Durval era tipo baixo, voz rouca, bom de copo. Eu era ainda menino quando o conheci pelas ruas do Assu vendendo cabo de vassoura, espanador e outros utensílios domésticos que fabrica na sua casa. Certa vez, se dirigiu a casa do médico Ezequiel Fonseca Filho, seu cliente. Ao chegar na residência daquele clínico, declamou de improviso estes versos adiante transcritos:
Quem tiver cavilação
Se apodera de doente
Dizendo pra toda gente
Não tenho melhora, não.
Mande fazer meu caixão
Cavar minha sepultura
Me disse uma criatura
Foi dia da Conceição
- A medicina não cura
- A dor da separação.
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sexta-feira, 10 de abril de 2009
quinta-feira, 9 de abril de 2009
"O RIO DE MINHA ALDEIA" I
O título acima é de um poema de autoria do poeta portugues Fernando Pessoa. Este blog vai postar a partir de hoje, com ilustração do poeta fotojornalista Jean Lopes (com a sua permissão) poemas produzidos pelos bardos assuenses sobre o Rio Piranhas (também chamado antigamente de Rio do Peixe) ou Assu. Começamos com João Celso Filho com o poema intitulado "O Rio" que numa feliz inspiração escreveu:
Qual uma enorme jibóia
o rio ondula na areia,
espuma,
e a espuma que boia,
serpenteia...
E cheio o rio... pragueja!
Infla-lhe o ventre das águas
e é quando então,
rumoreja,
duras mágoas...
Imprecauções, gritos loucos,
soluça o rio, soluça
e pelas margens,
aos poucos,
se debruça.
E rola e cai e se arrasta
e as águas solta, esparze-as
pela terra,
que se afasta
pelas várzeas.
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quarta-feira, 8 de abril de 2009
ASSU ANTIGO
Antiga Casa Paroquial. Demolida para alargar a rua chamada popularmente como "Beco do Padre", hoje Rua Fernando Tavares. Visinho a casa da escritora Maria Eugênia. Monsenhor Júlio Alves Bezerra (que é nome de rua na cidade de Assu) morou naquela casa onde funcionou também a Divulgadora Assuense (organização de Herval Tavares), a Casa do Estudante e a central telefônica que pertencia a paróquia de São João Batista. Aquela casa foi demolida no início do no de 1983. Era prefeito Ronaldo Soares.
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terça-feira, 7 de abril de 2009
A CIDADE
"A Cidade", jornal do Assu, que circulou ininterupitamente durante 25 anos. Era seu diretor, redator e gerente, os irmãos Francisco, Palmério e Otávio Amorim., respectivamente. A edição abaixo é data de 13 de dezembro de 1925, número 581. A fotografia acima é do governador José Augusto, e logo abaixo, a direita, vejamos o Cel. Francisco Martins Fernandes que foi auto comerciante em Assu. Aquela edição está publicado uma matéria sobre a inauguração da luz elétrica na cidade de Assu, que era pública e particular, convênio celebrado entre o Cel. Francisco Martins e a Intendência Municipal (hoje prefeitura). Clique na fotografia para uma melhor visualisação.
LEMBRANÇAS DA POLÍTICA III
Tenho o prazer (não é para promoção pessoal, não) de informar que a propaganda política abaixo (do autor deste blog) serviu de comentário quando José Agripino esteve pela primeira vez na cidade de Assu, em campanha para o governo do Rio Grande do Norte, em 1982. Foi a primeira propaganda que circulou na terra potiguar com o JA (de José Agripino), segundo ele próprio informou a Raimundo pontes (da Sinwal) que recepcionava na sua casa o hoje senador José Agripino. E lá se vão 29 anos.
segunda-feira, 6 de abril de 2009
"ASSUENSE PREMIADO NA NOVA ZELÂNDIA"
"Jean Lopes conquista prêmio internacional"
"O fotógrafo assuense Jean Lopes é finalista num concurso internacional de fotografia na Nova Zelândia. Promovido por uma editora e com temática voltada para a amizade, família, amor e risos, o concurso M.I.L.K. selecionou 150 trabalhos do mundo todo. Cada um dos finalistas receberá quinhentos dólares e disputará o prêmio de 5oS$ mil. O resultado final sai no dia 31 desse mês, e será escolhido por Elliatt Erwett, fotógrafo da lendária agência Magnum de fotografia, um dos organaizadores do prêmio.
As fotos premiadas serão impressas numa edição luxuosa e ainda farão parte de uma exposição itinerante.
Na primeira edição, realizada há dez anos, disputaram o concurso mais de 17 mil fotógrafos, incluindo 4 fotojornalistas consagrados com o Pulitzer Prize o mais importante da imprensa americana. Na ocasião, foram mais de 40 mil trabalhos, provenientes de 160 países. Os números desse ano ainda não foram divulgados.
Flagrante em dia de laser
Jean Lopes conta que estava na praia de Ponta do Mel, em Areia Branca. Percebeu que um grupo de crianças se divertiam brincando com um cachorro. Elas corriam, e o cacchoro coria atrás. "Uma hora, a garotinha se distanciou do grupo", conta o fotógrafo, "e acabou alcançada pelo animal". O flagrante lembra um antigo anúncio da Coopertone e é o resultado de um olhar apurado e a paixão pelo ofício. Era o último dia de 2005 e Jean ia passar o reveillon na praia. Encontrou o grupo e percebel alí uma foto em potencial. "E como já disseram: é preciso crer para ver", diz o fotógrafo, reforçando uma das características mais marcantes de todo bom fotojornalista, a capacidade de antever a situação."
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domingo, 5 de abril de 2009
LEMBRANÇAS DA POLÍTICA II
Fernando Caldas (Fanfa) cumprimentando o então governador da Bahia Antônio Carlos Magalhães (1927-2007)que era chamado pelos seus ferrenhos adversários como "Toninho Malvadeza" e pelos seus correligionários como "Toninho Ternura". A fotografia acima fora tirada no Centro de Convenções da Bahia, em 1985. Naquele instante disse-me aquele governante baiano: "Quando se encontrar com José Agripino dê um forte abraço nele." E eu tive o prazer de dar aquele abraço no governador José Agripino quando estive em seu gabinete no Palácio Potengi em companhia do prefeito Ronaldo Soares. Antônio Carlos era egresso da velha UDN, ARENA, PDS (partido pelo qual elegi-me vereador do Assu, 1983-88), PFL e Democratas, sua última agremiação partidária. É o Assu "em evidência", no dizer do meu conterrâneo Junior Soares.
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sábado, 4 de abril de 2009
UM POUCO MAIS DE CHICO TRAIRA
Francisco Agripino de Alcaniz era o nome de registro de um dos maiores cantadores de viola que o Nordeste já teve. Nasceu no sítio Pau de Jucá, distrito de Ipanguçu e considerava-se assuense de coração. Na fotografia acima (praça do Rosário, de Assu), data de 28 de junho de 1979, vejamos o poeta cordelista com o olhar distante, preocupado com os destinos do Vale do Assu, antes da Barragem Armando Ribeiro, também chamada Barragem do Assu. Desencantado com o seu vale, escreveu naquele ano:
O Vale do Baixo Açu:
Frase tão pronunciada...
De riqueza? não tem nada.
Existe o vale, no nome.
Gritam: terra dos poetas.
Dos verdes carnaubais,
Só há isso, e nada mais
E o povo passando fome.
O Vale possui riqueza?
O vale possui riqueza:
Mas usando de franqueza
Que o povo aos poucos descobre,
Pois se assim continuar
Uma coisa eu cientifico:
O rico fica mais rico.
E o pobre fica mais pobre
Por que quizeram entravar
Tão grande empreendimento?
Aqui só há sofrimento,
Nudez, desemprego e fome;
Pois com o nosso clima incerto
Fartura não se constroe:
Num ano, a seca destroi,
No outro, a enchente come.
Há tempos vem esta terra
Á tecnica desafiando;
Os anos vão se passando
E os dias ficam mais criticos.
E para que serve este Vale,
Sem trabalho, sem recursos?
Sóm para enfeitar descursos
Dos repetidos políticos?...
E agora como está o nosso decantado Vale do Assu?
O Vale do Baixo Açu:
Frase tão pronunciada...
De riqueza? não tem nada.
Existe o vale, no nome.
Gritam: terra dos poetas.
Dos verdes carnaubais,
Só há isso, e nada mais
E o povo passando fome.
O Vale possui riqueza?
O vale possui riqueza:
Mas usando de franqueza
Que o povo aos poucos descobre,
Pois se assim continuar
Uma coisa eu cientifico:
O rico fica mais rico.
E o pobre fica mais pobre
Por que quizeram entravar
Tão grande empreendimento?
Aqui só há sofrimento,
Nudez, desemprego e fome;
Pois com o nosso clima incerto
Fartura não se constroe:
Num ano, a seca destroi,
No outro, a enchente come.
Há tempos vem esta terra
Á tecnica desafiando;
Os anos vão se passando
E os dias ficam mais criticos.
E para que serve este Vale,
Sem trabalho, sem recursos?
Sóm para enfeitar descursos
Dos repetidos políticos?...
E agora como está o nosso decantado Vale do Assu?
sexta-feira, 3 de abril de 2009
POEMAS
A ESPERADA
A esperada não veio. A esperada na vida
é o belo sonho para me inflamar.
Que ela não chegue, a bela comovida...
Que teria eu depois para ainda esperar?...
POEMA
À vida pedí como quem pede um beijo na face,
Que ela, a vida, não me negasse...
Passou a vida, não me quis ver...
Ora morrer!
Morrer é a vida de que se nasce...
João Lins Caldas
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A esperada não veio. A esperada na vida
é o belo sonho para me inflamar.
Que ela não chegue, a bela comovida...
Que teria eu depois para ainda esperar?...
POEMA
À vida pedí como quem pede um beijo na face,
Que ela, a vida, não me negasse...
Passou a vida, não me quis ver...
Ora morrer!
Morrer é a vida de que se nasce...
João Lins Caldas
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PALMÉRIO FILHO
O assuense Palmério Filho (1874 - 1958) "sem nunca ter saído de sua cidade natal, fez-se um dos mais primorosos jornalistas provincianos daqueles tempos.Assim depõe Ezequiel Fonseca Filho sobre aquele jornalista. Palmério foi tipógrafo na cidade de Assu, manteve vários jornais, além de ter fundado os jornais como "A Semana" (que circulava aos domingos), 1897 e "A Cidade", 1901. Este último era dirigido por ele e seus irmãos Otávio e Francisco Augusto Caldas de Amorim redator e gerente respectivamente. O jornal A cidade, circulou durante vinte e cinco anos.
Palmério era brilhante orador, poeta. Começou a versejar ainda adolescente. Dirigia a "Farmácia Amorim" de propriedade de seu pai. Naquela estabelecimento reuniam-se os intelectuais da terra assuense para uma conversa amistosa e declamação de poesias. É preciso que Palmério Filho (que em Assu, já foi nome de um Parque Infantil (onde hoje está assentado o Banco do Detentor) e de Biblioteca Pública Municipal, não caia no esquecimento como tantos outros ilustres do Assu. Ele é digno de tantas homenagens que nunca pediu, mas que tanto merece.
E com saudade da filha que perdera na morte, Palmério escreveu:
Senhor, a Fé - suma bondade
Que ao pecador contrito purifica.
Fé que nos transporta à Eternidade
E que as almas eleitas glorifica.
Dai-me, Senhor Deus, por piedade,
Essa Fé que encoraja e fortifica.
Filha do Céu, Irmã da Caridade,
Dai-me a resignação que santifica.
Afastai de meu peito o desalento,
Atendei a minha súplica, Deus clemente,
Elevai para o além meu pensamento.
E lá na Glória onde a luz mais brilha
Dai-me a graça, Senhor Onipotente,
De ver ainda um dia a minha filha.
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Palmério era brilhante orador, poeta. Começou a versejar ainda adolescente. Dirigia a "Farmácia Amorim" de propriedade de seu pai. Naquela estabelecimento reuniam-se os intelectuais da terra assuense para uma conversa amistosa e declamação de poesias. É preciso que Palmério Filho (que em Assu, já foi nome de um Parque Infantil (onde hoje está assentado o Banco do Detentor) e de Biblioteca Pública Municipal, não caia no esquecimento como tantos outros ilustres do Assu. Ele é digno de tantas homenagens que nunca pediu, mas que tanto merece.
E com saudade da filha que perdera na morte, Palmério escreveu:
Senhor, a Fé - suma bondade
Que ao pecador contrito purifica.
Fé que nos transporta à Eternidade
E que as almas eleitas glorifica.
Dai-me, Senhor Deus, por piedade,
Essa Fé que encoraja e fortifica.
Filha do Céu, Irmã da Caridade,
Dai-me a resignação que santifica.
Afastai de meu peito o desalento,
Atendei a minha súplica, Deus clemente,
Elevai para o além meu pensamento.
E lá na Glória onde a luz mais brilha
Dai-me a graça, Senhor Onipotente,
De ver ainda um dia a minha filha.
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quinta-feira, 2 de abril de 2009
ASSU NA ÓTICA DE JEAN LOPES
A fotografia acima (de alguns casarões do Assu, no largo da Matriz de São João Batista, praça Getúlio Vargas), é de autoria do fotógrafo assuense (ganhador de muitos prêmios até internacional) Jean Lopes. No canto, a direita, vejamos o sobrado da Baroneza de Serra Branca onde atualmente funciona a Casa de Cultura daquela terra assuense, que a Fundação José Augusto reformou - governo Wilma de Faria.
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terça-feira, 31 de março de 2009
RENATO CALDAS NA HISTÓRIA DA MÚSICA POTIGUAR
Chico Elion (Francisco Elion Caldas Nobre) musicou e gravou no seu CD "Chico Elion e Vozes amigas, 1995, o poema de Renato intitulado "Saudes de Guarapari", outro músico potiguar chamado Guaracy Picado musicou e gravou um CD com o título "Guaracy Canta Renato Caldas e Outros", 2005. Leide Câmara no seu livro "Dicionário da Música do Rio Grande do Norte", diz que Jarlene Maria musicou e gravou os poemas de Renato como "Reboliço ("LP Reboliço") e em parceria com Mirabô o poema "Fulô do Mato" ("LP Ponta de Mel"), além de "Mulata" que segue adiante:
"Mulata da minha terra"
Qui nasceu num pé de serra
Desta nação brasileira,
A tua boca encarnada,
Só parece uma taiáda
De goiabada pesqueira.
Só quero qui você deixe,
Qui você deixe mulata:
Qui eu fique quinem o peixe
Qui enfeite as tampa da lata.
Me deixe pro dó, pru pena,
Pru desejo, ou compaixão,
Qui eu enfeite as tampa morena,
Qui cobre o seu coração.
O poema canção sob o título "Lua Cheia" (paródia) é uma das belas composições de Renato Caldas. Vejamos:
Logo de noite,
Quando vorto do trabáio,
Pego a viola e me espáio,
Coméço logo a cantá.
Enquanto a Lua
Tá no Céu dipindurada
Ouvindo a minha toáda
Com vontade de chorá.
Oh! Lua cheia, Oh! Lua cheia.
Não óie nas teia
Da casa de meu amô.
Pruquê se oiá,
Se espiá,
Cabô-se lua cheia
O teu furgor.
Eu tenho raiva
Quando vejo a lua cheia,
Espiando pelas teia
Da casinha do meu bem!
Eu penso inté
Qu'essa lua tão marvada,
Qué levá a minha amada
pra uma casa que ela tem.
Mas, se eu pegasse
A lua pelas guéla,
Dava tanta tapa nela
Qui nem é bom, se falá...
Qui me importava
Qui o mundão escurecesse,
Ou qui ela se escondesse,
Só com medo de apanhá.
Se Deus deixasse
Se Deus aconsentisse,
Qui pro céu assubisse
E fosse lua também...
Passava a moite,
Lá no céu dipindurado, oiando pulo teiádo
Da casinha do meu bem.
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segunda-feira, 30 de março de 2009
AINDA SOBRE RENATO CALDAS
Renato Caldas esse excepcional artífice da poesia matuta brasileira que um dia Doryan Jorge Freire o chamou de "monstro sagrado", fora no ano de 1964 convidado, salvo engano, por Francisco Alves de Athaíde quando governador do Estado do Espírito Santo, para que ele, Renato, fizesse uma temporada na cidade de Vitória, capital daquele estado. No que aceitou o convite (a sua estadia naquela cidade fora custeado pelo governo daquele estado), apresentou o seu trabalho, a sua arte e, dias depois, já estando no Rio Grande do Norte, escreve o poema em homenagem a uma das praias daquele litoral capixaba sob o título "Saudades de Guarapari", que o compositor potiguar assuense, sobrinho de Renato chamado artisticamente como "Chico Elion" (Francisco Elion Caldas Nobre autor da famosa canção "Ranchinho de Paia" interpretado por grandes músicos da Canção Popular Brasileira", como Reinaldo Calheiros, Trio Irakitan, Luiz Gonzaga, dentre outros) musicou e gravou no seu CD intitulado "Chico Elion e Vozes Amigas, 1995, bem como no CD também de sua autoria com o título "Chico Elion Canções e Amigos, 2007, volume II, interpretado por Guaracy Picado com arranjos de Franklin Novais. Vejamos o referido poema canção daquele bardo assunse, para o nosso deleite:
Guarapari é a pra da saudade
Onde a felicidade
Fez um ninho pra morar
À noite o eterno candeeiro
Ilumina seus coqueiros
Com alvos flocos de luar
Na praia branca o mar verde se dserrama
Tudo vive r tudo ama
Tudo nos fala de amor
Da triste lenda de um rancho no abondono
Que chora a falta do dono
Um valente pescador.
Guarapari, Guarapari, felicidade!
Quero lembrar com saudade
O bem que tive e perdi
Nas horas tristes que passar de ti distante
Eu direi a todo instante
Saudades Guarapari.
Fernando Caldas
Guarapari é a pra da saudade
Onde a felicidade
Fez um ninho pra morar
À noite o eterno candeeiro
Ilumina seus coqueiros
Com alvos flocos de luar
Na praia branca o mar verde se dserrama
Tudo vive r tudo ama
Tudo nos fala de amor
Da triste lenda de um rancho no abondono
Que chora a falta do dono
Um valente pescador.
Guarapari, Guarapari, felicidade!
Quero lembrar com saudade
O bem que tive e perdi
Nas horas tristes que passar de ti distante
Eu direi a todo instante
Saudades Guarapari.
Fernando Caldas
domingo, 29 de março de 2009
COMENTÁRIO DE JOÃO CELSO NETO
Recentemente recebi vários comentários (que estão "guardados no posta restante do meu coração", no dizer de Renato Caldas) de filhos do Assu, a respeito deste blog que comenta principalmente o passado da terra assuense e sua gente evidente. Alguns deles morando em terras distantes como o poeta e advogado em Brasília (que saiu do Assu ainda menino) João Celso Neto que, quando aperta a saudade da terrinha acessa este blog. Vamos ao seu comentário:
"Fernando Caldas, dez anos mais novo que eu, não pôde ser meu contemporâneo. Saí do Açu em junho de 1949. nem sei se Edmilson já casara com Gelza.
Mas lembro-me bem dele menino "buchudo", pois eu ia sempre à terrinha nas férias escolares, e ele morava na esquina próxima à casa de minha tia, onde eu me hospedava sempre.
De fato, nos reencontramos em Brasília, ele presidente da Câmara de Vereadores do Açu, e tive oportunidade de ciceroneá-lo (eram 3, não me lembro quem era o terceiro) para mostrar os principais pontos turísticos da Capítal Federal.
Anos depois, recebi dele um convite para conhecer seu blog (este), onde já deixei mensagens desde o primeiro instante.
Surpreendi-me ontem com a grata citação, aqui repetida, de um verso meu na abertura de sua página em Orkut.
Não sei como ele conseguiu os poemas e versos, pois estão em livro de 1966, que lancei no Açu em uma noite no Clube Municipal. Provavelmente, Edmilson o comprou e guardou.
Uniu-nos, também, a afeição e admiração por João Lins Caldas, de quem tenho alguns autógrafos (herança de meu pai). Recentemente abri meu blog com versos dele, Caldas (A vida, pedi como quem pede um beijo na face...").
Não perco a esperança de rever Fernando Caldas, não sei se em Natal ou Açu, podendo ser aqui também, Brasília.
Não se pode negar a importância de seus registros, que resgatam a história de nossa cidade natal e de seus habitantes de ontem e de sempre.
Grato e parabéns."
"Fernando Caldas, dez anos mais novo que eu, não pôde ser meu contemporâneo. Saí do Açu em junho de 1949. nem sei se Edmilson já casara com Gelza.
Mas lembro-me bem dele menino "buchudo", pois eu ia sempre à terrinha nas férias escolares, e ele morava na esquina próxima à casa de minha tia, onde eu me hospedava sempre.
De fato, nos reencontramos em Brasília, ele presidente da Câmara de Vereadores do Açu, e tive oportunidade de ciceroneá-lo (eram 3, não me lembro quem era o terceiro) para mostrar os principais pontos turísticos da Capítal Federal.
Anos depois, recebi dele um convite para conhecer seu blog (este), onde já deixei mensagens desde o primeiro instante.
Surpreendi-me ontem com a grata citação, aqui repetida, de um verso meu na abertura de sua página em Orkut.
Não sei como ele conseguiu os poemas e versos, pois estão em livro de 1966, que lancei no Açu em uma noite no Clube Municipal. Provavelmente, Edmilson o comprou e guardou.
Uniu-nos, também, a afeição e admiração por João Lins Caldas, de quem tenho alguns autógrafos (herança de meu pai). Recentemente abri meu blog com versos dele, Caldas (A vida, pedi como quem pede um beijo na face...").
Não perco a esperança de rever Fernando Caldas, não sei se em Natal ou Açu, podendo ser aqui também, Brasília.
Não se pode negar a importância de seus registros, que resgatam a história de nossa cidade natal e de seus habitantes de ontem e de sempre.
Grato e parabéns."
O MEU SÃO JOÃO
Para mim a festa do padroeiro do Assu, São João Batista era como se fazia antigamente com direito a quadrilha, leilão, alfinin, balões, vaquejada com relabucho, barraca do verde e encarnado, jornalzinho como "A Mutuca", "O Vaqueiro", entre outros que circulavam no período daqueles festejos (nove dias de quermesse). Naqueles periódicos os poetas colaboravam com suas produções literárias, os comerciantes divulgavam as suas lojas, as moças e os rapazes eram satirizados, fazia e desfazia namoro, os políticos e toda a sociedade escreviam seus artigos sobre aquela festa e os problemas da região. Lembro o parque de diversão ao lado da matriz com sua roda gigante, carrossel, divulgadora. Os rapazes aproveitavam aquele meio de divulgação para dedicar canções as suas amadas. O locutor do parque dizia antes de divulgar a canção, essa linda mensagem: "De alguém para um alguém com muito amor e carinho."
Ah! Que saudade da "Quadrilha de Vovó Zulmira", que era realizada em frente a casa dela, dona Zulmira, de saudosa memória.
Na foto acima (São João de 1982) vejamos Fernando Caldas - Fanfa (de batina), O irreverente e espirituoso Chico Dias (o noivo), Iza Caldas (a noiva), entre outros amigos assuenses.
sábado, 28 de março de 2009
CORTEZ PEREIRA NO ASSU II
Da esquerda: Adonias Araújo então coletor estadual, de Assu, Washington Araújo Araújo, o ex-prefeito do Assu Costa Leitão, superintendente da SUDENE general Evandro de Souza Lima, deputado Edgard Montenegro, governador Cortez Pereira e o estudante Fernando Caldas (Fanfa), quando da inauguração da uzina de beneficiamento de cera de carnaúba, da Cooperativa Agropecuária do Vale do Açu Ltda - COAPEVAL que naquela época era gerenciada pelo senhor Edmilson Lins Caldas e presidida por Francisco Augusto Caldas de Amorim. A fotografia é data de 31 de julho de 1972, tirada pelo fotógrafo Demócrito Amorim - Teté. Vale a pena resgatar e registrar a memória do nosso Assu.
Clique na fotografia para uma melhos visualisação.
Clique na fotografia para uma melhos visualisação.
LEMBRANÇAS DA POLÍTICA I
Para registrar. Da esquerda para direita: Fernando Caldas que em data de 1984, era vereador do Assu, Gustavo Krause prefeito do Recife e que depois foi governador de Pernambuco, Domício Soares que também naquela época era vereador e presidia a câmara dos vereadores da terra assuense. Naquela tempo, participavamos de um Congresso Nacional de Vereadores, na capital Baiana.
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O POETA E SUAS POSSIBILIDADES
* Por Paulo Sérgio Martins
Em prosa e verso, duas sublimes invasões de Mário Quintana em nossas vidas:
SIMULTANEIDADE
- Eu amo o mundo! Eu detesto o mundo! Eu creio em Deus! Deus é um absurdo! Eu vou me matar! Eu quero viver!
- Você é louco?
- Não, sou poeta.
AMOR
Quando duas pessoas fazem amor
Não estão apenas fazendo amor
Estão dando corda ao relógio do mundo
Excelente homo perceptum, foi o próprio Quintana quem melhor definiu a natureza criadora de seu ofício: "A magia das palavras num poeta deve ser tão sutil que a gente esqueça que está usando palavras."
* Paulo Sérgio Martins é pesquisador e jornalista
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Em prosa e verso, duas sublimes invasões de Mário Quintana em nossas vidas:
SIMULTANEIDADE
- Eu amo o mundo! Eu detesto o mundo! Eu creio em Deus! Deus é um absurdo! Eu vou me matar! Eu quero viver!
- Você é louco?
- Não, sou poeta.
AMOR
Quando duas pessoas fazem amor
Não estão apenas fazendo amor
Estão dando corda ao relógio do mundo
Excelente homo perceptum, foi o próprio Quintana quem melhor definiu a natureza criadora de seu ofício: "A magia das palavras num poeta deve ser tão sutil que a gente esqueça que está usando palavras."
* Paulo Sérgio Martins é pesquisador e jornalista
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domingo, 22 de março de 2009
NOTA
Por informação a este BLOG, do assuense dentista Francisco das Chagas Pinheiro (Chaguinha), o jovem prefeito do Assu Ivan Júnior que tem como slogan de sua administração "trabalho e trabalho", se reúne dia 31 deste mês, as 19:OO horas, na sede da ABO (associação de odontologia), situada na rua Felipe Camarão, 514, Centro de Natal, com a comunidade assuense residentes naquela capital potiguar. Em pauta, a festa do padroeiro São João Batista, entre outros assuntos a serem discutidos. Contamos com a presença dos assuenses radicados em Natal, para apoiar o desejo daquele jovem prefeito de querer bem administrar a terra assuense. Fica o convite.
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