terça-feira, 17 de novembro de 2015

Aqui eu conheci: Lupercinio, à esquerda de braços cruzados, Vicente Lopes com os braços cruzados e, ao microfone, eu acho, que é Licurgo Nunes. 
Alguém pode ajudar a nomear os outros ou me corrigir se estiver errado?


Cabra macho do Nordeste! Veja!

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Hélio Crisanto

Rio doce, teu leito escorre lama
Tuas águas barrentas não tem vida.
Sua flora sucumbe destruída,
Sua fauna gemendo sente o drama.
Um cardume de peixe pela grama,
Agonizam torcendo a barbatana.
Sendo vítima de ação tão leviana
A natura cansada se maldiz;
O Brasil que lamenta por Paris
Também sente com a dor de Mariana
(Hélio Crisanto)
Do Facedook de Ivan Pinheiro

Biografia reúne novas evidências que podem indicar assassinato de Neruda


SYLVIA COLOMBO



Apenas 12 dias haviam se passado desde o golpe militar que dera início à ditadura chilena (1973-90) quando o poeta Pablo Neruda morreu, aos 69 anos, na clínica Santa María, em Santiago.

Padecendo de um câncer de próstata, o autor de "Canto Geral" e "Para Nascer Nasci" (ambos publicados no Brasil pela Bertrand Brasil) vinha se tratando, e seu médico pessoal havia-lhe dito que era improvável que a doença o matasse em menos de cinco anos.

A derrubada do governo do socialista Salvador Allende por Augusto Pinochet, no entanto, deprimiu profundamente o prêmio Nobel de Literatura, e seu estado de saúde se agravou. Ele morreu em 23 de setembro daquele ano.

Até hoje, a explicação oficial sobre o fim do poeta era esta, mas dúvidas existiram desde o primeiro momento.
AFP
Picture dated 21 October 1971 of Chilean writer, poet and diplomat Pablo Neruda, then ambassador in France, answering journalists' questions at the embassy in Paris after being awarded the 1971 Nobel Literature Prize. AFP PHOTO ORG XMIT: IMF11
Pablo Neruda em foto de 1971, tirada em Paris

Para a viúva do poeta, Matilde Urrutia, que encontrou a casa revirada após o funeral, Neruda poderia ter sido morto, de alguma maneira, no hospital. A falta de provas, porém, motivou um silêncio de décadas, rompido apenas em 2011.

Naquele ano, o ex-motorista da família, Manuel Araya, afirmou que Neruda estava em bom estado de saúde quando foi levado à clínica e que, no dia de sua morte, havia-lhe telefonado e dito: "Deram-me uma injeção e estou queimando por dentro". Em 2013, iniciou-se uma investigação que levou à exumação do corpo do poeta.

Na semana passada, um documento oficial do Ministério do Interior do governo do Chile e uma biografia lançada na Espanha trouxeram novas evidências que apontam para a possibilidade de Neruda ter sido assassinado.

"Deram-lhe uma injeção, cujo conteúdo ainda se estuda, mas que pode ter precipitado sua morte, que ocorreu apenas algumas horas após a aplicação", conta à Folha o historiador Mario Amorós, que já havia escrito um livro defendendo a tese de assassinato —"Sombras sobre Isla Negra", de 2012— e que agora lança a biografia "Neruda - El Príncipe de los Poetas" (Edicciones B).

Essa injeção, que na época se dizia que continha um tipo de calmante, agora é o alvo de estudo dos legistas.

Que tal se hospedar em um hotel literário?

   No Mundo do Livro

Óbidos é uma pequena cidade medieval encravada no interior português. Tem tudo o que se imagina em um conto de fadas: um castelo no alto de um morro, muralhas cercando o perímetro e pequenas casas adornando uma paisagem com morros verdes e céus azuis. 
Passear por Óbidos é, por si só, algo absolutamente inspirador. Mas nada é tão bom que não possa melhorar :-) 
E sabe como? Com a inauguração de um “hotel literário”. 
O nome já diz tudo: é um hotel (extremamente charmoso, diga-se de passagem) com livros por absolutamente todos os cantos. Veja na imagem abaixo: 
  
Já imaginou uma sala de estar assim? Com cultura literalmente saindo pelas paredes? 
E quer saber os números? No total, são 30 quartos e – pasmem – 45 MIL livros. Veja, abaixo, o site deste hotel (cujo nome, The Literary Man, não poderia ser melhor escolhido): http://www.theliteraryman.pt
E, se for passear pela terrinha, pense seriamente em entrar nesse mundo de letras que efetivamente vive dentro de uma cidade que é um conto de fadas por si só. 
You may also like:
Fonte: http://blog.clubedeautores.com.br/

Grimaldi Ribeiro, Assis Amorim- Propaganda política- 1966


Há momentos que nada sei, que nada sou.
Que nada quero, nada espero.
Parece que tudo se perde dentro de mim, e não me encontro.
Olho-me no espelho, não me vejo.
Imagem inversa do meu eu, não me sinto.
Nem sei se é tristeza, é estranho,
tudo fica quieto, calado dentro de mim .
Talvez não tenha todas as respostas que preciso.
Mas nunca vou desistir de as procurar.
Meus pensamentos voam pra longe, procuram respostas.
Não tenho certeza de muitas coisas.
E os dias passam e tudo parece estranho.
Sinto uma tempestade no meu peito
como uma história de amor que se perde, sem que termine.
E de repente vem essa coisa esquisita.
Nostalgia, saudade, ou apenas vontade de voltar no tempo.
Vontade de um silêncio que não entendo.
Uma desculpa que já não encontro.
Um movimento distraído do vento
como um sonho que não chega ao fim.
Como se as verdades partissem
e eu perdida no tempo ficasse.
Chamo por ti, vem cá, chega mais perto
encosta a tua alma ao meu peito, silenciosamente.
Silêncio que espero, que procuro.
Presságio doce
caindo dos teus lábios como prece.
Como manhãs de flores e céu azul
como saudades que se encontrão,na pele,
no instante do cheiro, no momento do corpo.
Descansa os teus medos no meu colo
deixa-me sussurrar ao teu ouvido qualquer verdade.
Ou talvez quem sabe
algo que nos dê sentido à vida.
Que nos faça acreditar
que o sonho ainda existe e resiste ao tempo.
Que a essência prevaleça
e que o amor não seja desfeito, ao contrário, cresça!
E eu possa continuar a ver flores em ti.

Roberta Miranda ...Sol da minha Vida...

Praia de Pipa receberá a etapa final do Circuito Rota do Mar Pro Surf 2015 Compartilhe no Twitter
Praia de Pipa receberá a etapa final do Circuito Rota do Mar Pro Surf 2015 16 de novembro de 2015/em Blog /por Ponto de Vista O encerramento do Circuito Rota do Mar Pro Surf 2015 terá um cenário especial: a Praia do Amor, em Pipa, no Rio Grande do Norte. Nos dias 27, 28 e 29 de novembro, os atletas…
PONTODEVISTAONLINE.COM.BR/PRAIA-DE-PIPA-…

do Facebook de Nelson Freire



A VELHA MARIA CUNHAÚ DO ENGENHO OUTEIRO



MARIA CUNHAÚ
Francisco Galvão
Sociólogo

Entre os membros da famosa família Maranhão do engenho Cunhaú existiu uma senhora que o povo contava histórias que o tempo guardou. Seu nome de registro já nem importa muito, pois de Maria Cunhaú ficou conhecida por todos. Sobrinha do histórico André de Albuquerque Maranhão, vivia de arengas com o irmão, Dendé Arcoverde, herdeiro das fortunas do Cunháu.
É muito interessante como esses personagens da aristocracia açucareira do século XIX foram tratados pela memória popular e chegaram até os livros acadêmicos pelas letras de Câmara Cascudo. O intelectual era fã dessa Família aristocrática que dominou o litoral sul do Rio Grande do Norte, mas repetiu as mesmas palavras que ouviu dos populares em sua Actas Diurnas, quando tratou daqueles membros mais arquétipos.
Maria Cunhaú se tornou famosa no meio da plebe miúda pela soberba exagerada que ostentava. Dona do engenho Outeiro, terra que herdou do tio poderoso. As línguas afirmam que ela não vestia a mesma roupa duas vezes e vivia com melindres ásperos de uma entediada princesa em sua casa-grande inacessível aos pequenos. Era lá que ela judiava dos seus escravos domésticos para se divertir. Os escravos do eito não passavam nem por perto de sua macabra cozinha.
Sem preocupações profundas, ela foi avançando na idade. Nunca encontrou um varão que lhe domasse. Suas preocupações era comer e dormir sem incômodos. Em suas viagens curtas por seus domínios, seu cocheiro apanhava mais que os cavalos que puxavam a charrete. Internou-se em sua própria ignorância, vivendo isolada em seu próprio mundo.
O irmão afirmava que ela era louca e não tinha condições de administrar a propriedade que possuía. Por isso pediu na justiça o direito de posse sobre as terras da irmã. O caso fez com ela ficasse mais perturbada ainda. Dizem que ela deixava os escravos pregados pelas orelhas no portal de trás e gritava esbaforada por eles na varanda da frente.
Gostava de ser atendida, gostava de mandar e, por isso, morria de medo de perder as terras que possuía nas lamacentas várzeas de Canguaretama. Quando lembrava que podia perde tudo, se desesperava e era sua escravaria que sofria as consequências diretas. Havia choro, ranger de dentes, fogo e dor. As marcas ficavam no corpo e todos seus escravos possuíam sinais claros de suas torturas.
Ficava desesperada com a situação, mas nem seu advogado conseguia reverter o processo de perda das terras para o seu irmão. No século XIX uma mulher solteira não teria chances nos tribunais machistas e opressores. O advogado de Maria Cunhaú era Amaro Cavalcanti, um jovem muito talentoso na política, mas que via a situação de sua cliente se agravar nos tribunais.
Ele entendia bem do Direito e sabia perfeitamente que a velha perderia as terras para o irmão. Por esse motivo, ele fez um último e admirável esforço para reverter toda aquela situação adversa. Astucioso que era, foi até o engenho Outeiro e se ofereceu em casamento para a velha. Convenceu-lhe que, desse modo, ficaria como tutor legítimo dela e que, só assim, salvaria suas posses da ganância do irmão.
Ela teria aceitado sem nenhuma relutância. O advogado de fino trato agia de forma exemplar e encantadora, levando a velha ao êxtase. Ela não poderia se negar, mas se envolveu profundamente com aquele galã adorável. O trato era bem elaborado, mas dentro de um acordo simples: ele seria um marido sem exercer as funções nupciais.
Ela morrida de ciúmes e fazia sofrer as escravas jovens. Quebrava os dentes das coitadas para que não atraíssem o olhar do jovem príncipe que surgia naquelas terras. Marcou com ferro em brasa o rosto de cada uma para arrancar-lhe a beleza. Ficava admirando os presentes que recebia, espalhando vestidos sobre a cama que dormia solitária. Em seu ócio improdutivo ficava brincando com dinheiro velho, suas moedas carcomidas pela passagem dos anos.
O advogado nunca morou com a velha. Apenas esperou, pacientemente, seu falecimento para herdar a propriedade. Ficava a lhe agraciar, de longe, com presentes que ela acumulava na casa-grande do engenho. Dizem que ele foi embora para morar com a tal “Ressuscitada” no capital do império, onde viveu como um príncipe, quem sabe com as moedas que Maria Cunhaú guardou por tanto tempo.  
Esse arquétipo de mulher sádica não foi único no Rio Grande do Norte. Em Ceará Mirim, outro centro de produção açucareira, tivemos uma figura feminina que infringia os mesmos castigos físicos aos seus escravos. Em seu porão, ela sempre tinha um escravo para torturar. A senhora do engenho Timbó era tão cruel e desumana com seus escravos, que outros proprietários de engenhos e de terras se revoltaram com sua prática.
A senhora faleceu repentinamente e seu corpo se transformou em uma serpente. Seu túmulo, devido as grandes rachaduras, teria sido acorrentado para manter a serpente presa. Seu esposo, que temia sua crueldade, mudou seus hábitos com os empregados.
Maria Cunhaú foi um arquétipo entre os senhores de escravos no Litoral Sul e que encontra parâmetros em outros locais. Fruto da oralidade fantástica de um povo que contava sua versão de história como forma de resistir.

domingo, 15 de novembro de 2015

12 CURIOSIDADES COM FOTOS RARAS SOBRE O MAIOR ESCRITOR DA HISTÓRIA DO RIO GRANDE DO NORTE

Vale muito a pena saber mais sobre Câmara Cascudo, o maior pesquisador das manifestações culturais brasileiras que já existiu.


NASCIDO EM 1898, CASCUDO ERA DIFERENTE DOS GAROTOS DE SUA IDADE

post-curiosidades-camara-cascudo-crianca
Câmara Cascudo quando criança em sua casa
Ele passava a vida sentado: via figuras, lia livros, ouvia histórias e contemplava paisagens. Esse hábito acabou lhe despertando para o que veio a ser a matéria-prima de seu trabalho, o povo brasileiro.

ELE ERA O MORADOR MAIS ILUSTRE DE NATAL E NÃO PRECISAVA DE NÚMERO OU CEP PARA RECEBER CARTAS

post-curiosidades-camara-cascudo-neta-daliana-neto-newton
Cascudo com sua neta Daliana e seu neto Newton
Mário de Andrade, Monteiro Lobato, Assis Chateaubriand, Getúlio Vargas e Juscelino Kubitschek, dentre outros,  foram personalidades que enviavam cartas endereçadas à Câmara Cascudo. Elas continham no destinatário apenas: “Luis da Câmara Cascudo, Natal”.

SEU PLANO ERA AUDACIOSO PARA A ÉPOCA

post-curiosidades-camara-cascudo-frei-damiao
Câmara Cascudo e Frei Damião
Sua meta maior de vida era conhecer a fundo tudo o que não estava registrado nos livros e não era ensinado nas escolas.

ELE FOI O PRINCIPAL RESPONSÁVEL POR TORNAR CONHECIDAS AS FIGURAS DO FOLCLORE BRASILEIRO QUE VOCÊ CONHECE ATÉ HOJE

post-curiosidades-camara-cascudo-manifestacao-cultural-casa
Cascudo assistindo à uma manifestação cultural em casa
Como: saci-pererê, curupira, mula-sem-cabeça e outros personagens.

EM TODA SUA VIDA, QUASE NÃO SAIU DE SUA CIDADE (NATAL)

post-curiosidades-camara-cascudo-rede
Segundo ele “ali encontrara o alimento para sua alma”.

LUIS SE INTERESSAVA POR TUDO, MENOS MATEMÁTICA

post-curiosidades-camara-cascudo-biblioteca-casa
O escritor em sua biblioteca pessoal dentro de casa
Esta ele considerava sua “inimiga”.

ELE APRENDEU A LER EM 7 IDIOMAS POR INTERESSE PRÓPRIO

post-curiosidades-camara-cascudo-colacao-de-grau-direito-recife-1928
Foto da sua colação de grau em Direito na cidade de Recife, PE
Inglês, francês, alemão, italiano, espanhol, grego e latim.

ELE TINHA A MARCA INCRÍVEL DE 14 TÍTULOS DIFERENTES

post-curiosidades-camara-cascudo-feira-culinaria-brasileira
Foto de uma exposição onde aparece Câmara Cascudo visitando e experimentando a culinária Brasileira
Folclorista, historiador, crítico literário, biógrafo, romancista, jornalista, antropólogo, poeta, musicólogo, orador, etnógrafo, professor, humanista e poliglota.

CÂMARA CASCUDO ERA BOÊMIO, UM GRANDE BEBEDOR E FUMADOR DE MUITOS CHARUTOS

post-curiosidades-camara-cascudo-social-2
E assíduo freqüentador das noites do bairro da Ribeira em Natal.

ELE ESCREVIA UM LIVRO DEPOIS DO OUTRO SEM DESCANSAR, ACUMULANDO A MARCA INCRÍVEL DE 150 LIVROS DE SUA AUTORIA

post-curiosidades-camara-cascudo-datilograf-biblioteca
Câmara Cascudo datilografando em sua biblioteca de casa
No auge de suas atividades, Cascudo estudava muito, sem nunca se afastar do corpo-a-corpo com os habitantes de Natal, seja nos bares, nas feiras,ou nas universidades. Mesmo estudando tanto ele também conseguia escrever bastante. O segredo era passar noites em claro, recolhido em sua biblioteca até o amanhecer.

CASCUDO ANDAVA SEMPRE COM UM CADERNINHO DE NOTAS PARA FACILITAR SEU TRABALHO

post-curiosidades-camara-cascudo-biblioteca
E foi assim, de anotação em anotação, que em 1954 este caderninho se transformou no mais legítimo registro da cultura popular brasileira: “O Dicionário do Folclore”, obra de referência no mundo inteiro.

O FOLCLORISTA E ESCRITOR TRABALHOU ATÉ SEUS ÚLTIMOS ANOS E FOI AGRACIADO COM DEZENAS DE HONRARIAS E PRÊMIOS

post-curiosidades-camara-cascudo-neta-daliana-carta
Daliana, neta de Cascudo, segurando uma carta original do seu pai
Ele morreu aos 87 anos.
Gostou deste artigo? Veja mais curiosidades históricas bem interessantes aqui:
Fonte: UOL Educação , Histórias & Descobrimentos , Ciência Hoje e Magia das Letras

De: http://curiozzzo.com/

A extensão da pensão por morte aos jovens universitários maiores de 21 anos

Publicado por Guilherme Teles - 1 semana atrás
24
A extenso da penso por morte aos jovens universitrios maiores de 21 anos
A pensão por morte conferida aos filhos extingue-se aos 21 anos de idade, conforme o art. 77§ 2ºII, da Lei 8.213/91, no entanto uma grande discussão existente no país é justamente sobre a possibilidade de os filhos universitários de até 24 anos poderem ou não receber este benefício previdenciário. Segundo o Código Civil Brasileiro (2002) a idade máxima para que um filho receba pensão alimentícia cessa aos 18 anos de idade, porém para a legislação previdenciária a idade limite para os filhos que recebem o benefício previdenciário da pensão por morte cessa aos 21 anos de idade. Uma observação que serve de alerta é a de que o governo federal já estuda a possibilidade de reduzir o limite de idade para os 18 anos também no âmbito previdenciário. Portanto, a legislação tributária (Lei 9.025/05) considera dependentes os filhos de até 24 anos de idade para efeito de declaração do imposto de renda.
Surge daí a polêmica quanto a possibilidade de que os filhos beneficiários da pensão por morte teriam direito à extensão do benefício até os 24 anos desde que estejam cursando nível superior ou técnico. Portanto, no direito previdenciário, há vedação manifestada à extensão de benefícios previdenciários, porque a Constituição Federal(art. 195§ 5º, da CF) dispõe claramente que nenhum benefício será criado, majorado ou estendido sem a respectiva fonte de custeio total. Noutro lado, os previdenciaristas Carlos Alberto Pereira de Castro e João Batista Lazzari, afirmam que é admissível a prorrogação do benefício de previdenciário de pensão por morte até que o dependente complete 24 anos de idade, na hipótese de ser estudante universitário, por analogia ao art. 35§ 1º, da lei 9.250/95, ou seja, equiparando à legislação tributária.
Alguns beneficiários da pensão por morte recorrem ao judiciário para garantir que o seu benefício seja estendido até os 24 anos de idade. Contudo, há várias decisões judiciais no sentido que a atuação do Poder Judiciário na extensão de benefício previdenciário sem previsão legal afronta a separação de Poderes e gera risco ao próprio Estado Democrático de Direito. Compete aqui mencionar o entendimento do próprio Superior Tribunal de Justiça (STJ):
ADMINISTRATIVO. RECURSO ESPECIAL. PENSÃO POR MORTE. ESTUDANTE UNIVERSITÁRIO. PRORROGAÇÃO DO BENEFÍCIO ATÉ 24 ANOS DE IDADE. IMPOSSIBILIDADE. FALTA DE PREVISÃO LEGAL. PRECEDENTES DO STJ.
1. O STJ entende que, havendo lei que estabelece que a pensão por morte é devida ao filho inválido ou até que complete 21 (vinte e um) anos de idade, impossível estendê-la até aos 24 (vinte e quatro) anos de idade quando o beneficiário for estudante universitário, tendo em vista a inexistência de previsão legal. 2. Recurso especial provido.
(STJ, REsp 1347272 / MS, Resp 2012/0207015-4, Relator Ministro Herman Benjamin (1132), Órgão Julgador 2ª Turma, Data do Julgamento 18/10/2012, Data da Publicação/Fonte DJe 05/11/2012)
Ademais, a TNU (Turma Nacional de Uniformização) possui uma Súmula que veda a possibilidade de recebimento do benefício previdenciário de pensão por morte, mesmo que os filhos sejam universitários (Súmula 37, TNU).
Pois bem, a Constituição Federal garante, em vários dispositivos, a deferência à dignidade humana, o que tem por decorrência a observância dos direitos sociais, isto é, direito à alimentação, saúde, trabalho, lazer e, sobretudo, à educação. Apesar dos atuais entendimentos jurisprudenciais serem majoritariamente pela não concessão do benefício previdenciário da pensão por morte aos estudantes universitários de até 24 anos, tal entendimento afronta a equiparação à legislação tributária, bem como à própria Constituição Federal quanto ao seu aspecto social e de prevalência do princípio universal da dignidade da pessoa humana.
A Lei nº 8.213/91 desconsidera completamente a questão educacional ao afastar os beneficiários universitários até os 24 anos de idade. A legislação previdenciária é omissa quanto à Constituição Federal, a qual aborda a educação como direito social fundamental. Na maioria dos casos, levando em consideração o contexto social e econômico da maior parte das famílias brasileiras, o que se busca não é unicamente a extensão do benefício pelo simples fato do dependente ainda cursar uma universidade. A finalidade seria justamente a de preservar a garantia aos estudos, por ainda existir a dependência econômica. Ora, a Constituição Federal de 1988 é muito clara no seu art. 205, quando diz:
Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
Por fim, cabe esclarecer que muito embora exista entendimento no sentido de conceder a extensão do benefício previdenciário até os 24 anos no caso de estudantes universitários, a jurisprudência e a doutrina majoritárias analisam como sendo indevida a extensão da pensão por morte para maiores de 21 anos pelo Poder Judiciário, porquanto a lei 8.213/91 tem natureza específica e foi organizada a partir das premissas constitucionais da prévia fonte de custeio e da seletividade das prestações previdenciárias, apesar de que a própria Constituição Federal prever princípios fundamentais que, na prática, deveriam estar acima do princípio da legalidade. Importante ressaltar que o concurso do INSS disponibilizará o edital em breve e aqueles que estão atentos às mudanças na legislação previdenciária devem estudar com a ajuda de material de apoio de qualidade e atualizado.

PELO DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA Se Guilherme de Almeida escreveu 'Raça', em 1925, uma obra literária “que tem como tema a gênese da na...