sexta-feira, 7 de dezembro de 2018

PINHEIRO MACHADO: O CHEFÃO SECRETO DA REPÚBLICA VELHA

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José Gomes Pinheiro Machado

Eminência parda, mandarim e implacável, o senador, assassinado em 1915, mantém o título de homem mais poderoso da República.

Autora- Claudia Giudice
Francisco Manço de Paiva, 33 anos,entrou desapercebido pela porta da frente do Hotel dos Estrangeiros, localizadona Praça José de Alencar, Lapa, no Rio de Janeiro. Inaugurado em 1849, o hotel era considerado o melhor da cidade, logo, do Brasil. Foi um dos primeiros a ter banheiros com ducha, lavanderia, restaurante e telefone com linha exclusiva para os hóspedes ilustres. Rapidamente, se tornou ponto de encontro de empresários e políticos da capital federal. Por esse motivo, inclusive, Paiva estava lá, esperando. Escondido.
Naquela manhã de 8 de setembro, Pinheiro Machado não teve um dia bom. Estava frustrado porque não conseguiu quórum na sessão que confirmaria o ex-presidente Hermes da Fonseca, seu candidato, como senador pelo Rio Grande do Sul. Depois do almoço, deixou o Palácio do Conde dos Arcos, sede do Senado Federal, no Campo de Santana, para se reunir com o adversário político e ex-presidente paulista Albuquerque Lins. Às 16 horas e 30 minutos, conforme o combinado, chegou ao saguão do Hotel dos Estrangeiros fazendo barulho. Estava em casa. Lá era seu endereço preferido para encontros de política. Segurava o senador Rubião Júnior, do PRP (Partido Republicano Paulista) de São Paulo, pelo braço e era seguido de perto pelos deputados paulistas, Cardoso de Almeida e Bueno de Andrade. O vai e vem dos hóspedes parou quando ouviu-se o grito: “Ah, canalha. Fui apunhalado pelas costas”.
Outra imagem de Pinheiro Machado – Fonte –  Wikimedia Commons
A frase era literal. Aos 63 anos,conhecido por ser a eminência parda da República Velha e um dos mais poderosos políticos do país, o senador gaúcho José Gomes Pinheiro Machado foi ferido de morte pelo jovem Paiva, um padeiro desempregado, desertor do Exército e ex-cabo da polícia, natural do Rio Grande do Sul.
O assassino confesso não fugiu nem tentou se livrar da culpa. Entregou a faca suja de sangue nas mãos de Cardoso de Almeida e esperou a polícia. Foi condenado a 30 anos de prisão e indultado pelo presidente Getúlio Vargas em 1935. Até a morte, na década de 1960, declarou ter agido por conta própria, e não a mando de alguém.
O assassino justificou o crime como a“salvação do Brasil” e se disse inspirado pela leitura de um artigo publicado naquele dia no jornal Gazeta de Notícias. Nele, Pinheiro Machado era acusado deter “braço longo” e de querer mandar em todos os assuntos da República. O padeiro afirmou também que pretendia se vingar do fato de o senador ter sido responsável pela morte de um estudante em Porto Alegre que protestara contra a decisão dele, Machado, de eleger Hermes da Fonseca para o Senado.
Força de Pinheiro Machado – Constituição Brasileira de 1891, onde vemos na página da assinatura do documento a firma de José Gomes Pinheiro Machado (sexta assinatura). Acervo Arquivo Nacional.
Faz 103 anos que essa cena aconteceu. Faz 103 anos, também, que o advogado, general e senador previu a própria morte. Escreveu uma carta-testamento, entregue à sobrinha e afilhada Maria José Azambuja, na qual previa um fim trágico para si. Meses depois, declarou ao jornalista João do Rio, um dos mais influentes de sua época, a seguinte frase: “Morro na luta. Matam-me pelas costas, são uns pernas finas. Pena que não seja no Senado, como César”. Sim, ele era odiado por que tinha poder demais. Era famoso por fazer presidentes, realizar acordos de bastidores impublicáveis e por ser implacável com seus desafetos.
Desde a proclamação da República, nenhum outro senador ou deputado teve, por tanto tempo, igual domínio sobre a política brasileira. O ex-senador gaúcho e fundador do PMDB Pedro Simon, autor da coletânea Discursos de Pinheiro Machado, de 2005, da Editora do Senado, registra: “José Gomes Pinheiro Machado era um político afastado dos holofotes, mais voltado para a atividade de gabinete e totalmente interessado nas manobras de bastidores e na costura dos grandes acordos políticos. Era uma eminência parda. Ruy Barbosa foi o nosso grande patrono no Senado, mas como político foi um homem de derrotas. Perdeu duas vezes a eleição para presidente da República e não tinha influência no governo. Quem mandava e elegia presidentes era o Machado, um dos mais influentes políticos da República, de quem hoje ninguém fala.”

Manço, assassino de Pinheiro Machado – Fonte – Wikimedia Commons
Antes do crime que lhe tirou a vida, Machado foi alvo de protestos populares praticamente diários. O panelaço acontecia na frente do Palácio do Conde dos Arcos, prédio onde hoje funciona a Faculdade de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Ele era o tirano-mor da República, acusado de abuso de poder, de desvio de remessas do Exército para tropas sob seu comando, contrabando, fraudes e de até manipular o câmbio. Em um dia muito turbulento, seus assessores aconselharam-no a sair pela porta dos fundos. Fez o contrário. Desceu de cabeça erguida pela escadaria da frente e ordenou ao chofer do seu coche o seguinte: “Siga em uma velocidade nem tão devagar que pareça afronta, nem tão depressa que pareça medo”.

Espada em punho

Pinheiro Machado era filho de um fazendeiro e deputado federal de Cruz Alta, RS. Truculento, cultivou desafetos vida afora e tinha orgulho dessa coleção. O perfil de homem sem limites, sem escrúpulos e de gigantesca força começou a ser desenhado na juventude.

Pinheiro Machado aos 15 anos, no Corpo de Voluntários da Pátria, como soldado do 4º Corpo de Caçadores a Cavalo, na luta às hordas paraguaias que haviam invadido o solo brasileiro.
O historiador Cyro Silva, autor da primeira biografia sobre o político, o descreve de modo quase mítico:“Desde a adolescência, deu inequívocas provas de seu mais puro amor à pátria. Aos 15 anos incompletos, aluno da Escola Preparatória, anexa à Escola Militar da Corte, abandonava seus estudos, sem consentimento das autoridades superiores e, com o desconhecimento dos seus pais, alistava-se no legendário Corpo de Voluntários da Pátria, como soldado do 4º Corpo de Caçadores a Cavalo, na luta às hordas paraguaias que haviam invadido o solo brasileiro. Durante quase três anos suportou as dificuldades de uma luta feroz, em clima insalubre,somente dela se retirando quando o seu organismo em formação não pôde resistir por mais tempo aos miasmas pestíferos dos pântanos paraguaios”.
Foi resgatado do pântano pelo pai. Depois de tratado, mudou-se para São Paulo para estudar direito no Largo de São Francisco. Lá, sucumbiu ao vírus da política, herança de família. Tornou-se fanático defensor do estabelecimento da República no país. Conquistou seu diploma em 1878 e casou-se com a paulista Benedita Brazilina da Silva Moniz, que seria sua companheira pela vida toda. Nos primeiros anos de casados, viveram no Rio Grande, onde Pinheiro Machado advogou e articulou sua futura carreira política ao lado de outros republicanos, como Venâncio Aires e Júlio Prates de Castilhos, este seu grande amigo.
O fim do Império coincidiu com sua primeira eleição para o Senado, em 1890. Nascia ali um articulador das oligarquias regionais com casaco de general. A República Velha, vale lembrar, é o período que começa com a proclamação da República, em 15 de novembro de 1889, e termina com a Revolução de 1930. Ela teve 13 presidentes e é dividida pelos historiadores em dois períodos: República da Espada, dominado pelos setores mobilizados do Exército apoiados pelos republicanos, e República Oligárquica, quando o poder passou às mãos das elites regionais do Sul e Sudeste.

Hotel dos Estrangeiros, onde Pinheiro Machado foi morto – Fonte – Wikimedia Commons
Machado foi senador por 25 anos, com uma breve interrupção. Em 1893, deixou a cadeira para tomar a frente do comando da Divisão Norte e combater, em seu estado, a Revolução Federalista (1893-1895). De espada em punho, lutou pela recém-nascida República e derrotou os revolucionários monarquistas e separatistas comandados por Gumercindo Saraiva, na Batalha de Passo Fundo. Mereceu pela bravura a fama de degolador e a patente de general de brigada honorário, que lhe rendeu o título de condestável da República. Ele era da turma da espada. Tanto que em 1897 foi acusado de ordenar o atentado contra o então presidente Prudente de Morais, o primeiro civil eleito para governar o país. Ficou preso alguns dias,mas, por falta de provas, foi liberado. Nunca perdeu os modos de general de fronteira. Nas brigas com seus desafetos, era comum atiçá-los a resolver o assunto na mão, na espada ou na bala. Num desses duelos, feriu com um tiro o diretor do jornal Correio da Manhã, Edmundo Bittencourt .
O jornalista e historiador gaúcho Luiz Antônio Farias Duarte corrobora a visão do político todo-poderoso.Em sua tese de mestrado Imprensa e Poder no Brasil –1901-1915 – Estudo da Construção da Personagem Pinheiro Machado pelos Jornais Correio da Manhã (RJ) e A Federação (RS)analisa como o político foi protagonista na mídia durante os primeiros 15 anos do século passado. Por ter debutado jovem, em 1890, tem o crédito e a fama de ser um dos pais da República. A sua primeira articulação famosa foi com o presidente Deodoro da Fonseca.
A pedido de Júlio de Castilhos, Machado procurou o marechal para convencê-lo a moderar o relacionamento com os políticos, apelando em nome do Rio Grande para que não fechasse o Congresso Nacional. O diálogo não logrou sucesso, mas impressionou o então presidente. “Esse fato significou a sua emergência na vida nacional. Ele que havia lutado como voluntário da pátria aos 14 anos e quando estudante de direito fora um dos fundadores do Clube 20 de Setembro, inspirado nos ideais republicanos dos revolucionários farroupilhas de 1835-1845, iniciava no Rio de Janeiro uma influência política que se prolongaria por mais de duas décadas e meia”, descreve Farias Duarte. 
Ao se tornar vice-presidente do Senado em 1902, Pinheiro Machado descobriu sua vocação para eminência parda da República. Ele controlava a Comissão de Verificação de Poderes. A sua função era decidir quais candidatos eleitos pelo povo poderiam ou não tomar posse. Como um Nero, levantava ou abaixava o polegar para matar no berço novos mandatos parlamentares. Cultivou ódio e abusou do poder que possuía.

Marechal Deodoro da Fonseca – Fonte – Wikimedia Commons
No período da República oligárquica (1894-1930), o senador atingiu o ápice de seu poder. Ultra-articulado e visionário,em 1910 criou o Partido Republicano Conservador (PRC), que se destacou diante do Partido Republicano Paulista, o primeiro do Brasil, e do Partido Republicano Rio-Grandense, também fundado por ele, ambos com viés regionalista. Manobrava com maestria as leis, as verbas e os subsídios para acumular poder para si e enfraquecer as poderosas bancadas de São Paulo e Minas. Na época, as oligarquias dominantes eram desses dois estados, compondo a famosa política do café com leite, por causa da importância da produção de café paulista e do leite mineiro para a combalida economia agrícola e industrial da época.

Dos pampas ao Cariri

Esse poderio foi construído sempre do Senado. Pinheiro Machado investiu na constituição de uma bancada periférica que, sob sua permanente liderança, passou a ser crucial nas votações. Deu tão certo que ele estendeu a iniciativa à Câmara, o que lhe garantiu uma expressão política e um poder incomparáveis.
Outro exemplo emblemático da sua força política conecta o senador gaúcho ao Cariri de Padre Cícero Romão Batista. Líder inconteste da sua região, prefeito de Juazeiro e suspenso das ordens sacerdotais, Cícero foi aclamado pela convenção do PRC (Partido Republicano Conservador) como candidato à terceira vice-presidência do Ceará, cargo que aceitou de bom grado. As eleições aconteceriam em abril de 1912. No meio do caminho, o presidente do Ceará, seu padrinho político, Nogueira Accioly, também conhecido como Coronel Babaquara por sua fama de apalermado e roceiro, foi obrigado a renunciar por causa de um massacre de sua polícia contra uma passeata de mulheres e crianças. Parecia o fim. Não foi.
O escritor Lira Neto destaca o episódio na biografia Padre Cícero, Poder, Fé e Guerra no Sertão: “Por uma dessas circunstâncias que somente a política é capaz de explicar, um acordo de bastidores terminou por garantir a manutenção do nome de Cícero na terceira vice-presidência estadual. Foi um acerto de cúpula, firmado no Rio de Janeiro, com a bênção do chefe nacional do PRC, o senador Pinheiro Machado, considerado à época o homem mais poderoso da República e candidato declarado à sucessão de Hermes da Fonseca. Machado, que mantinha sua influência nacional à custa do apoio das oligarquias estaduais,providenciou em seu laboratório político o antídoto contra a derrocada de Accioly”. Na marra, Cícero ocupou uma das três vagas de vice-presidente doestado.

Pinheiro Machado X Ruy Barbosa

Sua influência no executivo cresceu em 1909, quando o vice Nilo Peçanha assumiu a presidência após a morte de Afonso Pena. Foi um período de conflitos e disputas. Ambos, no entanto, apoiaram a candidatura do marechal Hermes da Fonseca à Presidência da República contra o baiano Ruy Barbosa, em 1910.

Ruy Barbosa  – Fonte – Wikimedia Commons
Foi uma disputa desigual, que revelou a força do filho de Cruz Alta. Conhecido como o “Águia de Haia”, Ruy Barbosa era uma figura notável. Diplomata, jurista, jornalista, escritor, tradutor e espetacular orador, tinha tudo para ser eleito presidente não houvesse um Pinheiro Machado em seu caminho. Hermes recebeu 403 mil votos, enquanto Ruy mereceu 222 mil. Na época, essa diferença não era normal.
Quem estava na oposição recebia, no máximo, 20 mil votos. Na tribuna do Senado, as rusgas entre o Águia de Haia e o “quero-quero dos pampas”, apelido de Pinheiro Machado, eram exóticas e divertidas. Brigavam por causa do estouro do tempo das falas,trocavam ofensas infantis e se enfrentavam por causa até de conjugação verbal.Sempre que Machado atropelava o português em suas falas – como quando disse “Eu me defenderei enquanto vossa excelência se manter na tribuna” – Barbosa retrucava, professoral: “Perdão, enquanto eu me mantiver é o que o nobre senador quer dizer”.
Machado e Ruy Barbosa foram adversários notórios e permanentes. Tipo gato e cachorro, embora sempre unidos pela causa republicana. A briga, a propósito, é anterior à disputa eleitoral. Começou quando Barbosa, então ministro da Fazenda, exagerou na política de crédito em favor das elites regionais. A medida pressionou a dívida pública e gerou uma crise inflacionária. O presidente Campos Salles, quando assumiu, pediu ajuda de Machado para acalmar os descontentes com a nova política econômica de rédeas curtas.

Charge publicada pela revista O Gato Reprodução
Por essas e outras, o primeiro mandarim da república tornou-se uma figura legendária, influente e ao mesmo tempo alvo de todos os ódios e críticas. Ao assumir, o marechal Hermes da Fonseca achou que poderia livrar-se do padrinho político ao criar a política salvacionista, na qual por meio de intervenções militares cassava os governadores para nomear pessoas da sua confiança. Não deu certo. Recuou. A fraqueza do marechal, vale dizer, tinha também razões pessoais.
Em novembro de 1912, com a morte da primeira-dama, Orsina da Fonseca, Hermes passou a se mostrar alheio a questões políticas e administrativas. Apaixonado pela cantora e artista Nair de Tefé, com quem viria a se casar em 1913, encaminhou as atribuições do cargo a auxiliares diretos. O expediente burocrático ficou a cargo do mordomo oficial, Oscar Pires. Já o político caiu nas mãos de Machado. Um ano antes de passar a faixa presidencial para o mineiro Venceslau Brás, uma piada publicada pela revista O Gato resumiu e fez justiça ao poder do senador gaúcho. Na charge, Hermes da Fonseca diz ao sucessor: “Olha, Venceslau, o Pinheiro é tão bom amigo que chega a governar pela gente”.
https://tokdehistoria.com.br

De Mossoró a Natal: Gilvan Lopes pretende transformar muros nas laterais da BR 304 em galerias de arte a céu aberto


O artista plástico assuense Gilvan Lopes está com um novo projeto, o qual leva o título de ‘Pelo caminho das cores’. O objetivo segundo ele é transformar em painéis, os muros e outros espaços em cidades que ficam as margens da BR 304 de Mossoró a Natal.

De: https://assutododia.blogspot.com



quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

Pedreiro que pedalava 42 km por dia para estudar se forma em direito

Luiza Fletcher

• 15 de novembro de 2018


pedreiro que pedalava


educação é a base para uma vida de sucesso e um direito de todos nós. Ainda assim, não é fácil para todo mundo conseguir estudar. Algumas pessoas enfrentam grandes dificuldades para terem acesso à informação. Mas isso não desmotivou o senhor Joaquim Corseno, cuja história conheceremos a seguir.
Joaquim é um senhor muito simpático de 63 anos que recentemente conseguiu realizar um grande sonho: concluir o ensino superior em Direito. Mas sua jornada não foi nada simples.
Ele vive longe da faculdade de direito em que estudava, em Vitória, capital do estado do Espírito Santo, e seu meio de locomoção para a faculdade era apenas uma bicicleta. Por isso todos os dias ele pedalava 42 Km para estudar.
Essa realidade poderia tê-lo feito desistir, mas apenas o motivou a ir ainda mais longe. Seu sonho é ser Delegado, e era pensando nisso que ele enfrentava o longo caminho todos os dias.

A história de vida de Joaquim Corseno

Joaquim nasceu em Itaumirim, Minas Gerais, e mudou para o Espírito Santo no começo da vida adulta. Com mais de 20 concluiu um curso técnico em Administração.
Quando tinha pouco mais de 20 anos, fez um curso técnico em Administração e passou na Universidade Federal do estado para cursar Ciências Contábeis, porém não pôde concluir o curso porque precisava trabalhar. A necessidade o fez começar a ser ajudante de pedreiro e ele continuou nessa profissão, aperfeiçoando-se com o tempo.
Mas a vontade de estudar e ter uma formação superior nunca deixou seu Joaquim, e ele juntou dinheiro durante muitos anos para conseguir estudar. Foram ao todo R$ 55 mil para os estudos.
Em uma participação no programa Encontro, da Rede Globo, Joaquim Corsino falou um pouco sobre sua história:

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Sai calendário de pagamento do INSS de 2019

Aposentados e pensionistas já podem conferir a data que os benefícios vão sair no próximo ano

Por MARTHA IMENES
- Atualizado às 19h03 de 06/12/2018



Calendário de pagamentos do INSS de 2019
Calendário de pagamentos do INSS de 2019 - 
Rio - Os cerca de 34 milhões de aposentados e pensionistas do INSS já podem conferir a data de depósito dos benefícios ao longo de todo o ano de 2019. Como de costume, os depósitos seguirão a mesma sequência de anos anteriores.
Para aqueles que recebem um salário mínimo, os depósitos referentes a janeiro serão feitos entre os dias 25 de janeiro e 7 de fevereiro. Segurados com renda mensal acima do piso nacional terão seus pagamentos creditados a partir de 1º de fevereiro.
A orientação do INSS é que os segurados fiquem atentos: a data de depósito dos proventos depende do número final do cartão de benefício, sem considerar o último dígito verificador, que aparece depois do traço.

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O Petróleo na Bacia Potiguar.

Agora, a Bacia Potiguar é palco para disputa de postulantes a exploração, nessa área, de poços de petróleo maduros. Contrapondo-se a uma expectativa dos proprietários locais para obter o domínio daqueles poços, surge empresa de outra região, negociando a aquisição deles. Esta área tem infraestrutura completa para produção de petróleo. A decisão, neste apagar das luzes, como se afigura evidente, necessita de maior visibilidade no que toca a transparência. 
A Bacia Potiguar estende-se ao longo da costa do Rio Grande do Norte e extremo oeste do estado do Ceará. Trata-se de bacia sedimentar madura, representando área de 119.030 km2, sendo 33.200 km2 em terra firme. Inicialmente, as reservas de petróleo nela contidas foram estimadas em 80 milhões de barris. É um recurso fóssil, mas sabidamente muito importante para o desenvolvimento desse pedaço do semi-árido do Nordeste. O primeiro poço foi explorado em 1959.
Vale destacar que esta área está provida de completa infraestrutura para exploração de petróleo e gás natural, a exemplo de estradas vicinais, oleodutos, inclusive, de uma refinaria, a Clara Camarão, que produz gasolina, óleo diesel e outros derivados do petróleo e, ainda, pessoal qualificado e com longo tempo de experiência operacional. 
Desde de algum tempo, os proprietários de terras, onde se localizam os poços ditos maduros, alimentam a expectativa de que a Petrobras venha com eles negocia-los. Isto por que, após a perfuração e instalação dos poços, as etapas com uso de tecnologias mais complexas nesse setor já foram realizadas e o petróleo é bombeado com procedimentos técnicos de pleno domínio pelos operadores locais.
Desse cenário, emerge, naturalmente, um sentimento de compensação entre os proprietários produtores em razão do desgaste trazido aos imóveis rurais, bem como as estruturas utilizadas na agropecuária. 
É de se esperar, no entanto, visando satisfazer a necessidade da transparência, que deva ser explicitado os direitos de preferência para os postulantes a exploração dos poços maduros. E mais do que isso, seja em reunião com a participação dos interessados, se realize em cidade na área física da Bacia Potiguar, e, amplamente, sejam discutidos os termos presumíveis para habilitar a cessão dos poços.
Cabe considerar um aspecto relevante nesse contexto: a geração de renda. É perfeitamente presumível que a exploração de tais poços, sendo conduzida por empresário local, a renda gerada, reinvestida na própria Região, cria um multiplicador não só para a própria renda bem como para o emprego. Não há dúvida que esse fator se converte num processo indutor do desenvolvimento social e econômico. 
É notório que a Região Nordeste não acompanha, em crescimento, outras Regiões do país sobretudo Sul e Suldeste por falta de oportunidade, carência de capital e fatores diversos. Nesse caso particular, um possível empresário sem compromisso e sem raízes no Nordeste deve maximizar os lucros fazendo remessa de excedentes monetários para outros países ou estados como aconteceu no passado em outras regiões. Ocorre, assim, apenas uma sangria da riqueza nordestina esgotável, inibindo o desenvolvimento.
Convém lembrar que o município de Guamaré (RN) ostentava Produto Interno Bruto-PIB per capita de R$ 85.163,34, em 2015 (IBGE), um dos maiores entre os 100 maiores municípios do Brasil, entretanto essa renda não é devidamente apropriada pela população local nem regional. 
Agora, no apagar das luzes, o propósito, nesse momento, seria evitar o desperdício de uma oportunidade para ajudar a inserir, pelo menos parte do Nordeste brasileiro, num ritmo com crescimento de causação circular progressiva e desejável. Depois de tanto tempo sem parecer sobre essa questão, por que não esperar pelo novo governo que estar às portas e poderia assumir a coordenação da demanda pelos referidos poços e a responsabilidade na tomada de uma decisão definitiva.

Gilzenor Souza

quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

A imagem pode conter: 6 pessoas, pessoas sorrindo, pessoas em pé

Publicidade natalina da Casa Costa, de propriedade de José (Zé) Dias da Costa. A loja de tecido com "preços sem competidores" era situada à Praça Getúlio Vargas, 446, vizinha ao Mercado Público. Zé Dias era esposo de Ana (Anita) Filgueira Caldas Costa, pai de Nilson, Ana Maria e Iza Maria. Ele também exerceu o cargo de presidente do Lions Clube de Assu. 

Este é o rótulo de uma caixa de fósforos que era oferecida aos clientes do estabelecimento como brinde, no período natalino.

Assu de Outrora


Educandário Nossa Senhora das Vitórias. Jubileu de Ouro, 9 de março de 1977. Na foto, da esquerda para a direita, Rachel Rachelita de Macêdo Medeiros, Edgar Borges Montenegro, Irmã Maria Josefina Gallas e Clara de Amorim e Silva, naquela noite de festividades em honra ao Educandário.Rachel Rachelita de Macedo Medeiros - matriculada a 11 de março de 1927, foi integrante da primeira turma feminina do então Collegio Nossa Senhora das Vitórias. Exerceu a função de professora no Instituto Padre Ibiapina.Edgard Borges Montenegro - matriculado a 4 de janeiro de 1928, tornou-se a primeira criança do sexo masculino a ingressar na instituição e integrou a primeira turma mista. Graduou-se em Agronomia, na Escola Superior de Agronomia, em Lavras/ MG, e ocupou o cargo de Prefeito Municipal em Assu e Deputado Estadual por três lesgislaturas.

Clara de Amorim e Silva (Clarinha) - matriculou-se a 8 de janeiro de 1928, compondo, também, a primeira turma mista de alunos. No Centro Operário Assuense, foi professora.Irmã Maria Josefina Gallas foi a primeira religiosa genuinamente brasileira da Congregação das Filhas do Amor Divino. Era gaúcha e chegou neste solo assuense em 1928, passando a exercer o cargo de mestra das noviças, professora e, posteriormente, de diretora - de 1954 a 1960/1963 a 1966. Dentre os empreendimentos realizados por Irmã Josefina, proporcionou a construção da Capela de Nossa Senhora das Vitórias, uma vez que ela havia pactuado (em sua juventude) com o seu pai de dirigir a construção de um templo religioso. A programação do Jubileu de Ouro foi bastante diversificada, com missas para a sociedade, desfile cívico, festa social à noite e o lançamento do livro de Francisco Amorim em alusão à Escola - Colégio Nossa Senhora das Vitórias: 50 anos. 
Por Pedro Otávio Oliveira.
Foto de Maria Ivete Medeiros.



Já sentiu raiva de si mesmo por ter um coração tão bom com quem não merece?


Fabiola Simoes


Já sentiu raiva

Quantas vezes não sentimos raiva de nós mesmos por termos um coração tão bom com quem não merece, e nos arrependemos de nossa bondade, docilidade e generosidade para com aqueles que simplesmente não estão nem aí?


Acredito que a vida seja uma jornada de aprendizados. As experiências felizes se intercalam com aquelas não tão boas, mas são os infortúnios que nos lapidam e nos impulsionam a encontrar formas de estarmos em paz com o mundo e com nós mesmos.
Aquele momento em que você percebe que cometeu “uma grande e inesquecível burrada” pode ser um divisor de águas em sua vida.
Um dos meus maiores anseios é encontrar equilíbrio e paz. Depois da fase de buscas, inseguranças, pressa e alguma impaciência, hoje quero mesmo é a tranquilidade do meu coração. Por isso reduzi a intensidade de minhas expectativas e estou me esforçando para não me magoar por aquilo que não posso controlar.
Reciprocidade, amor, atenção, amizade e consideração são coisas que não se cobram, e por isso não se controlam. O máximo que podemos fazer é nos resguardar. Não correr o risco de nos machucar. Aprender a proteger a nossa vulnerabilidade. Aprender a nos amar em primeiro lugar.
Quantas vezes não sentimos raiva de nós mesmos por termos um coração tão bom com quem não merece, e nos arrependemos de nossa bondade, docilidade e generosidade para com aqueles que simplesmente não estão nem aí?

Quantas vezes não sentimos que perdemos nosso tempo alimentando relações unilaterais, tentando ser gentis, atenciosos e amorosos com quem jamais se importou?

Não se trata de endurecer nosso coração, de deixar de lado a doçura e delicadeza, mas sim de aprendermos a separar o joio do trigo. De começarmos a ser mais afetuosos com nós mesmos, e com isso aprendermos a distinguir o que deve ser valorizado do que tem a obrigação de ser ignorado.
Muitas vezes a gente se engana. Erra feio. Investe tempo e atenção em alguém “especial” na certeza de que em algum momento será retribuído. Fantasiamos desfechos dignos de contos de fadas e projetamos nossas ilusões em cima de pessoas tão diferentes de nós, romantizando atitudes e acreditando em inúmeras possibilidades irreais. Quando tudo corre conforme o planejado, ótimo. Porém, com alguma vivência e algumas “quedas do cavalo”, percebemos que a expectativa é prima-irmã da decepção. Mas ninguém está imune à desilusão; simplesmente porque amar, ainda que seja um risco, continua sendo o maior combustível da vida.

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domingo, 2 de dezembro de 2018

Roberta Sá e Martinho da Vila - Me Faz um Dengo/Disritmia

FLOR DO AMOR

Quero te ofertar a flor
Dos beijos que plantei em tua boca.
Tem o perfume suave do amor
E a ternura de almas se encontrando.

Quando vires a flor entreaberta,
Lembra - te, querido amor,
Das Lágrimas que a regaram.

E sentirás, quando beijá-la,
Um amargo sabor de sal
Que as pétalas trêmulas captaram.


Maria Eugênia
Se chorar de tristeza, enxugue as lágrimas que a felicidade haverá de chegar!

Portugal é o melhor destino do mundo pela segunda vez


Percorra a fotogaleria para ver mais imagens.


Na fotografia: o miradouro do Castelo de São Jorge, em Lisboa.



O prémio foi anunciado na cerimónia dos World Travel Awards que está a decorrer no Pátio da Galé, na Praça do Comércio, em Lisboa, este sábado à noite. É a segunda vez que o país ganha este prémio.
É oficial: Portugal é, pelo segundo ano consecutivo, considerado o melhor destino turístico do mundo pelos World Travel Awards, cuja cerimónia decorre pela primeira vez no nosso país, mais precisamente no Pátio da Galé, na Praça do Comércio, em Lisboa.
O prémio foi anunciado na 25.ª gala dos World Travel Awards – considerados os mais importantes prémios do turismo a nível mundial – e reforça assim a posição de destaque do país no turismo global, pois é a segunda vez que é atribuído.
Já o ano passado Portugal tinha ganho este prémio, tendo sido, à data, o primeiro país europeu a conquistá-lo, depois de derrotar concorrentes como o Brasil, Grécia, Maldivas, EUA, Marrocos, Vietname ou Espanha.
O prémio resulta da votação do público em geral em centenas de nomeações (veja aqui a lista completa de candidatos portugueses), mas sobretudo daquela que é feita por 200 mil profissionais da indústria do turismo, representantes de 160 países. Os World Travel Awards foram criados em 1993 para distinguir «os melhores exemplos de boas práticas no setor do turismo, à escala global» e «de modo a estimular a competitividade e a qualidade do Turismo».
https://www.evasoes.pt




PELO DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA Se Guilherme de Almeida escreveu 'Raça', em 1925, uma obra literária “que tem como tema a gênese da na...