domingo, 6 de setembro de 2020

 Assu Antigo (Curta essa página no Facebook)

Fotografia tirada no coreto que existia na Praça Getúlio Vargas que fora demolido quando se deu início da reforma total da citada praça, por Costa Leitão quando prefeito. Se não me engano, podemos conferir na fotografia, o alto-falante da Divulgadora Assuense. A fotografia deve ter sido tirada em fins de 1940. Na foto, da esquerda para direita: Gelza Tavares (Caldas), mãe de Fernando Caldas gerente desta página, a segunda e a terceira pessoa não identifiquei, a quarta achei parecido com Evangelina Tavares de Sá Leitão e a quinta também não identifiquei. Se você reconhece os que não identifiquei fala aí!

Fernando Caldas
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 TRÊS POEMAS


I

Os quatro ovos que tinha no ninho do pássaro
Diziam de quatro vidas, um amanhã que devia ser.
Mas não foi isso na vida do pássaro
Tudo na vida do pássaro:
- Só cantar e viver.

II

Deus deu-me tudo. Deus deu-me tudo do que a mim amargurado Deus me devia dar.
Deus deu-me tudo. Si amargurado, porque a mim as razzões de me amargurar.

III

O pobre me deu uma esmola de Deus te favoreça
"Deus te favoreça!" Favoreça-me Deus com essa esmola do pobre.

João Lins Caldas

 O SELO DA PAZ

No trânsito da vida, quando te apareçam entraves e fracassos, não te esqueças de que a paciência é o passaporte suscetível de assegurar-te livre passagem através de todas as dificuldades e travessias.

Se estás doente, não será com o desespero que aproveitarás o remédio que se te administra.
Se experimentaste algum desgosto, a irritação não te afastará do íntimo a nódoa de sombra.
Se sofreste prejuízos de ordem material, não será parando em acusações e gritaria que conseguirás a restauração dos próprios recursos.
Se atravessas incompreensões em família, de modo algum te livrarás de semelhantes atropelos, multiplicando reclamações e exigências.
Se essa ou aquela pessoa querida se te mostra perturbada, a ponto de ferir-te, não será martelando-lhe o crânio que lhe traçarás o processo da cura.
Cultivando paciência, no cotidiano, transportarás contigo a força capaz de vencer todos os obstáculos que, porventura, te agridam a existência.
E isso acontece porque as Leis de Deus marcaram a paciência, na condição de selo da paz.
- Chico Xavier - Livro Jóia

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quinta-feira, 3 de setembro de 2020

NOSTALGIAS

Valério Mesquita

mesquita.valerio@gmail.com

Vivo o desconforto e a nostalgia de mim mesmo ao me deparar com o sonho dos meus vinte anos que a idade madura não confirmou. Sinto-me disperso, irrealizado, quando retorno às minhas origens telúricas. A meta de trazer o passado ao presente, reconstruí-lo pela palavra e pensamento a fim de reconquistar a minha auto-estima, parece-me uma tarefa hercúlea porque constato que o personagem não sou eu mas, sobretudo, o tempo. Deduzo que, precisaria recriar os fatos e renascer as pessoas. Verifico que sou o resultado de todas as convivências e acontecimentos afins do passado. Por isso o vácuo e a irritação me arrastam ao entendimento inconcluso de que tudo foi ilusão e fantasia, ou infecção sentimental.
Mas, o patrimônio existencial da terceira idade, onde a memória olfativa, a auditiva e, principalmente, a visual, procuram restituir-me o universo perdido das fases inaugurais da vida. Aquela lua cheia, por exemplo, vista do cais do rio Jundiaí em Macaíba, como se estivesse pendurada por fios invisíveis, atrás dos coqueiros e eucaliptos, infundia-me na adolescência negro mistério do tempo da colonização dos escravos, índios e colonos, de escuridão e medo, como se as fases da lua chegassem naquele tempo por édito imperial. Como me perco na contemplação do Solar do Ferreiro Torto e os seus sortilégios de poder, carne, cobiça e paixão. E a descortinação surpreendente do Solar dos Guarapes. Quantas perguntas insaciadas não existem sobre o que ocorreu ali? Os seus fantasmas que subiam e desciam a colina sob a batuta do senhor de engenho numa cosmovisão ora polêmica, ora lírica, dentro do abismo da memória? “Tu não mudas o mundo. Mas o mundo te muda”. Talvez essa frase de Otto Lara Rezende explique e me convença que o futuro nada tenha a ver comigo, porque o passado está mais presente em mim do que o próprio presente. Em cada rua onde passo em minha terra revisito os mortos na lembrança tentando reconstituir os fatos com os quais dividi o tempo. Adquiri o hábito de rezar por quase todos eles, todas as noites. Faço-os prolongar no meu convívio pela relembrança. Para mim o chão dos antepassados é sagrado, mesmo que estejam sepultados nele resquícios enferrujados e rangentes de um antigo fausto. Mesmo debilitada pela decadência física, da feição das caras e das coisas, o que mais me dói nele é decadência das mentalidades e dos antigos costumes, como se fosse hoje um porão cheio de escuro, melancolia e solidão. Nostalgias, nada mais.


A imagem pode conter: ‎atividades ao ar livre, ‎texto que diz "‎CASARÃO DOS GUARAPES בגי FERREIRO TORTO‎"‎‎

quarta-feira, 2 de setembro de 2020

Como era Natal nos anos 40?

 natal-nos-anos-40 

 

Neste primeiro texto enviado ao Substantivo, sobre nossa Natal nos anos 40, homenageio duas paixões: meu pai e sua cidade, esta última herdada dele, como se vê e se sente na crônica abaixo. E para dizer mais sobre meu pai, José Alexandre Odilon Garcia, seguem palavras de Wilson Bezerra de Moura: “Um homem agradável, amigo leal, claro em seus pontos de vista, respeitado quando falava sobre determinado assunto levado ao conhecimento público através da imprensa natalense, onde periodicamente escrevia, porque era senhor absoluto do que dizia ao apontar determinado fato. Culto, bom advogado na cidade onde nasceu e por toda uma vida fez parte dela no desempenho da atividade profissional, uma razão suficiente para merecer o afeto e carinho de todos.”

Por José Alexandre Odilon Garcia

Natal nos anos 40 era cidade modorrenta e provinciana, 40 mil habitantes espremidos entre Ribeira e Cidade Alta, até a avenida Deodoro, se muito. O resto era a pobreza franciscana das Rocas, os sítios do Tirol, a mata de Petrópolis, o Alecrim ensaiando os primeiros passos.

Sem muitas perspectivas. Mesmo os filhos da terra, faziam feroz autocrítica.

– Cidade do já teve, classificavam, ironizando a apatia reinante, onde a maioria se masturbava sadicamente quando iniciativa das mais audazes entrava em colapso.

– Uma fazenda iluminada, nada mais, definia João Machado.

Mas, assim como as pessoas, as cidades têm o seu instante de afirmação, o seu dia de superação, o empurrão providencial, o chamado passo a frente decisivo e consagrador.

Para Natal, este momento foi a II Grande Guerra, ou, para sermos mais minudentes, justamente na fase em que, triunfantes e arrogantes – ocupadas e vencidas a Polônia, a França, os Países Baixos e Nórdicos, humilhada a Inglaterra no desastre de Dunquerque – os germânicos voltaram cobiçosos olhos para as reservas petrolíferas do Continente Negro.

– Estamos vivendo os primeiros anos do I Milênio do III Reich – perorava Hitler em seus histéricos discursos.

E, de fato, a Germânia parecia a senhora do mundo, com suas moderníssimas armas, as blitzs, o rolo compressor das pan-diviziones, as minas espalhando terror pelos mares do mundo.

Os aliados, então, concluíram que se os nazistas realmente se apoderassem do petróleo africano, tudo estaria perdido.

E resolveram enfrentar o invicto Von Rommel de peito aberto, frente a frente, na base do agora ou nunca.

E onde entra Natal neste imbróglio, perguntarão vocês.

Natal, que dormitava sonolenta
Natal, dos tempos idos de 40
Recordo os belos bailes do Aéro
Num banco da Pracinha, ainda lhe espero
No Rex, sessão das moças, Quarta-feira
Natal, Cidade Alta e Ribeira
O bom você não sabe e eu lhe conto
O footing, à tardinha, no Grande Ponto!

É que Natal, como cidadela mais próxima da costa africana, era ponto estratégico por excelência, de importância vital, reconhecida e proclamada posteriormente como Trampolim da Vitória.

E pela Base de Parnamirim passaram a transitar, às centenas, diuturnamente, fortalezas voadoras transportando tropas, armas e víveres para fronts até então desconhecidos internacionalmente, mas que seriam celebrizados mais tarde como Tobruck e El Alamein, como os primeiros grandes passos da grande arrancada que seria, daí por diante, a caminhada até a parada final em Berlim. Enfim, a suspirada “virada” que transformaria os até então vencidos em vitoriosos.

Para garantir esta operação-África, foi preciso o suporte e o apoio logístico de milhares de brasileiros e estrangeiros, principalmente americanos que estabeleceram uma praça de guerra chamada Natal.

Uma base naval foi construída em tempo recorde, ampliadas e triplicadas as instalações da base aérea, construídos quartéis à toque de caixa, para alojar não apenas os infantes, mas grupos de artilharia antiaérea, de carros de combate, transferidos do sul do país.

Foi a época das noites de blecaute, do receio de ataques inimigos, dos ricos a construir abrigos sofisticados em suas residências e a Prefeitura a cavar abrigos populares em praças e terrenos baldios.

Eu disse, acima, praça de guerra? Pois era.

Um dia, tudo se modificou
O burgo se internacionalizou
Nas ruas, o alegre do my friend
Moçada, pela mímica, se entende
Natal entrou fardada na História
Para ser o Trampolim da Grande Vitória
Valeu o sacrifício do seu povo
Na guerra, meu Natal nasceu de novo!

E além do soldado e do marinheiro verde-amarelo, tornaram-se figuras corriqueiras a povoar avenidas, ruas e becos da cidade, gorros de marinheiro e fardas cáqui dos my friends.

Digo mais: quando a batalha africana atingia o seu clímax, Natal passou a ser a cidade-descanso, a cidade dos dias de licença dos combatentes.

E o que almejava um jovem de 21, 22 anos, com os bolsos cheios de dólares, doidos para esquecer a loucura dos campos de batalha e as longas vigias a bordo de belonaves? Divertir-se, gozar o hoje em toda plenitude, pois o amanhã era uma incógnita.

Na Cidade, então, floresceu um estranho comércio de bares, restaurantes, casas noturnas, joalheiros, grandes magazines, mercadores de mil e uma especiarias, 99% dirigidos por aventureiros de todas as nacionalidades e pátrias. Os quais, como tão céleres e misteriosamente aqui se instaram, também, num abrir e piscar d`olhos, cerraram portas e fizeram malas.

Quando terminada a Batalha da África, com a vitória aliada, as operações militares retornaram ao continente europeu, começando pela bota italiana da Sicília.

Mas, voltando à Natal nos anos 40, era natural, pois, que num clima de febricidade como aquele, houvesse freguesia para todos os gostos, mesmo os paladares mais requintados, a exigir bombons de luxo, doces em conserva, bebidas finas, artigos enlatados e conservas em geral.

Como disse o compositor em música, “na Guerra, meu Natal nasceu de novo”. Foi. Porque, desde então, o progresso instalou-se definitivamente como artigo de fé no burgo, arquivada, bem arquivada, aquela maldição e pecha infamante de terra do já teve.

Como quem queria recuperar o tempo perdido, Natal nunca mais parou de crescer, de expandir-se e ampliar-se em novos horizontes, de abrir novas artérias e, das artérias, multiplicar-se em novos bairros, povoando-os de belas residências.

O comércio, então, tornou-se tentacular, cada dia maior, ganhando a Cidade Alta, atingindo com força total o Alecrim.

Um pequenino detalhe que virou rotina e que até então ninguém dava a mínima importância: quem chegava ao burgo gostava de seu jeitão, do clima, da brisa que sempre sopra, vinda do Atlântico mesmo nas tardes mais quentes. Da beleza paradisíaca de suas praias. Da maneira de ser do seu povo simples, a transformar, em cinco minutos, em amigo do peito, cidadão a quem nunca vira mais gordo, e a levá-lo para sua casa e a franquear-lhe as delícias de sua mesa típica.

A carne seca com feijão verde, macaxeira, farofa de bola, manteiga de garrafa, peixada, a caranguejada, o sarapatel, camarões, lagosta, a boa caninha com caju de conta.

Acrescente-se este ar de permanente feriado que a cidade tem, a pedir pernas para o ar, lazer, languidez, alegria, boemia, violão, seresta, amor…

Fonte:  http://substantivoplural.com.br

 

Eu não tenho carro novo
Nem mansão à beira-mar
Mas o meu cuscuz com ovo
Se iguala ao seu caviar
Sou um simples cidadão
Se possível, dou a mão
Me dedico, me esforço
Não sou rico, nem baludo
NÃO TENHO O MELHOR DE TUDO
MAS FAÇO O MELHOR QUE POSSO

Fabio Gomes

sábado, 29 de agosto de 2020

A prece maior é ser feliz por nada.
É agradecer por tão pouco.
É amar até quem não nos ama...

É respeitar os limites, os medos, as diferenças.
É perdoar as ofensas, os erros, os espinhos .
É ter os olhos voltados para o sol.
É ter o coração tranquilo.
É levar uma semente de esperança onde a flor da vida já secou faz tempo... A Prece Maior a Gente Não Faz Ajoelhado, a Gente Faz Sorrindo.
_____________________
Cris Carvalho

 Não quero interromper

O Teu silêncio, oh Pai
Mas, é só orando
Que eu encontro paz
O vento da aflição
Quer apagar a chama
Da minha adoração

O mundo é um oceano
Minha carne é um furacão
Minha vida é um barquinho
Buscando direção
Descansa em minha alma
E acalma a tempestade
Que agita o meu coração

Acalma o meu coração
Acalma o meu coração
O vento está soprando
Mas é Te adorando
Que venço o mar da aflição

Acalma o meu coração
Acalma o meu coração
Só venço esse mundo
Se for em Tua presença
Acalma o meu coração

O barulho do mar
Vem pra me confundir
Oh, Pai não deixe as ondas
Minha fé diminuir
Perdoa se pensei
Que em meio ao Teu silêncio
Não estivesses aqui

Viver na superfície
Sem poder respirar
É o mesmo que morrer
Por não Te adorar
És meu oxigênio
Senhor sem Tua presença
Minha fé vai naufragar

Acalma o meu coração
Acalma o meu coração
O vento está soprando
Mas é Te adorando
Que venço o mar da aflição
Acalma o meu coração
Senhor, acalma o meu coração
Só venço esse mundo
Se for em Tua presença
Acalma o meu coração.


(Anderson Freire 🙌🏻)

sexta-feira, 28 de agosto de 2020

 Assu Antigo

Casa (foto abaixo) então situada à Rua das Flores, que já foi denominada Rua Pedro Soares de Araújo Amorim e Siqueira Campos, atual Prefeito Manoel Montenegro, em frente ao Beco do Padre, atual Travessa Fernando Tavares, salvo engano, era de propriedade de Terezinha Lins Caldas Macedo que fora casada com o português João Macedo que depois fora adquirida por venda ou doação ao casal Maria Beatriz e Pedro Amorim (médico e político, deputado estadual e presidiu a assembléia legislativa), talvez por ele, Amorim, reformada (conforme a segunda fotografia abaixo, onde residiu durante décadas dr. Edgard Montenegro e Maria Auxiliadora Macedo Montenegro, filhos e netos. Na foto, sentados, conforme Pedro Otávio Oliveira que me forneceu a foto (eu já tinha visto há muitos anos atrás na casa de demócrito Amorim), da esquerda para direita as ilustres figuras como "Francisco Amorim (Chisquito), Candoca Amorim e Silva, ?, Lília Oliveira, ?, Monsenhor Júlio Alves Bezerra, ?, Rachel Rachelita Soares de Macedo,?, ?, Maria de Lourdes Amorim, ?, ?. De pé, primeira filha: ?, João Soares de Macedo, ?, ?, Pedro Soares de Araújo Amorim, Abdon de Macedo, João Celso Filho, Ezequiel Epaminondas da Fonseca Filho, ?, Manoel Soares Filgueira (ou Domício), ?, Francisco Baptista Ximenes. Segunda fila: ?, ?, ?, não estou lembrando o nome, Minervino Wanderley, Antônio Saboya de Sá Leitão,?, Gelon de Oliveira, ?, Demóstenes Amorim, ?, ?, ?, Plácido de Amorim e Silva, o pai de Horácio Amorim (acho que João Batista), ?, Manoel Cabral, ?, João de Sá Leitão (Giovane)." Esta foto eu já conhecia há muitos anos atrás, atualmente em poder de Pedro Otávio. Mas, existe outra foto original em poder de Gregório Macedo. A Fotografia fora tirada entre os anos 1920-25. Eis, portanto, outro importante registro do velho Assu. (Fernando Caldas).



 

 



quinta-feira, 27 de agosto de 2020

FUTILIDADE Não saias hoje, amor. Dize que sim! Passaremos a noite a conversar. Se queres vou tocar, dançar, cantar... O que eu desejo é ter-te ao pé de mim! Não saias hoje... Iremos ao jardim, Apanho rosas para me enfeitar, E fico presa à luz do teu olhar, E perfumo-me toda de jasmim! Não sais? Dizes que não? Meu bem! Meu bem! Como a gente é feliz quando ama alguém! Oiço apenas na terra a tua voz... Vamos, senta-te aqui. Lê versos, fuma. Enquanto lês eu olho a sala...- Bruma... Vejo-me ao espelho e ponho pó d´arroz. Virgínia Vitorino

quarta-feira, 26 de agosto de 2020

 Por Pio Morquecho

Que se fosse vela
Que derretesse
Em cores de aquarela
Que num sopro de ar
Desaperecesse a luz
Que tanto trás
Lembranças que a própria luz
Dá nó na goela
Mas não é vela
Permeia o tempo
Consome o ar
Que queima
Que revela.


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 A imagem pode conter: texto que diz "" Ouse, ouse... ouse tudo!! Não tenha necessidade de nada! Não tente adequar sua vida a modelos, nem queira você mesmo ser um modelo para ninguém. Acredite: a vida lhe dará poucos presentes. Se você quer uma vida, aprenda... a roubá-la! Ouse, ouse tudo! Seja na vida o que você é, aconteça o que acontecer. Não defenda nenhum princípio, mas algo de bem mais maravilhoso: algo que está em nós e que queima como o fogo da vida!!"

terça-feira, 25 de agosto de 2020

Quadrilha da Vovó Zulmira (Zulmira Dias). Era o ano de 1985. Na fotografia, da esquerda para direita: Casal Dezinho e Ivone Barros, Alexis Pessoa, Uênia Cosme Pereira, Das Chagas Azevedo, Nice e Edgarzinho Montenegro e Fernando Caldas/Fanfan e Lilita Dias, dentre outros. Rua Manoel Montenegro. Fotografia de Ivone Barros.

A imagem pode conter: 4 pessoas, pessoas em pé e pessoas dançando

sábado, 22 de agosto de 2020

 Fernando Caldas

Estou me deliciando com os versos de Lindomar Paiva com quem eu tenho o prazer de gozar da sua amizade desde os tempos que ele viveu no Assu, funcionário do Banco do Brasil. Lindomar bebeu da água do Piranhas, conviveu com boêmios da terrinha e quase que não saiu de lá. Quando vivia na "Terra dos Poetas" já fazia versos populares. Ele aparece agora com este livro de estréia sob o título "Olhando Para o Passado". Seus versos decanta sua vida de menino, de rapaz, o sertão de sua terra natal Marcelino Vieira, além dos seus amores. Apaixonado como sempre viveu, escreveu:

Uma vez eu amei muito e sofri,
A ela eu dediquei o meu carinho,
Mesmo assim, ela me deixou sozinho,
Sem pensar no quanto eu padeci,
Ela nem imagina o que eu perdi,
Nem o quanto sozinho eu chorei,
Tudo que ela me fez, eu perdoei,
Derramei toda lágrima no meu pranto,
Quem quiser ter saudades do meu tanto,
Sofra e ame do tanto que amei.

A imagem pode conter: 1 pessoa, chapéu, texto que diz "T Olhasado Passado lhando Para Glosas e Outras Poesias Autor Lindomar Paiva (Dedé de Dedeca"

 Comunidade no RN é 1ª no País a receber uma antena do programa Wi-Fi na Praça


Stênio Dantas/Portal Grande Ponto


A comunidade de Angélica, que fica no município de Ipanguaçu (RN), será a primeira do país a receber uma antena do programa Wi-Fi na Praça, que permite o acesso gratuito à internet em regiões com baixo índice de conectividade.

O anúncio foi feito nesta sexta-feira (21) pelo ministro das Comunicações, Fábio Faria, durante cerimônia no município. No Rio Grande no Norte, o Presidente Jair Bolsonaro e ministros anunciaram uma série de ações para a população.

“A comunidade de Angélica é a primeira comunidade do Brasil que está recebendo Wi-Fi na Praça. O wi-fi ali naquela praça e no entorno, 200 metros. Todos aqui da comunidade terão acesso. A senha é Comunica Brasil e Angélica está conectada com o resto do Brasil”, disse o ministro Fábio Faria em discurso.

A antena, instalada no local pela Telebras, vai permitir uma conexão gratuita de 20 Mbps e tem cobertura em um raio de 200 metros. O Wi-Fi na Praça faz uso do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC). A ideia do Ministério das Comunicações é estender o serviço a outras localidades do país.

O ministro Fábio Faria também destacou que a Telebras oferece ainda conectividade em banda larga para 223 escolas de municípios e comunidades do Rio Grande do Norte somando 58.086 alunos beneficiados. Desse total, 2.236 são estudantes de Ipanguaçu.

“Hoje também, o presidente [Jair Bolsonaro] está entregando 30 computadores para a cidade de Ipanguaçu e a Comunidade de Angélica”, acrescentou o ministro.

Cerimônia de Entregas do Governo Federal ao Rio Grande do Norte. - Foto: Isac Nóbrega/PR

Expansão da internet banda larga

O acesso à internet no Rio Grande do Norte será beneficiado com o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado entre a operadora TIM e a Agência Nacional de Telecomunicação (Anatel). Trinta e cinco municípios do estado vão receber o serviço de banda larga por meio desse instrumento.

Ainda este ano, a operadora deverá fazer o atendimento a 22 municípios, sendo quatro em outubro, cinco em novembro e 13 em dezembro. Após essas implantações, 96% dos municípios do Rio Grande do Norte contarão com internet 4G.

Fonte: Portal Grande Ponto

sexta-feira, 21 de agosto de 2020

Por que motivo escrevo Açu, e não Assú

Entendo que a grafia adotada oficialmente na minha cidade natal ("Assú") afronta as regras gramaticais em vigor desde 1943 (acredito que o fator determinante, à época, para passar a se escrever “Açu”). Os dicionários brasileiros e, principalmente, o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (publicado pela Academia Brasileira de Letras) registram “açuense" como “aquele que nasceu no Açu-RN”. A tese de se respeitar o nome como era no seu “registro civil”, costumo dizer, faria com que o nome da antiga capital fluminense voltasse a ser escrito “Nictheroy”, por exemplo.

Lê-se no Wilipedia, essa conhecida referência:

“De acordo com as atuais regras de ortografia da língua portuguesa, a grafia correta é Açu, pois prescreve-se o uso da letra "ç" para palavras de origem tupi, bem como não se acentuam oxítonas terminadas em u (a exceção de palavras terminadas com u onde esta vogal encontra-se sozinha na sílaba). Ao longo dos anos, a grafia foi alterada para Assu e finalmente para Açu. Esse forma, com a grafia correta, é a utilizada pelos órgãos federais, como o IBGE, para se referir ao município. Do mesmo vocábulo vem açuense, que é o natural do município.”

(recorte do texto de um livro às vésperas de sair publicado).

João Celso Neto

PELO DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA Se Guilherme de Almeida escreveu 'Raça', em 1925, uma obra literária “que tem como tema a gênese da na...