arquivos, biografias, romance histórico e, sobretudo, da “cozinha do historiador”. Houve muitas perguntas sobre como interrogamos os documentos, as surpresas e decepções com as leituras, as dificuldades em escrever… Todos sabemos que o prazer é coisa misteriosa e que, aquele que tiramos de uma conversa gostosa, se deve a bem pouca coisa: um clima de conivência rapidamente estabelecido, uma confidência inesperada, um sorriso roubado.
Uma boa conversa também tem seus não ditos, seus silêncios. Isso, tanto vale para os vivos quanto para os mortos. Pois, como bem disse Robert Darnton, “fazer história e conversar com eles”. Respondi, falando sobre esse prazer! Sobre de como fazer uma história menos arrogante, que produza verdades mais modestas, pois não há mais certezas. Respondi dizendo que é mais importante evocar, do que provar ou demonstrar. E insisti: a história está no gerúndio: “se fazendo”. E, por cada um de nós.
Muito bom foi estar com os jovens historiadores e professores, entre os quais conheci seminaristas que, à luz dos ensinamentos do Papa Chico, querem dialogar com história. Fazer uma nova história da Igreja, não apenas no papel, mas, sobretudo, nos atos. O sorriso de todos ali reunidos, a alegria em estarmos juntos é, para mim, uma prova viva de que a História quer mudanças, quer se reinventar, escapar das fórmulas prontas. Os alunos querem maior liberdade para se lançar em temas que não são necessariamente aqueles dos seus orientadores. Já professores estão desanimados pelo clima que se instalou nos Departamentos: falta de recursos, desinteresse das autoridades, falta de perspectivas. Enfim, o momento é para reflexão, mas, não, para desânimo. Nossa tarefa, “educar”, não é dar um bem definitivo, mas, despertar disposições. Nisso temos que nos engajar.
A História e os historiadores têm hoje seu lugar na cena intelectual e literária brasileira. Se estamos na época da comunicação, por que não valorizar a “transmissão”? Transmissão que, graças à História, nos convide a passar o sentido das heranças, dos valores, do saber fazer e das idéias. Tudo o que Câmara Cascudo já fazia. Tudo de bom que encontrei em Natal! - Texto de Mary del Priore.
IMG_8614[1]
 Fonte: http://historiahoje.com/

PELO DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA Se Guilherme de Almeida escreveu 'Raça', em 1925, uma obra literária “que tem como tema a gênese da na...